Anato P3 Flashcards

1
Q

Descreva a anatomia endoscópica de todo o tubo digestório.

A

Na cavidade oral vemos a língua e suas papilas, os pilares amigdalianos, tonsilas palatina e lingual, úvula e orofaringe. No esôfago vemos pregas longitudinais e suas 3 constrições (faringoesofágica, aortobrônquica e diafragmática), e a transição para o estômago com a linha Z de Zenker. No estômago vemos pregas cerebriformes que se tornam mais regulares quanto mais próximas da curvatura menor, com mucosa lisa na região do antro pilórico e do piloro. No duodeno vemos a ampola duodenal com paredes lisas e depois vemos um pregueamento transversal, com duas projeções na parte descendente (papilas duodenais). No jejuno vemos um pregueamento transversal mais definido e em maior número. Já no íleo, esse pregueamento vai se tornando menos exuberante. No ceco, após a papila íleocecal, vemos uma região dilatada de paredes lisas e elásticas. Os cólons apresentam pregueado transversal mais regular e espesso, com saculações típicas. No reto, após a transição retossigmóidea, nota-se a presença de 3 pregas transversais bem definidas e a ampola do reto, separada do canal anal, de parede lisa, pelas colunas anais.

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2
Q

Descreva a drenagem linfática do estômago.

A

Em linhas gerais, a drenagem linfática do trato gastrointestinal segue a irrigação arterial. Assim, o estômago será drenado por Lnn. gástricos esquerdo e direito e Lnn. gastromentais (ou gastroepiplóicos) esquerdo e direito (que segue para os Lnn. esplênicos). Estes linfonodos todos desaguarão seus vasos eferentes nos Lnn. do tronco celíaco, que seguirão para a cisterna do quilo e ducto torácico.

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3
Q

Localize os focos de ausculta do coração no tórax.

A
  • Área mitral: na LHCE em nível do 5º EIC
  • Área tricúspide: à esquerda do processo xifóide
  • Área pulmonar: 2º EIC esquerdo, lateral ao esterno
  • Área aórtica: 2º EIC direito, lateral ao esterno
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4
Q

Localize os focos de ausculta do pulmão nas paredes anterior e posterior do tórax.

A

Anterior: na parede anterior auscultamos os lobos superiores de ambos os pulmões e o lobo médio do pulmão direito. Os lobos inferiores, porém, só podem ser auscultados lateral e posteriormente. É importante também ter a noção de que, na parede posterior, estamos auscultando lobo superior até T4 e lobo inferior de T4-T10. Podemos também auscultar a traqueia na região da fúrcula esternal. E por último, lembrar do trígono da ausculta na parede posterior do tórax.

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5
Q

Estruturas lesadas por FAF com entrada pelo terço médio do esterno e saída pela região interescapular à nível do corpo vertebral de T8.

A

Pele, TCS, fáscia peitoral, esterno, fáscia endotorácica, vasos torácicos internos, timo e Lnn. paraesternais, pericárdio fibroso, lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso, coração, lâminas visceral e parietal do pericárdio seroso, pericárdio fibroso, plexo esofágico, esôfago, aorta descendente torácica, V. ázigo, ducto torácico, fáscia endotorácica, Lig. longitudinal anterior, corpo vertebral de T8, Lig. longitudinal posterior, corpo adiposo extradural, medula espinal, lâmina do arco vertebral, Proc. espinhoso, L. interespinal, L. supraespinal, M. trapézio, fáscia muscular, TCS e pele.

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6
Q

Dê as diferenças de cortes tomográficos das regiões alta, média e baixa do abdome.

A

Alto (nível de T10): costelas nas laterais, esterno anteriormente, coluna vertebral posteriormente (com medula e musculatura do dorso). Aorta descendente abdominal e VCI anteriores ao corpo vertebral. Lobos direito e esquerdo do fígado ocupando as porções lateral D e anterior. Estômago lateralmente à E. Posteriormente, vê-se o baço e os recessos costodiafragmáticos posteriores.

Médio (nível de L1-L2): costelas nas laterais e coluna vertebral posteriormente. Aorta descendente abdominal e VCI anteriormente ao corpo vertebral. Lobo direito do fígado e vesícula biliar lateralmente à direita. Cólon transverso, alças de intestino delgado e o pâncreas anteriormente. Rins e vasos renais posteriormente.

Baixo (nível de L5): musculatura abdominal anteriormente a alças intestinais. Coluna vertebral e ossos da pelve nas laterais e posteriormente. Aorta descendente abdominal e VCI anteriormente ao corpo vertebral. M. psoas maior nas margens laterais da coluna. Extremidade inferior do rim direito à direita.

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7
Q

Relações anatômicas das estruturas situadas no hipocôndrio direito.

A

Encontramos o fígado, principalmente seu lobo direito, com a vesícula biliar aderida a sua face visceral, a qual apoia a porção do fundo vesicular sobre a flexura hepática do cólon. A região do duodeno e pâncreas se situam posteriormente a essas estruturas, mas anteriormente ao pedículo hepático. Esse pedículo se situa anteriormente à VCI, a qual se situa medialmente ao rim e Gl. suprarrenal direitos.

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8
Q

Cite quais são os ramos das Aa. coronárias.

A

Esquerda:
- A. circunflexa: ramos A. marginal esquerda e A. ventricular esquerda posterior
- R. interventricular anterior: ramos laterais e septais (2/3 anteriores do septo interventricular)
Direita:
- A. marginal direita
- R. interventricular posterior: ramos septais (1/3 posterior do septo interventricular)
- R. do cone arterial
- R. do nó sinoatrial
- R. do nó atrioventricular

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9
Q

Quais são os locais de anastomose entre as Aa. coronárias esquerda e direita? (em geral não são suficientes para manter a viabilidade do tecido em caso de oclusão)

A
  • Ramos interventriculares posterior e anterior no ápice do coração
  • Ramos septais anteriores e posteriores no septo interventricular
  • A. circunflexa e A. coronária direita na parede posterior do ventrículo esquerdo
  • Aa. marginais esquerda e direita no ápice do coração,
  • A. coronárias no sulco coronário
  • O ramo conal da A. interventricular anterior se comunica com o ramo conal da A. coronária direita, formando o círculo anastomótico de Vieussens.
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10
Q

Por que um paciente com infarto de tronco de coronária direita pode apresentar arritmia no período pós-IAM?

A

Na maioria dos casos os ramos arteriais dos nós sinoatrial e atrioventricular provêm da A. coronária direita. Assim, em um caso de isquemia o paciente sofrerá de crises de arritmia pois os locais chave do complexo estimulante do coração estarão em hipóxia.

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11
Q

Explique, anatomicamente, o fato de uma moeda engolida seguir para a base do pulmão direito.

A

Um indivíduo em pé que aspire um corpo estranho tem maiores chances desse progredir pelo brônquio principal direito pois é mais amplo, curto e verticalizado quando comparado com o brônquio principal esquerdo.

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12
Q

Defina segmento broncopulmonar.

A

Unidade funcional dos pulmões separada por tecido conjuntivo (septo intersegmental), cirurgicamente ressecável, que é suprida independentemente por seu brônquio segmentar e seu ramo arterial pulmonar, e drenada por partes interssegmentares de Vv. pulmonares que se situam no tecido conjuntivo adjacente.

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13
Q

Cite quais são os segmentos pulmonares.

A

Pulmão E:

  • Lobo superior:
    • Segmento apicoposterior
    • Segmento anterior
    • Segmento lingular superior
    • Segmento lingular inferior
  • Lobo inferior:
    • Segmento superior
    • Segmento basilar anteromedial
    • Segmento basilar posterior
    • Segmento basilar lateral

Pulmão D:

  • Lobo superior:
    • Segmento apical
    • Segmento posterior
    • Segmento anterior
  • Lobo médio:
    • Segmento lateral
    • Segmento medial
  • Lobo inferior:
    • Segmento superior
    • Segmento basilar medial
    • Segmento basilar lateral
    • Segmento basilar anterior
    • Segmento basilar posterior
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14
Q

Descreva a topografia do fundo da vesícula biliar, do duodeno-pâncreas, do apêndice cecal e do ceco.

A

O fundo da vesícula biliar se projeta lateralmente a partir da margem inferior do fígado, apoia-se sobre o colo transverso e flexura hepática do colo. É encontrado superficialmente onde a linha formada entre o ápice da linha axilar anterior e cicatriz umbilical cruza com o RCD.
O pâncreas localiza-se no assoalho do saco menor, na região epigástrica e do hipocôndrio esquerdo, formando o “leito” do estômago. Sua cabeça é retroperitoneal e se localiza alojada no segmento descendente do duodeno, que também é retroperitoneal. Superficialmente, situa-se no ponto médio entre o ponto cístico e a cicatriz umbilical.
O apêndice vermiforme é um tubo estreito que se evagina do ceco, possuindo um segmento de mesentério (mesoapêndice) que contém os vasos apendiculares, conectado ao mesentério do jejuno-íleo. É encontrado entre os terços intermédio e lateral da linha formada entre a cicatriz umbilical e a EIAS. O ceco se aloja na FID, sendo revestido por peritônio mas não possuindo mesentério.

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15
Q

Descreva o exame ginecológico sob o ponto de vista anatômico, anatomia externa e interna.

A

Inspeciona-se a pilificação do monte púbis, a comissura anterior dos lábios maiores, os lábios maiores, e a comissura posterior dos lábios maiores. Também são inspecionados a glande do clitóris, o seu prepúcio e frênulo, o ânus e a rafe do períneo. Ao afastar os lábios menores, visualiza-se o vestíbulo da vagina, o óstio externo da uretra e a vagina.
Ao fazer a palpação é verificada a perviedade da vagina, a rugosidade das paredes, o fórnice vaginal posteriormente, anteriormente e lateralmente, a perviedade do colo do útero e se é indolor à palpação.
No caso do exame especular, será possível visualizar o colo do útero e o óstio externo do canal cervical.

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16
Q

Descreva as relações anatômicas do ureter esquerdo e seus estreitamentos.

A

O ureter esquerdo emerge como continuação da pelve renal (estreitamento da junção ureteropiélica), posteriormente à V. e A. renais. Corre por sobre o M. psoas maior esquerdo, cruzando com os vasos gonadais, aderido ao peritônio parietal, porém no retroperitônio. Ele cruza sobre os vasos ilíacos, próximo à bifurcação em vasos ilíacos externos e internos (segundo estreitamento), entra na pelve e chega à bexiga urinária na sua parede posterior (estreitamento na junção ureterovesical).

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17
Q

Trauma anterior a L1/L2 com secção total da flexura duodeno-jejunal do intestino delgado. Foi suturado mas ocorreu necrose. Por que?

A

A região é uma das zonas críticas em termos de irrigação do trato gastrointestinal, uma vez que é uma área de transição de irrigação. É a primeira área isquêmica do intestino pois não possui grandes quantidades de anastomoses arteriais. Assim, uma vez lesada, devido ao déficit de suprimento sanguíneo, a cicatrização fica prejudicada.

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18
Q

Quais são as zonas críticas de irrigação do trato gastrointestinal?

A
  • Flexura duodeno-jejunal do intestino delgado
  • Íleo terminal
  • Flexura esplênica do cólon
  • Junção retossigmóidea
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19
Q

Descreva as diferenças anatômicas entre úlcera de parede anterior e posterior da primeira porção do duodeno.

A

A parede anterior da primeira porção do duodeno apresenta vascularização menos exuberante quando comparada com a parede posterior, a qual está intimamente relacionada à A. gastroduodenal, ducto colédoco, V. porta e VCI. Assim, úlceras de parede posterior perfuram com maior dificuldade, porém apresentam sangramento importante. Em contrapartida, úlceras de parede anterior perfuram mais facilmente, entretanto sangram menos.

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20
Q

Limites e conteúdo do Trígono Hepático-Cístico (de Buddet-Calot).

A

Limites:
- Lateral: ducto cístico
- Medial: ducto hepático comum
- Superior: margem inferior do fígado
Conteúdo:
- A. cística (R. direito da A. hepática própria)
- Ln. de Mascagni

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21
Q

Descreva a segmentação hepática.

A

Segmentação falsa que leva em conta os territórios vasculares que a V. porta apresenta no interior do órgão, além das ramificações da A. hepática e do ducto hepático. A numeração dos segmentos segue no sentido horário:

- V. porta divide o fígado em segmentos superior e inferior.
- V. hepática média divide o fígado em lobos direito e esquerdo.
- V. hepática direita divide o lobo direito em segmentos anterior (V e VIII) e posterior (VI e VII).
- Lig. falciforme divide o lobo esquerdo em um segmento medial (IVa/IVb) e um lateral (II e III).
- O segmento I (lobo caudado) é localizado posteriormente.
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22
Q

Explique anatomicamente o por que de uma paciente submetida à histerectomia total poder evoluir com anúria.

A

Em uma histerectomia total é necessário ligar as Aa. uterinas bilateralmente. Como os ureteres estão intimamente relacionados a tais artérias (“the water goes under the bridge”), ambos podem ter sido ligados juntos por engano, cursando com anúria.

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23
Q

Descreva o sistema de condução cardíaco.

A

A condução elétrica do coração se inicia no nó sinoatrial, localizado na transição entre a VCS e a parede do átrio direito. O nó SA funciona como um marcapasso natural do coração e emite, via condução miogênica, impulsos nervosos pela parede do átrio direito em direção ao nó atrioventricular. O nó AV está localizado na região do esqueleto fibroso do coração, próximo à parte membranácea do septo interventricular. Dele emergem fibras nervosas que se dividem em dois fascículos atrioventriculares que migram em direção ao ápice cárdico em cada ventrículo. O feixe esquerdo perfura o septo membranáceo e percorre pelo ventrículo esquerdo, enquanto o feixe direito corre pelo ventrículo direito. Uma vez no ápice, esses feixes se ramificam para inervar o miocárdio de cada ventrículo.

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24
Q

Descreva as diferenças entre predominância e preponderância do sistema de irrigação cardíaco.

A
  • Predominância: se refere a qual A. coronária é responsável pela formação do R. interventricular posterior. (67% há dominância direita).
  • Preponderância: se refere a qual A. coronária apresenta maior aporte sanguíneo num mesmo período de tempo (tronco da coronária esquerda é comumente o vaso preponderante).
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25
Q

Explique, anatomicamente, por que um paciente com tumor de mediastino pode apresentar sintomas da Sd. de Claude-Bernard-Horner.

A

O tumor pode comprimir gânglios simpáticos torácicos ligados a feixes responsáveis pela inervação simpática da face.

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26
Q

Descreva o conteúdo do mediastino posterior.

A

A parte posterior do mediastino inferior contém:

- Aorta descendente torácica
- Ducto torácico e os troncos linfáticos
- Lnn. mediastinais posteriores
- Vv. ázigo e hemiázigo
- Esôfago e Plexo nervoso esofágico
- Cadeia simpática torácica
- N. vago
- Nn. esplâncnicos torácicos
27
Q

Descreva a anatomia dos recessos pleurais.

A

São espaços pleurais em que a pleura parietal está mais afastada da pleura visceral. Logo, para que esse espaço da cavidade pleural seja ocupado, é necessária uma inspiração forçada. São importantes pois estão comumente associados ao acúmulo de líquidos no tórax. São eles:

- Recessos costomediastinais: formados pelo encontro da pleura parietal costal com a pleura parietal mediastinal.
- Recessos costodiafragmáticos: formado pelo encontro da pleura parietal costal com a pleura parietal diafragmática (esquerdo maior que o direito).
28
Q

Cite os limites e a importância do espaço de Traube.

A

O espaço de Traube é uma região semilunar do 6º ao 10º EIC, tendo como limite o gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago..
É normalmente ocupado pelo estômago (som timpânico à percussão), porém pode ser ocupado pelo baço em uma situação de esplenomegalia (som maciço à percussão).

29
Q

Descreva a irrigação do estômago.

A

Na curvatura menor correm as Aa. gástrica esquerda (ramo direto do tronco celíaco) e direita (ramo da A. hepática própria). Na curvatura maior correm as Aa. gastromental esquerda (ramo da A. esplênica) e direita (ramo da A. gastroduodenal). Na região do fundo gástrico e parte superior do corpo do estômago há as Aa. gástricas curtas e posteriores (ramos da A. esplênica).

30
Q

Descreva a drenagem venosa do estômago.

A

As Vv. gástricas esquerda e direita drenam para o sistema porta (a V. gástrica esquerda também drena para o plexo venoso esofágico numa das anastomoses portossistêmicas). As Vv. gástricas curtas e gastromental esquerda drenam para a V. esplênica. A V. gastromental direita drena para a V. mesentérica superior. A V. pré-pilórica drena para a V. gástrica direita.

31
Q

Descreva a drenagem linfática do intestino grosso.

A

A linfa é drenada para os linfonodos paracólicos. Daqui, a linfa é encaminhada para os linfonodos da artéria responsável pela irrigação da região. Em seguida, formam-se os troncos intestinais e, então, o ducto torácico.

32
Q

Descreva a irrigação da Gl. suprarrenal direita.

A

As Aa. suprarrenais direitas têm 3 origens:

- A. suprarrenal superior D: R. da A. frênica inferior direita
- A. suprarrenal média D: R. da aorta descendente abdominal
- A. suprarrenais inferior D: R. da A. renal direita
33
Q

Descreva as relações anatômicas do Rim direito.

A

Está localizado mais inferiormente quando comparado ao rim esquerdo devido à presença do fígado. Superiormente há o M. diafragma, o lobo direito do fígado e a Gl. suprarrenal. Inferiormente, sua face posterior se relaciona com o M. psoas maior direito e com o M. quadrado lombar direito. Anteriormente, temos o duodeno (primeira e segunda partes), cólon ascendente, cabeça do pâncreas e parte do lobo direito do fígado. O rim direito é mais próximo da VCI do que da aorta, por isso a V. renal direita é mais curta que a esquerda, porém a A. renal direita é mais longa que seu par esquerdo.

34
Q

Descreva os planos atravessados e possíveis estruturas lesadas para realização de massagem cardíaca interna.

A

Para se chegar no seio oblíquo se atravessa a pele, TCS, fáscia peitoral, esterno, fáscia endotorácica, pericárdio fibroso e lâmina parietal do pericárdio seroso, por meio de uma incisão oblíqua a partir do ápice cardíaco no sentido da VCS. Podem ser lesados os vasos torácicos internos, os feixes vasculonervosos intercostais, os vasos pericardiofrênicos, pleura parietal e os Nn. frênicos e vagos.

35
Q

Descreva o RX PA de tórax e como se apresentaria em um caso de pneumonia.

A

A: traqueia e brônquios principais direito e esquerdo. Coluna de ar vista em preto.
B (breathing): campo pleuro-pulmonar direito e esquerdo. Lembrar de avaliar o recesso costodiafragmático, que pode não ser visto pela presença de fígado.
C: coração e mediastino. Aspecto característico voltado para a esquerda, com tamanho normal e vasos da base.
D: diafragma. Cúpulas e bolha gasosa do estômago.
E: esqueleto, partes moles e contagem das costelas (devemos ver mais de 10)

Em um caso de pneumonia veríamos áreas radiopacas de consolidação pulmonar.

36
Q

Descreva o RX de tórax em perfil e como se apresentaria em um caso de pneumonia.

A

Vê-se com maior detalhe as regiões mediastinais, o coração, a aorta ascendente, o espaço retroesternal, os recessos costodiafragmáticos anteriores e posteriores, a aorta descendente torácica, as Aa. pulmonares, a coluna vertebral, o esterno, o M. diafragma, os arcos costais e até mesmo as fissuras pulmonares.
Em um caso de pneumonia lobar é possível diferenciar com precisão se há um lobo acometido pela pneumonia lobar, ou se há ou não a presença de líquido nos recessos costodiafragmáticos.

37
Q

Descreva a anatomia da drenagem venosa da região lombar L1/L2.

A

A região é drenada pelas Vv. lombares (retroperitoneais). Estas podem desembocar na V. lombar ascendente, que é capaz de drenar na V. ázigo à direita ou V. hemiázigo à esquerda. Outra possibilidade é a drenagem direta na VCI.

38
Q

Descreva a anatomia do sistema ázigo/hemiázigo.

A

A V. ázigo é formada pela união da V. lombar ascendente direita com a V. subcostal, subindo à direita das vértebras torácicas e realizando a drenagem dos EICs.
A V. ázigo receberá da 2a até a 11a V. intercostal posterior direita (a 1a deságua diretamente na V. braquiocefálica direita ), finalmente formando um arco sobre o pulmão direito e desembocando na VCS.
A V. hemiázigo acessória recebe da 4a/5a até a 8a V. intercostal posterior esquerda. Já a V. hemiáigo recebe da 9a até a 11a V. intercostal posterior esquerda, sendo formada pela união da V. subcostal esquerda e da V. lombar ascendente esquerda. Ambas as Vv. hemiázigo cruzam os corpos vertebrais (passam posteriormente à aorta torácica) e desembocam na V. ázigo à direita.

39
Q

Estruturas lesadas em lesão anterior a L1/L2.

A

Pele, TCS, M. reto do abdome, fáscia endoabdominal, omento maior, cólon transverso, estômago, duodeno, pâncreas, alças de jejuno e íleo, aorta descendente abdominal, VCI, tronco celíaco e seus ramos, vasos mesentéricos superiores, ducto colédoco, V. porta, V. esplênica, vasos renais, ducto torácico, cisterna do quilo, plexo nervoso simpático, gânglio celíaco, troncos vagais anterior e posterior.

40
Q

Descreva a via biliar principal.

A

O ducto hepático comum se une ao ducto cístico, formando o ducto colédoco. Esse desce posteriormente ao duodeno-pâncreas e, a nível da parte descendente do duodeno, comumente se junta com o ducto pancreático principal para formar a ampola hepatopancreática. Essa ampola se projeta sobre a parede do duodeno, formando a papila maior do duodeno.

41
Q

Descreva a formação da cisterna do quilo.

A

É uma dilatação linfática localizada ao nível de L1-L2 onde convergem os troncos linfáticos intestinais, troncos linfáticos lombares direito e esquerdo, e troncos linfáticos torácicos descendentes. Consequentemente, quase toda a drenagem linfática da metade inferior do corpo converge no abdome para desembocar no ducto torácico.

42
Q

Descreva os locais de possível hemorragia retroperitoneal.

A

O retroperitônio é dividido em três grandes lojas:

  • Centro-superior: corresponde à área do hiato diafragmático, aorta e esôfago, estendendo-se até o promontório. Suas principais estruturas são: aorta, VCI, vasos renais, V. porta, pâncreas e duodeno.
  • Lombar: engloba ambas lojas renais, contendo os rins, ureter suprapélvico e os mesocólons direito e esquerdo.
  • Pélvica: consiste em todo o espaço retroperitoneal da pelve e contém o reto, face posterior da bexiga e os segmentos distais dos ureteres.
43
Q

Descreva as relações anatômicas do reto, diferenciando entre os sexos.

A

O reto mantém continuidade proximal com o cólon sigmóide e distal com o canal anal. A junção retossigmóide se situa anteriormente a S3 e segue a curvatura sacral, terminando anteroinferiormente ao cóccix.
Nos homens, o peritônio parietal se reflete a partir do reto para a parede posterior da bexiga, formando a escavação retovesical. Além disso, se relaciona anteriormente com o fundo da bexiga, as partes terminais dos ureteres, os ductos deferentes, a próstata e as Gll. seminais.
Nas mulheres, esse peritônio se reflete para o fórnice posterior da vagina, formando a escavação retouterina. Anteriormente, se relaciona com a vagina e é separado da parte posterior do fórnice e do colo pela própria escavação.

44
Q

Quais são as anastomoses portossistêmicas?

A
  • Plexo venoso esofágico: drena sangue da V. gástrica esquerda e do sistema ázigo/hemiázigo (em casos de patologias hepáticas o sangue pode inverter seu fluxo e aumentar o volume de sangue no plexo venoso esofagiano, dando origem a varizes)
  • Plexo venoso retal:
    • O terço superior do reto drena sangue para a V. mesentérica inferior.
    • Os terços médio e inferior drenam sangue para as Vv. ilíacas internas.
  • Plexo venoso periumbilical: drena sangue para a V. porta via V. umbilical e drena sangue pela parede anterior do abdome via Vv. epigástricas inferiores e superiores.
  • Plexo venoso retroperitoneal: drena sangue via Vv. lombares colaterais para a V. mesentérica superior e para a VCI.
45
Q

Qual o lobo pulmonar mais acometido pelo tumor de Pancoast, e suas repercussões anatomoclínicas?

A

Atinge o ápice dos lobos superiores dos pulmões, comumente o do direito. Pode causar a Sd. de Claude-Bernard-Horner se comprimir o gânglio estrelado da cadeia cervical simpática, levando à miose, ptose palpebral, anidrose e hiperemia da hemiface atingida.

46
Q

Explique o que é hérnia de hiato e quais seus subtipos.

A

Protrusão de parte do estômago para o mediastino através do hiato esofágico do diafragma, por fragilidade da membrana frenoesofagiana.
APESAR DA QUESTÃO PEDIR OS SUBTIPOS, ELE DISSE NA ÚLTIMA AULA TEÓRICA QUE NÃO CAIRIA!

47
Q

Explique o que é o omento maior e quais são as suas funções.

A

O omento maior é uma dobra de peritônio que se pendura abaixo do estômago e se estende desde o cólon transverso até as porções mais inferiores do abdome, recobrindo as vísceras. É ricamente vascularizado e atua contendo processos inflamatórios abdominais, aderindo-se ao foco inflamatório impedindo que ele se espalhe pela cavidade. Tem também importância cirúrgica, podendo ser utilizado em “pontes de preenchimento” de órgãos parenquimatosos para sutura e para drenagem de impurezas por meio de seus linfonodos.

48
Q

Cite os limites do Forame Omental.

A
  • Limite superior: margem inferior do fígado e lobo caudado do fígado
  • Limite inferior: parte superior do duodeno
  • Limite anterior: Lig. hepatoduodenal e pedículo hepático
  • Limite posterior: VCI
  • Limite lateral esquerdo: Lig. gastroesplênico e esplenorrenal
49
Q

Explique o porquê de um paciente com diverticulite apresentar dor pélvica.

A

A dor se inicia na região infraumbilical e depois se desloca para o quadrante inferior do esquerdo do abdome, na região da FIE, devido a fibras sensitivas que inervam o peritônio parietal e os órgãos e se relacionam com os dermátomos. Tal mecanismo de dor está associado à interrupção da drenagem linfática seguida da interrupção da drenagem venosa e isquemia do divertículo.

50
Q

Como um abscesso hepático pode ser causado por um abscesso pélvico?

A

Caso haja uma coleção de pus na pelve e que esteja em contato com a FID, dependendo da posição do paciente, esse pus pode ganhar o triângulo superior formado pela raiz do mesentério (divide a região abdominal em dois triângulos) e atingir o fígado.

51
Q

Descreva a drenagem linfática do pulmão.

A

Inicia-se nos linfáticos subpleurais, seguindo para os interlobares. Em seguida, atingem os Lnn. do hilo pulmonar. A linfa então segue para os Lnn. intertraqueobrônquicos inferiores e superiores e, finlamente, para os paratraqueais. Estes últimos desaguam seus conteúdos no ducto torácico à esquerda, ou ducto linfático à direita.

52
Q

Descreva a inervação e vascularização do diafragma.

A

Parte superior: irrigada por ramos da torácica interna (pericardiofrênica e musculofrênica) e pelas frênicas superiores (ramos da aorta torácica). É drenada pelas veias pericardiofrênica e musculofrênica (tributárias da torácica interna) e pela V. frênica superior (que drena para a VCI).
Parte inferior: irrigada pelas frênicas inferiores (ramos da aorta abdominal). A drenagem é feita pelas Vv. frênicas inferiores (que drenam para a VCI).

Sua inervação motora vem dos nervos frênicos (C3, C4, C5). A inervação sensitiva da sua parte central vem dos nervos frênicos, enquanto a parte periférica segue pelos Nn. intercostais.

53
Q

Dê as bases anatômicas da punção pleural.

A

Normalmente realizada no penúltimo EIC, na linha axilar média durante a expiração (a fim de se evitar a margem inferior do pulmão). A agulha é angulada para cima para evitar transfixação do recesso costodiafragmático, e introduzida acima da costela para evitar a lesão do feixe vasculonervoso intercostal.

54
Q

Descreva o conteúdo do mediastino superior.

A

Timo, Vv. braquiocefálicas, VCS, arco da aorta e seus ramos, N. vago, N. laríngeo recorrente esquerdo, N. frênico, esôfago torácico, traqueia, plexo nervoso esofágico, gânglios simpáticos torácicos superiores, ducto torácico e linfático direito.

55
Q

Quais os parâmetros de divisão dos mediastinos?

A
  • Linha imaginária que liga o ângulo esternal ao disco vertebral entre T4 e T5: divisão entre mediastino superior e inferior.
  • Margens cardíacas anterior e posterior: dividem o mediastino inferior em anterior, médio e posterior.
56
Q

Quais são os ramos da aorta descendente torácica?

A
  • Aa. brônquicas
  • Aa. esofágicas
  • Aa. intercostais posteriores
  • Aa. frênicas superiores
  • Aa. subcostais
  • Rr. pericárdicos
  • Rr. mediastinais
57
Q

Por que a traqueia necrosa em pacientes que fazem cirurgia para retirada do pulmão?

A

Pois o suprimento arterial dos brônquios principais e da porção mais distal da traqueia provém das Aa. brônquicas. Uma vez retiradas, a irrigação dessa região será deficitária e levará à necrose local.

58
Q

Descreva a drenagem linfática do coração.

A

Inicia-se nos linfáticos miocárdicos, segue para os subendocárdicos e finalmente para os subepicárdicos. Estes então desaguam no ducto torácico ou linfático.

59
Q

Cite os mecanismos fisiológicos antirrefluxo.

A

É dado pelo esfíncter fisiológico esofágico inferior:

- A membrana frenoesofagiana, continuação da fáscia endotorácica com a fáscia endoabdominal e mais um coxim adiposo, é o primeiro mecanismo.
- A posição do esôfago abdominal em uma região de maior pressão que o esôfago torácico cria uma tendência de movimento para o estômago. Além disso, a peristalse do esôfago só ocorre em um sentido.
- O plexo venoso submucoso do esôfago aumenta de tamanho durante o período pós-prandial, reduzindo o diâmetro da luz do esôfago.
- Os próprios pilares do diafragma auxiliam no fechamento da luz.
60
Q

Descreva as relações anatômicas do esôfago.

A

Esôfago cervical: passa anteriormente à coluna vertebral e posteriormente à traqueia. Ao redor encontramos N. vago (D e E) e A. carótidas comuns (D e E).
Esôfago torácico: passa posteriormente à curvatura da aorta e bifurcação da traqueia (altura do ângulo esternal, segunda constrição). Desce ao longo do mediastino posterior, onde a aorta vai se medializando e se posteriorizando, deslocando o esôfago para a esquerda. Atravessa o hiato esofágico do diafragma (terceira constrição) e termina no óstio cárdico do estômago.

61
Q

Cite os limites e importância da Área de Ziedler.

A

É a projeção da área cardíaca na parede anterior do tórax. Limitada pelo 2º EIC dos lados direito e esquerdo superiormente. Inferiormente, do lado direito vai até o 6º EIC e até o 7º EIC do lado esquerdo. Lateralmente temos as linhas hemiclaviculares.

62
Q

O que é a Sd. de Dunbar?

A

Também chamada de Sd. da compressão do tronco celíaco. Ocorre quando o Lig. arqueado mediano do diafragma se hipertrofia e acaba pressionando o tronco celíaco, o que causa dor abdominal.

63
Q

Onde é realizada a punção renal?

A

Na região lombar alta (subcostal), em uma janela entre a parede posterior do abdome e o rim, lateralmente à musculatura paravertebral. Podemos atravessar o recesso costodiafragmático e no trajeto lesar VCI, aorta, Gl. suprarrenal e até estruturas torácicas.