3 - Síndromes Geriátricas Flashcards

1
Q

Epidemiologia do Idoso

A

Países desenvolvidos ≥ 65 anos.
Países em desenvolvimento ≥ 60 anos
Brasil, até 2030 = mais de 40 milhões de pessoas acima de 60 anos

acima de 80 anos - muito idoso - dado um agravo agudo - tende a ter complicações maiores do que idosos mais novos

multimorbidade - 2 ou mais condições mórbidas/doenças - é fator de risco para pior prognóstico

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2
Q

Senilidade x Senescência

A

Envelhecer é um processo natural

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3
Q

FATORES QUE INFLUENCIAM O ENVELHECIMENTO:

A
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4
Q

Alterações do envelhecimento:

Alteração na composição corporal

A

perda de massa muscular e aumento da proporção de massa gordurosa; aumento de tecido fibroconectivo em diversos órgãos; desmineralização óssea.

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5
Q

Alterações do envelhecimento

Equilíbrio disponibilidade vs. demanda de energia

A

redução do pico de demanda miocárdica de oxigênio; maior demanda energética no repouso.

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6
Q

Alterações do envelhecimento

Desequilíbrio homeostático

A

redução hormonal, elevação de citocinas pró-inflamatórias, estresse oxidativo.

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7
Q

Alterações do envelhecimento

Neurodegeneração

A

atrofia cerebral, resposta inflamatória com ativação da micróglia.

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8
Q

A mais importante alteração fisiológica do envelhecimento é a :

A

predisposição para maior número de doenças e a potencial maior gravidade destas.

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9
Q

Alterações Fisiológicas do Envelhecimento :

A
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10
Q

Definição de síndromes geriátricas:

A
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11
Q

Quais são as síndromes geriátricas?

A
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12
Q

Síndrome da Fragilidade

A

Síndrome fisiológica caracterizada pela redução da reserva e pela resistência diminuída a estresses resultantes do declínio cumulativo de diversos sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade às condições adversas e alto risco de morte.

  • Marcador de Vulnerabilidade.
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13
Q

Segundo Fried et al., o quadro clínico característico da síndrome de fragilidade era marcado por:

A
  • perda de peso não intencional;
  • fadiga;
  • fraqueza muscular;
  • redução da velocidade da marcha;
  • diminuição do nível de atividade física.
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14
Q

Fatores predisponentes da síndrome da fragilidade do idoso:

A
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15
Q

Relação de perda de funcionalidade com vulnerabilidades:

Esquema

A
Adaptação e tradução de Hazzarrds, Tratado de Geriatria, 2017.
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16
Q

Critérios de fragilidade:

A

utilizado um dinamômetro para avaliação da força palmar

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17
Q

Escala SOF:

A

redução da energia
não consegue sentar sem apoio das mãos - braços cruzados
perda de peso >5% em dois anos

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18
Q

Avaliação pela FRAIL - Brasil:

A

Prova!

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19
Q

Fisiopatologia da Síndrome de fragilidade:

A
20
Q

Consequências da Síndrome da Fragilidade:

A
21
Q

Tratamento da Síndrome de Fragilidade:

A
22
Q

Resumão - Clínica e diagnóstico da Síndrome de Fragilidade:

A
23
Q

Comorbidades e polifarmácia:

A

Uso de 5 ou mais medicamentos ou uso de mais medicamentos do que clinicamente indicados.

24
Q

Por que os idosos são mais vulneráveis aos efeitos deletérios da polimedicação?

A

Alteração na distribuição dos medicamentos no organismo: aumento de tecido adiposo e redução da massa muscular (mais sensíveis às medicações hidrossolúveis e efeitos mais prolongados nos medicamentos lipossolúveis).

Declínio da função renal e redução do metabolismo hepático.

Há divergências na literatura. Outra definição para polifarmácia é : Uso de mais medicamentos do que clinicamente indicados.

25
Q

Cascata medicamentosa no idoso:

A
Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2016.
26
Q

Definição de cascata iatrogênica:

A

Situação em que o efeito adverso de um fármaco é interpretado incorretamente como nova condição médica que exige nova prescrição, sendo o paciente exposto ao risco de desenvolver efeitos prejudiciais adicionais relacionados ao tratamento potencialmente desnecessário.

27
Q

Critérios de Beers (2019) e algumas das principais classes de medicamentos potencialmente inapropriados:

A

Definição: “medicamentos cujo uso deve ser evitado em idosos, uma vez que possuem um risco elevado de reações adversas para esta população, evidência insuficiente de benefícios, sabendo que há uma alternativa terapêutica mais segura e tão ou mais eficaz disponível.” (Luchetti et.al, 2011)

Anticolinérgicos, digoxina, antidepressivos, benzodiazepinicos, zolpidem

identificar MPI - medicamentos potencialmente inapropiados para idosos

28
Q

Incapacidade e perda funcional - Estado funcional:

A

ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA
ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA
Levar em conta relato do paciente, familiares, e aplicar questionários.
Importante correlação com o estado de saúde, ambiente e suporte social.
Reavaliar continuamente, em todas as consultas.
Escalas avaliativas: Katz, Lawton, Barthel, Pfeffer…

29
Q

Avaliação das atividades básicas da vida diária - Escala de Katz:

A
6 atividades básicas
30
Q

Qual a funcionalidade do paciente conforme a escala de Katz de Atividades Básicas da Vida Diária ? Classificada como (LOPES et al., 2015):

A

– Independentes (pacientes capazes de realizarem as 6 ABVDs da escala de Katz);
– Parcialmente dependentes (pacientes que conseguem executar 3 a 5 ABVDs);
– Totalmente dependentes (pacientes capazes de no máximo 2 ABVDs).

31
Q

Atividades Instrumentais:

A

Gerenciar as finanças
Lidar com transporte (dirigir ou navegar o transporte público)
Fazer compras
Preparar refeições
Usar o telefone e outros aparelhos de comunicação
Gerenciar medicações
Manutenção das tarefas domésticas e da casa

Avaliadas pela escala de Lawton.

32
Q

A escala de Lawton avalia principalmente:

A

Avalia as atividades instrumentais da vida diária (AIVD):

utilização de telefones
finanças
medicamentos
atividades domésticas

33
Q

Escalas de Katz x Lawton

A

Katz é BÁSICA - ABVD
Lawton é INSTRUMENTAL - AIVD

katz - autocuidado/idoso com ele mesmo
lawton - relação indivíduo com o meio

34
Q

Definição de declínio funcional:

A

O envelhecimento está relacionado a doenças neurodegenerativas progressivas como as síndromes demenciais.
Nem todo idoso apresentará declínio cognitivo, mas devemos pesquisar ativamente através de testes cognitivos.

35
Q

PROVA

É a alteração aguda do estado mental:

A

DELIRIUM

Déficit cognitivo com declínio funcional só é síndrome demencial se eu excluir o delirium

não confundir delirium com delírio

36
Q

Quedas como síndrome geriátrica:

A

Estão relacionadas a aumento da mortalidade, redução da mobilidade, transtorno depressivo e incapacidade.

O risco de quedas deve ser ativamente pesquisado em todas as consultas.

Questionar o número de quedas no último ano

Testes: Timed get up and go, Testes de equilíbrio e marcha.

37
Q

Incontinência urinária:

A

Perda involuntária de urina o suficiente para ser um problema de saúde ou interferir na vida social.

38
Q

Principais padrões de incontinência urinária:

A

Incontinência urinária de esforço → hipermobilidade uretral e pelo menos algum grau de fraqueza do esfíncter.

Incontinência urinária de urgência→ hiperatividade do músculo detrusor.

Incontinência urinária por transbordamento → causada por hipoatividade do detrusor ou obstrução.

39
Q

Avaliação clínica do paciente incontinente:

A
40
Q

Déficit sensorial:

A

Avaliação do déficit sensorial prezando qualidade de vida e risco de quedas, além de interação social.

Principalmente: visão e audição.

41
Q

Avaliação da Dor em síndromes geriátricas:

A

Adequado exame físico
Adequada história clínica
Levar em conta os fatores desencadeantes, fatores de melhora e piora, características da dor.
Tratamento com medicamentos seguros
Tratamento não medicamentoso

42
Q

Risco Nutricional:

A

Risco de Obesidade
Risco de desnutrição
Avaliação de IMC
Levar em conta disfagia e situação da cavidade oral!
Questionário Mini avaliação do Estado Nutriconal

43
Q

Humor e Afeto:

A

5 ou mais pontos: sugestivo de depressão.

44
Q

Suporte social e ambiente:

A

Segurança do ambiente.
Apoio financeiro, aposentadoria.
Acesso ao serviço de saúde.
Violência contra o idoso: física, patrimonial, psicológica, negligência, auto-inflingida, sexual, abandono.
Qualidade de vida

45
Q

AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA

A

Se baseia na síndrome geriátrica
Através da Avaliação Geriátrica Ampla (recomendada pela SBGG).
Pilares: Estado funcional, Prognóstico/Expectativa de vida e Objetivos do paciente.

Estado funcional
Déficit sensorial
Cognição
Quedas, imobilidade
Risco nutricional/cavidade oral
Humor
Polifarmácia/Iatrogenia
Incontinência urinária
Suporte social/ambiente
Vacinação

46
Q

Qual a principal diferença entre delirium e demência?

A

O delirium é uma síndrome de início agudo/abrupto e curso flutuante, com diminuição da consciência, desatenção e alterações na cognição, associados a uma causa fisiopatológica. Em relação ao quadro clínico, podemos ter as seguintes manifestações: déficits cognitivos (distorções perceptuais, comprometimento da memória, compreensão e pensamento abstratos, disfunção executiva e desorientação); déficits de atenção (distúrbios da consciência e habilidade reduzida para focar, sustentar e mudar a atenção); interrupção do ciclo circadiano (fragmentação do ciclo sono-vigília); descontrole emocional (perplexidade, medo, ansiedade, irritabilidade e/ou raiva) e; desregulação psicomotora (responsável pelas variadas apresentações fenotípicas).

A demência, por sua vez, é caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço e alterações de comportamento.

Dessa forma, a principal diferença entre delirium e demência é o fato do delirium cursar com rebaixamento do nível de consciência.