Animais Peçonhentos Flashcards
Primeiros socorros
-Lavar o local da picada com água e sabão ou só água
-Manter o paciente deitado e hidratado
-Procurar o serviço médico mais próximo
-Se possível, levar o animal para identificação
-NÃO fazer torniquete/garrote; cortar o local da picada ou perfurar ao redor; colocar folhas; pó de cafe ou outros contaminates oferecer bebidas alcoólicas, querose ou outros produtos tóxicos
Acidente Botrópico - efeitos locais
processo inflamatório agudo, hemorragia, dor
Acidente batrópico - complicações locais
bolhas, necrose, abcesso, síndrome compartimental, limitação de movimentos e amputação
Acidente botrópico - efeitos sistêmicos
-Incoagulabilidade sanguínea
-Sangramentos (gengivorragia, equimoses, hematúria)
Acidentes botrópicos - casos graves
-Hipotensão arterial e choque
-Hemorragia intensa
-Insuficiência renal
-Edema extenso
Acidente botrópico - fatores de risco para complicações
Torniquetes
Incisões
Picada na ponta dos dedos
Tempo decorrido entre a picada e o atendimento médico
Acidente botrópico - exames complementares
-Coagulação: tempo de coagulação aumentado (demora mais que o normal para coagular) e pode ter plaquetopenia
-Hemograma: leucocitose com aumento de neutrófilo e desvio à esquerda
-Ureia, creatinina e CK
Acidente botrópico - tratamento
-Elevação do membro picado
-Analgesia
-Hidratação
-Antibioticoterapia se necessário (previne infecções secundárias)
-Profilaxia antitetânica
Acidente laquético - efeitos locais
dor, edema, eritema, equimose, bolhas
Acidente laquético - efeitos sistêmicos
alteração de coagulação, hipotensão arterial, bradicardia, cólica abdominal, diarreia
Complicações do acidente laquético
infecção secundária, necrose, déficit funcional, síndrome compartimental
Acidente laquético - tratamento
10-20 ampolas IV de soro antilaquético (SAL) ou soro antibotrópico-laquético (SABL)
Acidente crotálico - efeitos locais
edema discreto, parestesias
Acidente crotálico - efeitos sistêmicos
-Fácies miastênica: ptose palpebral, flacidez dos m. da face, oftalmoplegia (presente tambem no elapídico)
-Turvação visual, diplopia, miose/midríase (presente também no elapídico)
-Alteração do olfato e paladar
-Mialgia generalizada, urina escura
-Sangramento discreto: gengivorragia, equimose
Complicações do acidente crotálico
-Insuficiência respiratória (assim como o elapídico): paralisia dos m. da caixa torácica
-Insuficiência renal aguda: mioglobinúria
Acidente crotálico - Exames complementares
-Tempo de coagulação alterado em 40%
-Aumento de CPK (estado muscular e cardíaco), DHL (investigar problemas cardíacos, hepáticos, renais, ou alterações hematológicas) e TGO (alteração hepática)
-Hemograma: leucocitose com aumento de neutrófilos
-Aumento de ureia, carbono, ác. úrico, potássio e fósforo
-Diminuição de Cálcio
Acidente Elapídico - efeitos locais
Parestesia
Acidente elapídico - efeitos sistêmicos
-Vômitos
-Fácies miastênica: ptose palpebral, oftalmoplegia, flacidez dos m. da face (presente também no crotálico)
-Turvação visual, diplopia, miose/midríase (presente também no crotálico)
-Dificuldade para deglutição
Complicações do Acidente Elapídico
Insuficiência respiratória (assim como o crotálico)
Mecanismo de ação do veneno escorpiônico
Ativam os canais de Na+, despolarizando as terminações nervosas: sensitivas, motoras e SNA (parssimpático e simpático)
-Mesmo das aranhas Phoneutria
Quadro leve do escorpianismo
-97% dos quadros
-Dor, eritema, sudorese local
-Tratamento com sintomáticos
Quadro moderado do escorpianismo
-1,3% dos casos
-Alterações locais e sistêmicas: vômitos, naúseas, agitação, sonolência, sudorese, HA, taquicardia, taquipneia (igual ao da aranha Phoneutria, adicionando sonolência)
-Soro antiescorpiânico (SAE) ou Soro antiaracnídico (SAA: faz quando não o SAE não está disponível ou quando não é possível identificar o animal) -> 2-3 ampolas EV
Quadro grave de escorpianismo
-1,7% dos casos
-Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, espasmos musculares, bradicardia e bradipneia (contrário do quadro moderado), alterações no ECG, edema agudo de pulmão (EAP), ICC, choque
-Tratamento: Soro antiescorpiônico (SAE) ou Soro antiaracnídeo (SAA: quando não é possível identificar o animal ou quando o SAE não está disponível) -> 4-6 ampolas EV
Prevenção dos acidentes por escorpião
-Manter a casa limpa, sem acúmulo de lixo
-Cuidado ao manusear materiais de construção, como tijolos
-Sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usar
-Verificar roupa de cama antes de deitar
-Tampar buracos e frestas
-Preservar os predadores naturais (sapos e galinhas)
Epidemiologia dos acidentes por Phoneutria (aranha)
-Sazonalidade: incidência aumenta nos meses de abril e maio (sul e sudeste)
-Região da picada: predomínio nas extremidades
-Intervalo entre picadas e atendimento: início precoce de sintomas
-Circunstâncias do acidente: calçando, limpando jardim,
manuseando frutas/legumes
Mecanismo de ação do veneno por Phoneutria (aranha)
-Mesmo do escorpião
-Ativação dos canais de Na+, despolarizando terminações nervosas: Sensitivas, motoras SNA (Simpático e Parassimpático)
Quadro leve do acidente por Phoneutria
-Dor, eritema, edema, sudorese local
-Tratamento com sintomáticos
Quadro moderado por acidente de Phoneutria
-Alterações locais e sistêmicas: vômitos, naúseas, agitação, sudorese, HA, taquicardia, taquipneia (igual ao quadro moderado de escorpiões, sem sonolência)
-Tratamento: Soro antiaracnídeo (SAA) -> 2-4 ampolas EV
Quadro grave de acidente por Phoneutria
-Alterações locais + sistêmicas: Vômitos profusos, sialorréia, sudorese profusa, agitação, tremores, hipertonia muscular, priapismo, choque, edema agudo de pulmão
-Tratamento: Soro antiaracnídio -> 5-6 ampolas EV
Epidemiologia dos acidentes por Loxosceles
-Sazonalidade: meses quentes (Sul e Sudeste)
-Região da picada: predomina em regiões centrais
-Intervalo entre picada e atendimento: aparecimento dos
sintomas tende a ser mais tardio
-Circunstâncias do acidente: vestindo, dormindo
Manifestações gerais do loxoscelismo
Febre, mal-estar, exantema
Forma cutânea do loxascelismo
edema local endurado, dor local, equimose, isquemia, vesícula, bolha, necrose
Forma cutâneo-hemolítica do loxoscelismo
-Hemólise intravascular
-Coagulação intravascular disseminada (CIVD) -> ativação sistêmica da coagulação sanguínea
-Insuficiência renal aguda (IRA)
Tratamento do loxoscelismo
-Forma cutânea: 5 âmpolas de soro antiaracnídeo (SAA)
-Forma cutâneo-hemolítica/ cutâneo-visceral: 10 âmpolas de SAA
-Corticosteroide: prednisona 1mg/kg/dia por 5 dias
Antiveneno -apresentação e conserva
se apresenta de forma líquida e é conservado em 2-8 graus
Administração do antiveneno
• Dose única, não fracionada
• Via endovenosa, diluído ou não
• Quantidades iguais para crianças e adultos
• Número de ampolas proporcional à gravidade do acidente
Manifestações clínicas cutâneas ao usar antiveneno
prurido, urticária, rubor
Manifestações clínicas do TGI ao usar antiveneno
naúseas, vômitos, cólicas, diárreia
Manifestações clínicas respiratórias ao usar antiveneno
estridor laríngeo, broncoespasmo, edema de glote
Manifestações clínicas cardiovasculares ao usar antiveneno
angioedema, hipotensão, choque
Reações precoces ao soro heterólogo
-Reação anafilática: exige sensibilização prévia (é estimulada por um alérgeno) e libera IgE X Reação anafilactóide: não tem necessidade de sensibilização prévia e não libera IgE.
-Liberação de histamina, leucotrieno, PGs, fator químico de neutrófilos e de eosinófilos -> aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação e constricção brônquica
Fatores predisponentes para a manifestação clínica no uso de antiveneno
• tipo de soro
• dose de soro
• velocidade de infusão
• soroterapia prévia
• sensibilidade individual
Medidas de prevenção e redução das reações precoces aos soros heterólogos
-Diluição
-Pré-medicação: anti-histamínicos -> bloqueador H1 (promtazina, dexclorfeniramina e difenidramina) e bloqueador H2 (cimetidina e ranitidina)
Corticoesteróides
Tratamento das reações precoces
-Suspender temporariamente a soroterapia
-Adrenalina (1:1000) - 0,1 ml/kg, até 3,0 ml
EV, intratecal (diluída a 1:10), subcutâea; repetir até 3 vezes com intervalo de 5 min.
-Hidrocortisona - 30 mg/kg EV com dose máxima de 1000 mg.
-Prometazina (anti-histamínico) - 0,5 mg/kg EV com dose máxima de 50 mg.
-Expansão da volemia - SF ou solução de Ringer lactato 20 ml/kg.
Medicação para crise asmatiforme
-bronco-dilatador b2, tipo fenoterol
aminofilina 3-5 mg/kg/dose EV 6/6h
Possíveis reações pirogênicas aos antivenenos
febre, tremores, calafrios
Reações tardias ao usar o antiveneno (doença do soro) e como tratar
febre
artralgia
urticária
adenomegalia
hepatoesplenomegalia
proteinúria
Tratamento-> prednisona: 1 mg/kg/dia (máximo 60mg) via oral, 5-7 dias