ANTICOAGULANTES Flashcards

1
Q

: O que diferencia os anticoagulantes diretos dos indiretos?

A

Os anticoagulantes diretos atuam diretamente sobre os fatores da coagulação, inibindo principalmente os fatores Xa e IIa (trombina), enquanto os indiretos afetam o ciclo da vitamina K, inibindo fatores dependentes da vitamina K, como II, VII, IX e X.

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2
Q

: Qual é o principal representante dos anticoagulantes indiretos e como ele atua?

A

: O principal representante dos anticoagulantes indiretos é a Varfarina, que atua como antagonista da vitamina K, impedindo sua conversão para a forma ativa e, assim, inibindo fatores de coagulação dependentes de vitamina K.

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3
Q

Quais fatores de coagulação são dependentes da vitamina K?

A

Os fatores de coagulação dependentes da vitamina K são os fatores II, VII, IX e X.

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4
Q

Cite exemplos de anticoagulantes diretos e seus principais alvos.

A

Exemplos de anticoagulantes diretos incluem Rivaroxabana, Dabigatrana e Hirudina. Seus principais alvos são os fatores Xa e IIa (trombina).

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5
Q

Qual é o papel da trombina (IIa) na cascata de coagulação?

A

A trombina (IIa) converte fibrinogênio em fibrina, que é essencial para a formação do coágulo.

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6
Q

: Como os anticoagulantes diretos inibem a atividade da trombina?

A

: Os anticoagulantes diretos, como Dabigatrana, inibem diretamente a atividade proteolítica da trombina, impedindo a formação de fibrina e, consequentemente, a coagulação.

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7
Q

Qual é a função dos ativadores de plasminogênio na fibrinólise?

A

Os ativadores de plasminogênio convertem plasminogênio em plasmina, que degrada a fibrina, promovendo a dissolução do coágulo.

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8
Q

Qual é o mecanismo de ação da Varfarina?

A

A Varfarina é um inibidor da vitamina K, bloqueando a carboxilação de fatores de coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X).

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9
Q

Quais são as principais indicações clínicas da Varfarina?

A

Profilaxia e/ou tratamento de tromboembolismo venoso (TVP/TEP), trombos cardíacos, e anticoagulação em pacientes com válvulas cardíacas.

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10
Q

Quais são os efeitos adversos mais comuns da Varfarina?

A

Sangramento, alopecia e necrose cutânea.

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11
Q

Como a Dabigatrana difere da Rivaroxabana em termos de mecanismo de ação?

A

: A Dabigatrana é um inibidor direto da trombina (fator IIa), enquanto a Rivaroxabana inibe diretamente o fator Xa.

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12
Q

Quais são as principais indicações dos novos anticoagulantes orais (Dabigatrana, Rivaroxabana, Apixabana, Edoxabana)?

A

: Profilaxia de tromboembolismo em pacientes com fibrilação atrial (FA) não valvular e profilaxia e/ou tratamento de TVP/TEP.

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13
Q

: Qual a dose recomendada para a Rivaroxabana?

A

A dose recomendada para a Rivaroxabana é de 10 a 20 mg uma vez ao dia.

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14
Q

Quais são os efeitos adversos associados ao uso da Dabigatrana?

A

Os efeitos adversos mais comuns da Dabigatrana são sangramento e dor abdominal.

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15
Q

Qual é o mecanismo de ação dos antagonistas de vitamina K, como a Varfarina?

A

Eles inativam a vitamina K nos microssomos hepáticos, interferindo na formação dos fatores de coagulação dependentes dessa vitamina (fatores II, VII, IX e X).

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16
Q

: Por que o início de ação da Varfarina é mais lento em comparação com os novos anticoagulantes orais (NOAC)?

A

O início de ação é mais lento porque a inibição dos fatores de coagulação ocorre em ordem (VII, X, IX e II), e o fator II tem uma meia-vida de 60-72 horas, retardando o efeito completo da droga.

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17
Q

Qual é o risco pró-coagulante associado ao início do uso de Varfarina?

A

No início do tratamento, a Varfarina pode ter um efeito pró-coagulante de curta duração, pois inibe primeiro as proteínas C e S, que são anticoagulantes naturais.

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18
Q

Qual é a meia-vida plasmática da Varfarina e como isso afeta sua ação?

A

: A Varfarina tem uma meia-vida de 36-42 horas, o que faz com que tanto o início quanto o término de sua ação sejam lentos, com possível acúmulo de doses.

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19
Q

: Qual é o antídoto específico para reverter o efeito dos cumarínicos como a Varfarina?

A

O antídoto para reverter o efeito da Varfarina é a vitamina K

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20
Q

Por que pode ser necessário associar anticoagulantes injetáveis ao iniciar o tratamento com Varfarina?

A

Anticoagulantes injetáveis podem ser usados no início do tratamento com Varfarina para superar o efeito pró-coagulante inicial e garantir uma anticoagulação eficaz mais rápida.

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21
Q

Quais exames são utilizados para monitorar os níveis de anticoagulação em pacientes que usam Varfarina?

A

: Os níveis de anticoagulação são monitorados por meio do TP (tempo de protrombina) e INR (International Normalized Ratio).

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22
Q

Qual é o intervalo alvo de INR para a maioria dos pacientes em uso de Varfarina?

A

: O INR alvo para a maioria dos pacientes é de 2 a 3. Para pacientes com válvulas metálicas na posição mitral, o INR alvo é de 2,5 a 3,5.

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23
Q

Qual é a dose diária típica de Varfarina e quando são necessários ajustes?

A

A dose típica varia de 5 a 10 mg por dia. Ajustes de dose são necessários em casos de insuficiência cardíaca, doença renal ou hepática, desnutrição e abuso de álcool.

24
Q

Qual é a principal complicação associada ao uso de Varfarina e quando o risco é maior?

A

: A principal complicação é o sangramento, especialmente quando o INR está superior a 5. O risco é maior no trato gastrointestinal e no sistema nervoso central (SNC).

25
Q

Quais são complicações raras associadas ao uso de Varfarina?

A

Complicações raras incluem necrose epidérmica e gangrena de membros, devido à inibição das proteínas C e S.

26
Q

Quais são os dois principais fatores que influenciam a dosagem da Varfarina relacionados à dieta e estilo de vida?

A

: O consumo de alimentos ricos em vitamina K (especialmente vegetais verdes) e o uso excessivo de álcool podem influenciar a eficácia da Varfarina.

27
Q

Qual enzima hepática é envolvida nas interações farmacocinéticas da Varfarina?

A

: A enzima P450 CYP2C9 é envolvida nas interações farmacocinéticas da Varfarina.

28
Q

Quais são alguns medicamentos que inibem o metabolismo da Varfarina, aumentando seu efeito anticoagulante?

A

Metronidazol, Fluconazol e Sulfametoxazol-trimetoprima inibem o metabolismo da Varfarina, aumentando seu efeito anticoagulante.

29
Q

: Como barbitúricos e rifampicina afetam o efeito da Varfarina?

A

Barbitúricos e rifampicina diminuem o efeito anticoagulante da Varfarina ao induzir enzimas hepáticas que metabolizam o fármaco.

30
Q

Quais são as interações farmacodinâmicas mais comuns da Varfarina?

A

As interações farmacodinâmicas incluem sinergismo (comprometimento da hemostasia), antagonismo competitivo (com a vitamina K) e resistência hereditária à vitamina K.

31
Q

Como o colestiramina afeta a eficácia da Varfarina?

A

: O colestiramina liga-se à Varfarina no intestino, reduzindo sua absorção e biodisponibilidade, o que pode diminuir sua eficácia.

32
Q

Como o Ácido Acetilsalicílico (AAS) afeta o efeito da Varfarina?

A

O AAS aumenta o risco de sangramento ao intensificar o efeito anticoagulante da Varfarina, devido ao seu efeito na função plaquetária.

33
Q

: Como a doença hepática e o hipertireoidismo influenciam o efeito da Varfarina?

A

: Ambos aumentam a taxa de renovação dos fatores de coagulação, intensificando o efeito da Varfarina.

34
Q

Como os antibióticos de terceira geração (ex: cefalosporinas) afetam o efeito anticoagulante da Varfarina?

A

Eles eliminam bactérias intestinais que produzem vitamina K, inibindo sua renovação e aumentando o efeito da Varfarina.

35
Q

Qual é o impacto da vitamina K no efeito anticoagulante da Varfarina?

A

A vitamina K reduz o efeito anticoagulante da Varfarina, aumentando a síntese de fatores de coagulação dependentes de vitamina K.

36
Q

Quais são os medicamentos que têm pouco ou nenhum efeito na Varfarina?

A

Etanol, fenotiazinas, benzodiazepínicos, paracetamol, opioides, indometacina e a maioria dos antibióticos têm pouco ou nenhum efeito na Varfarina.

37
Q

Quais condições podem reduzir o efeito anticoagulante da Varfarina?

A

Hipotireoidismo (diminui a renovação dos fatores de coagulação) e resistência hereditária à vitamina K (mutação nas moléculas do ciclo de reativação da vitamina K).

38
Q

Qual é o mecanismo de ação da Edoxabana e da Apixabana?

A

Ambas inibem diretamente o fator Xa, a via comum final da coagulação.

39
Q

Quais são as principais vantagens dos inibidores do fator Xa em comparação à Varfarina?

A

Têm um rápido início de ação, meias-vidas mais curtas, são administrados em doses fixas e não requerem monitoramento de TP e INR. Além disso, apresentam menores taxas de complicações, como hemorragias.

40
Q

O que estudos clínicos mostraram sobre a Edoxabana em relação à Varfarina?

A

Estudos mostraram que a Edoxabana não é inferior à Varfarina para eventos trombóticos e tem menos eventos hemorrágicos.

41
Q

: Quais são as características farmacocinéticas da Apixabana?

A

A Apixabana tem biodisponibilidade oral de 50%, meia-vida de 12 horas com doses repetidas, é substrato do citocromo P450 e da P-glicoproteína, e é excretada na urina e nas fezes.

42
Q

A Apixabana requer monitoramento de TP e INR?

A

: Não, a Apixabana é administrada em doses fixas e não requer monitoramento de TP e INR.

43
Q

Qual é a biodisponibilidade oral da Rivaroxabana e o que a influencia?

A

A Rivaroxabana tem alta biodisponibilidade oral quando tomada com alimentos.

44
Q

Em quanto tempo a Rivaroxabana atinge seu nível plasmático máximo?

A

A Rivaroxabana atinge o nível plasmático máximo em 2 a 4 horas.

45
Q

Quais são as principais vias de metabolização e excreção da Rivaroxabana?

A

: A Rivaroxabana é metabolizada e excretada na urina e nas fezes, sendo um substrato do citocromo P450 e da P-glicoproteína.

46
Q

Qual é a meia-vida da Rivaroxabana?

A

A meia-vida da Rivaroxabana é de 5 a 9 horas, mas é mais longa em idosos e em pacientes com função renal ou hepática comprometida.

47
Q

A Rivaroxabana é substrato de quais proteínas envolvidas em sua metabolização?

A

A Rivaroxabana é substrato do citocromo P450 e da P-glicoproteína.

48
Q

Por que os inibidores do fator Xa, como Rivaroxabana e Apixabana, não são recomendados para pacientes com comprometimento renal ou hepático significativo?

A

Esses medicamentos são excretados pelos rins e fígado, e o comprometimento dessas funções pode levar ao acúmulo da droga e toxicidade.

49
Q

Quais medicamentos podem aumentar os efeitos da Rivaroxabana e da Apixabana?

A

Fármacos que inibem tanto a CYP3A4 quanto a glicoproteína P, como o cetoconazol, podem aumentar os efeitos da Rivaroxabana e Apixabana.

50
Q

: Como as complicações do uso de inibidores do fator Xa são manejadas, considerando que não possuem antídoto específico?

A

Embora não possuam antídotos específicos, como a vitamina K para Varfarina, outras medicações podem ser utilizadas para manejar complicações, como agentes pró-coagulantes.

51
Q

Qual é uma importante diferença entre os inibidores do fator Xa e a Varfarina em termos de reversão de efeito?

A

Ao contrário da Varfarina, que pode ser revertida com vitamina K ou concentrados de plasma, os inibidores do fator Xa não possuem antídoto específico.

52
Q

: Qual é o principal risco associado ao uso de inibidores do fator Xa, especialmente em pacientes acima de 75 anos?

A

O principal risco é o sangramento, especialmente em pacientes acima de 75 anos.

53
Q

: Como o risco de sangramento gastrointestinal dos inibidores do fator Xa compara-se à Varfarina?

A

Os inibidores do fator Xa aumentam a incidência de sangramento gastrointestinal e reações adversas gastrointestinais em comparação à Varfarina.

54
Q

: Qual é o manejo em casos de superdosagem de inibidores do fator Xa, considerando que não possuem antídoto específico?

A

A manutenção da função renal e diálise podem ser necessárias. Fator VIIa recombinante ou concentrados de complexo protrombínico podem ser considerados em casos de sangramento potencialmente fatal, mas seu uso não é comprovado.

55
Q

Quais são as vantagens da Dabigatrana em relação a outros anticoagulantes orais?

A

: A Dabigatrana tem farmacocinética e biodisponibilidade previsíveis, permitindo o uso de doses fixas, não requer monitoração rotineira da coagulação, e não interage com o sistema P450, sendo preferível em pacientes com doença hepática.

56
Q

Como o comprometimento renal afeta a depuração da Dabigatrana?

A

O comprometimento renal prolonga a depuração da Dabigatrana e pode exigir ajuste de dose.

57
Q

: Qual é a meia-vida da Dabigatrana em voluntários normais?

A

: A meia-vida da Dabigatrana é de 12 a 17 horas em voluntários normais.