1.1 O Brasil na Visão dos Viajantes Estrangeiros (século XVI ao XIX): Flashcards

1
Q

Unidade 1 – O olhar sobre o Brasil e a formação de
uma identidade brasileira

1.1 O Brasil na Visão dos Viajantes Estrangeiros (século XVI ao XIX):

Na época em que os colonizadores chegaram à costa brasileira, no início do século XVI, o Novo Mundo pouco interessava aos portugueses.

O Oriente era quem chamava a atenção de todos eles.

Foi assim que o Brasil passou quase cinquenta anos distante dos interesses de Portugal.

Somente na década de ________, com o desenvolvimento da extração e do comércio do pau-brasil e a consequente investida de piratas (geralmente franceses) é que se deu o início da difícil tarefa de colonizar o Brasil.

A

1530

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Q

Para tamanha empreitada, eram necessários muitos esforços e investimentos.

O Novo Mundo soava como um lugar _________ e desafiador.

Valendo-se disto, o latinista Gândavo escreveu Tratado da Terra do Brasil (1570) e História da Província de Santa Cruz (1576) mostrando as riquezas da terra, os recursos humanos e sociais nela existentes.

Foi assim que ele buscou persuadir os portugueses mais pobres a virem povoar o Brasil.

Nesse sentido, seus livros são, conforme afirmou Capistrano de Abreu, uma nítida propaganda de imigração ultramarina a serviço de Portugal.

A

misterioso

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3
Q

Se, no início do século XVI, os portugueses faziam pouco caso do Brasil, outros europeus adotavam uma postura bem _________.

Gândavo, que era português, falava de como os estrangeiros tinham o Brasil em alta estima, inclusive sabendo mais e melhor de suas particularidades do que os seus próprios “descobridores”.

A

diferente

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4
Q

Vir a terras brasileiras era uma grande e sedutora ______.

Assim, ao longo de todo o período do Brasil colônia (século XVI até início do XIX), tanto a fauna como a flora brasileiras, bem como sua gente nativa e/ou escravizada, foram sendo retratadas e também inventadas, com grande interesse e desenvoltura, por viajantes (cronistas, artistas, aventureiros, cientistas, missionários, administradores) do Velho Mundo.

A

aventura

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5
Q

Pode-se dizer que, até a chegada de Dom João VI (1808-1821), poucos viajantes estrangeiros (no caso, não-lusitanos) estiveram no Brasil, uma vez que os __________ eram os únicos autorizados pela metrópole a pisar em solo brasileiro.

No entanto, observa-se um breve parêntese no governo invasor do jovem Maurício de Nassau (1637-1644), posto a serviço da Holanda e desembarcado em terras pernambucanas, mais especificamente no Recife.

A

portugueses

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6
Q

Em meados do século XVII, Nassau trouxe pintores, cartógrafos, astrônomos, arquitetos e naturalistas em sua comitiva.

Entre eles estavam Albert Eckout e Frans Janszoon Post, respectivamente famosos por suas pinturas de retratos e paisagens.

Com eles ocorreu oficialmente
a 1ª tentativa de se fazer uma representação ________ fantasiosa da fauna, da flora, dos corpos e da cultura de toda a gente exótica que aqui habitava, fossem eles índios, negros ou mestiços.

A

não

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7
Q

A ideia era documentar o Novo Mundo e apresentá-lo aos europeus, naturalmente evidenciando os bons feitos do governo holandês em terras pouco conhecidas, como era o caso do Brasil.

Mas será então que nesses documentos não havia também um pouco de invenção? Será que as visões de mundo e os compromissos de Albert Eckout e Frans Janszoon Post com os ideais de Nassau ______ eram uma espécie de lente ou filtro no momento deles retratarem o Brasil? É sobre esta (im)possibilidade de representar o mundo tal e qual ele é que iremos tratar agora.

A

não

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8
Q

O olhar do outro sobre o Brasil é importante de ser analisado porque oferece a possibilidade de entender como fomos pensados pelos europeus, nossos colonizadores.

E mais: faz-nos perceber como essas imagens, sejam elas literárias (diários, crônicas, romances, manuais) ou iconográficas (pinturas, desenhos, gravuras, aquarelas), dizem respeito a uma identidade brasileira, às suas representações e ao modo como elas estão presentes no ________ cultural nacional.

Afinal, descendemos desses mesmos europeus e, em larga medida, moldamos e produzimos o olhar que temos sobre nós mesmos, os colonizados, em função dos valores com eles aprendidos ao longo dos séculos, desde a sua invasão.

A

inconsciente

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9
Q

Sabe-se que, no século XIX, o ______ do europeu ainda oscilava entre a vontade de retratar fielmente a realidade e a abordagem fantasiosa sobre o Brasil.

Entre outros fatores, quando o caso era incentivar a vinda de estrangeiros para cá, as gentes, a natureza e os costumes que aqui existiam ou se desenvolveram eram normalmente apresentados como interessantes e convidativos.

Por outro lado, se a intenção era justificar os maus-tratos e/ou o etnocentrismo do Velho Mundo, nada melhor que atribuir traços distorcidos e/ou preconceituosos à natureza, às pessoas e aos hábitos brasileiros.

A

olhar

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10
Q

Artistas ______ que nunca estiveram no Brasil, ou em outras terras do Novo Mundo, eram contratados para ilustrar histórias fantasiosas, cheias de ataques de monstros terrestres ou marinhos aos que aqui habitavam ou desembarcavam à procura de riquezas e/ou aventuras.

A

visuais

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11
Q

Os relatos, desenhos, pinturas, gravuras e aquarelas elaborados por esses viajantes eram publicados em livros e vendidos ao público europeu – no caso, desejoso de novidades e exotismos de terras distantes.

Naquela época, havia um mercado editorial e um público consumidor já
consolidados para este tipo de publicação de viagem.

Algumas dessas obras, como lembra Sylvia Porto Alegre (1992), eram de reconhecido valor histórico e antropológico, enquanto que outras _____ passavam de produtos da imaginação de quem os elaborou.

A

não

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12
Q

No que se refere especificamente ao índio brasileiro, costumava-se representá-lo de 2 maneiras: a) um ser _____ e desprezível em seus traços físicos, intelectuais e conduta moral, b) como um “bom selvagem”, por ser belo, puro e viver profundamente integrado a uma vegetação exuberante e paradisíaca.

Tudo dependia dos viajantes, de seus interesses e dos modos de eles se relacionarem com o Novo Mundo.

A

perigoso

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13
Q

Conteúdo:

Confira na sua Web Aula o texto de Maria Sylvia Porto Alegre sobre a representação do índio no século XIX.

Segundo Mariza Veloso e Angélica Madeira (1999), com a mudança da corte de Dom João VI, em 1808, para o Rio de Janeiro, houve um notável __________ do interesse pelo campo intelectual entre os que regiam o país.

Este fato trouxe uma nova leva de cientistas e artistas estrangeiros ao Brasil, sobretudo alemães, ingleses e franceses.

E mais: gerou o início do processo de laicização nas artes, a instauração de uma imprensa nacional e, ao longo de todo o século XIX, a criação de institutos de pesquisa, museus, universidades e academias literárias.

A

crescimento

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14
Q

As expedições científicas tornaram-se bastante intensas nessa época – no século anterior elas já existiam mas eram bem __________ frequentes.

Foi desse modo que, no século XIX, viajantes como Johann Moritz Rugendas, pintor de natureza, chegou ao país e a outras paragens do Novo Mundo, assim como os naturalistas, em alguns casos também desenhistas, como Carl Friedrich Philipp von Martius (médico e botânico alemão), Johann Baptist von Spix (zoólogo alemão), Alexander von Humboldt (geógrafo alemão), Auguste de Saint Hilaire (botânico francês), entre outros.

A

menos

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15
Q

Conteúdo:

Confira na Web Aula o texto de Carla Mary S. Oliveira sobre Debret e o seu modo de retratar cenas cotidianas de lazer e de leitura no Brasil:

A chegada desses artistas gerou ______ entre os defensores do desenvolvimento de uma arte laica – no caso, os franceses – e os adeptos da arte sacra colonial – artistas portugueses, também trazidos por Dom João VI ao Brasil.

Diante de tantos embates, a Missão Artística Francesa acabou por se desfalcar, deixando poucos discípulos entre os brasileiros.

A

conflitos

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16
Q

No entanto, pode-se dizer que, com o passar dos anos, por meio da Academia Imperial de Belas Artes, ela foi a ___________ pelo surgimento de pinturas de narrativas históricas e de apelo indianista, como as de Vitor Meireles.

Na escultura, como afirma Sonia Gomes Pereira (2011), o apelo indianista também era bastante comum, enquanto que na arquitetura observou-se uma mistura do neoclassissimo e sua variante neorrenascentista com as formas tradicionais da arquitetura colonial.

Tinha-se então o estilo chamado de “ecletismo” na arquitetura.

A

responsável