AINEs Flashcards

1
Q

Quais são as características da inflamação?

A

Calor, rubor, dor, inchaço e perda de função.

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2
Q

O que desencadeia a inflamação? O que acontece após esse evento?

A

Um estimulo lesivo, como infecção, lesão química, lesão física. Durante esse estímulo, há a liberação e ativação de mediadores - como prostaglandinas e histamina - e cada um desses mediadores possui uma função (alguns tem capacidade de ativar receptores de dor, outros de diminuir o limiar de ativação, por exemplo). Essas substâncias se chamam sopa inflamatória.

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3
Q

Cite alguns eventos presentes na reação inflamatória aguda:

A

Vasodilatação e aumento de permeabilidade, levando a um infiltrado de células de defesa no tecido para exercer sua atividade.

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4
Q

Cite dois desfechos possíveis para uma reação inflamatória aguda:

A

Cura (pelo corpo ou medicamente) ou cronificação (gerando doenças crônicas inflamatórias).

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5
Q

Cite os 3 eventos que dão sequência a um estímulo lesivo na inflamação:

A
  1. Ativação do sistema complemento.
  2. Liberação e ativação de mediadores endógenos (histamina, prostaglandina, etc).
  3. Lesão celular e liberação de enzimas intracelulares.

Além disso, há depois a reação inflamatória aguda e, posteriormente, a sensibilização por substâncias algésicas durante a inflamação. Por fim, há a resolução ou a cronificação.

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6
Q

Descreva a Fase I da inflamação:

A
  1. Vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular(permitido pela histamina).
  2. Ação predominante da histamina.
  3. Substância P e Glutamato sensibilizam as fibras C. O Glutamato atua participando muito da ativação de neurônios, principalmente com relação a dor.
  4. Indução de COX.
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7
Q

Descreva a Fase II da inflamação:

A
  1. Recrutamento de leucócitos e macrófagos.

2. Expressão de citocinas e moléculas de adesão.

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8
Q

Descreva a Fase III da inflamação:

A
  1. Fibrose e regeneração do tecido (se tudo der certo).

2. Ação das células de defesa.

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9
Q

Por que a ativação de células endoteliais é importante para o processo inflamatório?

A

A ativação de células endoteliais estimula o direcionamento das células circulantes para o local do processo inflamatório, expressando moléculas de adesão que reconhecem carboidratos nas células circulantes, resultando na adesão dos leucócitos e sua infiltração no tecido.

Obs: Caso haja diminuição das moléculas de adesão, diminui-se o processo inflamatório. Esse é um dos efeitos antiflamatórios dos corticoides.

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10
Q

Quais são os tipos de fibras nociceptivas? (As quais são responsáveis pela passagem dos impulsos nervosos)

A
  1. Fibras A alfa e A beta: São fibras de grosso calibre, possuem muita mielina e a passagem do estímulo (a sensação) é muito rápida. São responsáveis pelo tato e pela dor neuropática.
  2. Fibras A delta: São fibras de menor calibre, possuem pouca mielina e a passagem do estímulo é mais lenta. São responsáveis pela nocicepção mecânica, térmica e química.
  3. Fibras C: São de diâmetro bem pequeno, são não mielinizadas e a passagem de estímulo é muito lenta. De acordo com o resumo, elas transmitem todo tipo de estímulo nociceptivo, como dor, coceira, térmico, químico, etc.
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11
Q

VER Descreva a via de sinalização da dor.

A

VER

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12
Q

Qual a relação dos mediadores liberados durante uma lesão e a dor?

A

Os mediadores gerados durante uma lesão sensibilizam os nociceptores e potencializam a sensação de dor.
Prostaglandinas (PGE2 e PGI2) diminuem o limiar de excitabilidade dos nociceptores - facilitando, então, a passagem do estímulo nervoso -, de modo a provocar sensibilização periférica. Logo, a partir dessa sensibilização, potencializa-se a sensação de dor.

Obs: PGE2 também pode ser produzida no cérebro e na medula, participando da sensibilização central.

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13
Q

Explique o mecanismo gerador da febre:

A

A infecção leva a formação de pirógenos endógenos (IL-1beta e TNF-alfa), os quais estimulam a produção de prostaglandinas capazes de atravessar a barreira hemato-encefálica e chegar ao hipotálamo. No hipotálamo, as prostaglandinas ativam os receptores EP3, de modo a estimular a geração de calor e aumento da temperatura corpórea basal = febre.

Obs: Hipotálamo é o local que regula a temperatura corporal.

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14
Q

Explique a via de formação das prostaglandinas:

A

As prostaglandinas são formadas a partir do ácido aracdonico. Há lipídeos de membrana que são metablizados pela fosfolipase A2 para produzir o ácido aracdonico.

O ácido aracdonico pode se inserir em várias vias. Na via das Lipoxigenases, haverá a formação de leucotrienos (importante via da asma). Na via das COX, o ácido aracdônico será metabolizado pela COX, dando origem a prostaglandinas prostaciclinas e tromboxanos.

Esquema: Fosfolipídeo de membrana > Metabolização pela fosfolipase A2 > Formação de ácido aracdonico > Metabolização pela COX > Formação de prostaglandina H2 > Formação de prostaciclina, tromboxano e prostaglandinas.

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15
Q

Cite algumas funções da Prostaciclina, do Tromboxano e da Prostaglandina:

A
  1. Prostaciclina: Vasodilatação e diminui agregação plaquetária.
  2. Tromboxano: Vasoconstrição e aumenta a agregação plaquetária.
  3. Prostaglandina: Vasodilatação e estimula edema.
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16
Q

Cite, de forma mais completa, as funções biológicas da prostaciclina e do tromboxano:

A

Prostaciclina e tromboxano tem capacidade de equilibrar o organismo. Se há mais um do que o outro, haverá problema (mais tromboxano pode ocasionar acidente vascular, por exemplo).

Funções da Prostaciclina:

  1. Anti agregante
  2. Anti adesão
  3. Vasodilatador
  4. Diminuição do remodelamento vascular
  5. Diminuição do metabolismo do colesterol

Funções do Tromboxano:

  1. Pró trombótico
  2. Pró adesão
  3. Vasoconstritor
  4. Aumento do remodelamento vascular
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17
Q

Cite, de forma mais completa, as funções biológicas da prostaglandina:

A
  1. Estimular contração uterina.
  2. Estimular vasodilatação dos seios renais.
  3. Controle da febre e estímulo doloroso.

Quanto à contração uterina: essa função da prostaglandina ocorre principalmente quando a mulher vai ter o bebê. O citotex é usado como abortivo e contém muita prostaglandina, de modo a estimular a contração do útero gravídico. Buscopan (dipirona) é um composto que serve para tratar a cólica pois inibe a via das prostaglandinas, logo, diminui a contração uterina.

Quanto à vasodilatação de seios renais: alguns antinflamatórios podem piorar quadros onde há sensibilidade renal, como pessoas que possuem filtração glomerular deficitária ou doença renal crônica. A falta de prostaglandinas pode levar à contração dos vasos, por isso tem que tomar cuidado ao usar antinflamatórios nessas pessoas, uma vez que, para elas, as prostaglandinas são necessárias.

18
Q

Quais são os usos terapêuticos da prostaglandina?

A
  1. Indução do trabalho de parto
  2. Gastro-proteção
  3. Manutenção do ducto arterial patente (PGE1 mantém a vasodilatação do ducto).
  4. Disfunção erétil (PGE1 gera vasodilatação).
  5. Hipertensão pulmonar (PGI2 melhora os sintomas).
  6. Glaucoma (PGF2 análogos).
19
Q

Qual o mecanismo de ação dos AINEs?

A

Inibir COX, podendo ser mais seletivos para COX1 ou COX 2.

20
Q

Quais são os grupos de AINEs?

A

Todos inibem COX, mas são divididos nos seguintes grupos:

  1. AAS
  2. Ácidos acéticos
  3. Ácidos propionicos
  4. Ácidos fenamicos
  5. Grupo sulfonaminas
  6. Grupo dos ácidos enolicos
  7. Grupo a parte que é o do paracetamol

Obs: Esses fármacos podem ser mais ou menos seletivos para COX 1 e COX2. Cetrolac é mais seletivo para COX1, Paracetamol tem basicamente a mesma seletividade para as duas enzimas e há outros fármacos mais seletivos para COX2.

21
Q

Como os AINEs podem ser divididos?

A

Por classe clínica, por seletividade e por vida plasmática.

Quanto à concentração plasmática: o paracetamol e a aspirina tem tempo de meia vida curto, então precisa-se fazer uso constante. O piroxicam tem 60 horas de meia vida.

22
Q

Qual o mecanismo de ação dos AINEs, de forma mais detalhada?

A

Todos competem com o ácido aracdonico (ou araquidonato) pela ligação ao sítio ativo da COX - exceto o AAS que faz ligação irreversível com a COX.

Todos inibem COX competitivamente, exceto AAS que inibe COX de modo irreversível.

A ligação irreversível que o AAS faz com a COX é a acetilação (ligação covalente).

23
Q

Diferencie, de modo geral, COX 1 e COX2:

A

COX 1 é sempre expressa no organismo (constitutiva), tem como substrato principal o ácido aracdonico e tem funções principalmente fisiológicas (proteção e manutenção), gerando prostaglandinas [funções fisiolóficas já citadas em outro card]. Dentro da célula, localiza-se no retículo endoplasmático.

COX 2 é induzível (mas pode ser constitutiva em algumas partes do organismo, como rins ou sistema nervoso) - logo, é gerada quando há inflamação -, pode usar outros ácidos graxos como substrato além do ácido aracdonico e tem funções principalmente inflamatórias (pró-inflamatórias e mitogênicas) - é induzida/produzida principalmente na inflamação. Dentro da célula, localiza-se no retículo endoplasmático e na membrana nuclear. Ela é expressa nos tecidos inflamados e ativados.

COX 1 e COX 2 são codificadas por genes diferentes, localizados em cromossomos diferentes.

AINEs podem ser não seletivos ou COX 2 seletivos.

O sitio ativo da COX 2 é maior que o da COX 1. Logo, moléculas maiores tem capacidade de inibir COX 2, mas não conseguem entrar no sitio da COX 1. Do mesmo modo, há estruturas não seletivas que conseguem entrar nos sítios das duas. Portanto, alterando o tipo de estrutra pode tornar o fármaco mais seletivo.

24
Q

Quais são os mecanismos adicionais dos AINEs?

A
  1. Inibição da quimiotaxia de leucócitos
  2. Inibição de radicais livres
  3. Antagonismo de bradicinina
  4. Inibição da ativação de neutrófilos
  5. Inibição da atividade da PLC
  6. Inibição da liberação de citocinas
  7. Inibição da eNOS
  8. Diminuição da expressão de moléculas de adesão

Tudo isso diminui o processo inflamatório.

25
Q

Quais são os 3 principais efeitos que todos os AINEs possuem?

A
  1. Efeito Antinflamatório
  2. Efeito Analgésico
  3. Efeito Antipirético
26
Q

Quais são as características farmacocinéticas comuns dos AINEs com relação à absorção?

A
  1. Boa absorção oral
  2. Pico de ação de 2h a 3h
  3. Baixa solubilidade aquosa, exceto paracetamol e AAS
  4. Ingestão com alimentos retarda a absorção
  5. Alguns compostos sofrem metabolismo de primeira passagem
27
Q

Quais são as características farmacocinéticas comuns dos AINEs com relação às vias de administração?

A
  1. Oral
  2. Retal
  3. Tópica (diclofenaco)
  4. Intramuscular (diclofenaco, piroxicam, dipirona, tenoxicam)
  5. Intravenosa (dipirona, tenoxicam, cetoprofeno)

Se consegue aplicar AINEs em diferentes vias, pois há diversas formulações farmacêuticas para eles - comprimidos, injeções subcutâneas, xarope, spray, etc. Isso tudo é possível porque as estruturas químicas são muito diferentes.

28
Q

Quais são as características farmacocinéticas comuns dos AINEs com relação à distribuição?

A
  1. Alta ligação a proteínas plasmáticas - 95 a 99%
  2. Acúmulo no tecido adiposo, atravessa a BHE
  3. Encontrados no fluido sinovial após doses repetidas, ppt indometacina (Cp = Csinovial)
  4. Podem se acumular nos locais de inflamação devido ao pH baixo (o que é positivo, pois se quer cessar a inflamação)
29
Q

Quais são as características farmacocinéticas comuns dos AINEs com relação à eliminação?

A
  1. Metabolização hepática (CYP3A, CYP2C), ppte conjugação com glucorunídeos
  2. Metabólitos ativos (ex: Nabumetona e Sulindaco)
  3. Tempo de meia vida: 1 a 4h (Paracetamol, Diclofenaco e Ibuprofeno), 6 a 12h (Celecoxib), 50h (Piroxicam)
  4. Eliminação por filtração ou secreção
  5. Alguns estão presentes no leite materno (ex: Ibuprofeno e Diflunisal)

Obs: A maioria sofre metabolização hepática e excreção renal.

30
Q

VER De modo geral, quais são as indicações terapêuticas dos AINEs?

A

VER A PRIMEIRA PARTE DO RESUMO DA BI DE INDICAÇÕES TERAPEUTICAS.

31
Q

De modo mais específico, quais são as indicações terapêuticas dos AINEs?

A
  1. São utilizados como anti-inflamatórios (exceto paracetamol e dipirona), tratando principalmente artrite reumatoide, gota, artrose, espondilite anquilosante.
  2. São utilizados como analgésicos. Nesse sentido, são eficazes em dores de baixa intensidade a moderada. Além disso, são utilizados também para tratar dor pós operatória, dor pós trauma, dor oncológica (associação com opióides), dor musculoesquelética, dismenorreia, enxaqueca.
  3. São utilizados como Antipiréticos.
  4. São utilizados no tratamento de hérnia de disco.
  5. São utilizados como cardioprotetores e antiplaquetários (AAS).
  6. São utilizados na prevenção do câncer de colo (COX2 seletivos).
  7. São utilizados no tratamento da doença de Alzheimer (ibuprofeno diminui o desenvolvimento da doença).
  8. São utilizados no tratamento da Mastocitose sistêmica (AAS e Cetoprofeno reduzem os sintomas).
  9. São utilizados na Tolerância a Niacina (AAS diminui o rubor facial).
  10. São utilizados na Síndrome de Bartter (indometacina inibe a produção exacerbada de PGEs no rim).
  11. São utilizados na prevenção do câncer de cólon (AAS).
32
Q

Quais são os principais efeitos adversos dos AINEs?

A
  1. Náuseas, vômitos, ulceração e intolerância gástrica
  2. Inibição da função plaquetária
  3. Prolongamento do trabalho de parto (não se deve usar em grávidas que estão a termo)
  4. Alterações da função renal (retenção de sal e água, edema, nefropatia, diminuição da liberação de renina, hiperpotassemia)
  5. Hipertensão
  6. Reações de hipersensibilidade (rinite, asma, edema, broncocontricção, choque anafilático)
  7. Hepatotoxicidade
  8. Síndrome de Reye (AAS)
  9. Salicismo
  10. Efeitos cardiovasculares - iCox2 seletivos

Quanto às alterações da função renal: AINEs podem piorar o quadro de necrose do rim e podem piorar a causa de pessoas que possuem insuficiência renal crônica. Por isso, pessoas que já possuem problemas renais precisam tomar muito cuidado ao tomar AINEs. Apesar de serem de fácil compra nas farmácias, não são totalmente seguros.

33
Q

Quais são as principais contra-indicações dos AINEs?

A
  1. Gravidez - contração prematura do canal arterial in útero.
  2. Crianças, idosos, aleitamento
  3. Insuficiência renal
  4. Úlcera gástrica
  5. Hipertensão
  6. Distúrbios da coagulação
  7. Viroses hemorrágicas
  8. Hipersensibilidade

Quanto à Hipertensão: os AINEs agravam a hipertensão pois geram vasoconstrição renal, não excreção de sódio e água, aumento de volemia.

34
Q

Quais são as principais interações medicamentosas dos AINEs?

A

1, Anti-hipertensivos, diuréticos

  1. Anticoagulantes
  2. Álcool e paracetamol
  3. Glicocorticoides
  4. Hipoglicemiantes - ptns plasmáticas
  5. Lítio - diminuição da excreção renal

Paracetamol é muito tóxico para o fígado, então fica ainda mais perigoso junto com o álcool.

Lítio é usado em pessoas com distúrbios de bipolaridade. O lítio é um cátion e interage com todos os receptores de cátion do organismo. Possui faixa terapêutica muito pequena e qualquer alteração a concentração pode causar alterações, visto que é um íon. O uso de AINEs pode diminuir a excreção renal de lítio e pode o levar para a faixa de toxicidade, causando problemas.

35
Q

Explique por que o AAS pode ser usado como anti agregador plaquetário:

A

AAS inibe irreversivelmente a COX 1 e 2. Esse efeito é mais notado nas plaquetas devido a baixa síntese proteica das mesmas. Duração da inibição: 8 a 12 dias. [Slide]

Pois o AAS inibe irreversivelmente o COX1 plaquetária, a qual é responsável pela síntese de tromboxano A2, um importante agente agregador plaquetário. Se inibe irreversivelmente a enzima plaquetária (plaqueta não tem núcleo), será necessário produzir novas plaquetas para que a função seja restabelecida; tendo, portanto, efeito duradouro. [Bia Motta]

Precisa de dose muito baixa 30 a 100mg (dose muito mais baixa que a anti-inflamatória) para exercer esse efeito.

O aparecimento de efeitos colaterais é dose dependente. Quanto maior a dose, maior é o risco de ter efeitos colaterais.

36
Q

Quais são os efeitos do AAS?

A
  1. Cardioprotetor e antiplaquetário: 30 a 100mg (dose bem mais baixa que a analgésica).
  2. Efeito ceratolítico: tira a camada de ceratina, levando a descamação da pele. Pode ser usado em verrugas e calos. Não deve ser usado em quem tem pele sensível.
  3. Analgésico: dor de baixa intensidade.

Obs: Diflunisal é mais potente, mas não tem efeito antipirético como AAS.

37
Q

Qual o tempo de meia vida do AAS?

A

20 minutos, metabólito ativo.

Obs: A absorção e a eliminação dependem do pH do meio.

38
Q

Qual é a dose analgésica do AAS?

A

300 a 1000mg.

Obs: Algumas pessoas possuem resistência ao AAS, fazendo com que ele não tenha efeito nelas.

39
Q

Quais são os efeitos adversos do AAS?

A
  1. Síndrome de Reye. Ocorre muito em crianças que tem febre viral. Quando essas crianças usam AAS, elas podem desenvolver essa síndrome, de modo a ocorrer encefalopatia hepática e esteatose.
  2. Hiperglicemia e glicosúria
  3. Altera o metabolismo do ácido úrico
  4. Ototoxicidade
  5. Edema pulmonar
  6. Efeitos no TGI
  7. Hepatotoxicidade
  8. Desacoplamento da fosforilação oxidativa > aumento na produção de CO2 > estimula ventilação compensatória > alcalose respiratória.
  9. Alteração do equilíbrio eletrolítico > para compensar a alcalose se produz HCO3 (bicarbonato) > aumento do pH > acidose metabólica compensatória. Isso causa efeitos muito tóxicos, alterando várias funções, inclusive a respiratória, podendo ser fatal.

Obs: Em doses mais baixas, há efeito antipirético, analgésico e anti-inflamatório; podendo ter alguns efeitos colaterais, como gástricos. Em doses mais altas, começa-se a ver ototoxicidade, havendo um zumbido no ouvido, mas ainda há efeito anti-inflamatório. Acima disso começa-se a ter efeitos tóxicos, que podem ser desidratação pela febre, acidose metabólica, coma e falência respiratória.

40
Q

VER Intoxicação por AAS

A

VER