1 Afecções Clínicas do Sistema Locomotor Flashcards
O que é a doença articular degenerativa?
- processo de degradação e perda da cartilagem de uma articulação de cartilagem hialina
- processo crônico e desabilitante
Quais são algumas lesões carcaterísticas da doença articular degenerativa?
- osteófitos - tentativa de estabilizar articulação e devido a inflamação
- esclerose subcondral e lise - dmonstra metabolismo ósseo em desequilibrio
- espessamento da cápsula articular
- deposição de material fibroso
- inflamação crônica da capsula
Quais são os mecanismos de reparo de uma articulação?
- intrínseco: dependente dos condrócitos - fluxo de matriz, como se tivesse uma invasão da cartilagem para o interior da cápsula, mas é uma cartilagem sem uma base óssea
- extrínseco: vem do osso subcondral, produz tecido fibroso, inves de cartilagem - não tem a mesma elasticidade da cartilagem hialina
- ambos mecanismos não conseguem recuperar uma articulação sozinhos
Qual a etiopatogenia da doença articular degenerativa?
- multifatorial - idade, genética, conformação
- importante em equinos - trauma por uso em animais atletas
- mediadores inflamatórios intensificam a lesão original e ativam enzimas e PGF2 que aceleram o processo
- pode ser por um estresse normal, mas com ambiente anormal (idade, osteocondrose) ou um ambiente normal e estresse anormal (fratura)
Qual o quadro clinico de doença articular degenerativa?
TIPO 1:
* agudo: volume, calor, dor à flexão e claudicação
* crônico: variável, diminui flexões
* tem uma clínica mais intensa - carpo, tibiotársica e boleto
TIPO 2
* volume não doloroso, claudicação teste flexão positivo
* afeta geralmente articulações de torção e impacto - manifestação clinica não tão intensa, mas na imagem é mais
Como se realiza o diagnóstico de doença articular degenerativa?
- sinais clínicos
- radiografia - diminuição espaço articular na cronicidade, esclerose, osteófitos e reação periosteal
- liquido sinovial: coleta ajuda determinar grau de inflamação - contagem de proteinas e celulas - na suspeita de artite séptica, pode fazer cultura
- artroscopia: consegue captar lesões iniciais
- ultrassonografia para tecidos moles
- cintilografia: radioisótopo que migra para onde tem alto metabolismo
- ressonancia magnetica
- tomografia
Qual o tratamento para doença articular degenerativa?
- identificar doença primária
- combater inflamação
- recuperar e reparar cartilagem
- repouso e exercícios controlados - estimular e organizar recuperação tecidual
- fisioterapia térmica, US e laser
- cinesioterapia: hidroginástica, natação
- DMSO: gel de massagem - analgesico, antiinflam, mas cuidado pois é colagenolítico
- uso de AINEs: fundamental
- tem mais mil coisas
O que é a laminite?
- enfermidade sistêmica que culmina na degeneração da arquitetura laminar que sustenta a 3a falange
Qual a 1ª fase da laminite?
fase de desenvolvimento - 16 a 24h
* fase se inicia no momento do primeiro insulto e acaba quando aparece o primeiro sinal clínico - não tem sinais visíveis de que está acontecendo - suspeita-se que pode estar acontecendo quando o animal está com uma doença que tem como consequencia a laminite (cólica, parto distócico, retenção de placenta - toxinas bacterianas)
Qual a 2ª fase da laminite?
fase aguda - até 72h
* ocorre do momento dos primeiros sinais clínicos até 72h
* claudicação - animal anda meio travado
* se passar das 72h sem rotação de falange - favorável
* casos muito graves já podem ter rotação
* reagudização de casos crônicos
Qual a fase subaguda da laminite?
fase subaguda - após 72h sem rotação de falange até 8 semanas
* sem sinais clínicos, mas ainda não houve recuperação tecidual
* necessário proteção do dígito e evitar rotação
O que é a fase crônica da laminite?
fase crônica - rotação ou afundamento da falange, ou depois de 72h com sinais clínicos persistentes
* quando desalinha a falange, é bem dificil recuperar
* casos graves chegam na fase crônica mais rapido
Qual a etiologia da laminite?
- hipótese vascular: hipóxia e isquemia das laminas
- hipótese inflamatória: doença sist leva a infiltrado de leucócitos - radicais livres, mediadores, PGF - lesão laminar
- hipótese tóxica: agentes tóxicos e endotoxinas - trombocitopenia e coagulopatias
- hipótese metabólica: resistencia a insulina? - hipoglicemia leva a separação laminar; hiperinsulinemia - pró inflamação
- hipótese traumática: peso excessivo, superficies duras, fadiga tecidual vaso compressão
Quais os sinais clínicos da fase aguda de laminite?
- geralmente bilateral nos membros torácicos
- postura típica de cavalete
- desvio intermitente do peso para membros pelvicos
- pulso digital presente
- calor no casco
- taquicardia e taquipneia
- decúbito prolongado - prognóstico pior
Como se dá o diagnóstico de laminite?
- histórico
- sinais clinicos
- radiografia: grau de rotação, afundamneto de falange distal - ajuda no prognostico e guiar casqueamento e ferrageamento terapeutico
Quais os sinais clínicos da fase crônica de laminite?
- menos dor
- sola plana - estufamento e abertura, podendo ter perfuração
- aneis de estresse - princ nos casos de fundo metabólico - crescimento deformado
- afundamento quando se enfia o dedo na parte mais dorsal do casco
Quais os objetivos do tratamento de laminite?
- eliminar ou diminuir fator etiológico
- interromper ciclo de dor - hipertensão
- previnir danos permanentes as laminas
- recuperar demodinamica do casco
- previnir rotação de falange
Como se realiza o tratamento da laminite?
- crioterapia na fase de deenvolvimento - analgesia, vasoconstrição e redução do metabolismo - diminui atv enzimatica
- repouso na fase aguda - evitar excesso de peso e tração excessiva do TFDP, reduz dor
- AINEs, DSMO (analgesia e combater radicais livres - infusão venosa lenta), crioterapia!!
- acepromazina para vasodilataçao
- heparina para previnir trombos e acido acetilsalicílico para evitar agregação plaquetaria
- suporte de casco: todas as fases - minimizar rotação, dar conforto, resgatar paralelismo da falange
- suporte da ranilha até tocar o solo
- rolar a pinça e elevar os talões para aliviar tensão do TFDP
Quais são fatores de risco para síndrome do navicular?
- má conformação do casco e eixopodofalângico
- relação tamanho corporal e tamanho do casco
- teoria da bursite - compressão excessiva do TFDP no navicular gera inflamação e os mediadores e hipertermia levam a degeneração do navicular
- teoria da trombose vascular - microtrombos devido a compressão levam a isquemia e degeneração
- teoria do modelamento ósseo - desequilíbrio entre síntese e degradação óssea - geralmente devido a treinamento intenso
Como se realiza o diagnóstico de sindrome do navicular?
- histórico - claudicação moderada, que começa sem mas depois piora; mudança de comportamento; melhora com repouso; queda no desempenho
- sinais clínicos
- RX - projeções LM DP skyline - visualização de aumento do numero e tamnaho de forames vasculares e invaginações sionviais; lise, osteofitos, cistos
Quais os sinais clínicos de síndrome do navicular?
- assimetria das pinças
- contração da ranilha
- eixo podofalângico
- apontando o membro - animal para com um membro mais pra frente
- desgaste da pinça
- ao movimento - claudicação moderada, redução da fase caudal, passo entrecortado bilateralmente
- com bloqueio anestésico, animal para de mancar de um lado e começa do outro
Como se realiza o tratamento de sindrome do navicular?
- repouso e exercicios controlados
- AINEs
- casqueamento e ferrageamento corretivo - rolar a pinça facilita retirada do casco do solo) e elevar os talões para poupar o TFDP
- hialorunato em suspeitas de bursite - IV ou intratecal, na bursa do navicular
- glicosaminoglicanos - diminui enzimas degenerativas e PGF2
- tildronato - inibe lise matriz ossea - aumento de densidade ossea, redução de dor e favorece reparo
- ondas de choque - microlesões que favorecem reparo pelo aumento da vascularização
- neurectomia