Anato P2 Flashcards
Como é realizada a anestesia na drenagem torácica?
Anestesia do feixe vasculonervoso (V., A. e N. intercostal) do espaço intercostal de acesso e dos espaços acima e abaixo, que corre no sulco costal, no aspecto inferior e interno da costela.
Descreva a inervação motora da face
Os músculos da mímica são inervados pelo N. Facial (VII) e os músculos da mastigação pela raiz motora do N. Trigêmeo (V)
Descreva a inervação sensitiva da face
Realizada pelas três divisões do N. Trigêmeo (V):
- N. oftálmico [V1]: Nn. supraorbital, supra e infratroclear, lacrimal, etmoidal anterior
- N. maxilar [V2]: Nn. infraorbital, zigomaticotemporal e zigomaticofacial
- N. mandibular [V3]: Nn. mentual, bucal e auriculotemporal
Descreva a inervação sensitiva e motora da língua
Inervação motora: N. Hipoglosso (XII) e N. Vago (X: M. palatoglosso)
Inervação sensitiva:
- 2/3 Anteriores:
- Temperatura e dor: N. Trigêmeo (V)
- Gustação: N. Facial (VII)
- 1/3 Posterior: N. Glossofaríngeo (IX)
Diferencie hérnia inguinal de hérnia femoral
A hérnia inguinal ocorre acima do Lig. Inguinal, através do canal inguinal, é mais comum em homens. A hérnia femoral ocorre abaixo do Lig. Inguinal, através do Canal Femoral para o interior da face anterior e medial da coxa, é mais comum em mulheres
Diferencie hérnia inguinal direta de indireta
- Diretas ocorrem por fraqueza da parede do trígono de Hesselbach (limites: ligamento inguinal, M. reto do abdome e vasos epigástricos inferiores), protruindo para a frente medialmente aos vasos epigástricos inferiores. Mais comum em adultos e idosos.
- Indiretas ocorrem por persistência congênita do conduto peritôniovaginal (CPV). Penetram o anel inguinal profundo e passam pelo canal inguinal lateralmente aos vasos epigástricos inferiores. Mais comum em crianças.
Estruturas lesadas por FAF com entrada na nuca, Proc. espinhoso de C7, e saída pelo lábio inferior (conferir resposta)
Lig. supraespinal, Proc. espinhoso de C7, Lig. amarelo, meninges, medula espinal, Lig. longitudinal posterior, corpo de C6/C7 ou disco intervertebral, Lig. longitudinal anterior, fáscia pré-vertebral, fáscia alar, fáscia bucofaríngea, esôfago, cartilagem epiglótica, M. genioglosso, A. lingual, Mandíbula
Fisiopatologia da formação de um divertículo faringoesofagiano (DFE) ou divertículo de Zenker
Aumento da pressão na luz da faringe e excessiva contração ou descoordenação da musculatura cricofaríngea, ocasionando herniação da mucosa através de um ponto de fraqueza na musculatura esofagiana (comumente, o triângulo de Killian, espaço entre os M. constritor inferior da faringe e M. cricofaríngeo)
Limite e estruturas que passam pelo canal inguinal no homem e na mulher
Parede Anterior: Aponeurose do M. Oblíquo Externo do Abdome
Parede Posterior: Fáscia Transversalis e Peritônio
Teto: Borda livre do Tendão Conjunto
Assoalho: Lig. Inguinal e Lig. Lacunar
Conteúdo (masc): Funículo Espermático e N. Ilioinguinal
Conteúdo (fem): Lig. Redondo, N. ilioinguinal
Limites e conteúdos do trígono anterior do pescoço
Anterior: Linha mediana do pescoço
Posterior: margem anterior do MECM
Superior: margem inferior do corpo da mandíbula
Conteúdo: 4 trígonos (Submandibular, Submentual, Carotídeo e Muscular)
Limites e conteúdos do trígono carotídeo (4 de 6 do pescoço)
Ântero-superior: Ventre posterior do M. digástrico
Ântero-Inferior: Ventre superior do M. omo-hióideo
Posterior: Margem anterior do MECM
Conteúdo: Bainha carotídea, N. Acessório (XI), N. Hipoglosso (XII), raiz superior da alça cervical, Gl. tireóide, Laringe, Faringe, Lnn. cervicais profundos, Rr. do plexo cervical
Limites e conteúdos do trígono posterior do pescoço, dividido em trígonos occipital (5 de 6) e supraclavicular (6 de 6) pelo M. omo-hióideo
Anterior: Margem posterior do MECM
Posterior: Margem anterior do M. trapézio
Inferior: Clavícula
Conteúdo:
- Occipital: V. jugular externa, Rr. posteriores do plexo cervical, N. Acessório (XI), troncos do plexo braquial, tronco cervicodorsal, Lnn. cervicais
- Supraclavicular: 3ª parte da A. subclávia, V. subclávia, A. supraescapular, Lnn. supraclaviculares
Limites e conteúdos do trígono muscular (1 de 6 do pescoço)
Anterior: Linha mediana do pescoço e osso hióide
Póstero-superior: ventre superior do M. omo-hióideo
Póstero-inferior: margem anterior do MECM
Conteúdo: Mm. infra-hióideos, laringe, tireóide e paratireóides
Limites e conteúdos do trígono submandibular (2 de 6 do pescoço)
Superior: Corpo da mandíbula
Anterior: Ventre anterior do M. digástrico
Posterior: Ventre posterior do M. digástrico
Conteúdo: Gl. submandibular, Lnn. submandibulares, A. e V. facial, N. Hipoglosso (XII) e N. milohióideo
Limites e conteúdos do trígono submentual (3 de 6 do pescoço)
Posterior: Ventre anterior do M. digástrico
Medial: Linha mediana do pescoço
Inferior: Osso hióide
Conteúdo: Lnn. submentuais, V. jugular anterior
Localização das Gll. paratireoides
Normalmente, as superiores se localizam próximo ao cruzamento dos Rr. da A. tireóidea superior com o N. laríngeo recorrente e as inferiores no terço inferior da tireóide, na metade medial da sua face posterior. Podem estar presentes desde o ângulo da mandíbula até o mediastino, por razões embriológicas
Localização e planos atravessados em uma toracocentese (punção para retirada de líquido ou gás do tórax)
Posteriormente, no 10º/11º EIC. Planos: Pele, TCS, Fáscia Muscular, M. trapézio, M. latíssimo do dorso, M. eretor da espinha (M. longuíssimo do tórax), M. levantador das costelas, M. intercostal externo, M. intercostal interno, M. intercostal íntimo, Fáscia endotorácica, Pleura Parietal
Localização e planos atravessados na punção torácica (ou toracotomia por agulha de emergência)
Anteriormente, no 2º EIC na linha hemiclavicular. Planos: Pele, TCS, Fáscia muscular, M. peitoral maior, M. peitoral menor, M. intercostal externo, M. intercostal interno, M. intercostal íntimo, Fáscia endotorácica, Pleura Parietal
Localização e planos atravessados pela drenagem torácica
Lateralmente, no 5º EIC (acima da 6ª costela, para não lesar V., A. e N. intercostal), na linha hemiaxilar.
Planos: Pele, TCS, Fáscia muscular, M. serrátil anterior, M. intercostal externo, M. intercostal interno, M. intercostal íntimo, M. subcostal, Fáscia endotorácica, Pleura Parietal.
O que é, sob o ponto de vista anatômico, e onde se localiza o SMAS?
SMAS é uma abreviação para “sistema músculo aponeurótico superficial”, uma camada de fáscia que surge da fáscia sobre o arco zigomático e cobre, cerca e se fixa aos tecidos e estruturas profundas da face e pescoço, se extendendo do platisma à gálea aponeurótica. Sua função é distribuir as forças exercidas pelos Mm. da mímica. O SMAS tem grande importância nos procedimentos cirúrgicos estéticos, principalmente de rejuvenescimento. Neste local estão presentes a Gl. parótida, os Rr. do N. Facial (VII), os Rr. e tributárias dos vasos temporais superficiais e o N. auriculotemporal.
Paciente submetido à drenagem torácica evoluiu com febre, dor e saída de conteúdo gástrico pelo dreno. O que você faria de diferente no atendimento?
Como o a Reg. toracoabdominal é uma cavidade de volume em constante alteração devido ao movimento respiratório, pode-se ter adentrado a cavidade abdominal durante o procedimento. Um raio-x torácico pode ser solicitado para verificar a posição do dreno.
Parâmetros anatômicos para a digitopressão facial com a intenção de diminuir o sangramento na face
- Margem anterior do M. masseter, contra o corpo da mandíbula: A. facial
- Anteriormente ao trago da orelha externa: A. temporal superficial
- Metade medial da margem supraorbital: A. supraorbital e A. supratroclear
- Ponto médio entre a protuberância occipital externa e o Proc. mastoide: A. occipital
- Reg. auricular posterior: A. auricular posterior
Parâmetros anatômicos para o bloqueio sensitivo da face
- Metade medial da margem supraorbital: Nn. supraorbital e supratroclear
- Na margem infraorbital, em região profunda à palpação: N. infraorbital
- Protuberância do osso zigomático: Nn. zigomáticofacial e zigomaticotemporal
- Anterior ao pavilhão auricular: N. auriculotemporal
- 4cm lateral à linha mediana da mandíbula: N. Mentual
- Na junção da face com o lóbulo da orelha puxado lateralmente: N. auricular magno
Parâmetros anatômicos para o bloqueio sensitivo do pescoço
No ponto de Erb (ponto neural do pescoço), intersecção entre uma linha horizontal passando pela proeminência laríngea e a margem posterior do M. esternocleidomastóideo: N. cervical transverso, N. auricular magno, N. occipital menor e os Nn. supraclaviculares (anterior, intermédio e posterior)
Parâmetros anatômicos para uma cricotireóideostomia, além dos planos atravessados
Entre as cartilagens tireóidea e cricóidea, uma punção na linha média através da membrana cricotireóidea.
Planos: pele, TCS, camada superficial da fáscia cervical profunda, camada pré-traqueal da fáscia cervical profunda, Lig. cricotireóide, espaço laríngeo
Planos atravessados durante uma traqueostomia
Pele, TCS, fáscia cervical superficial, lâmina pré-traqueal da fáscia cervical, membrana traqueal.
Os Mm. são afastados e não ultrapassados. Pode lesar o lobo piramidal da tireóide, as Vv. tireóideas inferiores, a V. jugular anterior e possivelmente a A. tireóidea ima.
Por que infecções na cavidade oral podem levar a uma meningoencefalite?
A cavidade oral é drenada pela V. facial profunda, a qual se anastomosa com o plexo venoso pterigóide e se comunica com o seio cavernoso ao redor da sela turca, o que permite o acesso de infecções da cavidade oral à região média do crânio.
Por que infecções na região da face podem levar a uma meningoencefalite?
As Vv. oftálmicas se anastomosa com o plexo venoso pterigóide que, em última análise, drena sangue para o seio cavernoso ao redor da sela turca, o que permite o acesso de infecções da face à região média do crânio. Vale lembrar que a V. angular também se anastomosa com a V. oftálmica superior.
Qual a diferenciação clínica entre hérnias inguinais diretas e indiretas?
A hérnia direta é palpável com a ponta do dedo introduzido no canal inguinal, enquanto a indireta é palpável com as margens da polpa digital, que segue a direção do canal inguinal.
Manobra de Landivar: pessoa faz manobra de Valsalva, se houver abaulamento é direta, se não é indireta.
Rouquidão após tireoidectomia: origem, trajeto e localização do nervo lesado
Depois da ramificação do N. Vago (X) e da formação de alça em torno da A. subclávia direita e do arco da aorta à esquerda, os Nn. laríngeos recorrentes sobem em um sulco entre a traqueia e o esôfago, profundamente à superfície póstero-medial da Gl. tireóide e entram na laringe passando profundamente à margem inferior do M. constrictor inferior da faringe para inervar os Mm. laríngeos, com exceção do M. cricotireoide (inervado pelo N. laríngeo superior)
Explique, anatomicamente, a Angina de Ludwig
Infecção dos espaços submandibulares e sublinguais decorrente, em geral, da infecção do 2º ou 3o molar inferior, mas pode decorrer de infecção de amígdalas
palatinas, sialoadenites, epiglotite e cisto tireoglosso infectado. Pode levar à obstrução de vias aéreas por edema supraglótico ou aumento de volume de tecidos supra-hioideos. A infecção pode se espalhar pelo espaço retrofarígeo e levar a uma mediastinite.
Descreva a inervação e irrigação do nariz
IRRIGAÇÃO:
- A. maxilar: A. esfenopalatina e A. palatina maior
- A. facial: R. septal da A. labial superior
- A. oftálmica: Aa. etmoidais anteriores e superiores
INERVAÇÃO:
- N. olfatório (NC I)
- N. maxilar [V2]: N. nasopalatino, N. palatino maior, N. nasal posterior superior, N. nasal lateral inferior e R. infraorbital
- N. oftálmico [V1]: Nn. etmoidais anterior e posterior, N. infratroclear e N. nasal externo
Descreva a anatomia das cartilagens nasais
Internamente, a parte anterior do septo nasal é cartilaginosa.
Compostas pelas cartilagens nasais laterais, acima das cartilagens alares maior (anteriormente) e menor (posteriormente). Também temos a cartilagem vomeronasal e a cartilagem septal.
Descreva a irrigação da língua
A língua é irrigada pela A. lingual, R. da A. carótida externa no trígono carotídeo, que termina como A. lingual profunda após emitir Rr.
Qual o quadro compatível com paralisia do N. Oculomotor (III)?
O paciente apresentará midríase (M. constritor da pupila), perda do reflexo de acomodação (M. ciliar), ptose palpebral (M. levantador da pálpebra superior) e disfunção da musculatura extrínseca do olho (M. reto superior, M. reto inferior, M. reto medial e M. oblíquo inferior)
Cite duas possíveis causas de paralisia do N. Oculomotor (III)?
- Lesão da A. cerebral posterior, em um de seus Rr. paramedianos
- Aneurisma de A. carótida interna
Qual o mais provável diagnóstico de paralisia braquiofacial de início súbito?
AVE com acometimento da A. cerebral média, que irriga o aspecto lateral do cérebro, incluindo a parte do giro pré-central
Qual o mais provável diagnóstico de paralisia de MMII de início súbito?
AVE com acometimento da A. cerebral anterior, que irriga o aspecto medial do cérebro, responsável pelos “comandos motores” dos MMII
Explique a drenagem linfática das mamas
- Quadrantes superior medial e inferior medial: Lnn. paraesternais (junto à A. torácica interna) ou para a mama oposta
- Quadrantes inferiores: Lnn. hepáticos e outros abdominais
- Quadrantes superiores (75% da linfa da mama): Lnn. axilares, Lnn. claviculares e ducto linfático (DIR) ou torácico (ESQ)
- Lnn. de Rotter: entre os Mm. peitorais maior e menor
Explique a circulação colateral entre as Vv. cava superior e inferior
Em obstruções lentas e progressivas, o sangue pode seguir pelas Vv. toracoepigástricas, que conectam a V. axilar e as Vv. epigástricas superficiais do abdome (drena sangue das Vv. femorais). As Vv. epigástricas inferiores e superiores também são alternativas, conectando as Vv. torácicas internas às Vv. ilíacas externas em última análise. Além disso, o sistema ázigo/hemiázigo e as Vv. circunflexas ilíacas superficial e profunda podem contribuir a depender do nível da obstrução.
Explique a circulação colateral com obstrução da parte descendente da A. aorta
Em obstruções lentas e progressivas da aorta, uma via de circulação colateral pode se estabelecer entre as Aa. epigástricas superiores e inferiores dentro da bainha do M. reto do abdome. Ou seja, estabelece-se uma circulação colateral entre a A. torácica interna (ramo da subclávia) com a A. ilíaca externa. Nessa situação, como essa via colateral está recebendo um volume muito grande de sangue, ocorre uma dilatação das artérias que as abastece, dilatando assim a A. torácica interna. Como consequência, as Aa. intercostais, que se comunicam com as torácicas internas, também se dilatam. Essas Aa. intercostais dilatadas pulsando sobre as costelas causam erosão e isso é um sinal clássico chamado de tórax em rosário.