55 Anel Pelvico Flashcards
Quais são os grupos de pacientes com lesões do anel pélvico de acordo com estudos epidemiológicos?
Os grupos são adultos jovens, vítimas de acidentes de alta energia, e idosos, vítimas de acidentes de baixa energia, frequentemente por queda da própria altura.
Quais são os principais ligamentos que contribuem para a estabilidade do anel pélvico?
Ligamentos sacroilíacos posteriores (curtos e longos), sacrotuberal, sacroespinal, e iliolombar.
Quais ligamentos são resistentes às forças rotacionais no anel pélvico?
Ligamentos sacroilíacos posteriores curtos, ligamento sacroilíaco anterior, sacroespinoso e iliolombar.
Quais ligamentos são resistentes às forças verticais no anel pélvico?
Ligamentos sacroilíacos posteriores longos, sacrotuberoso e lombossacrais.
Quais são as estruturas nervosas que emergem dos forames sacrais para suprir o plexo lombossacral e sacral?
As raízes nervosas de T12 a S4 formam o plexo lombossacral e sacral, que suprem as estruturas do períneo e membros inferiores.
Quais são as estruturas contidas na incisura ciática maior da pelve?
Nervo e artéria glútea superior e inferior, nervo e artéria pudenda interna e o nervo isquiático.
Qual é a principal causa de óbito em pacientes com lesões do anel pélvico?
Hemorragia, geralmente oriunda do plexo venoso ilíaco interno.
Quais são os ligamentos de maior importância para a estabilidade pélvica?
Ligamentos sacroilíacos posteriores, tanto os curtos quanto os longos.
Qual é a relação entre o sistema autônomo e as lesões da musculatura do assoalho pélvico?
A proximidade anatômica dessas estruturas pode levar a disfunções autonômicas, resultando em alta taxa de disfunção sexual após lesões com ruptura do diafragma urogenital.
O que é a corona mortis e qual é a sua importância na fratura do anel pélvico?
A corona mortis é uma anastomose entre o sistema ilíaco externo e obturatório, localizada posterior ao ramo púbico. Ela é uma importante estrutura vascular no acesso cirúrgico da porção interna da cintura pélvica.
Quais são os sistemas arteriais que emergem da região ilíaca?
A artéria ilíaca comum divide-se em artéria ilíaca externa e artéria ilíaca interna. A ilíaca externa origina a artéria femoral, enquanto a ilíaca interna ramifica-se em anterior e posterior, suprindo várias estruturas pélvicas.
O que é a corrente anterior da pelve?
A corrente anterior da pelve é formada pelo ligamento iliolombar, que conecta o processo transverso de L4 ou L5 à crista ilíaca posterior, proporcionando uma limitação anterior à mobilidade da pelve.
Qual é o sinal clínico de Destot, e em que situação é comumente encontrado?
O sinal de Destot é o hematoma na bolsa escrotal dos homens e nos grandes lábios das mulheres. É comum em lesões do assoalho pélvico, especialmente nas instabilidades verticais.
Por que a estabilidade do anel pélvico não deve ser testada clinicamente na sala de emergência?
A compressão anteroposterior e laterolateral para avaliar a estabilidade pélvica pode causar risco de sangramento. Indícios radiográficos fornecem as informações necessárias para o diagnóstico de instabilidade.
Quais são as incidências radiográficas recomendadas para o diagnóstico de fratura de anel pélvico?
A incidência panorâmica de bacia, inlet e outlet são recomendadas para o diagnóstico. A tomografia computadorizada (TC) também é mandatória na avaliação das lesões do complexo osteoligamentar posterior.
Em quais situações a ressonância magnética (RM) é indicada para o diagnóstico de fratura de anel pélvico?
A RM é indicada nos casos de dor posterior importante, em pacientes com osteoporose e com TC normal.
Qual é a principal complicação associada às fraturas sacrais?
As fraturas sacrais, principalmente as mediais aos forames sacrais, possuem uma incidência de lesão neurológica de até 60%.
O que é o teste clínico realizado sob visão fluoroscópica no ambiente do centro cirúrgico?
O teste clínico realizado sob visão fluoroscópica é uma alternativa à compressão anteroposterior e laterolateral na sala de emergência para avaliação da estabilidade pélvica em casos de dúvida radiográfica.
Qual é o sistema de classificação de Young e Burgess baseado nos achados radiográficos e no mecanismo de lesão em fraturas de anel pélvico?
O sistema de classificação de Young e Burgess classifica as fraturas de anel pélvico em quatro forças possíveis no trauma pélvico: compressão anteroposterior, compressão lateral, cisalhamento vertical e padrão complexo.
Quais são as principais lesões associadas à rotação externa da hemipelve em fraturas de anel pélvico?
Em rotação externa, podem ocorrer abertura da sínfise, lesão do complexo sacroilíaco anterior, lesão do ligamento sacroespinal, comprometimento do componente posterior da sacroilíaca e ruptura dos ligamentos da sínfise.
Qual é a classificação de Tile para fraturas de anel pélvico?
A classificação de Tile divide as fraturas em três tipos: A (anel estável), B (instável rotacionalmente) e C (instável rotacional e verticalmente), e ainda, subdivide cada tipo conforme as estruturas comprometidas.
O que a classificação de Denis considera para classificar as fraturas sacrais?
A classificação de Denis classifica as fraturas sacrais de acordo com a posição do traço de fratura em relação aos forames sacrais, dividindo-as em Zona I (lateral ao forame), Zona II (ao nível do forame) e Zona III (medial ao forame).
Quais são as forças possíveis no trauma pélvico na classificação de Young e Burgess?
As forças possíveis são: compressão anteroposterior - rotação externa da hemipelve, compressão lateral - rotação interna da hemipelve, cisalhamento vertical e padrão complexo.
O que a classificação AO considera para classificar as fraturas pélvicas?
A classificação AO considera a localização e o tipo de fratura, dividindo as fraturas em três categorias: A (estáveis), B (parcialmente estáveis) e C (instáveis), e ainda, subdivide cada categoria em subtipos.
Quais são as principais características das fraturas em “U” ou “H” do sacro na classificação de Roy-Camille?
As fraturas em “U” ou “H” do sacro, denominadas disjunção lombopélvicas, são caracterizadas pela descontinuidade da pelve com a coluna vertebral, causadas por hiperflexão da pelve sobre a junção lombopélvica, resultando em deformidade cifótica, impactada e com potencial de comprometimento do canal espinal sacral.
Quais são os tipos de lesões classificadas por Roy-Camille?
Os tipos de lesões classificados por Roy-Camille são: Tipo 1 - Cifose sem translação, Tipo 2 - Translação posterior do fragmento cefálico e Tipo 3 - Translação completa do fragmento cefálico.
Quais são os tipos de lesões instáveis rotacionais e verticais na classificação de Tile?
Os tipos de lesões instáveis rotacionais e verticais na classificação de Tile são C1 (lesão unilateral), C2 (lesão bilateral) e C3 (lesão associada a fratura acetabular).