Anestésicos Locais Flashcards
O grau de ionização do anestésico local (AL) depende do pKa do fármaco e do pH do meio, sendo regido pela famosa autorização de Henderson-Hasselbach:
pKa - pH = log da fração ionizada / fração não ionizada
As soluções de AL são ácidas (pH 3,5 a 5,5), e nesse caso a maior parte do AL está na forma ionizada.A adição de bicarbonato de sódio diminui a latência do anestésico, melhora a qualidade e prolonga o tempo de bloqueio do anestésico devido ao aumento da forma não ionizada do anestésico.
A duração de ação de um anestésico local (AL) tem grande relação com a lipossolubilidade, porém é marcadamente influenciada pelos efeitos vasculares periféricos do AL.Muitos têm um efeito bifásico no músculo liso vascular, causando vasoconstrição em concentrações baixas e vasodilatação em concentrações maiores.Existem, no entanto, diferenças no grau de atividade vasodilatadora de vários medicamentos.Os efeitos dos anestésicos locais sobre o tônus vascular e regional do fluxo sanguíneo são complexos e variam de acordo com a concentração, o tempo e o leito vascular particularmente próximo ao local de aplicação, entre outros fatores.Como um exemplo prático,
Essa ação vasoconstritora reduz o fluxo sanguíneo no local em que o anestésico foi depositado e isso reduz a eliminação do fármaco e prolonga a duração da ação.
A lidocaína é eficaz para a infiltração em concentrações tão diluídas quanto 0,3%, abaixo disso o efeito pode não ser diluído,
500 mg de lidocaína a 0,5% sem adrenalina é a dose máxima recomendada para anestesia por infiltração.
A solução de lidocaína a 0,5%com adrenalinatem duração de ação de 120 minutos.
Os anestésicos locais com maior potencial hidrofóbico são mais potentes e bloqueadores anestésicos mais duradouros.
Na molécula do anestésico local, qual é a porção ionizável que sofre influência do pH do meio?
Grupo amina
Estrutura básica de todo AL
grupo aromático hidrofóbico, uma cadeia protegida de ligação e um grupamento amina.
Apotênciados anestésicos locais se relaciona com alipossolubilidade, que aumenta com o número de átomos de carbono constituintes das estruturas imunes
A duraçãode açãoé diretamente proporcional aograu de ligação proteica, já que quanto maior a ligação proteica à alfa-1 glicoproteína e em menor extensão à albumina, mais prolongada é a eliminação do sítio efetor (
Alatênciaé dependente de fatores múltiplos, incluindo a lipossolubilidade, a concentração relativa do fármaco não ionizado lipossolúvel e a porção ionizada hidrofílica, expressa comopKa.Os anestésicos locais com pKa próximo ao pH fisiológico apresentam alta concentração de recepção básica não ionizada, a qual pode atravessar a membrana celular dos neurônios, proporcionando uma atividade mais rápida da porção ionizável na região interna dos neurônios (menor latência).
Os anestésicos locais com pKa próximo ao pH fisiológico apresentam alta concentração de recepção básica não ionizada, a qual pode atravessar a membrana celular dos neurônios, proporcionando uma atividade mais rápida da porção ionizável na região interna dos neurônios (menor latência).
O potencial de toxicidade pelos anestésicos locais é aumentado pela maior frequência de despolarização das membranas devido à:
maior proporção de canais de sódio no estado inativo
Parece haver um único sítio de ligação dos anestésicos locais nos canais de sódio, com uma síndrometônica em relação à água e as memórias fásicas aumentadas como resultado da despolarização.
Esse fenômeno debloqueio fásico revela a cinética de ligação do anestésico local ao canal de sódio cuja produção doanestésico é dependente das diferentes conformações do canal de sódio resultantes da despolarização.Osestados abertos e inativos ligam o anestésico local mais avidamente que o estado do canal em repouso.
Despolarizações repetidas aceleradas aceleradas de canais ligados ao anestésico, enquanto a dissociaçãodessa sinalização é um processo mais lento que a recuperação normal de inativação do canal e resulta no acúmulo de canais no estado inativo proporcionalmente maior com a maior frequência de uso.Mais canaisinativados permaneceram ligados ao anestésico local e, reciprocamente, controlados menos ativação.Assim, a ligaçãodo anestésico é aumentada pela despolarização da membrana uma vez que mais sítios de ligação permanecemacessíveis durante a ativação dos canais de sódio e a dissociação do anestésico dos canais inativos é maislenta do que da conformação em repouso.
Comparados com os ésteres, o metabolismo dos anestésicos locais tipo amida é mais complexo e maislento.Esse metabolismo mais lento significa que aumentos sustentados da concentração plasmática dasamida e, consequentemente de sua toxicidade, é maior do que com os anestésicos locais tipo éster.
A metemoglobinemia está associada àadministração de altas doses de prilocaína.
Os anestésicos locais possuem em sua maioria um grupo aromático (lipossolúvel, hidrofóbico) associado a um grupo amina (polar, hidrofílico).Esses dois grupos são ligados por uma cadeia biológica que determina a classificação do anestésico local como amida ou éster.Procaína, tetracaína e benzocaína são exemplos de ésteres.Enquando prilocaína é um composto amida.
A ligação molecular que existe nos anestésicos locais do tipo éster é mais fácil de ser quebrada que a ligação molecular do grupo amida, por isso os ésteres são mais instáveis em solução e não podem ser armazenados por tanto tempo quanto as amida.As amidadas são termoestáveis e podem sofrer o processo de autoclave, os ésteres não.
A atividade e os anestésicos depotênciasão experimentados pela estereoquímica dos anestésicos locais.”
A bupivacaina, devido à sua cardiotoxicidade, impulsionou a criação dos enantomeros Ropivacaina e Levobupivacaina.Abrindo mão de potência (e toxicidade),através da modificação na estrutura tridimensional da molécula, temos drogas com melhor índice de segurança.
Partindo do princípio que os receptores onde as emissão são aminoácidos quirálicos e apresentammaior produção pela forma R+ do que com a forma R-,e entendendo que as misturas racêmicas (BUPIVACAINA) apresentam partes iguais de R+ e R- em partes iguais, logo , fica fácil chegar a conclusão de que o Isomero Levogiro – ROPIVACAINA – apresenta menor chance de toxicidade e menor potência, por possuir apenas a parte R-.
a adrenalina apresenta de fato aumento de duração de bloqueio quando utilizada em conjunto com AL, por diminuir a absorção local pelo efeito vasoconstritor,menos com a Ropivacaina,cuja molécula apresenta efeito vasoconstritor intrínseco.
O cloridrato de lidocaína (eo cloridrato de prilocaína) exerce efeitosvasodilatadores, o que pode limitar a duraçãode ação da anestesia locale, consequentemente, determinar o maior nível sanguíneo da droga.Nesses casos, o uso daadrenalinavai beneficiar a duração do bloqueio por se contrapor a esse efeito.
O bicarbonato de sódio diminui em teoria o pH local, e como os AL são bases fracas, vai possibilitar um aumento na suaabsorção não-ionizada, facilitando seu efeito final.
Anestésico local com potência média e duração prolongada:
Lidocaína
Anestésico local que apresenta um pKa de 8,1, ligação proteica de 95% e lipossolubilidade de 3420
Bupivacaína
A adição de bicarbonato de sódio a soluções de anestésicos locais associa-se com:
aumento da receita não ionizada do anestésico local no meio extracelular
O bicarbonato adicionado aos anestésicos locaisaumenta o pHdo meio e, consequentemente, haverá maior proporção da drogana forma não-ionizada, o que aumenta a velocidade de ação da anestesia (redução da latência).
o pKa de uma droga se associa com a latência!Esse conceito é cobrado quase todos os anos nas provas da SBA.Ora, se os AL são bases fracas, o aumento do pH com o uso de bicarbonato vai trazer o pH do plasma para valores mais próximos da pKa da droga.
A incidênciade efeitos sistêmicosse relaciona com a esteroisomeria da droga, se é uma mistura racêmica ou um isômero isolado (bupivacaina e levobupivacaina, por exemplo).