Alergia alimentar na infância Flashcards

1
Q

Reações adversas aos alimentos

A

 Reações orgânicas indesejáveis após a ingestão de um alimento
normalmente tolerado pela maioria dos indivíduos
 1º relato deste tipo de reação– Hipócrates sécV a.C.
 Tipos de reações adversas a alimentos:
◦ Intolerância alimentar
◦ Alergia alimentar

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2
Q

Prevalência

A

Alergias e intolerâncias alimentares
• Prevalentes em lactentes e crianças (6 a 8%)
•Decrescem com a idade (4% dos adultos)
• Intolerâncias são mais prevalentes que alergias
• Acometem diversas etnias
•Caucasianos, negros, pardos, orientais
• Níveis crescentes na população mundial
• Países desenvolvidos e em desenvolvimento
• Diagnóstico clínico semelhante
National

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3
Q

Etiologia

A

Predisposição genética
• Imaturidade enzimática e/ou imaturidade do sistema imune
• Maior permeabilidade do trato gastrointestinal
• Disbiose intestinal
• Exposição a antígenos alimentares cada vez mais precoce
• empiemen aprecoce; introdução inadequada da alimentação

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4
Q

Definições

A

Intolerância alimentar
Reação adversa a alimentos ingeridos que não é mediada por hipersensibilidade do sistema imune

• Alergia alimentar

Reação mediada por resposta imunológica a antigenos dietéticos

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5
Q

Alergia alimentar

A

• Reação adversa aos alimentos que envolve mecanismos imunológicos
• Reação entre antigenos (proteínas alimentares) x anticorpos ou
linfócitos T (células do sistema imune)
• Condição induzida por atividade imune inapropriada
• Depende de sensibilidade individual
• Resposta clínica anormal devido a ingestão, contato ou inalação de qualquer alimento puro, seu derivado ou aditivo alimentar

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6
Q

Importante!

A

Reações adversas a toxinas de alimentos ou secundárias à deficiência de enzimas digestivas
Sintomatologia semelhante às alergias, porém diagnóstico e tratamento distintos
Intolerância Alimentar

Alergia Alimentar
Proteinas
Reação imunológica
Sintomas aparecem independente da quantidade de alimento
exposto
Sintomas rápidos ou tardios

Intolerância Alimentar
Carboidratos
Deficiência enzimática
Sintomas aparecem à medida que se aumenta a exposição ao alimento
Sintomas tardios
Sintomas gastrointestinais
Tratamento: restrição

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7
Q

Fatores de risco e etiologia

A

Determinantes geneticos e biológicos

-: Pretupadogosta (hereditariedade)
Alergia
Alimentar
Determinantes ambientais e comportamentais

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8
Q

Determinantes genéticos e biológicos

A

• Hereditariedade
• 50 a 70% dos pacientes com Alergia Alimentar possuem história familiar de alergia
• Pai e mãe com alergia: probabilidade de 75% de terem filhos alérgicos
• Imaturidade fisiológica (lactentes) inaurte do isma iu produção de enams destina)
• Maior permeabilidade do trato gastrointestinal aos antigenos
• Desiquilibrio da flora bacteriana intestinal

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9
Q

Determinantes ambientais e comportamentais

A

Determinantes ambientais e comportamentais
• Desmame precoce
• Introdução precoce da alimentação complementar
• Fornecimento de alimentos que contêm antigenos (proteínas) de elevado poder alergênico no início da vida
(ASBAI - Associoção Brasileira de Alergio munabagio, 2017)
Por esses motivos as Alergias Alimentares são mais comuns na infância, principalmente em menores de 2 anos

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10
Q

Epidemiologia

A

• Alergias alimentares
• Maior prevalência em lactentes e crianças até 2 anos (6 a 8%)
• Decresce com a idade (2 a 3% dos adultos)
[ASSA - Associção Brasieira de Alergia e lmunalogio, 2017)
• Niveis crescentes na população mundial
• Exposição a potenciais alérgenos é cada vez mais precoce
• EUA: aumentou 18% na última década
• No Brasil: não há dados de prevalência

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11
Q

Alérgenos alimentares

A

Alérgenos alimentares mais comuns (90% das reações alérgicas) → proteínas presentes nos seguintes alimentos:
• oie de raca
• Peixes
• Crustáceos
• Amendoim
• Nozes e castanhas
• Soja
• Trigo
• Frutas e legumes

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12
Q

Principais alergias e alérgenos alimentares

A

Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV):
• Proteínas: caseína (43-60%), a-lactoalbumina (41-53%), B-lactoglobulina
(66-82%), globulina sérica bovina (27%), albumina sérica bovina (18-52%)
• Alergia mais comum no l° ano de vida
• Afeta 2 a 7,5% de crianças no mundo
• Excluir leite e derivados da alimentação
• Induz lesões que tem impacto no estado nutricional:

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13
Q

• Alergia ao Ovo:

A

• Alergia ao Ovo:
• Proteínas: albumina, ovomucóide, ovoalbumina, ovotransferrina, lisozima, lipovitelina, fosvitina, livetina
• Segundo alimento mais relacionado a alergia na infância
•Clara do ovo: principal local de concentração das proteínas
• Excluir alimentos e ingredientes que contém traços de ovo
• Albumina, merengue, avidina, molho holandês, clara de ovo, ovo em pó. flavoproteina, ovoalbumina, gema de ovo, vitelina, gemada, globulina, lecitina.
lisozima, maionese, etc

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14
Q

Outros

A

Alergia ao Peixe:
• Proteinas: parvalbuminas
• Alergia a Crustáceos:
• Proteínas: tropomiosinas
• Alergia à Soja:
• Proteínas: globulinas, hemaglutinina, inibidor de tripsina, urease
• Algumas crianças com alergia ao leite de vaca também tem alergia à soja

Alergia ao Amendoim, Nozes e Castanhas:
Postias: albumina, inibidores de proteas, aglutininas, globulnas,
• Em lactentes: sensibilização através do leite materno (ingestão alimentar ou medicamentos a base de óleo de amendoim)
•Teste cutâneo:
• Pápula † 7mm: 95% de chance de permanecer sensível
• Pápula | 4mm: criança pode se tornar tolerante
17
• Alergia ao Trigo:
• Proteínas: albumina, globulinas, prolaminas, glutelinas, gliadina, glúten
• Doença celíaca não é alergia ao trigo → é uma doença autoimune inflamatória
• Alergia às Frutas e Legumes:
• Proteínas: leguminas, vicilinas, quitinases
• Proteínas também presentes no látex (borracha, luvas, seringas, estetoscópios, catéteres) → alergia ao látex
• 20% a 60% dos pacientes alérgicos ao látex apresentam reação após contato com algum alimento de origem vegetal
• Kiwi, banana, abacate, mamão, manga, abacaxi, figo, tomate, pimentão. mandioca, entre outros

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15
Q

Prevenção

A

Aleitamento materno
Ainda aim é possivel concluir qual a duração ideal do AM para prevenir Eneresa arese haver maiores benefcios quando há AM exclusivo por ao
• Outros leites (soja, caprinos e ovinos) → não apresentam efeitos benéficos para a prevenção
• Não há evidências de que fórmulas infantis hidrolisadas (parcialmente ou extensamente) reduzam a incidência de alergia → mesmo em crianças com história familiar
(Consenso Brasileiro sobre Alergio Almentar, 2018
European Acostery Aler on Concl or mesus: 2010)
19
• Alimentação complementar
• Deve-se evitar a introdução antes de 4 ou 6 meses
• Mas não precisa ser adiada ou atrasada (ou seja, após 12 meses)
• Já existem evidências de que a introdução precoce do amendoim (entre 4 e 6 meses de vida) pode prevenir a alergia ao amendoim (mesmo em bebês com alto risco de alergia ao amendoim)
• Quanto mais diversificada a dieta no 1° ano de vida → menor a probabilidade de alergia alimentar

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16
Q

Alimentação na gestação

A

• Não se deve excluir nenhum alimento da dieta
• Sensibilização intrauterina por alérgenos alimentares é rara
• Mesmo se houver história familiar positiva para alergia alimentar
• Alimentação na lactação
• Não se deve excluir nenhum alimento da dieta, evitando-se restrições desnecessárias
• Enalisa de minis colaste e nozes → apenas se houver

17
Q

Classificação Fisiopatologia

A

IgE mediada
Ingestão do alergênico alimentar contato com a célula apresentadora de antígeno formação de anticorpo ige

As uns redo cora omining nao
imediata de mediadores vasoativos e citocinas Th2, que interem a marieso con discos de useabilide
vasodilatação, aumento da permeabilidade edema de glote, cianose, hipotensão arterial, choque e arritmia cardíaca, IgE não mediada Hipersensibilidade tipo IV (mediada por linfócitos T)

18
Q

Sintomas

A

• Os sintomas variam de acordo com o mecanismo imunológico responsável pela alergia (IgE mediada ou não mediada)
• IgE não mediada (sintomas de início tardio) Também é comum: cólica (distensão abdominal, irritação, dor à palpação), diarreia crônica (com ou sem sangue). colite. constipação, vômitos e refluxo

19
Q

Diagnóstico

A

Diagnóstico
• O diagnóstico de alergia alimentar deve seguir quatro pilares:
(ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia)
• 1- Anamnese clínica
• História familiar de alergia
•Qual alimento é suspeito de provocar a reação
•Qual o intervalo entre a ingestão do alimento e o surgimento dos sintomas
•Sinais e sintomas apresentados (exame físico)
• Se os sintomas ocorrem sempre que o alimento é ingerido

20
Q

2- Exames laboratoriais e/ou testes cutâneos

A

Pesquisa de IgE especifica in vitro ou in vivo
• In vitro: teste radioalergossorvente (RAST), ImunoCAP®
• Medem a quantidade de IgE especifica para determinado alérgeno no soro
• Exames de sangue: IgE especifico Alfa lactoalbumina/ IgE especifico Beta lactoglobulina/ IgE especifico Caseína
• In vivo: testes cutâneo (Prick Test)
• Testes de picada cutânea - parte interna do antebraço (extrato de alimentos)
• Teste rápido e sensível para rastrear alergia
• Executado por médico qualificado
29
Atenção!
• Não é possível fechar diagnóstico de alergia alimentar apenas com exames de sangue ou testes cutâneos
• Nem sempre um IgE positivo indica que o paciente seja alérgico
Pode inatos aeras finas estilas a Porte luga superio homer também
• A incapacidade de detectar IgE especifica não exclui a possibilidade de alergia alimentar
O individuo pode apresentar alergia E não mediada
Ou o alérgeno investigado não é o responsável pela alergia

21
Q

Dieta de restrição

A

Retirar o alimento suspeito
Aminas 20
Expor o paciente novamente ao alimento e verificar se existe relação

• IgE mediada → melhora significativa dos sintomas em 3 a 7 dias
• IgE não mediada → até 4 semanas
• Sem evidências de alergia IgE mediada → os alimentos podem ser introduzidos em casa
• Cuidado: dietas de exclusão múltiplas e prolongadas podem acarretar problemas nutricionais sérios

22
Q

Teste de provocação oral

A

Padrão ouro para o diagnóstico de alergia alimentar!
• Paciente internado no hospital → possibilidade de reação alérgica aguda e grave → necessário medicações de emergência disponíveis →
adrenalina, O2, anti-histamínicos
• Processo acompanhado e assistido por equipe médica
• É oferecido uma dose inicial no momento da refeição (dose pequena do alimento)
• As doses vão aumentando progressivamente, variando de 15 a 60 minutos
•A sue posito o grane do insão do diagios em que a

23
Q

Tratamento

A

Exclusão dietética do alérgeno alimentar → ÚNICA forma comprovada de tratamento!
• Tratamento nutricional:
1. Exclusão dos alérgenos alimentares responsáveis
2. Utilização de fórmulas ou dietas hipoalergênicas
Educação continuada para família e cuidadores (leitura de rótulos, ambientes de risco → escola, festas)
• Tratamento médico:
• Anti-histamínicos, corticosteróides, adrenalina auto injetável, etc
• Apenas para minimizar os sintomas
Não curam a alergia
• Úteis na urgência e • Portanto: deve-se retirar o alimento bem como todo e qualquer derivado!
• Alergia ao leite de vaca, trigo e frutas:
• Tratamento nutricional + complicado
• Dificil encontrar substitutos de igual valor nutricional
• Alimentos abundantes na culinária
• Alergia ao ovo, peixe, crustáceos, amendoim, castanhas e soja:
• Tratamento nutricional + fácil
• Há vários substitutos de igual valor nutricional
• Cuidado: contaminação cruzada (chocolate, bolos, biscoitos, pães,
massas. confeitados. etc)

24
Q

Evolução do quadro clínico (tolerância ao alimento alergênico)

A

Evolução do quadro clínico (tolerância ao alimento alergênico)
• 45 a 60% - remissão até I ano
60 a 80% - remissão até 2 anos
80 a 90% - remissão até 3 anos
90 a 95% - remissão até 5 a 10 anos
• 5% - persistência ao longo da vida
35
• Alergia alimentar não tem cura
• O tratamento apenas minimiza os sintomas → ao longo do tempo, os pacientes podem adquirir tolerância ao alimento envolvido
• Após excluir o alimento da dieta → deve-se tentar reintroduzir o alimento entre 6 a 12 meses após a dieta de exclusão, para verificar se o paciente já desenvolveu tolerância
• Alergia ao amendoim, castanhas, nozes e frutos do mar → tendem a persistir por toda a vida

25
Q

Tratamento Nutricional

A

• A criança com alergia alimentar (AA) apresenta risco nutricional e necessita monitoramento
• A cada consulta:
• Anamnese clínica, aferição de medidas antropométricas, exames bioquímicos e avaliação do consumo alimentar
• Exame físico e bioquímico deve ser cuidadoso → investigar anemia, hipovitaminoses, alterações no metabolismo do cálcio, dislipidemias
• Pode-se realizar o R24h, QFA ou dia alimentar habitual

26
Q

Dietoterapia

A

Energia
• Necessidades energéticas são as mesmas recomendadas para crianças
saudáveis
• Necessidades nutricionais podem ser aumentadas em crianças subnutridas ou com dermatite atópica moderada a grave
• Quando houver déficit de crescimento → pode ser necessário oferecer
25% a 50% a mais de calorias no VET

27
Q

Dietoterapia na APLV

A

• Dieta de exclusão completa de leite e derivados
• Lactentes em aleitamento materno → manter o aleitamento materno e realizar dieta de exclusão da mãe
• Com a restrição adequada → melhora dos sintomas no lactente nas formas IgE entre 3 e 6 dias e das não IgE mediadas em 14 dias
• Lactentes sem aleitamento materno
• Fórmulas à base de pen isolada de soja; fórmulas à base de pen extensamente hidrolisadas e fórmulas à base de aa livres

• Não oferecer leite de cabra, ovelha ou búfala
• Proteins semelantes ao lee de vaca » 92% de chance de restidade
• Não oferecer “leites” de arroz, amêndoa, castanha, etc
• “Leites” pobres em nutrientes (comparado ao leite materno)
• Não substituem o valor nutricional do leite materno
• Pode acarretar prejuizos nutricionais importantes à criança e comprometer o seu desenvolvimento

28
Q

Suplementação de cálcio e vitamina D:

A

Suplementação de cálcio e vitamina D:
• Ansie nao do e deve consteino consumo de uros simeno m
• Importante → biodisponibilidade dos alimentos não lácteos é inferior
• Suplementação: atentar ao tipo de cálcio utilizado, biodisponibilidade, dose e horário de administração
• Suplementação acima de 500 mg de Ca → deve ser subdividida em horários para melhor aproveitamento
• Cario=40 me da conimin após as refações (l grama de carbonato de
• Ciro 21 me acordo indopendente da retoão (l grama de cirazo de
• Vitamina D → O a I ano (400 Ul/dia) e acima de I ano (600 Ul/dia)

29
Q

Orientação aos pais e família: leitura e interpretação de rótulos

A
30
Q

Dietoterapia na alergia a múltiplos alimentos

A

• Dieta Oligoalergênica
• Composta por alimentos que raramente causam reações adversas
• Cereais, raízes e tubérculos: arroz, batata, mandioca e mandioquinha
Carnes: frango, carneiro e peru
• Hortaliças: alface, brócolis, couve-flor e pepino
• Frutas: maçã e pêra
• Óleos e gorduras: óleo vegetal refinado e creme vegetal sem leite
• Bebidas: água e chá de ervas (camomila, erva-doce, cidreira e hortelã)
• Temperos: sal e açúcar
• Pode ser mantida até 3 semanas, quando os alimentos serão gradativamente reintroduzidos
• Se houver comprometimento nutricional → recomendado o uso de fórmulas ou dietas enterais semi-elementares