Virais Flashcards
Anemia Infecciosa das Galinhas
Doença Imunodepressora -> CATEGORIA 4
- > Acomete aves jovens**, principalmente galinhas, mas já foi isolado de pombos.
- > Anemia, aplasia medular, atrofia de órgãos linfoides, retardo no crescimento e imunodepressão
- > Família Anelloviridade, Gênero Gyrovidirus e Espécie “Chicken Anemia Virus (CAV)”. DNA Viral de cadeia simples, sem envelope.
- > Sugere-se que POMBOS são os hospedeiros naturais.
- > Transmissão via ovo (Vertical) ou por contato (Horizontal) pela rota oral e/ou RESPIRATÓRIA.
- > Não ocorre em seres humanos
- > Destruição das células linfoides, dos linfócitos e timócitos.
- > Anorexia, penas arrepiadas, palidez, hemorragia, medula óssea apresenta-se gordurosa e amarela***
- > Macroscopicamente, além da gordura amarela, verifica-se atrofia severa do timo e baço.
- > Vacinação com vacina viva
- > Não há tratamento, apenas secundário
Artrite Viral
Doença Categoria 4
- > Infecciosa que se caracteriza por tumefação nas articulações, com exsudato sanguinolento e ulcerações nas cartilagens articulares.
- > Afeta especialmente aves de linhagem pesadas, principalmente MACHOS.
- > Família Reoviridae, Subfamília Spinareovirinae, Gênero Orthoreovirus, Espécie Avian Orthoreovirus. RNA cadeia dupla, segmentado, sem envelope. Bastante resistentes aos tratamentos físicos e químicos*
- > Galinhas e perus são mais suscetíveis.
- > O agente permanece no intestino por longos períodos, ocorrendo contaminação fecal.
- > Transmissão via ovo (vertical) e contato direto ou indireto (horizontal).
- > Galinhas são portadores por ~285d.
- > A principal rota de infecção é a oral.
- > Vacinas vivas e inativadas. Imunização ativa das matrizes é um método usado para transferir imunidade protetora à progênie.
- > Vazio sanitário de 30 dias.
- > Não tem tratamento.
- > Pode ocorrer infecção simultânea com Mycoplasma Synoviae e Staphylococcus.
Bouba Aviária
Categoria 4
- > Varíola Aviária ou Difteria (lesões crostosas nodulares nas peles e por lesões diftéricas no tto respiratório e digestivo superior).
- > Família Poxviridade, Gênero Avipoxvirus, Espécie Fowlpox-virus. Dna cadeia dupla (replicação citoplasmática***).
- > Os canários, juncos, pombos, mainás, periquitos, codorna, tico-tico, estorninho e peru também são acometidos (cada um com sua espécie).
- > O agente permanece na nasofaringe e em aves que tiveram a doença.
- > Na forma diftérica, há presença de pseudomembranas no interior da boca, podendo fechar a laringe com tampões e a ave morrer por asfixia.
- > A forma septicêmica é a mais comum nos canários, podendo não aparecer formas cutâneas. Nos papagaios é comum a forma de coriza.
- > Ocorre corpúsculos de inclusões intracitoplasmáticas chamadas de Corpos de Bollinger e que contém os Corpúsculos de Borrel.
- > Há vacina
- > Não há tratamento. Indica-se pincelar iodo com glicerina nas lesões e o uso de atb que atuam em DNAs. Pode-se suplementar com Vit A.
Bronquite Infecciosa das Galinhas
Categoria 4
- > Caráter agudo, altamente infecciosa, aves de ambos sexos com qualquer finalidade de produção em todas as idades.
- > Família Coronaviridae, Espécie Avian Coronavirus. Genoma RNA cadeia simples, esférico, envelopado.
- > O Coronavírus possui 3 proteínas virais específicas: S (spike) e M (memrabans), que são de superfície; além da proteína N (nucleocapsídeo) que é uma proteína interna. Além dessas, o vírus possui uma quarta proteína chamada de SM (proteína menor de membrana), a qual se acredita que esteja associada com o envelope.
-> A classificação das cepas de IBS é baseada na conformação da proteína S: Massachussets, Beaudette, Conecticut, e Amostras Nefrotrópicas.
- > As aves disseminam-se rapidamente e as aves suscetíveis colocadas num local juntamente com as aves infectadas apresentam sinais da doença em aproximadamente 48 horas.
- > Em aves jovens a mortalidade é maior, mas em adultos a mortalidade é insignificativa.
- > Tosse, espirros, descargas nasais e ronqueira, exsudato catarral ou mucosa na traqueia, congestão pulmonar, desidratação, diarreia, lesões renais.
- > Sistemas Envolvidos -> urinário e o reprodutivo
- > Principal via de transmissão do IBV é pelo ar.
- > Há vacina.
- > A cepa mais utilizada no Brasil é a Massachusets e é realizada via ocular, oral ou spray.
Doença de Gumboro
Categoria 4
- > Infecção viral AGUDA, ALTAMENTE CONTAGIOSA
- > Imunodepressora
- > Aves jovens
- > Tem o tecido linfoide como seu alvo primário com predileção especial pela bolsa de Fabricius
-> Família Birnaviridae, RNA de cadeia DUPLA, Não envelopado*, icosaédrico, gênero Avibirnavirus e Espécie IBDV (infectious bursal diasease virus)
- > Apresentam 2 sorotipos: Sorotipo 1 desenvolve doença clínica somente em galinhas, portanto é patogênico; Sorotipo 2 não desenvolve doença em galinhas e peru, mas é detectado tanto nas galinhas qt nos perus.
- > Grupos moleculares presentes no Br com maior frequência -> G-15 e G-11
- > Atrofia da bolsa de fabricius, resultados zootécnicos de desuniformidade e má-conversão alimentar.
- > Infecta e destrói formas jovens de linfócitos da Bolsa de Fabricius
- > Cultivado em fibroblastos de pintos e em ovos embrionados
- > Resiste ao éter e ao clorofórmio
- > Persistência no meio ambiente
- > Transmissão horizontal (fômites, fezes) / Indireto por insetos, pássaros, veículos, homem.
- > Galinhas são mais sensíveis, mas acomete perus e patos
-> Penas arrepiadas, diarreia aquosa branca ou verde .
com URATOS, prostração e apatia
-> Diagnóstico clínico, epidemiológico, dados zootécnicos e laboratoriais (elisa por ex)
- > Biossegurança como vazio sanitário pode prevenir
- > Há vacina - recomendada para corte via água, gota ocular ou sprays. Pode também vacinar poedeiras e reprodutoras.
-> Tratamento apenas sintomático
Doença de Marek
Categoria 4
- > Virose contagiosa, caracterizada por infiltrados mononucleares nos nervos periféricos, gônadas, írias, vísceras, músculo e pele.
- > Patologia tumoral e imunossupressora
-> DNA de cadeia dupla, icosaédrico, envelopado. Família Herpesviridae, gênero Mardivirus e Espécie Gallid alphaherpersvirus.
Vírus muito resistente a alterações no meio ambiente.
- > Acomete galinhas e perus, raramente pássaros e outros galliformes
- > Na grande maioria das vezes, acomete fêmeas com mais de 30 dias
- > Transmissão via aerógena e ingestão de água e alimentos contaminados.
- > PORTADORES disseminam a infecção
- > Lesões como linfomas que são de composição: células neoplásicas, inflamatórias e imunologicamente ativas T e B.
- > Ação lítica no linfócito gera atividade imunossupresora, mas as próprias células tumorais podem ter atividade supressora
-> 4 formas clínicas: Neural (paralisia, perda de peso, engrossamento dos nervos ciáticos, dispneia); Ocular (íris descorada, irregular e cegueira); Cutânea (células inflamatórias e linfomatosas); e Visceral (AGUDA, ALTA MORTALIDADE - tumores linfoides nos órgãos).
** paralisia!!!
- > Diagnóstico por isolamento em fibroblastos ou técnica de MATSA (pesquisa de antígenos de superfície associados ao tumor)
- > Existe VACINA (aplicação da vacina no incubatório, logo após o nascimento ou via ovo)!!!
Encefalomielite Aviária
Categoria 4
- > Enfermidade viral que causa transtornos locomotores em aves jovens, muitas vezes inaparentes em adultos. Conhecido como “Tremor Epidêmico”
- > Acomete galinhas e perus.
-> RNA cadeia simples, envelopado, Picornaviridae, gênero Tremovirus, classificado como Tremovírus A.
O vírus se multiplica no cérebro, parede muscular do trato digestivo, pâncreas e outros órgãos internos.
- > Apresenta corpúsculos de inclusão citoplasmáticas.
- > Transmissão horizontal via oral e vertical por via ovo.
Ao nascerem, as aves podem contaminar a incubadora e disseminar a outros pintinhos não infectados via ovo.
Pode acometer aves de qualquer idade, mas somente os pintinhos infectados nos primeiros dias demonstram sinais clínicos típicos. (Conforme vai crescendo a bursa e o timo vão amadurecendo).
Quando as aves maduras se infectam, o sistema imunológico previne a replicação viral nas áreas vitais do cérebro, não ocorrendo sinais clínicos.
-> Falta de movimento, incoordenação motora, pintinhos sentados sobre as patas e caem de lado, pouco controle sobre movimentos, lento e deprimidos, incapazes de comer ou beber.
Tremores rápidos e finos no corpo.
Cegueira tardia e catarata.
Opacidade ou cor azul dos olhos.
Encafalomielite não purulenta bem disseminada, com vasculite e infiltração perivascular.
- > Vacina viva
- ** A VACINA VIVA EM FRANGOS DE CORTE PODE PRODUZIR DOENÇA CLÍNICA
Laringotraqueíte Infecciosa
Categoria 2
- > Doença respiratória aguda que afeta galinhas, faisões e perus. Causa depressão respiratória e eliminação de muco sanguinolento.
- > Herpesviridae, DNA cadeia dupla, espécie Gallid alphaherpesvirus 1, envelopado.
- > Galinhas são o hospedeiro primário.
- > Sinais clínicos ocorrem em aves ADULTAS.
- > Multiplicação viral é limitada ao trato respiratório superior..
-> Transmissão por contato direto, aves portadoras, VACINAS ATENUADAS e indiretamente por fômites e pelo homem.
- > PI: 6-12 dias
- > Morbidade pode chegar a 100%
- > Mortalidade de 5-70, mas média de 20%
A ave pode permanecer com o vírus em latência, sendo reativado espontaneamente ou por estresse.
Sinais Clínicos -> Corrimento nasal intenso e as vezes mucosanguinolento, dispnéia grave, pescoço estendido, bico aberto, gemidos na expiração. Estertores traqueais, roncos, conjuntivite, edema de cabeça e descarga nasal.
Lesões -> Alterações na traqueia e laringe, excesso de muco, hemorragias e placas diftéricas. Edema, congestão, inflamação do epitélio da conjuntiva, seios infraorbitários e traqueíte mucoide.
- Corpúsculos de inclusão INTRACELULARES DE SEIFRID no epitélio traqueal e bronquial. Aparecem 3 dias após a infecção e depois desaparecem devido à necrose e descamação epitelial.
Diagnóstico por isolamento viral por inoculação em ovos embrionados via membrana corioalantoide, sendo observado na membrana lesões de POX ou corpúsculos de inclusão.
Testes moleculares também podem ser utilizados.
Vacina com vírus vivo atenuado apenas em áreas endêmicas ou de risco, após sutorização
Leucose Aviária
Categoria 4
Patologia tumoral benigna e maligna de ocorrência mundial e ataca principalmente galinhas
Família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae, gênero Alpharetrovirus. RNA cadeia simples envelopado.
Existem 10 subgrupos, baseando-se na glicoproteína da membrana gp85, identificada por provas de neutralização e ELISA:
A e B - mais frequentes a campo, produzem tumores típicos
C e D - raros
E - endógeno presente na grande maioria das aves
J - exógeno presente em reprodutoras pesadas
F, G, H e I - exógeno, presente em faisões, perdizes e codornas
Transmissão vertical e horizontal por contato direto
* transmissão pelo sêmen
Pintos infectados via congênita desenvolvem tolerância imunológica a leucose, e depois do nascimento são virêmicos e não desenvolvem anticorpos neutralizantes.
Fêmeas são mais suscetíveis que os machos
Leucose Linfoide -> tumores de célula B
Leucose Mieloide -> mais frequente em aves nas quais o controle da doença de Marek tenha sido falho, devido a uma exposição inicial a um desafio de campo.
Sinais clínicos: fibrosarcoma, osteropetrose, epitelioma etc
- a osteopetrose somente é vista em machos adultos
Não existe vacina!
Biosseguridade
Pneumovirose Aviária (AMPV)
- Rinotraqueíte do Peru (Categoria 1)
- Síndrome da Cabeça Inchada (frangos)
Doença respiratória aguda, principalmente de perus
Espirros e corrimento nasal
Família Pneumoviridae
Gênero Metapneumovirus
Avian metapneumovirus
RNA
Infecção aguda do trato respiratório com rápida evolução em perus comerciais
Vacinação de perus
O AMPV subtipo A infecta o trato respiratório inferior e superior
o AMPV subtipo B infecta apenas o superior