Adrenérgicos Flashcards

1
Q

Em qual parte do sistema nervoso vão atuar esses fármacos?

A

Sistema nervoso autônomo simpático.

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2
Q

Os agonistas e antagonistas adrenérgicos possuem uma gama de aplicação maior ou menor do que os agonistas e os antagonistas colinérgicos?

A

Maior.

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3
Q

Em quais situações as anfetaminas são frequentemente utilizadas?

A

Em choques, sobretudo cardiogênico e vascular.

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4
Q

De onde anatomicamente emergem os neurônios eferentes simpáticos?

A

Da porção toraco-lombar da medula.

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5
Q

O que são as cadeias paravertebrais?

A

São regiões bilaterais características da subdivisão simpática que possibilitam a comunicação entre o neurônio pré ganglionar simpático e o neurônio pós ganglionar simpático.

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6
Q

Descreva os 2 padrões de inervação do sistema nervoso autônomo simpático.

A
  1. Os neurônios pós ganglionares chegam aos órgãos e fazem a sua inervação (principal mecanismo).
  2. O neurônio pré ganglionar ultrapassa a cadeia paravertebral e faz sinapse ganglionar com os gânglios localizados em uma região conhecida como pré vertebral (celíaco, mesentérico inferior e mesentérico superior).

Diferente do que ocorre no SN parassimpático, no SN simpático o neurônio pré ganglionar é mais curto que o pós ganglionar. Além disso, há diferença também nos neurotransmissores. No parassimpático, o neurotransmissor é a acetilcolina. No simpático, há a adrenalina, a noradrenalina, a dopamina e a acetilcolina (esta se relaciona com as glândulas sudoríparas).

Há fármacos que mimetizam a noradrenalina (principal) e há outros fármacos, em casos de choque, que são análogos à dopamina.

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7
Q

Diferencie Luta x Fuga associando os conceitos de SN simpático e SN parassimpático.

A

Na maior parte dos casos, há antagonismo fisiológico entre o SN simpático e o SN parassimpático, mas não é sempre. Exemplos de exceções: ambos os sistemas estimulam a produção de saliva; a ereção e a ejaculação são frutos da combinação dos dois sistemas.

Receptores de adrenalina e noradrenalina (SN simpático): dilatação da íris, diminuição do tônus do TGI, constrição do endotélio vascular.

Receptores de acetilcolina (SN parassimpático): contrição da íris, aumento do tônus do TGI, dilatação do endotélio vascular.

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8
Q

Em qual glândula são secretadas as moléculas de adrenalina, noradrenalina e dopamina (catecolaminas)? Em que região dessa glândula?

A

As catecolaminas são principalmente secretadas na medula da suprarrenal. A suprarrenal tem papel muito importante na produção de hormônios e de neurotransmissores.

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9
Q

Como o cortisol pode influenciar na produção de adrenalina e noradrenalina?

A

O aumento da produção de cortisol pode estimular a produção de adrenalina e de noradrenalina.

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10
Q

Cite algumas ações da adrenalina:

A

A adrenalina é um hormônio, mas também age como um neurotransmissor.

Tem como alguns efeitos:

  1. Vasoconstrição periférica.
  2. Efeitos cronotrópico, ionotrópico e dromotrópico positivos - ou seja, aumenta a frequência, a força e o disparo elétrico do coração com a liberação de adrenalina no tecido cardíaco.
  3. Se ligada a receptores beta adrenérgicos, induz glicogenólise, liberando reservas energéticas - logo, possui efeito hiperglicemiante.
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11
Q

Cite algumas ações da noradrenalina:

A

Possui efeitos muito parecidos com os da adrenalina, mas com algumas particularidades.

Logo, alguns efeitos são: vasoconstrição (importante efeito hipertensor) e efeitos crono, iono e dromotrópicos positivos.

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12
Q

Cite uma particularidade da dopamina:

A

Particularidade: dependendo da dose, pode provocar vasodilatação, sobretudo da vasculatura renal. Isso vai ser importante quando houver comprometimento da vasculatura sanguínea do rim.

Fora isso, dependendo da dose pode provocar hipotensão arterial.

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13
Q

Como se dá, de forma simplificada, a neurotransmissão adrenérgica?

A

Potencial de ação > Entrada de cálcio na célula (neurônio pré sináptico) > Neurônio pré sináptico libera conteúdo de vesículas que armazenam neurotransmissores ou cotransportadores na fenda sináptica. Exemplos de substâncias que as vesículas contém, além de neutrotransmissores, são neuropeptídeo Y e ATP.

Para o conteúdo das vesículas ser liberado na fenda sináptica, há a fusão da membrana das vesículas com a membrana do neurônio.

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14
Q

Como é a cascata de síntese das catecolaminas?

A

O aminoácido tirosina será captado pelo neurônio pré sináptico. A partir da tirosina, haverá a síntese de dopa, que é um precursor direto da dopamina.

Uma vez formada a dopamina no citoplasma do neurônio, a dopamina é carreada para dentro das vesículas. Dentro das vesículas, há a enzima que forma noradrenalina.

Na medula da suprarrenal, há uma região rica em uma enzima específica (S-adenosilmetionina) que é responsável pela síntese de adrenalina. Há neurônios centrais e periféricos que apresentam essa enzima, mas em menor nível do que na medula da suprarrenal.

Logo, a dopamina, a noradrenalina e a adrenalina estão na mesma cascata de síntese.

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15
Q

Por que o nome da classe de substâncias é catecolamina?

A

Porque há anel catecol com amina presente em todas essas substâncias.

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16
Q

Cite o que acontece bioquimicamente na doença de Parkinson e como é feito para atenuar o quadro:

A

No Parkinson, há perda de neurônios dopaminérgicos. Assim, usa-se L dopa para atenuar o quadro, pois esse é precursor da dopamina. Desse modo, ajuda-se a aumentar a porção de dopamina.

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17
Q

Quais são os mecanismos que regulam a quantidade de dopamina, adrenalina e noradrenalina na sinapse?

A
  1. Auto receptores
  2. Recaptadores ou transportadores
  3. Enzimas

Fármacos atuais atuam nesses 3 mecanismos de regulação.

Obs: Na neurotransmissão colinérgica, havia enzima que regulava a quantidade de acetilcolina (a acetilcolinesterase). Na neurotransmissão adrenérgica não há uma enzima com essa mesma função.

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18
Q

Como funciona a regulação de catecolaminas na sinapse quanto aos auto receptores?

A
  1. Alfa 2: No neurônio pré sináptico, há os auto receptores alfa 2 (localizados basicamente na junção do pré sináptico). Eles têm papel de desempenhar feedback negativo à liberação de neurotransmissores. Se a noradrenalina - ou um fármaco análogo - se ligam ao alfa 2, há a redução da liberação de neurotransmissores.
  2. Beta 2: Auto receptor que faz feedback positivo. Ou seja, a substância se liga a beta 2 pré sináptico e a mensagem que se passa é que se libere mais catecolaminas na sinapse.

Quanto ao alfa 2: ele é parte de um importante mecanismo de fármacos anti-hipertensivos. A clonidina atua como agonista de alfa 2 nesses receptores. Tem efeito anti-hipertensivo pois se liga a alfa 2, reduz a liberação de catecolaminas e gera efeito hipotensor (pois as catecolaminas são hipertensoras). Podem dar alucinações como efeitos adversos.

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19
Q

Como funciona a regulação de catecolaminas na sinapse quanto aos recaptadores ou transportadores?

A

O papel dos recaptadores (também chamados de transportadores) é pegar o neurotransmissor na sinapse (lado de fora) e jogar para dentro da célula (lado de dentro) [No neurônio pré sináptico?]. Dessa forma, eles regulam a quantidade de neurotransmissores presentes na sinapse.

No caso da noradrenalina, esse transportador se chama NET.

No caso da dopamina, esse transportador se chama DAT.

No caso da serotonina (que não é uma catecolamina), esse transportador se chama SERT.

A cocaína atua sobre o NET, inibindo a recaptação. Quando a cocaína se liga e bloqueia o recaptador, aumenta-se os níveis de catecolaminas [na sinapse?]. Os níveis de catecolaminas aumentados geram efeito central. Quanto aos efeitos centrais, a cocaína é estimulatória. Quanto aos efeitos periféricos, a cocaína bloqueia canais de sódio, inclusive na junção neuromuscular, impedindo a ocorrência do potencial de ação; por isso que possui efeito analgésico, apesar de ser estimulante central.

Obs: A cocaína foi o primeiro anestésico local descoberto, mas tem propriedades de estimulante central, o que gera forte dependência. Caso inale-se rapidamente, a absorção e a distribuição da cocaína também serão rápidos e, por ser muito lipossolúvel, rapidamente chega ao cérebro e faz efeito.

Obs: Na psicofarmacologia é onde mais são vistos fármacos que atuam nesses transportadores, como no caso da depressão. A depressão é, essencialmente, uma redução de neurotransmissores. Assim, a fluoxetina e o prosac atuam sobre o receptador SERT.

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20
Q

Como funciona a regulação de catecolaminas na sinapse quanto às enzimas?

A

Há duas enzimas que serão responsáveis pelo metabolismo das catecolaminas.

  1. MAO: essa enzima oxida as catecolaminas. Há duas formas de MAO (MAO A e MAO B), existindo inibidores seletivos que atuam em uma das duas formas e inibidores menos seletivos que inibem as duas. Os primeiros antidepressivos eram inibidores de MAO, de modo que as catecolaminas não fossem degradadas, mas sim aumentadas.
  2. COMT.

Essas duas enzimas estão presentes no TGI e no fígado. Logo, as catecolaminas não serão administradas por via oral, visto que essas enzimas são muito localizadas no TGI, fazendo com que as catecolaminas fossem rapidamente metabolizadas. Desse modo, normalmente as catecolaminas são administradas por via parenteral.

Essas enzimas estão presentes no neurônio pré sináptico e nas células efetoras.

Obs: As catecolaminas são mal absorvidas por via oral (MAO e COMT no TGI e fígado), mas há preparações análogas que podem ser administradas por via oral - fazendo modificações estruturais.

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21
Q

Explique a ação da Reserpina:

A

A reserpina é um anti-hipertensivo, pois impede a ida da dopamina para dentro da vesícula. No entanto, a reserpina também é um depressor de humor, visto que inibe a entrada de dopamina na vesícula e, consequentemente, não tem conversão de noradrenalina, diminuindo os níveis de noradrenérgico central e causando depressão.

A depressão é essencialmente a redução de neurotransmissores e isso começou a ser estudado a partir da reserpina.

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22
Q

Explique a interação das catecolaminas com os receptores beta 2 adrenérgicos quanto à questão estrutural:

A

Quanto maior for a cadeia para o lado da amina (aumento de tamanho dos substituintes alquil no grupo amino), maior será a interação com o receptor beta 2 adrenérgicos.

Logo, noradrenalina não interage com receptores beta 2 (ou interage de maneira muito precária). Evento oposto ocorre com a adrenalina, que interage bem com os receptores beta 2 pois já tem radical na porção terminal.

Caso haja hidroxilas, a molécula se torna muito lipossolúvel. Isso foi feito nas anfetaminas.

Essas pequenas modificações estruturais podem também tornar as moléculas mais resistentes ao metabolismo; sendo, portanto, formas de burlar os processos de regulação. Assim, as moléculas se tornam mais resistentes ao metabolismo pelas MAO e COMT.

Obs: Adrenalina é produzida a partir de um metil na molécula de noradrenalina.

Obs: Grupos alquil atravessam facilmente a BHE.

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23
Q

Quais são os tipos de receptores adrenérgicos?

A
  1. Alfa adrenérgicos: são subdivididos em Alfa 1 e Alfa 2.
  2. Beta adrenérgicos: são subdivididos em Beta 1, Beta 2 e Beta 3.

Não há fármaco seletivo para beta 3, mas existem fármacos seletivos para todos os outros. O principal tecido em que se encontram beta 3 é o tecido adiposo, apesar de ele não ser encontrado só lá.

Obs: Todos os receptores adrenérgicos são acoplados a proteína G.

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24
Q

Descreva a via de sinalização alfa 1:

A

Via de sinalização da proteína Gq, a qual ativa a fosfolipase C e gera IP3 e DAG (segundos mensageiros). Como continuação, há o aumento de cálcio citoplasmático, de modo a gerar, por exemplo, a contração do músculo liso.

O efeito mais marcante de alfa 1 é visto no endotélio vascular. Quando as catecolaminas ou análogos se ligam a alfa 1, há vasoconstrição.

Caso bloqueie-se alfa 1, essa via é reduzida e há vasodilatação.

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25
Q

Descreva a via de sinalização beta:

A

Geralmente, os receptores beta vão partir para sua sinalização por meio de Gs (estimulatório), mas nem sempre isso vai acontecer - às vezes não é por Gs, tomar cuidado para não confundir alguns efeitos dos fármacos que serão vistos em outros cards e que não vão ser por Gs.

Em alguns tecidos, beta 2 vai ter sua via ocorrendo a partir de Gi. Logo, pode ter efeito estimulatório em um tecido e efeito inibitório em outro, já que nem sempre a via será estimulatória.

Gs:adenilato ciclase > AMPc > efeito biológico.

No coração, 60% dos receptores beta são do tipo beta 1, possuindo também alguns beta 2 e pouquíssimos beta 3. No coração, tanto beta 1, quanto beta 2 atuam sobre a via estimulatória, possuindo como resultado final a entrada de cálcio com efeitos de aumento de frequência, aumento de força de contração e aumento de disparo elétrico. O efeito que se sobressai no coração é o de beta 1 (como beta 2 também é estimulatório aqui, o efeito estimulatório se sobressai).

O mais marcante de via inibitória é na vasculatura (endotélio vascular), onde há mais marcante o beta 2 inibitório. Assim, há vasodilatação quando essa via é estimulada. Essa via está presente também no pulmão, sendo que agonista beta 2 no pulmão é utilizado para tratar asma, DPOC, etc.

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26
Q

Descreva a via de sinalização alfa 2:

A

Geralmente é inibitória (a partir de Gi).

A maioria dos alfa 2 é pré sináptico e, nesse neurônio, alfa 2 faz feedback negativo, pois é inibitória. No entanto, nem sempre será essa via.

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27
Q

Quais são as ações das catecolaminas e dos simpaticomiméticos?

A

No geral, terão o mesmo efeito da adrenalina (tanto endógena, quanto externa).

  1. Excitatória muscular: Músculo liso de vasos sanguíneos da pele, rim, mucosas; glândulas salivares e sudoríparas.
  2. Inibitória periférica: Músculo liso GI, árvore brônquica, vasos da musculatura esquelética.
  3. Excitatório cardíaco: Aumento da frequência e força de contração.
  4. Metabolismo: Aumento da glicogenólise no fígado e músculo; liberação de ácidos graxos.
  5. Endócrino: Modulação de insulina, renina e hormônios hipofisários.
  6. SNC: Aumento da vigília, redução do apetite e atividade psicomotora aumentada.
  7. Pré-juncional: Facilitam a liberação de neurotransmissores.

Quanto ao efeito endócrino, há redução da insulina e aumento do glucagon. Há também aumento da liberação de hormônios hipofisários da adrenalina e análogos [?]. Há aumento da renina

Quanto ao efeito central, essas substâncias são estimulatórias centrais (hipotálamo e núcleos supraquiasmáticos).

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28
Q

Cite os principais agonistas, os principais antagonistas e os principais efeitos dos receptores alfa 1:

A
  • Agonistas: Adrenalina tem um pouco mais de afinidade por alfa 1 do que noradrenalina, devido a uma simples alteração na terminação amina (mas a afinidade dos dois é bem próxima). Apesar disso, as duas estimulam vasoconstrição.

Isoprotererol (“Iso”) é um agonista beta não seletivo, não atuando com eficiência em receptores alfa.

Agonista seletivo alfa 1 é fenilefrina e análogos, muito encontrados em preparados antigripais

Logo, quanto aos agonistas: Adrenalina > Noradrenalina&raquo_space; Isoprotererol/Fenilefrina.

  • Antagonistas: Prazosina, terazosina, alfuzocina, tonsulasina, doxazocina.
  • Efeitos de agonismo alfa 1:
    1. Vasoconstrição do músculo liso do endotélio vascular
    2. Contração do músculo liso genito-urinário.
    3. Quebra de reservas energéticas (glicogenólise) e gliconeogênese no fígado.
    4. Hiperpolarização do músculo liso intestinal, levado a relaxamento.
    5. No coração, há uma quantidade muito menor de alfa 1 do que de beta 1. No entanto, esse número pequeno ajuda a resposta de beta 1 aumentando a força de contração, mas alfa 1 pode ter efeitos adversos da estimulação que são as arritmias.
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29
Q

Cite os principais agonistas, os principais antagonistas e os principais efeitos dos receptores alfa 2:

A
  • Agonistas: Adrenalina tem mais afinidade por alfa 2 do que noradrenalina. O agonista seletivo de alfa 2 é clonidina (importante anti-hipertensivo).

Logo, quanto aos agonistas: Adrenalina > Noradrenalina&raquo_space; Isoprotererol/Clonidina.

  • Antagonistas: Iombina.
  • Efeitos de agonismo alfa 2:
    1. Feedback negativo na região pré sináptica usando Gi (mas nem sempre alfa 2 será Gi), resultando na redução da liberação de noradrenalina.
    2. Estímulo à agregação plaquetária (tem alfa 2 nas plaquetas e, quando a adrenalina interage com esse alfa 2, há agregação plaquetária),
    3. Contração da musculatura lisa vascular (quando há alfa 2 nessa musculatura).
    4. Efeito inibitório de redução da secreção de insulina (pois tem alfa 2 nas células beta das ilhotas pancreáticas).

Há pouca presença de alfa 2 no músculo liso vascular. O músculo liso vascular é rico em alfa 1 e beta 2. Quando o alfa 2 é estimulado nesse lugar, há contração.

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30
Q

Cite os principais agonistas, os principais antagonistas e os principais efeitos dos receptores beta 1:

A
  • Agonistas: Isoprotererol tem muito mais efeito em beta 1 do que adrenalina e noradrenalina. Adrenalina e noradrenalina tem efeitos iguais.

Dobutamina é um agonista muito seletivo para beta 1, apesar de não ser seletivo apenas para beta 1. Esse fármaco é muito importante em situações de choque.

Logo, quanto aos agonistas: Isoprotererol > Adrenalina = Noradrenalina, Dobutamina.

  • Antagonistas: Metoprolol, CGP20712A, Propanolol.
  • Efeitos agonismo beta 1:
    1. No coração, aumenta a força e frequência de contração. Aumenta também a velocidade de condução pelo nodo AV.
    2. No rim (nas células justaglomerulares), aumenta a secreção de renina.

Logo, todos os fármacos agonistas de beta 1 são hipertensores.

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31
Q

Cite os principais agonistas, os principais antagonistas e os principais efeitos dos receptores beta 2:

A
  • Agonistas: Salbutamol é o agonista seletivo de beta 2. Noradrenalina não possui afinidade por beta 2. Dessa forma, o efeito da noradrenalina em beta 2 é ínfimo ou nem aparece.

Logo, quanto aos agonistas: Isoprotererol > Adrenalina&raquo_space; Noradrenalina/Salbutamol.

  • Antagonistas: ICI118551.
  • Efeitos agonismo beta 2:
    1. Estimula relaxamento dos músculos lisos vasculares, brônquicos e genito-urinários.
    2. No músculo esquelético, estimula glicogenólise e aumenta a captação de potássio (isso pode gerar efeitos adversos, como arritmia por efeitos beta 2).
    3. No fígado, estimula glicogenólise e gliconeogênese.
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32
Q

Cite os principais agonistas, os principais antagonistas e os principais efeitos dos receptores beta 3:

A
  • Agonistas: Não há, hoje, fármaco seletivo beta 3. Os agonistas beta não seletivos vão poder atuar em beta 3.

Logo, quanto aos agonistas: Isoprotererol = Noradrenalina > Adrenalina, BRL 37344.

  • Antagonistas: CGP2071A.
  • Efeitos agonismo beta 3:
    1. O tecido mais rico em beta 3 é o adiposo. Nesse tecido, beta 3 estimula a via da lipólise, levando a quebra de reservas.
    2. Há uma baixa porcentagem de beta 3 no coração. Quando no coração, faz um efeito constritor (estimulatório).
    3. Na bexiga, há a segunda maior presença de beta 3 depois do tecido adiposo. Na bexiga, o beta 3 estimula o relaxamento do músculo detrusor.

Obs: Se tivesse um fármaco específico para beta 3, o problema da obesidade estaria resolvido (por conta da lipólise, quebra de reservas).

33
Q

Quais são os receptores dopaminérgicos? Onde estão distribuídos?

A

D1, D2, D3, D4 e D5. Estão distribuídos em todo o organismo, mas de forma mais marcante em alguns órgãos(cérebro e vasculatura esplênica, coronária e renal).

34
Q

Quais as funções de D1?

A

D1 ativa adenilato-ciclase, estimulando o relaxamento do músculo liso (via GMP com óxido nítrico). Logo, provoca efeito vasodilatador.

35
Q

Quais são as principais drogas adrenérgicas?

A
  1. Antigripais, onde encontram-se análogos à fenilefrina (alfa 1 agonistas). Pode-se encontrar fenilefrina também em anestésicos locais.
  2. Anfetaminas.
  3. Agonistas beta 2 como terbutalina.
  4. Agonistas alfa 2 como clonidina.

São achadas substâncias adrenérgicas também em suplementos.

36
Q

Quanto às drogas simpaticomiméticas, quais são os tipos de agonistas possíveis?

A
  1. Agonistas diretos: Atuam diretamente nos receptores alfa ou beta ou alfa e beta ao mesmo tempo (quem atua em receptores é agonista).
  2. Agonistas indiretos: Apesar de não haver enzimas nas sinapses, há enzimas responsáveis pela metabolização (MAO e COMT). Agonistas indiretos são aqueles que inibem MAO e COMT, inibem receptação ou invertem o sentido dos receptadores.
  3. Agonistas mistos: Atuam tanto direta, quanto indiretamente. Um exemplo é a efedrina, a qual se liga a receptores e também pode inibir receptação.
37
Q

Quais são as principais substâncias que são agonistas diretos?

A
  1. Adrenalina
  2. Clonidina (alfa 2)
  3. Dopamina
  4. Isoprotererol (agonista beta não seletivo)
  5. Metoxamina (alfa 1)
  6. Riodrina (beta 2)
  7. Albuterol (agonista beta 2)
  8. Dobutamina (prefere beta 1)
  9. Fenilefrina (alfa 1)
  10. Metaporterrenol (beta 1)
  11. Noradrenalina
  12. Terbutalina (beta 2)
38
Q

Quais são os principais agonistas indiretos de acordo com cada efeito específico?

A
  1. Aumenta a liberação de catecolaminas armazenadas da terminação nervosa: Anfetamina e Tiramina.
  2. Inibe a receptação de catecolaminas já liberadas: Cocaína e Antidepressivos tricíclicos - esses dois grupos citados inibem NET, inibindo a receptação de noradrenalina.
  3. Inibe MAO: Selegilina.
  4. Inibe COMT: Entacapona.
39
Q

Quais são os principais agonistas mistos?

A

Efedrina e Nafasolina.

Possuem ação direta e indireta (podem, por exemplo, se ligar diretamente ao receptor ou inibir a receptação).

40
Q

Quais são os agonistas adrenérgicos de ação direta naturais? E os sintéticos?

A
  1. Naturais: Adrenalina, Noradrenalina e Dopamina. São endógenas, mas podem ser comercializadas também (nenhuma das 3 é usada por via oral).
  2. Sintéticos: Dobutamina e Isoprotererol, por exemplo.
41
Q

VER Tabela e Resumo da Bi de seletividade de agonistas

A

VER slide 32 e pag 12 do resumo.

Não esquecer do Fenoldopam.

42
Q

A seletividade é dose dependente ou dose independente?

A

A seletividade é dependente da dose. Quanto maior a dose, menor a seletividade.

Isso vale para dopamina e para todas as substâncias adrenérgicas.

A seletividade vale para doses terapêuticas. Se der dose acima, vai perdendo a seletividade e começa-se a interagir com outros receptores.

43
Q

Discorra sobre a adrenalina e sua farmacocinética:

A
  • A maioria dos fármacos adrenérgicos tem efeito semelhante à adrenalina.
  • Adrenalina, noradrenalina e dopamina não são bem absorvidas por via oral, pois no TGI há marcadamente as enzimas MAO e COMT que as degradam. Logo, administra-se elas por via parenteral. Na via subcutânea, a absorção é mais lenta. A absorção é mais rápida por via intramuscular, nebulização e inalação.
  • Metabolismo se dá pela COMT e pela MAO, sobretudo no fígado.
  • Indicações: Sobretudo doenças inflamatórias do trato respiratório, doenças alérgicas (e suas consequências) e doenças cardiovasculares
    1. Asma brônquica.
    2. Bronco espasmo.
    3. Anafilaxia.
    4. Parada cardíaca.

Obs: Algumas vias de administração possíveis são intravenosa, subcutânea, intramuscular, pelo globo ocular, inalação ou endotraqueal.

Obs: Principais metabólitos são metanefrina e ácido vanilil-mandélico (renal).

44
Q

Quais são os tipos de preparações em que a adrenalina pode ser encontrada?

A

Subcutânea, suspensão, intravenosa ou inalação.

45
Q

Explique a relação da dosagem de adrenalina com a sua interação com receptores adrenérgicos:

A

Em doses mais baixas, interage mais com receptores beta. Em doses mais altas, interage mais com receptores alfa. Em doses intermediárias, interage com receptores beta e receptores alfa.

46
Q

Quais são os efeitos da adrenalina no Sistema Cardiovascular?

A

O principal receptor adrenérgico no coração é o beta 1 (está em maior número e possui maior efeito).

Quando atua em beta 1, aumenta força, frequência (ionotropismo e cronotropismo positivos) e disparo elétrico; aumentando, consequentemente, o débito cardíaco. No entanto, quando aumenta esse trabalho do coração, aumenta também a demanda de oxigênio.

Em receptores alfa, há vasoconstrição (em pele. mucosas, vísceras e rins).

Em receptores beta 2, há vasodilatação [o resumo deu exemplo de musculatura esquelética]. Há também glicogenólise no fígado e na musculatura esquelética.

“O efeito de aumento do débito está associado a um aumento da PA sistólica. Por efeito adrenérgico tem redução do limiar elétrico sinusal, aumento do pico de velocidade elétrica (encurta a sistole mas diminui a pressão diastólica, pois sobressai o efeito vascular em beta 2, por isso diminui pressão diastólica, mas aumenta a pressão sistólica com feito adrenérgico)” TENTAR ENTENDER ISSO.

OLHAR SLIDES 37 E 38.

47
Q

VER Olhar figura e explicação na parte de sistema cardiovascular

A

Explicação na pag 13 do resumo da Bi e figura no slide 39

48
Q

Quais são os efeitos da adrenalina no Aparelho Respiratório?

A

A partir da ação nos receptores beta 2, há broncodilatação (ação direta sobre musculatura lisa brônquica).

Em crises asmáticas agudas, a adrenalina alivia a dispneia e aumenta o volume corrente.

Se for asma decorrente de processo alérgico, a adrenalina estabiliza a membrana dos matócitos por receptores beta (há receptor beta no mastócito), de modo a não haver liberação de histamina; não fazendo, assim, broncoconstrição (além de também não haver aumento da produção de muco).

49
Q

A adrenalina causa hipo ou hiperglicemia? Explique.

A

A adrenalina possui um efeito hiperglicêmico. Ela alcança esse efeito a partir de:

  1. Aumento de glicogenólise no fígado (efeito beta 2)
  2. Aumento da liberação de glucagon (efeito beta 2)
  3. Diminuição da liberação de insulina (efeito alfa 2)

Todos esses efeitos são mediados via AMPc.

50
Q

Quais são os usos terapêuticos da adrenalina?

A

Em casos de:

  1. Broncoespasmo.
  2. Glaucoma (solução 2%).
  3. Choque anafilático.
  4. Parada cardíaca
  5. Com anestésicos

Quanto ao glaucoma, agonismo de receptores alfa 1 diminuem a produção de humor aquoso e bloqueio de receptores beta aumentam a drenagem de humor aquoso.

Quanto ao uso com anestésicos, usa-se alfa 1 agonista junto com anestésico pois o agonista fará uma vasoconstrição da área em que foi aplicado. Com isso, a absorção e a distribuição se tornam mais lentas, durando mais o efeito anestésico naquela região - não pode ser feito em extremidades pois pode fazer isquemia (nas extremidades usa-se anestésico local sem constritor). Exemplos de substâncias que são usadas dessa forma: adrenalina e lidocaína.

51
Q

Quais são os efeitos adversos da adrenalina?

A
  1. Distúrbios do SNC (pois são estimuladores centrais): Ansiedade, pânico, tensão, cefaleia, tremores (secundários a efeitos cardiovasculares/Musculares/metab.).
  2. Hemorragia cerebral: Elevação acentuada da pressão arterial.
  3. Arritmias cardíacas, alterando a inclinação da curva do disparo eletro no sinal e nas fibras de purkinge e diminui o tempo de bloqueio átrio ventricular, favorecendo arritmias: Supraventriculares/Taqui ou fibrilações
  4. Edema pulmonar: Aumenta pressões arterial e venosa com uso da adrenalina. Isso aumenta a pressão hidrostática capilar gerando edema pulmonar.

Aumentar a dose aumenta o risco desses efeitos acontecerem.

52
Q

Quais são as interações relacionadas a adrenalina?

A
  1. Hipertireoidismo: Produção aumentada de receptores adrenérgicos na vasculatura do indivíduo hipertiroideo. Isso pode causar uma exacerbação do efeito da adrenalina.
  2. Cocaína: Efeitos cardiovasculares e centrais exacerbados. A cocaína dificulta a captação de catecolaminas pelo neurônio adrenérgico. Em associação com drogas adrenérgicas, seu efeito é potencializado.
53
Q

Quais são os efeitos da noradrenalina no sistema cardiovascular?

A

A noradrenalina atua sobre os receptores alfa 1, alfa 2 e beta 1. Ela quase não possui efeito sobre beta 2.

Ela é responsável por causar intensa vasoconstrição na maioria dos leitos vasculares, incluindo o rim (alfa 1).

VER slide 45 e pág 14 do resumo da Bi.

54
Q

Relacione a dose aos efeitos da dopamina.

A
  • Doses baixas (efeitos nos receptores dopaminérgicos): Dilatação dos leitos vasculares renais, mesentéricos, coronários e intracerebrais.
  • Doses médias (efeitos nos receptores beta) (dose cardíaca): Melhora contratilidade miocárdica, aumento na frequência SA e aumento na condução do impulso o coração.
  • Doses altas (efeitos nos receptores alfa) (dose pressórica): A pressão arterial e a resistência periférica vascular aumentam. Pode aumentar a FC e a demanda de oxigênio.

Quanto aos efeitos dopaminérgicos, a dopamina se liga a receptor D1 (esplenicos, renais), possuindo efeito hipotensor (vasodilatação).

Em doses maiores, faz efeito contrário (efeito hipertensor em receptores alfa e beta), aumentando trabalho cardíaco e resistência vascular periférica.

Obs: Quanto mais aumenta a dose, menos seletiva ela se torna.

55
Q

Quais são os usos terapêuticos da dopamina?

A
  1. Choque cardiogênico
  2. Insuficiência cardíaca congestiva refratária crônica
  3. Insuficiência renal aguda
  4. Choque séptico
56
Q

Quais são os efeitos adversos da dopamina?

A
  1. Em superdosagem: atividade simpaticomimética excessiva.
  2. Dor anginosa
  3. Arritmias
  4. Náusea
  5. Hipertensão (efeito de curta duração).
57
Q

Fale sobre as propriedades do isoprotererol:

A

É um agonista não seletivo beta 1 e beta 2.

Em beta 1, aumenta a força de contração, aumentando o débito cardíaco e causando um possível aumento da PA sistólica e uma diminuição significativa da PA diastólica.

Em beta 2, causa vasodilatação periférica nos vasos dos músculos esqueléticos e causa bronco dilatação.

Não atua em alfa 1.

A absorção por via oral não é confiável. Em contrapartida, possui rápida absorção por via parenteral ou aerossol.

58
Q

Quais são os usos terapêuticos e os efeitos adversos do isoprotererol?

A

Usos terapêuticos: Broncodilatador e estimulante cardíaco.

Efeitos adversos: Assemelham-se aos da adrenalina.

59
Q

Fale sobre as propriedades da dobutamina:

A

É um agonista beta 1. Não é seletivo beta 1, mas possui preferência por ele. Se aumentar a dose, vai fazer efeito em alfa 1 também (constrição).

Possui maior efeito ionotrópico do que cronotrópico. Logo, principal efeito é aumentar a força de contração, mais do que a frequência cardíaca quando comparado ao isoprotererol. O isoprotererol aumenta mais a frequência [confirmar essa informação].

A dobutamina não atua sobre receptores dopaminérgicos.

60
Q

Quais são os usos terapêuticos e os efeitos adversos da dobutamina?

A

Usos terapêuticos: Insuficiência cardíaca congestiva (provoca alterações mínimas na frequência cardíaca e pressão sistólica).

Efeitos adversos: Dobutamina aumenta a condução atrioventricular. Logo, deve ser utilizada com cautela na fibrilação atrial.

Outros efeitos assemelham-se aos observados com outras catecolaminas.

61
Q

Fale sobre as propriedades dos agonistas beta 2 adrenérgicos:

A

São importantes fármacos para o sistema respiratório. Além disso, agonistas beta são mais seletivos, ainda que tenha aumento de dose.

Podem ser de curta duração (mais indicados para crise aguda de asma): Salbutamol (Albuterol), Aerolin, Fenoterol (Berotec).

Podem ser de longa duração (mais associados a corticoides para tratamento de asma a longo prazo): Salmeterol (Serevant), Formoterol (Foradil).

Além disso, também podem ser usados para tratamento de parto prematuro (sobretudo terbutalina e ritodrina). Essas substâncias antagonizam o efeito da ocitocina - aumento da contração - no músculo liso uterino. Logo, elas diminuem a estimulação do músculo uterino e, consequentemente, retardam o trabalho de parto.

Vale lembrar que os receptores beta 2 causam o relaxamento do músculo liso (desde a traquéia até os brônquios terminais).

Obs: Ocitócitos são substâncias análogas a ocitocina.

62
Q

Fale sobre as seguintes catecolaminas: Fenoldopam e Epinina.

A

Fenoldopam: Análogo à dopamina. É mais seletivo que a própria dopamina para os receptores D1 (ou seja, é agonista D1), provocando vasodilatação renal e esplênica. É indicado em casos graves de hipertensão (IV), onde se tem grande comprometimento do fluxo sanguíneo renal (redução de taxas de filtração glomerular). Logo, Fenoldopam causa vasodilatação periférica seletiva.

Epinina: Análogo da dopamina. Indicado para casos de ICC. Provoca vasodilatação dos vasos renais e esplênicos. É ativo pela via oral e também atua em D1.

63
Q

Fale sobre o seguinte fármaco não catecólicos: Fenilefrina.

A

Fenilefrina [vou falar em alfa 1 para ele, mas no slide está só alfa]: Agonista alfa 1 puro (é mais seletivo para alfa 1 e faz um agonismo direto em alfa 1). Além disso, não é inativada pela COMT.

Indicações: Midriático, descongestionante nasal, pode ser utilizado para elevar a pressão arterial.

É usado como descongestionante nasal pois a mucosa nasal é rica me receptores alfa 1 (vasoconstrição da região).

Agonistas alfa 1 também causam vasoconstrição periférica, levando ao aumento da pressão arterial.

São potentes midriáticos pois os músculos responsáveis pelo relaxamento da íris são ricos em alfa 1.

64
Q

Fale sobre o seguinte fármaco não catecólicos: Efedrina.

A

Efedrina: Agonista misto (receptores e receptação). Produz liberação de catecolaminas armazenadas. Possui ação direta sobre os receptores adrenérgicos.

Indicações: Descongestionante nasal, agente pressor.

Alguns antigripais possuem em sua constituição pseudoefedrina (que tem o mesmo efeito da efedrina).

Por ser um fármaco misto, pode atuar tanto nos receptores alfa e beta, quanto inibir a recaptação na fenda sináptica.

Tem grande lipossolubilidade, então passa facilmente pela BHE e estimula a liberação de catecolaminas.

É muito usado conjugado com anti histamínicos (principalmente pseudoefedrina, que é estimulante central).

Consegue-se produzir metanfetamina a partir de pseudoefedrina.

Efedrina também é utilizado na composição de termogênicos (ECA).

65
Q

Explique os ECA termogênicos:

A

ECA termogênicos são compostos de Efedrina, Cafeína e AAS. Os 3 agem em conjunto para potencializar a lipólise. É um suplemento.

A noradrenalina pode atuar em alfa, beta 1 e beta 3 (não se liga bem a beta 2). O beta 3 no tecido adiposo estimula naturalmente a cascata da lipólise.

A efedrina é um agonista direto e indireto sem seletividade e também se liga a beta 3, potencializando lipólise. A cafeína potencializa o efeito da noradrenalina (beta 3).

As prostaglandinas têm como efeito a diminuição da lipólise. Para inibir o efeito para baixo da lipólise, usa-se AAS, uma vez que AAS inibe a produção de prostaglandinas.

66
Q

Sobre os não catecólicos, fale um pouco sobre as propriedades da Anfetamina (fenilisopropilamina):

A

São agonistas indiretos adrenérgicos. Serão responsáveis por alterar os mecanismos de regulação dos níveis de catecolaminas - isso é alterado por dois mecanismos (receptação e enzimas).

Possui efeito estimulante central (humor e estado de vigília). Possui efeito depressor sobre o apetite.

Como classe, as anfetaminas vão aumentar a liberação de noradrenalina na fenda sináptica. Por consequência, haverá o aumento da neurotransmissão adrenérgica (aumenta neurotransmissão central - estimulante - e periférica).

Essas substâncias tem efeito anorexígeno pois a região dos núcleos hipotalâmicos que controla o apetite possui muitos receptores noradrenérgicos. No estímulo adrenérgico, tem efeito de depressão do apetite.

As anfetaminas possuem diversas substâncias dentro da classe (diversos sintéticos).

Obs: Na depressão, há redução dos níveis de neurotransmissor, como noradrenalina. Caso haja o contrário - aumento dos níveis - há excitação de humor, alterando a percepção da realidade, alterando o estado de vigília e causando delírio.

67
Q

Quais são os principais similares à Anfetamina?

A
  1. Metanfetamina (cristal ou speed): Ilícita. São menos seletivos para as regiões só do cérebro. Logo, não usa metanfetamina para TDAH, já que os metilfenidatos são mais seletivos.
  2. Fenmetrazina.
  3. Metilfenidato (Ritalina): Lícito. Indicado para transtorno de déficit de atenção e TDAH. Usado de forma a promover uma melhora cognitiva, atenção e memorização.
  4. Pemolina
  5. Fenilpropanolamina: Possui efeitos fracos sobre o humor.

Todas essas substâncias tem potencial de gerar dependência física e psíquica.

68
Q

Qual é o principal uso clínico de Anfetamina?

A

TDAH.

Córtex temporal possui comunicação com centro da emoção (amigdala), memorização, hipocampo, etc. No TDAH, há redução de transmissão - principalmente noradrenérgica - nessa região toda, por isso usa-se metilfenidato; de modo a aumentar o foco (atenção) e potencializar a formação de memória, sobretudo de curta duração (por isso ajuda a focar, a decorar mais facilmente).

Associado a isso, essas substâncias tiram a fadiga. A pessoa não sente fome nem sono. No entanto, esse efeito dura só por determinado tempo.

Obs: Esse efeito sobre a cognição independe se a pessoa tem TDAH ou não. Caso a pessoa tenha TDAH, ela toma o remédio para ajudar. No indivíduo que não possui TDAH - onde a neurotransmissor é equilibrada -, usa-se para potencializar.

69
Q

Quais são os principais usos não clínicos de Anfetamina?

A
  1. Recreativo: Aumento do tempo de vigília e disposição durante lazer.
  2. Estético: Auxiliar no emagrecimento.
  3. Aprimoramento cognitivo: Melhorar a capacidade mnemônica profissional e acadêmica. Nesse caso, há melhora na atenção, no aprendizado, na memória e nas funções executivas.
70
Q

Quais são os derivados de beta-feniletilamina (Anfetamina) e quais seus efeitos?

A

Todos agem como supressores de apetite:

  1. Anfepramona
  2. Femproporex
  3. Mazindol
  4. Fentermina
  5. Benzfetamina
  6. Fendimetrazina
71
Q

Explique a via de sinalização das Anfetaminas e Metanfetaminas:

A

A noradrenalina normalmente vai ser armazenada dentro da vesícula e, posteriormente, liberada. NET faz a receptação para dentro da célula de noradrenalina.

Quanto mais anfetamina, mais noradrenalina é liberada. Isso ocorre pois as anfetaminas estimulam a liberação do conteúdo das vesículas (“empurra o que tem na vesícula para fora”) [acho que é para fora da vesícula, mas dentro da própria célula, meio que no citoplasma]. Além disso, elas invertem o sentido de receptação, fazendo com que se jogue, a partir do NET, noradrenalina de dentro para fora da célula. Dessa forma, haverá muita noradrenalina e o estímulo simpático será muito maior do que o normal. Isso ocorre não só com a noradrenalina, mas com a dopamina também.

72
Q

Explique o efeito das Anfetaminas nas PRP vias de recompensa:

A

Temos um centro de recompensa do cérebro (límbico com região mais frontais). A partir do uso de Anfetamina, essa região toda tem potente descarga dopaminérgica, de modo a gerar prazer. Quando deixo de usar, eu passo a querer mais (por conta da plasticidade, das alterações).

73
Q

Cite os principais efeitos das Anfetaminas:

A
  1. Liberação de dopamina nas áreas do hipotálamo lateral, que regula de forma dose dependente a sensação de apetite (anorexígeno).
  2. Inibição da receptação de Serotonina (euforizante). Esse efeito é muito presente nos antidepressivos.
  3. Estímulo de receptores glutamatérgicos (NMDA) corticais que levam a mudanças de comportamento (hiperactividade).

Obs: Glutamato é o principal neurotransmissor estimulatório.

74
Q

Cite os principais efeitos das aminas catecolaminérgicas (ainda estamos falando de anfetaminas):

A
  1. Estimula a liberação das catecolaminas (noradrenalina, dopamina e serotonina).
  2. Aumenta o estado de ansiedade.
  3. Retarda o aparecimento da fome.
  4. Aumento da atividade física.
  5. Inibição da lipogênese.
  6. Aumento da lipólise.
  7. Eficácia: reduz até 10% do peso.

Produz dependência (4-8 semanas).

75
Q

Cite os principais efeitos colaterais das aminas catecolaminérgicas (ainda estamos falando de anfetaminas):

A
  1. Insônia.
  2. Agitação.
  3. Irritabilidade.
  4. Ansiedade.
  5. Boca seca.
  6. Constipação.
  7. Euforia.
  8. Hipertensão.
  9. Taquicardia.
  10. Arritmia.
  11. Tolerância.
  12. Dependência medicamentosa.

Importante: A administração deve durar no máximo 12 horas para tentar evitar esses efeitos.

76
Q

Descreva as propriedades da cocaína:

A

É um agonista indireto adrenérgico (bloqueia os recaptadores) e tem potencial anestésico.

Mecanismos de ação:

  1. Bloqueia os canais de sódio (efeito anestésico local)
  2. Bloqueia a receptação de noradrenalina. dopamina e serotonina. Logo, aumenta a quantidade de dopamina, noradrenalina e serotonina na fenda sináptica.
77
Q

O que é a combinação speed ball?

A

Cocaína associada a heroína. Essa combinação é feita por muitos usuários.

Essa combinação tem o objetivo de um efeito compensar o outro, uma vez que os efeitos se complementam. A cocaína apresenta o prazer apetitivo(atividade insaciável que incentiva mais cocaína/ atividade de busca) e heroína associada faz prazer saciativo; cortando um pouco do prazer insaciável da cocaína e mantendo o prazer da cocaína e heroína. Então, a pessoa não sofre tanto, por isso que faz a associação. Heroína corta o prazer de busca constante de cocaína gerada pela cocaína.

Isso é um subterfugio para não sentir tanto os efeitos adversos gerados pela cocaína, mas não vai cortar os efeitos periféricos da cocaína.

78
Q

VER últimos 2 slides e últimos 2/3 tópicos de cocaína

A

Pág 17 e 28 do resumo da Bi e slides 19 e 20.