ANOMALIAS CONGÊNITAS Flashcards
Embriologia
4ª semana: broto do membro superior:
5ª semana: esqueleto diferenciado com 3 cartilagens hialinas - o úmero, a ulna e o radio; músculos começam a se diferenciar
6ª semana: úmero com pequeno centro de ossificação; inervação sensitiva e motora distribuídas como no adulto
7ª semana: rotação medial dos braços e formação dos cotovelos; articulações e ossos já separados; grupos musculares presentes e individualizados; vasos formados
Apenas a porção distal dos dedos ainda permanecem em processo de formação
8ª semana: membro superior já formado e diferenciado; mãos se encontram e se cruzam
Etiologia
Genética: as anormalidades recessivas da mão são usualmente mais grave que as dominantes.
Quando o gene é dominante, os exemplos mais comum são: braquidactilia, camptodactilia e as polissindactilias centrais.
DEFORMIDADE DE MADELUNG
(Neligan)
Desvio radial da mão devido ao crescimento excessivo da ulna distal.
Ossos do carpo disposto de forma triangular, com o semilunar no ápice
(Resumo)
Mais comum em mulheres
Frequentemente bilateral
Encurtamento do rádio com desvio ulnar e dorsal, articulação radioulnar distal apresentando forma triangular com o semilunar no ápice do triângulo, aparência de subluxação do punho, com punho e mãos projetados para baixo
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SINDACTILIA
Persistência de uma membrana de pele e tecidos moles que une dois ou mais dedos entre si, podendo ocorrer ou não fusão entre as falanges adjacentes.
A falha na separação ocorre entre a 6ª e 8ª semanas
1:2.000 nascimentos. (PE 2020: 1:200 nascidos vivos)
Fatores hereditários (Pode ser familiar em 15-40% dos casos)
Caucasianos são mais acometidos que afrodescendentes (PE 2019/2020)
Incidência: digito 3-4 - 50%; Dígito 2-3 - 15%; Dígito 1-2 - 5%
2:1 Homens:Mulheres (PE 2020)
50% bilaterais
Uma das deformidades congênitas mais comuns do MMSS
Presente em: Acrossindactilia, Hipoplasia da mão, Síndrome de Poland, Sd de Down, Apert
Classificação:
- Incompleta: fusão dos tecidos moles não atinge a extremidade dos dedos
- Completa: fusão dos tecidos moles atinge até a extremidade dos dedos, podendo produzir uma unha única
- Simples: pele e tecidos moles compõem o espaço interdigital
- Complexa: existe comprometimento ósseo entre as falanges distais
- Complicada: caracterizada por uma anormal estrutura óssea dentro da sindactilia com fusões, ossos rudimentares, ossos faltando, articulações anormais e as vezes ossos cruzados
Na Sd de Poland:
- Os 3 dedos centrais são os mais afetados
- Pode variar: uma das mãos menor, sindactilia simples a simbraquidactilia, até hipoplasia grave de todo o braço.
Na Sd de Apert (acrocefalossindactilia):
- Acrossindactilia de mãos e pés
- Braquiclinodactlia do polegar, sindactlia completa do indicador/dedo médio/anular, simbraquifalangismo e sindactilia simples do 4º ID
- 3 tipos: Mão chata em espada (tipo I), mão constrita em cálice/enluvada (tipo II), mão coalescida em botão de rosa (tipo III).
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SINDACTILIA
(Tratamento)
Tratamento
Deve abordar não apenas os aspectos fundamentais da liberação adequada, como também o menor número possíveis de operações
A liberação da sindactilia implica a separação da pele e dos tecidos subcutâneos unidos, com preservação dos feixes neurovasculares
Por vezes é necessário sacrificar um feixe vascular em uma bifurcação distal
Do lado dorsal é possível remover tecido subcutâneo, mas é preciso ter cuidado para evitar dados ao feixe neurovascular
Dois dedos adjacentes em sindactilia completa não são separados ao mesmo tempo pois a anatomia vascular pode ser diferente
Em dedos curtos em sindactilia múltipla, por exemplo, vasos digitais podem existir apenas nos aspectos laterais dos dedos unidos
- Simples: 3 meses / 3-4 dedos - não há pressa; Polegar-indicador: liberação imediata.
- Complexa: 6 meses (a função tende a se agravar com o crescimento da mão)
- Prioridade: 1º e 4º espaços ID (oponência pressão)
- 3 ou mais dedos comprometidos: cirurgia em 2 tempos
SINDACTILIA
(Princípios tratamento)
Aspectos fundamentais na liberação de uma sindactilia:
1) Criação de uma comissura
2) Tratamento dos defeitos laterais dos tecidos moles
3) Separação das pontas dos dedos
SINDACTILIA
(Imagens)
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POLIDACTILIA
Junto com a Sindactilia, é considerada a mal formação mais comum da mão
Pode ser dividida em radial (dedo 2, 3 e 4) e ulnar
Pode ser isolada ou sindrômica
As síndromes se associam mais a polidactilia ulnar que a radial
Tratamento geralmente a partir de 1 ano
Classificação de Wassel:
Tipo I: duplicação parcial da falange distal
Tipo II: duplicação total da falange distal
Tipo III: duplicação parcial da falange proximal e total da distal
Tipo IV: duplicação total da falange proximal e distal (mais comum)
Tipo V: duplicação
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SÍNDROME DA BANDA AMNIÓTICA
(Prova oral)
Se manifesta por amputações embrionárias simples dos dedos ou por anéis constritivos de tecido mole em torno dos dedos ou do membro
Tratamento precoce: liberação dos anéis de constrição com W ou Zetaplastias
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CAMPTODACTILIA
Contratura da IFP na direção anteroposterior
Na maioria dos casos é esporádica, sem Hx familiar
O dedo mínimo é o mais envolvido, seguido do anular
Pode ocorrer no 1º ano de vida e evoluir ou se manifestar na adolescência
Tratamento conservador é predominante
BRAQUIDACTILIA
Encurtamento complexo dos dedos
Varia do crescimento insuficiente simples a ausência total de algumas falanges
Mão Fissurada Típica X Mão Fissurada Atípica
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PARALISIAS DO MEMBRO SUPERIOR DO RECÉM-NASCIDO
(PE 2019) O diagnóstico para indicação de tratamento cirúrgico e o estabelecimento de um prognóstico favorável no tocante a obtenção de função do membro é feito aos 2 meses
Recomenda-se que se esperem 3-4meses, com exames físicos em série para avaliar a evidência de recuperação espontânea.
Os testes de eletrodiagnóstico sano aconselhados em 3 meses quando não houver evidencia de recuperação clínica, como alterações de EMG que precedem a recuperação clínica
Se não houver evidência de reinervação em 3 meses a exploração cirúrgica e a reconstrução são justificadas