6. Hiperplasia Prostática Benigna Flashcards

1
Q

Qual zona prostática costuma haver maior proliferação da próstata na HBP?

A

Zona de transição

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2
Q

Explique sucintamente os 2 mecanismo fisiopatológicos que levam à HPB

A
  1. Aumento do DHT, que leva a um desequilíbrio entre apoptose e mitose da próstata, levando ao seu crescimento. Componente estático, efeito obstrutivo
  2. Hiperativação do SNA simpático, com contração muscular local. Componente dinâmico, efeito funcional
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3
Q

Quais são os sintomas obstrutivos/de esvaziamento?

A

Hesitação, jato fraco, intermitência, esvaziamento incompleto, gotejamento pós-miccionall

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4
Q

Quais são os efeitos no músculo detrusor da bexiga na HPB?

A

Com hipertrofia uretral, teremos acúmulo de urina na bexiga com consequente hipetrofia do músculo detrusor. Essa hipertrofia leva aos sintomas irritativos

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5
Q

Quais são os sintomas irritativos ou de armazenamento?

A

Urgência ou incontinência de urgência, polaciúria, nictúria

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6
Q

Quais são as complicações da HPB?

A

Estase urinária: ITU, prostatite, litíase urinária

Hiperatividade do músculo detrusor: falência do detrusor, pseudodivertículos (bandas de músculo hipertrofiado), retenção urinária aguda

Obstrução total do fluxo urinário: retenção urinária aguda, LRA

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7
Q

E se HPB com hematúria?

A

Ela surge na minoria dos pacientes com HPB e, se for pelo HPB, ocorre pela ruptura de vasos submucosos locais, tendendo a ceder espontaneamente. Mas esses pacientes devem ser explorados cuidadosamente com cistoscopia e USG renal, já que a hematúria pode indicar como neoplasia urogenital ou nefrolitíase.

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8
Q

Como é o exame físico do paciente com HPB?

A

Ao toque retal: próstata aumentada, consistência fibro-elástica, sem nodulações

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9
Q

Quais são os exames laboratoriais que devem ser solicitados?

A

EAS (piúria e hematúria), ureia e creatinina (LRA), PSA (dx diferencial com ca de próstata e outras causas de incontinência masculina)

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10
Q

O que se espera com a USG?

A

Avaliar peso e tamanho da próstata, deve ser solicitada antes da cirurgia para saber se a cirurgia será endoscópica ou a céu aberto

Avaliação de função renal (LRA), avaliação da hematúria (visualização de cálculos e neoplasias

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11
Q

O que se espera com citoscopia?

A

Diagnóstico diferencial (estenose de uretra, ca de bexiga)

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12
Q

O que se espera com estudo urodinâmico?

A

Diagnóstico diferencial (distúrbio neurológico associado)

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13
Q

Quando indicar tratamento conservador?

A

IPSS 8-19, sem contra-indicação absoluta para tratamento cirúrgico

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14
Q

Como é o tratamento conservador?

A

Bloqueador alfa agonista (diminuem hiperatividade SNA simpático), bloqueador alfa5 redutase (diminuem próstata)

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15
Q

Qual a indicação de cada medicamento?

A

Bloqueador alfa agonista isolada: próstata pequena, muita LUTS
Bloqueador alfa5 redutase: próstata proeminente, pouca LUTS

Terapia combinada: próstata grande + muita LUTS

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16
Q

Quais são as indicações de tratamento cirúrgico?

A

IPSS entre 20-35, complicações da HPB, refratariedade ao tratamento clínico

17
Q

Quais são as opções cirúrgicas?

A

Terapias minimamente invasivas, ressecção transuretral da próstata, prostatectomia subtotal

18
Q

Quando realiza-se RTU?

A

Próstata < 60g.

19
Q

Quando realiza-se prostatectomia subtotal?

A

Próstata > 80g, contra-indicação a procedimento endoscópico (estenose de uretra ou anquilose de quadril), afecção vesical associada (cálculo, divertículo)

20
Q

Quais são os efeitos colaterais dos bloqueadores alfa-adrenérgicos?

A

Hipotensão, tontura, fraqueza, cefaleia, rinite

21
Q

Quais são os efeitos colaterais dos bloqueadores alfa5-redutase?

A

Redução da libido, disfunção ejaculatória e impotência. Em casos mais raros, ginecomastia, efeitos cognitivos e depressão

22
Q

Quais são as complicações mais comuns da RTU?

A

Ejaculação retrógrada (75%), disfunção erétil (4,2%), estenose uretral do colo vesical (3%), sd. intoxicação hídrica (2%), incontinência (1%)

23
Q

(CERMAM, 2013) A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) caracteriza-se por:

a. proliferação rápida das células estromais
b. desequilíbrio entre a proliferação e a apoptose celular
c. proliferação rápida das células epiteliais
d. proliferação rápida das células-tronco prostáticas

A

b. desequilíbrio entre a proliferação e a apoptose celular

O papel relativo da proliferação celular na Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) humana é questionado, pois não há evidência clara de um processo proliferativo ativo, embora seja possível que as fases iniciais estejam associadas à proliferação rápida das células. A doença estabelecida parece ser mantida de um índice igual ou reduzido da replicação celular. Uma vez que a proliferação de células maduras se desenvolve através de um processo de diferenciação terminal, terão extensão de vida infinita antes de sofrerem a morte programada. Nesse paradigma, o processo de envelhecimento induz a um bloqueio no processo de desenvolvimento, de modo que a progressão às células terminalmente diferenciadas seja reduzida, o que diminui o índice Geral de morte celular

24
Q

(2015, FMABC) Homem de 60 anos procurou urologista com queixa de dificuldade miccional progressiva, caracterizado por jato urinário enfraquecido, resíduo vesical pós micção e nictúria de 4 vezes. O exame físico demonstrou próstata aumentada de volume e fibroelástica. A ultrassonografia revelou próstata de 60g e PSA 2,8 ng/dL. Qual conduta deve ser tomada?

a. Deve ser realizada uretrocistoscopia para definir entre tratamento medicamentoso ou cirúrgico
b. este paciente deve ser submetido a tratamento medicamentoso, que é a primeira opção quando não existem indicações absolutas para cirurgia
c. este paciente deve ser submetido a ressecção endoscópica da próstata devido às suas dimensões
d. atualmente, o tratamento de escolha para este paciente é a embolização das artérias prostáticas

A

b. este paciente deve ser submetido a tratamento medicamentoso, que é a primeira opção quando não existem indicações absolutas para cirurgia

25
Q

(AMRIGS-PSU, 2011) Considere um paciente de 70 anos, apresentando jato urinário fraco e nictúria. como você trataria inicialmente este paciente que apresenta uma próstata de 120 gramas (normal até 20), sem evidência de neoplasia?

a. biópsia transretal de próstata
b. RTU de próstata
c. prostatectomia retropúbica
d. alfa bloqueador + inibidor da 5-alfa-redutase
e. orquiectomia

A

d. alfa bloqueador + inibidor da 5-alfa-redutase

26
Q

(FMB-UNESP, 2019) Homem de 60 anos apresenta dificuldade para esvaziar a bexiga com esforço miccional e jato urinário fraco, principalmente pela manhã, com piora progressiva nos últimos 2 anos. Nega noctúria, disúria, hematúria, retenção e infecção urinária. AF: pai operado por câncer de próstata. exame digital da próstata: aumentada, estimado em 40,100 na doações. a hipótese diagnóstica mais provável e o (s) exame(s) complementar(es) indicado(s) é (são):

a. câncer de próstata; PSA e urofluxometria
b. câncer de próstata; biópsia transretal da próstata
c. hiperplasia prostática benigna; ultrassonografia transretal da próstata
d. hiperplasia prostática benigna; PSA e urofluxometria

A

d. hiperplasia prostática benigna; PSA e urofluxometria

A provável hipótese diagnóstica é a hiperplasia prostática benigna, tendo em vista que o paciente apresenta sinais de obstrução intra vesical com piora progressiva nos últimos dois anos, além de um toque retal inocente para neoplasia. Os exames complementares que auxiliarão na condução do caso serão a urofluxometria (que avaliará de forma mais objetiva o grau de obstrução infravesical deste paciente) e a dosagem do PSA (que possui correlação direta com tamanho prostático). USG transretal da próstata avalia características que já foram inicialmente avaliadas pelo toque retal.

27
Q

(2015, UNICAMP) Um homem de 63 anos refere que, há cerca de 1 ano, vem apresentando dificuldade para iniciar a micção, fazendo muito esforço durante, com jato urinário fraco e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Toque retal: próstata aumentada com peso de cerca de 60g, como consistência fibra elástica e sem nódulos. A conduta inicial é:

a. solicitar dosagem de antígeno específico da próstata sérico (PSA), ureia, creatinina, análise de sedimento urinário e urocultura
b. realizar ultrassonografia transabdominal para determinação do volume prostático e detecção de nódulos
c. realizar biópsia guiada por ultrassonografia antes de indicar ressecção transuretral
d. prescrever alfa agonista isolado ou associado a inibidor da 5 alfa redutase

A

a. solicitar dosagem de antígeno específico da próstata sérico (PSA), ureia, creatinina, análise de sedimento urinário e urocultura

USG transabdominal para determinação do volume prostático e detecção de nódulos: incorreta. Não identifica nódulos

Biópsia guiada por ultrassonografia antes de indicar ressecção transuretral: incorreta. Não há indícios de Ca de próstata

Prescrever alfa agonista isolado ou associado a inibidor da 5 alfa redutase: incorreta. É alfa bloqueador

28
Q

(FM-USP, 2018) Um homem de 61 anos procura o pronto-socorro com queixa de dificuldade miccional há 12 horas. Refere que há 3 meses, apresenta micção com jato fraco e entrecortado e sensação de esvaziamento vesical incompleto. No exame clínico, observa-se o abdômen doloroso à palpação no hipogástrio. Toque retal: próstata de 60, sem nódulos. O restante do exame clínico é normal. Traz resultados de exames: PSA 8 ng/dL, creatinina 2,4 mgdL. USG: utétero-hidronefrose moderada bilateral, bexiga espessada e com divertículos, próstata de 65g.

Qual é a conduta para o caso neste momento?

a. nefrostomia bilateral
b. sondagem com Foley
c. finasterida e seguimento ambulatorial
d. passagem de cateter duplo J

A

b. sondagem com Foley

29
Q

(SANTA CASA-SP, 2015) Um homem de 59 anos vai ao ambulatório de Urologia com queixa de intensos sintomas urinários de esvaziamento há aproximadamente 2 anos, que vem piorando progressivamente. Tem história de 2 prostatites agudas, 1 orquiepididimite no período, 3 episódios de hematúria macroscópica nos últimos 6 meses. Ao exame físico encontra-se afebril, com globo vesical palpável e toque retal com próstata aumentada, fibro-elástica, lisa, sem nódulos, com sulcos e limites bem definidos. Traz exames laboratoriais: urina 1 com 14 mil leucócitos e 10 mil hemácias, urocultura negativa, PSA 2,2 ng/dL, creatinina 2,4 mg/dL, ureia 76 mg/dL. Na ultrassonografia, identificam-se próstata de 66 gramas, bexiga com paredes espessadas e trabeculações, sem lesões vegetantes, dilatação ureteropielocalicial bilateral moderada e resíduo pós miccional de 230 ml Qual é a conduta apropriada?

a. biópsia de próstata guiada por USG transretal
b. tomografia sem contraste para investigar litíase
c. tratamento Clínico com alfa bloqueador inibidor da 5 alfa redutase
d. sondagem de alívio
e. sondagem de demora e programar tratamento cirúrgico

A

e. sondagem de demora e programar tratamento cirúrgico

Paciente tem IRA pós-renal por obstrução infravesical. É necessário realizar passagem de sonda de demora e tratamento cirúrgico para HPB.

30
Q

(UFG, 2015) A hiperplasia prostática benigna representa uma das doenças mais frequentes do homem. Altamente prevalente, é considerada por muitos pesquisadores uma condição natural e inexorável do envelhecimento masculino. Nessa patologia:

a. hormônios androgênicos tem influência insignificante tanto com relação à causa quanto ao desenvolvimento da doença
b. o aumento do volume da próstata e o tônus aumentado da musculatura lisa do órgão são os responsáveis exclusivos pelos sintomas urinários
c. a intensidade dos sintomas miccionais é diretamente proporcional ao volume prostático
d. o tratamento pode ser tanto clínico como cirúrgico. no tratamento cirúrgico, o padrão-ouro é a cirurgia endoscópica, em que a ressecção transuretral de próstata é a forma clássica

A

d. o tratamento pode ser tanto clínico como cirúrgico. no tratamento cirúrgico, o padrão-ouro é a cirurgia endoscópica, em que a ressecção transuretral de próstata é a forma clássica

31
Q

(UFG, 2014) No tratamento da hiperplasia prostática benigna:

a. os bloqueadores adrenérgicos alteram a história natural de retenção urinária em homens com sintomas do trato urinário inferior e próstata aumentada
b. os efeitos adversos associados a finasterida e dutasterida, que podem ser particularmente problemáticos entre os idosos, são vertigem e hipotensão ortostática
c. os portadores de HPB com retenção urinária, infecções urinárias recorrentes, insuficiência renal, hematúria recorrente podem desenvolver consequências fatais se não tratado cirurgia
d. os inibidores de fosfodiesterase tipo 5 não tem papel na terapia da HPB, mas podem ter efeitos deletérios sobre os sintomas urinários

A

c. os portadores de HPB com retenção urinária, infecções urinárias recorrentes, insuficiência renal, hematúria recorrente podem desenvolver consequências fatais se não tratado cirurgia

32
Q

(UFC-PSU, 2019) Um senhor de 65 anos, após uma consulta de rotina com toque retal normal, retorna ao médico do PSF como resultado de PS total de 8 ng/dL (normal até 4 ng/dL). ele está muito apreensivo, pois há cerca de um ano fez o mesmo exame e o resultado foram normal. Qual deve ser a conduta?

a. tranquilizar o paciente repetir o exame no próximo ano
b. encaminhar para biópsia prostática em serviço especializado
c. solicitar novo exame para confirmar elevação persistente do PSA
d. administrar antibiótico (quinolona) e repetir o exame após o tratamento

A

c. solicitar novo exame para confirmar elevação persistente do PSA