Abordagens para infecções sexualmente transmissíveis Flashcards
O que é diagnóstico clínico?
Processo de determinação de qual doença ou condição explica o quadro clínico do paciente.
O que é diagnóstico sindrômico?
Processo de determinação do sistema ou da estrutura mais relacionado ao quadro clínico do paciente.
Qual a importância do diagnóstico sindrômico?
O diagnóstico sindrômico é útil para determinar o diagnóstico clínico, guiar o tratamento e os cuidados posteriores.
Quais os diagnóstico sindrômicos mais comuns em relação às ISTs?
Corrimento uretral e úlcera genital.
Quais ISTs estão diretamente relacionadas com o corrimento uretral?
Clamídia (Chlamydia trachomatis), gonorreia (Neisseria gonorreia), IST por Mycoplasma genitalium e tricomoníase.
Quais ISTs estão diretamente relacionadas com as úlceras genitais?
Sífilis primária ou cancro duro (Treponema pallidum), cancro mole (Haemophilus ducreyi), granuloma inguinal ou donovanose (Klebsiella granulomatis), linfogranuloma venéreo (Chlamydia trachomatis) e herpesvírus humano.
O que é diagnóstico etiológico?
Processo de determinação de qual agente etiológico explica a doença ou condição do paciente.
Quais os agentes etiológicos mais comuns em relação às ISTs?
A Chlamydia trachomatis e a Neisseria gonorrhoeae são responsáveis por mais de 85% dos casos de ISTs. Se após o início do tratamento empírico o paciente retornar sem melhora, outros agentes etiológicos devem ser considerados.
Quais os agentes etiológicos menos comuns em relação às ISTs?
Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis, Ureoplasma urealyticum, Herpesvírus humano, adenovírus e Candida spp.
Quais exames iniciais devem ser realizados no caso de quadro clínico provável de IST?
Sorologia para sífilis, sorologia para HIV, sorologia para hepatite A (se possível, solicitar, pois nem todos foram vacinados quando crianças), B e C. Se o teste rápido estiver disponível no serviço de saúde, a sorologia pode ser realizada na hora. Se não estiver, é necessário ser requerido sorologia de sangue periférico.
Como é feito o tratamento farmacológico das ISTs?
O tratamento farmacológico é guiado pelo diagnóstico sindrômico e sempre busca tratar as causas mais comuns, devendo ser tanto eficiente quanto eficaz. A utilização correta dos medicamentos deve ser explicada ao paciente, inclusive esclarecendo eventuais dúvidas. Além disso, é importante orientar condutas que devem ser tomadas caso não haja melhora do quadro.
Qual o tratamento farmacológico da clamídia e da gonorreia?
Ceftriaxona e azitromicina em dose única ou ceftriaxona em dose única e doxiciclina duas vezes por dia durante 7 dias.
Qual o tratamento farmacológico da IST por Mycoplasma genitalium?
Azitromicina em dose única.
Qual o tratamento farmacológico da tricomoníase?
Metronidazol ou clindamicina duas vezes por dia durante 7 dias.
Qual o tratamento farmacológico da sífilis primária ou cancro mole?
Penicilina G benzatina em dose única e doxiciclina duas vezes por dia durante 15 dias para não gestantes ou ceftriaxona uma vez por dia durante 8 a 10 dias para gestantes e não gestantes.
Qual o tratamento farmacológico do cancro mole?
Azitromicina ou ceftriaxona em dose única ou ciprofloxacina duas vezes por dia durante 3 dias.
Qual o tratamento farmacológico do granuloma inguinal ou donovanose?
Azitromicina uma vez por semana durante, pelo menos, três semanas ou até a cicatrização das lesões ou doxiciclina duas vezes por dia durante, pelo menos, 21 dias ou até desaparecimento completo das lesões.
Qual o tratamento farmacológico do linfogranuloma venéreo?
Doxiciclina duas vezes por dia durante 21 dias para não gestantes ou azitromicina uma vez por semana durante 3 semanas para gestantes.
Qual o tratamento farmacológico da IST por herpesvírus humano?
Aciclovir três vezes por dia durante 7 a 10 dias
O que averiguar antes de iniciar o tratamento farmacológico das ISTs?
Se houve exposição sexual desprotegida, se gestante, se há teste rápido para sífilis no serviço, tempo da lesão e quais fármacos estão disponíveis na rede.
Quais as condutas complementares para tratamento das ISTs?
Verificar situação vacinal para hepatites A e B, contatar as parcerias sexuais para tratamento, verificar a compreensão do paciente sobre a situação (SIFE), avaliar com o paciente como é o entendimento do uso de preservativos, o que facilita ou dificulta seu uso, verificar o uso de gel lubrificante e vrificar como se dá a negociação pelo uso de preservativos com as parcerias sexuais.
Quais ISTs são de notificação obrigatória?
Sífilis adquirida, sífilis gestacional, sífilis congênita, hepatite B, hepatite C, AIDS, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV.