ANTICONCEPÇÃO Flashcards

1
Q

2020 UNIFESP

Mulher, 18 anos de idade, virgem, refere namoro há 3 meses e iniciará a vida sexual em breve. Tem diagnóstico de enxaqueca com aura e útero septado. Exame físico sem alterações. Qual dos métodos contraceptivos abaixo pode ser indicado nessa consulta?

A) Implante subcutâneo com etonogestrel

B) DIU de cobre

C) Preservativo feminino

D) Pílula com etinilestradiol e ciproterona

E) Anel vaginal com etinilestradiol e etonogestrel

A

Linda questão!!! A presença de enxaqueca com aura é uma clássica contraindicação absoluta para uso de contraceptivos hormonais combinados, independentemente da idade. Devemos excluir todos os métodos que contém estrogênio: anticoncepcional combinado oral, injetável mensal, adesivo e anel vaginal. O outro problema descrito no anunciado é um útero septado, o que

também limita o uso de outra forma de contracepção: DIU. Lembre-se que não podemos inserir DIU diante de malformações e distorções da cavidade uterina. São contraindicações absolutas à inserção de DIU, aquelas consideradas categoria 4 pela OMS: gravidez, infecção puerperal, imediatamente após aborto séptico, sangramento vaginal inexplicado, câncer de colo uterino, câncer

de endométrio, doença inflamatória pélvica atual, cervicite purulenta, alterações anatômicas que distorcem a cavidade, tuberculose pélvica e doença trofoblástica gestacional. Por outro lado, podemos fazer uso de métodos contendo apenas progesterona (como o implante subdérmico) em ambas as patologias apresentadas. E, por fim, o uso do preservativo deve ser estimulado e incentivado, mas especialmente como proteção para infecção sexualmente transmissível, pois como contraceptivo tem alto índice de falha com o uso típico. Resposta: letra A.

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2
Q

2020 UNICAMP

Mulher, 20a, comparece à Unidade Básica de Saúde para esclarecer dúvidas com relação ao uso de anticoncepcional oral combinado (ACO). Refere fazer uso regular de etinilestradiol 0,02 mg e levonorgestrel 0,10 mg há 6 meses, porém esqueceu de iniciar nova cartela há 3 dias. Refere relação sexual 3 vezes na semana e não deseja engravidar. A CONDUTA É:

A) Retornar uso do ACO habitual, pois ainda não ocorreu a ovulação (primeira fase do ciclo).

B) Prescrever etinilestradiol 0,03 mg e levonorgestrel 0,15 mg por dia por 21 dias, pois aumentando a dosagem do ACO pode-se prevenir a ovulação.

C) Prescrever os três comprimidos de ACO esquecidos (dose única) para evitar a ovulação.

D) Prescrever levonorgestrel 15 mg dose única para inibir possível ovulação.

A

Uma mulher de 20 anos comparece à UBS para tirar dúvidas sobre o ACO. Relata que esqueceu de iniciar uma nova cartela de etinilestradiol 0,02mg e levonorgestrel 0,10mg após 3 dias sem uso e teve relações desprotegidas nesse período. A recomendação

deve ser o uso da pílula do dia seguinte (levonorgestrel 1,5mg dose única) para inibir uma possível ovulação ocorrida no período, já que houve esquecimento de mais de duas pílulas. No entanto, houve um erro de digitação da dose do levonorgestrel e a banca anulou a questão após os recursos solicitados.

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3
Q

2020 UNICAMP

Mulher, 35a, G5P4C0A1, vem à Unidade Básica de Saúde para orientação de anticoncepção. Antecedente pessoal: tuberculose em tratamento com rifampicina e isoniazida. Paciente não deseja uso de método contraceptivo intrauterino. O MÉTODO INDICADO É:

A) Injetável combinado mensal.

B) Implante de etonogestrel.

C) Anticoncepcional oral de progestágeno.

D) Anticoncepcional oral combinado.

A

Anulada - A e B

Tuberculose em tratamento

  • Tuberculose não pélvica não contraindica nenhum método contraceptivo
  • Categorias com Rifampicina: ↓ eficácia dos ACO
    • 1: DIUs de cobre e liberador de levonorgestrel: não deseja método intrauterino
    • 2: injetável combinado e implante de progesterona
    • 3: ACO combinados, de progestágeno, adesivo e anel vaginal
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4
Q

2020 HIAE

Segundo os critérios de elegibilidade do uso de contraceptivos da OMS, é correto afirmar que a categoria

A) 4 inclui os métodos que devem ser usados em caráter excepcional, somente se não houver outro método disponível.

B) 1 inclui os métodos que podem ser usados em qualquer circunstância.

C) 5 inclui os métodos que não devem ser usados em nenhuma circunstância.

D) 3 inclui os métodos que podem ser usados, porém por tempo limitado a menos de 6 meses.

E) 2 inclui os métodos que podem ser usados mediante termo de consentimento assinado pelo casal.

A

B

Critérios de elegibilidade dos contraceptivos (OMS)

  • Categoria 1: uso sem restrições
  • Categoria 2: uso com restrições, vantagens > riscos
  • Categoria 3: riscos > vantagens
  • Categoria 4: risco inaceitável contraindica uso
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5
Q

2020 USP - RP

Mulher, 26 anos, G0, comparece à Unidade Básica de Saúde com desejo de uso de DIU de cobre. Última menstruação há 8 dias. Refere que tem neoplasia intraepitelial cervical 1 (NIC 1) diagnosticada há 6 meses e faz seguimento clínico. Nega outras doenças. Não tem vícios. Não está usando nenhum método contraceptivo. Ao exame: PA: 110 x 70 mmHg, IMC: 23 Kg/m², exame físico geral e segmentar normal. Exame ginecológico apresentando candidíase vulvovaginal (primeiro episódio), sem outras anormalidades. Além de prescrever o tratamento de candidíase nesta consulta, quais condutas devem ser tomadas em relação ao caso clínico considerando os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (2015)?

A) Orientar outro contraceptivo até normalizar a citologia pois a presença de NIC 1 contraindica a inserção do DIU.

B) Inserir o DIU nesta consulta e orientar usar método contraceptivo adicional por 7 dias.

C) Orientar preservativo e marcar para inserir o DIU no próximo ciclo menstrual quando estiver menstruada.

D) Inserir o DIU nesta consulta sem a necessidade de orientação de método contraceptivo adicional.

A

D

Critérios de elegibilidade dos métodos contraceptivos (OMS)

  • DIU de cobre e progesterona
    • Categoria 4 (contraindicações absolutas)
      • Gravidez
      • Infecção puerperal
      • Imediatamente após aborto séptico
      • Sangramento vaginal inexplicado
      • Câncer de colo uterino
      • Câncer de endométrio
      • Doença inflamatória pélvica atual
      • Cervicite purulenta
      • Alterações anatômicas que distorcem a cavidade
      • Tuberculose pélvica
      • Doença trofoblástica gestacional
    • DIU de progesterona
      • Câncer de mama
    • Candidíase e neoplasia intraepitelial cervical 1 (NIC 1) não contraindicam
    • Última menstruação há 8 dias: não há necessidade de método adicional
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6
Q

2020 SUS - SP

M.I., 18 anos, em uso de pílula combinada, gostaria de usar um método contraceptivo de longa ação e reversível. Das opções abaixo, a que se aplica ao desejo dela é

A) anel vaginal.

B) DIU de cobre.

C) adesivo transdérmico.

D) injetável trimestral subcutâneo.

E) injetável mensal intramuscular.

A

B

Método contraceptivo de longa ação e reversível (LARC)

  • DIU de cobre
  • DIU de progesterona
  • Implante
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7
Q

2020 FJG

Após o parto, em mulheres não lactantes, a anticoncepção hormonal oral combinada deve ser iniciada com:

A) 02 dias

B) 07 dias

C) 14 dias

D) 21 dias

A

D

ACO hormonal combinada no puerpério

  • Amamentando: após 6 meses
  • Sem aleitamento
    • Após 21 dias: se sem fatores de risco para TVP
    • Após 42 dias: se fatores de risco para TVP
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8
Q

2020 UFF

Paciente, 20 anos, inicia uso de contraceptivo hormonal combinado (0,20 de etinilestradiol e 0,60 de gestodeno), pois começou relacionamento estável há dois meses. Refere ser portadora de diabetes mellitus em uso de insulina há 5 anos, sem apresentar complicações da doença até o momento. Queixa de sangramento “tipo borra de café” após o décimo comprimido que a deixou preocupada e com medo de falha do método. Sobre esse caso, pode-se afirmar que

A) a paciente deve ser tranquilizada quanto a eficácia do método mesmo em vigência de sangramento com tais características.

B) o anel vaginal, adesivo transdérmico, os contraceptivos orais combinados e a injeção mensal possuem diferentes mecanismos de ação devido às diversas vias de administração.

C) o sangramento “tipo borra de café” é decorrente da atrofia endometrial, correspondendo a um dos mecanismos de ação do anticoncepcional oral combinado, o que pode ser contornado com a diminuição da dose estrogênica da pílula.

D) o diabetes melitus insulinodependente contraindica o uso de contraceptivo oral combinado, sendo necessária a troca para outro que contenha somente progesterona.

E) o único benefício do contraceptivo combinado é a contracepção.

A

A

ACO hormonal combinado

  • Baixa dosagem: 0,20 de etinilestradiol e 0,60 de gestodeno
  • Sangramento de escape em borra de café (normal): ↓ dose de etinilestradiol (estabiliza endométrio → evita descamação) → efeito ↑ da progesterona → atrofia endometrial (pílulas com + estrogênio tem - escape)
  • Categoria 2: DM sem doença vascular associada e uso de insulina
  • Benefícios
    • Regularização de ciclos menstruais
    • Alívio dos sintomas pré-menstruais
    • ↓ Risco de neoplasia de ovário e endométrio
    • ↑ Densidade óssea

Contraceptivos combinados (orais, injetáveis, adesivos ou anéis)

  • Diferentes vias de adm
  • Mesmo mecanismo de ação: bloqueio do eixo hipotálamo hipofisário → anovulação
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9
Q

2020 UERJ

Mulher de 28 anos teve bebê há 15 dias e compareceu à consulta com dúvidas sobre os métodos contraceptivos. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:

A) os contraceptivos hormonais combinados não devem ser iniciados antes de 21 dias pós-parto devido ao aumento do risco de trombose

B) o uso de método contraceptivo de urgência é necessário nos casos de relação sexual desprotegida nos primeiros 21 dias do puerpério

C) os contraceptivos hormonais combinados podem ser iniciados 30 dias após o parto se a mulher estiver amamentando

D) o DIU não pode ser inserido nas primeiras 48h após o parto, sendo indicado após 28 dias do puerpério

A

ACO hormonal combinado no puerpério

  • Não iniciados antes de 21 dias pós-parto: ↑ risco de TVP
  • Criterios de elegibilidade
    • Categoria 3 (contraindicação relativa): < 21 dias pós-parto sem fatores de risco para TEV
    • Catergoria 4 (contraindicação absoluta): < 21 dias com fatores de risco para TEV

Ovulação no puerpério (Rezende-Obstetrícia)

  • Não é necessário anticoncepção de emergência se relação sexual desprotegida nos primeiros 21 dias do puerpério
  • Sem aleitamento: ovulam após 25 dias (Rezende-Obstetrícia) ou após 4 a 6 semanas do pós-parto
  • Puérperas lactantes em amenorreia e em aleitamento materno exclusivo ou quase exclusivo: bloqueio da ovulação resultante das alterações hormonais da lactação → , é o princípio do método da amenorreia da lactação (LAM).

Letra C: incorreta, pois a amamentação com menos de seis semanas do parto é uma condição classificada como categoria 4, ou seja, uma contraindicação absoluta para uso dos contraceptivos hormonais combinados pelo risco trombogênico e pela preocupação teórica da exposição do recém-nascido aos esteroides sexuais durante as primeiras seis semanas pós-parto.

Letra D: incorreta, pois no pós-parto, tanto o DIU de cobre como de progesterona são categoria 1 para introdução em menos de 48 horas, na ausência de aleitamento. Na presença de aleitamento, o DIU de cobre é categoria 1 e o DIU de progesterona é categoria 2. Para introdução entre 48 horas e 4 semanas, ambos são categoria 3 e para introdução com mais de 4 semanas, são categoria 1. Resposta: letra A.

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10
Q

2020 UNIRIO

AMS, 27 anos optou pela inserção de dispositivo intrauterino (DIU) de cobre em forma de T- 380 A. A médica assistente deu para o residente as informações abaixo em relação ao DIU. Marque qual opção mostra uma informação incorreta.

A) Reação inflamatória local tornando o endométrio hostil à implantação é um dos principais mecanismos de ação do DIU.

B) Nas pacientes que evoluírem com abcesso tubo-ovariano, o DIU deve ser removido imediatamente após ter-se iniciado cobertura sistêmica com antibióticos.

C) Aproximadamente 5% das mulheres irão expelir espontaneamente o DIU durante o primeiro ano de uso.

D) Em relação a perfuração uterina, sua frequência depende das habilidades do operador, uma perfuração parcial no momento da inserção pode ser seguida por migração do dispositivo atravessando toda a parede uterina.

E) O DIU não deve ser inserido em pacientes portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV- positivas) pelo maior risco de infecção, maiores taxas de complicações e interferência na terapia antirretroviral.

A

E

DIU

  • Mecanismo de ação do DIU de cobre
    • Reação inflamatória no endométrio → hostil e inóspito à implantação embrionária
    • Alterar viabilidade dos espermatozoides no muco cervical → ↓ chance de ascensão até as tubas uterinas e de fertilização do óvulo
  • Contraindicações
    • DIP (para início do uso): na DIP não precisa remover a princípio, exceto se piora clínica (abcesso tubo-ovariano)
    • AIDS não tratada (para início do uso): HIV não contraindica
  • Taxa de expulsão: 5% no 1⁰ ano de uso
  • Perfuração: ↓ habilidade do operador, malformações e estenoses de canal cervical
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11
Q

2020 PSU - MG

Mulher de 24 anos, nuligesta, assintomática, sexualmente ativa em uso de preservativo regularmente, com ciclos menstruais regulares foi submetida a procedimento de inserção de DIU T de cobre 380A há 15 dias, quando estava menstruada. Retorna hoje à UBS para consulta de controle e mostrar ultrassonografia transvaginal também realizada hoje e que mostra: útero de 61cm³, endométrio de 8mm homogêneo, DIU normoposicionado, ovário direito e esquerdo sem alterações, ausência de líquido livre na pelve. Assinale a conduta MAIS ADEQUADA a ser tomada nessa consulta.

A) Agendar retorno em 12 meses para citologia do colo uterino

B) Orientar a paciente sobre a remoção do DIU T de cobre em 5 anos

C) Prescrever contraceptivo oral combinado por 3 meses

D) Solicitar ultrassonografia transvaginal anualmente

A

A

Colpocitologia

  • Início (MS): a partir dos 25 anos com vida sexual ativa

DIU

  • Duração do DIU de cobre: 10 anos
  • Associação de ACO no inicio: não necessaria se paciente estiver no início do ciclo menstrual e diu bem posicionado
  • USG transvaginal anual não é recomendada em portadoras de DIU
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12
Q

2020 PSU - MG

Mulher de 44 anos, nulípara, hipertensa bem controlada, com história pregressa de trombose venosa profunda há 10 anos, deseja iniciar método contraceptivo. A conduta MAIS ADEQUADA para essa paciente é:

A) informar que o DIU T de cobre está contraindicado.

B) esclarecer que não há necessidade de contracepção.

C) prescrever contraceptivo oral de desogestrel.

D) prescrever contraceptivo vaginal de etonogestrel e etinilestradiol.

A

C

ACO

  • Contraindicacao
    • História pessoal de TVP e TEP (4): deve usar DIU progestogênios orais

Menacne (mestruando): pode engravidar → deve usar algum método

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13
Q

2020 AMRIGS

Em relação ao Dispositivo Intrauterino (DIU), é correto afirmar que:

A) Oferece maior proteção contra gestação ectópica em relação à tópica.

B) O uso de antibioticoterapia prévia a inserção do DIU é uma medida mandatória.

C) A fertilidade é rapidamente restabelecida após a retirada do DIU.

D) A inserção do DIU deve ser realizada em ambiente cirúrgico e sob sedação.

A

DIU

  • Se falha, ↑ chance de gestação ectópica comparado aos demais métodos.
  • Não há indicação de antibioticoterapia antes da inserção do DIU, devendo ser excluída a possibilidade de infecção vaginal ou cervical por meio de exame físico antes da inserção.

Letra C: Correta. Após a retirada do DIU, a paciente pode engravidar no ciclo seguinte. Letra D: Incorreta. A inserção do DIU também pode ser realizada em ambiente ambulatorial.

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14
Q

2020 HCPA

Paciente de 32 anos, usuária de DIU de cobre, veio à consulta por atraso menstrual e resultado positivo em β-hCG urinário. Ao exame especular, os fios do DIU estavam visíveis e não havia sangramento. A imagem da ultrassonografia transvaginal realizada durante a consulta evidenciou saco gestacional intrauterino. Qual a conduta mais adequada?

A) Retirar o DIU após 12 semanas de gestação.

B) Retirar imediatamente o DIU.

C) Manter o DIU, pois o mesmo encontra-se em contato com o saco gestacional.

D) Iniciar a administração de progesterona por via vaginal para reduzir o risco de abortamento e, após 12 semanas de gestação, retirar o DIU.

E) Iniciar a administração de metotrexato por se tratar de uma gestação cornual; o DIU somente poderá ser retirado após a negativação dos níveis de β-hCG.

A

Uma paciente encontra-se com DIU de cobre e apresenta atraso menstrual, confirmando gestação.

Neste caso, deve-se orientá-la quanto aos riscos de infecção intrauterina e propor a retirada do dispositivo, o qual deve ocorrer preferencialmente até a 12ª semana. A conduta dependerá basicamente da visualização dos fios do dispositivo. Se os fios do endoceptivo estão visíveis, como no caso aqui:

  • A remoção é indicada devido ao risco de infecção grave e existe um risco ligeiramente maior da ocorrência de um abortamento espontâneo;
  • Se a paciente estiver de acordo, remova o dispositivo ou encaminhe para remoção.

Cerca de 50% das pacientes que engravidam com DIU terão um abortamento espontâneo. A retirada do DIU aumenta a chance de manutenção da gravidez.

Assim, para amarrar: de acordo com as recomendações mais atuais, caso seja diagnosticada gravidez intrauterina e os fios do DIU

estejam visíveis, este deve ser removido logo que possível para que se evitem abortamento séptico posterior, rotura prematura das membranas e parto prematuro. Resposta: letra B.

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15
Q

2020 UFES

Mulher com história de trombose venosa profunda, tratada há mais de 5 anos com Enoxaparina®, sem necessidade de trombectomia, não deseja gestar. Qual desses métodos contraceptivos é o mais indicado para a paciente?

A) Anovulatório hormonal combinado injetável mensal.

B) Anovulatório de progesterona injetável trimestral.

C) Anovulatório hormonal combinado tipo anel vaginal.

D) Anovulatório hormonal combinado tipo adesivo transdérmico.

A

A história pessoal de evento tromboembólico contraindica o uso de um método contraceptivo hormonal combinado (anticoncepcional combinado oral, injetável mensal, adesivo e anel vaginal). É uma condição classificada como categoria 4 dos critérios de elegibilidade da OMS, ou seja, representa uma contraindicação absoluta. Assim, podemos excluir as letras A, C e D. As melhores opções contraceptivas diante da história de TVP ou TEP são métodos contendo apenas progesterona – pílulas só de

prosgetogênio, injetável trimestral, implante e sistema intrauterino liberador de levonorgestrel – que são classificados categoria 2 (os benefícios superam os riscos) e o dispositivo intrauterino de cobre que é classificado como categoria 1 (o método pode ser usado sem restrições). Resposta: letra B.

Video comentário:

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16
Q

2020 HCPA

Paciente de 37 anos, G3C3, veio à consulta para receber orientação sobre métodos seguros de anticoncepção uma vez que, atualmente vem utilizando apenas preservativos. Referiu ocorrência de sangramento menstrual aumentado, cólicas fortes e dor de cabeça intensa, unilateral e pulsátil no período menstrual, que alivia parcialmente com anti-inflamatórios não esteroides e, muitas vezes, dormência na mão (homolateral). Hipertensa desde a última gestação há 6 anos, faz uso de captopril. Na última consulta ginecológica, realizada há 1 ano, foram solicitados ultrassonografia transvaginal e hemograma. O exame ultrassonográfico revelou volume uterino de 380 cm³, miométrio heterogêneo, endométrio de 0,3 cm e ovários com folículos e volume de 2 cm³ e 6 cm³. O hemograma, realizado há 3 meses, mostrou hematócrito de 35% e hemoglobina de 9 g/dl. Que opção de anticoncepção, dentre as abaixo, está indicada para o casal?

A) Anticoncepcional oral combinado.

B) Ligadura tubária.

C) Dispositivo intrauterino com TCu380A.

D) Vasectomia.

E) Sistema intrauterino de levonorgestrel.

A

questão deseja saber qual opção contraceptiva está indicada para uma paciente de 37 anos, hipertensa em uso de captopril, com história de 3 cesáreas prévias que, durante o período menstrual, refere enxaqueca com aura (perceba que a dormência representa um sinal neurológico focal da aura) e sofre com cólicas menstruais associadas à hipermenorreia. Ela está anêmica e a

ultrassonografia evidenciou um útero aumentado, miométrio heterogêneo, endométrio fino e ovários normais. Note que não há relato sobre distorção da cavidade uterina e a descrição ultrassonográfica sugere fortemente o diagnóstico de adenomiose. Neste contexto, idealmente, a melhor opção contraceptiva deverá possuir benefícios não contraceptivos, como a redução da quantidade e da duração do fluxo menstrual, diminuição da intensidade da dismenorreia e, consequentemente, melhora dos parâmetros hematimétricos e do quadro anêmico.

Vamos avaliar cada uma das alternativas para chegarmos na resposta.

Letra A: incorreta, pois a enxaqueca com aura é uma condição classificada como categoria 4 dos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde e, portanto, representa uma contraindicação absoluta.

Letra B: incorreta, pois a ligadura tubária não apresentaria benefícios não contraceptivos, além de exigir o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico (lei 9263 de 12/01/1996).

Letra C: incorreta, pois o fluxo menstrual irregular intenso e dismenorreia grave consistem em condições classificadas como categoria 2 para o uso do DIU de cobre. Pela possibilidade de agravamento do quadro da paciente, este não é o método contraceptivo a ser indicado.

Letra D: incorreta, pois o enunciado não fornece informações sobre a idade e o número de filhos vivos do parceiro, o que nos impede de indicar a vasectomia como uma opção para o casal.

Letra E: correta, pois o fluxo menstrual irregular intenso e dismenorreia grave consistem em condições classificadas como categoria 1 para o uso do SIU de levonorgestrel. Ele representa, ainda, um tratamento eficaz para a adenomiose, que resulta em

decidualização do endométrio e, por conseguinte, diminuição do fluxo menstrual, além de atuar nos focos adenomióticos levando a downregulation dos receptores de estrogênio. Dessa forma, os focos ectópicos de endométrio diminuem de tamanho permitindo contração uterina eficaz e ocorre redução do fluxo menstrual e da produção das prostaglandinas, melhorando a dismenorreia. Resposta: letra E.

17
Q

2020 HCPA

Paciente de 40 anos, com vida sexual ativa, veio à consulta para revisão ginecológica anual. Informou estar sedentária no momento e negou tabagismo e doenças crônicas. Faz uso de anticoncepcional oral combinado com 0,03 mg de etinilestradiol e 0,15 mg de levonorgestrel, estando bem adaptada. Encontrava-se em tratamento vascular há 3 meses em razão de varizes superficiais e varicosidades. Que recomendação, dentre as abaixo, deveria ser dada à paciente?

A) Suspender o anticoncepcional oral combinado pelo risco de trombose venosa profunda em função da idade.

B) Suspender o anticoncepcional oral combinado pelo risco de trombose venosa profunda em função das varizes e de seu tratamento.

C) Suspender o anticoncepcional oral combinado em razão da idade e do sedentarismo.

D) Manter o anticoncepcional oral combinado, pois varizes superficiais não contraindicam o uso.

E) Substituir o anticoncepcional oral combinado por progestágeno isolado em função da idade.

A

A questão deseja saber qual recomendação deve ser dada a uma paciente de 40 anos, sedentária, sem comorbidades, com história de tratamento vascular há 3 meses em razão de varizes superficiais e varicosidades e em uso de anticoncepcional combinado oral (30 mcg de etinilestradiol e 0,15 mg de levonorgestrel). Segundo os critérios de elegibilidade para uso de métodos

anticoncepcionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), tanto a idade maior ou igual a 40 anos quanto a presença de veias varicosas são condições classificadas como categoria 1 para o uso de anticoncepcional combinado oral (ACO). Dessa forma, a paciente não apresenta restrições ao uso de ACO que, consequentemente, deverá ser mantido. Resposta: letra D.

18
Q

2020 HC - UFPR

MIS, 36 anos, G3C3, comparece à unidade de saúde para orientações contraceptivas. Realizou seguimento de pré-natal em UBS, sem nenhuma intercorrência na gestação. Não apresenta nenhuma comorbidade e não faz uso de medicações periodicamente. Apresentou boa evolução durante o período de internação e recebeu alta hospitalar após completadas as 48 horas de puerpério. Encontra-se, hoje, no 50º dia pós-parto e em aleitamento materno exclusivo. Assinale a alternativa com a orientação contraceptiva adequada a essa paciente.

A) Dos métodos hormonais disponibilizados pela unidade de saúde, recomenda-se à paciente usar a minipílula e o injetável trimestral.

B) A paciente deverá ser informada sobre o método de lactação e amenorreia e, caso opte pelo uso de contracepção intrauterina, apenas o DIU de cobre poderá ser indicado.

C) A paciente deverá ser informada sobre os métodos intrauterinos (DIU de cobre e SIU liberador de levonorgestrel), mas, caso opte por algum desses métodos, deverá aguardar a menstruação para inserção.

D) A paciente deverá ser desencorajada a usar métodos farmacológicos, para evitar qualquer influência na amamentação.

E) A paciente não poderá fazer uso de contraceptivos orais, pelo risco de trombose e de influência na amamentação.

A

A questão deseja saber qual alternativa contém a orientação contraceptiva adequada para uma paciente de 36 anos, sem

comorbidades e sem história de uso de medicações, que se encontra no 50º dia pós-parto e em aleitamento materno exclusivo. Vamos às alternativas:

Letra A: correta, pois os métodos hormonais disponibilizados pela unidade de saúde correspondem à minipílula, aos injetáveis

mensal e trimestral, e ao anticoncepcional combinado oral (ACO). Dentre eles, o injetável mensal e a pílula combinada - que contêm estrogênio - são enquadrados como categoria 3 da OMS nos casos de amamentação entre 6 semanas e 6 meses de pós-parto. Ou seja, os riscos decorrentes do uso do método superam os benefícios, situação que pode ser interpretada como uma

contraindicação relativa aos métodos combinados. Portanto, as opções recomendadas são a minipílula e o injetável trimestral que, neste caso, são considerados categoria 1, ou seja, podem ser usados sem restrições.

Letra B: incorreta, pois tanto o DIU de cobre quanto o DIU de progesterona são categoria 1 quando inseridos após 4 semanas de pós-parto, podendo ser utilizados sem restrições.

Letra C: incorreta, pois a menstruação facilita a inserção do DIU uma vez que o colo uterino se encontra fisiologicamente mais entreaberto, mas sua colocação não é obrigatória neste período.

Letra D: incorreta, pois como dito anteriormente, os métodos contraceptivos contendo só progestogênios podem ser utilizados, já que não há interferem na amamentação.

Letra E: incorreta, pois não há contraindicação ao uso de pílulas só de progestogênios (PSP) em pacientes em aleitamento materno exclusivo entre seis semanas e seis meses pós-parto. Essa condição é classificada como categoria 1 para uso de PSP, ou seja, o método pode ser usado sem restrições. Resposta: letra A.

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