Variadas Flashcards

1
Q

A instituição que foi colocada em questão nos últimos 20 anos foi a loucura e não o manicômio, por quê?

A

Só enxerga a doença e não o doente. A subjetividade acaba sendo deixada de lado, o médico procura a doença e esquece da parte completa do ser humano.

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2
Q

O que são instituições para Baremblitt?

A

São árvores de composição lógica. Podem ser leis, normas, quando não enunciadas de maneira manifesta são hábitos. As sociedades possuem códigos que são transmitidos verbalmente.

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3
Q

Organizações?

A
  • Instituições se materializam nas organizações. (Ministério da educação, justiça…) só tem vida pela organização, já as organizações só têm sentido por serem informadas pelas instituições.
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4
Q

Qual o efeito da transversalidade?

A

Os efeitos da transversalidade caracterizam-se por criar dispositivos que não respeitam os limites das unidades organizacionais formalmente constituídas, gerando assim movimentos e montagens alternativos, marginais e até clandestinos às estruturas oficiais e consagradas.

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5
Q

A sociedade é uma rede constituída…?

A

pela interpenetração de forças e entidades reprodutivas e antiprodutivas cujas funções estão a serviço da exploração, dominação e mistificação (atravessamento), assim como também está constituída pela interpenetração das forças e entidades que estão a serviço da cooperação, da liberdade, da plena informação, ou seja, da produção e da transformação afirmativa e ativa da realidade (transversalidade).
As

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6
Q
  • Dominação?
A

Imposição da vontade de uns sobre os outros e desrespeito à vontade coletiva, compartilhada, de consenso;

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7
Q
  • Mistificação?
A

Uma administração arbitrária ou deformada do que se considera saber e verdade histórica, que é substituída por diversas formas de mentira, engano, ilusão, sonegação de informação etc

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8
Q

os instituídos e os organizados, FUNÇÃO?

A

Apresentam, predominantemente, frequentemente, funções a serviço da exploração, da dominação, da mistificação

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9
Q

instituinte e o organizante , função?

A

São sempre inspirados pela utopia, estão sempre a serviço dos objetivos que, provisoriamente, chamamos de Justiça, de Igualdade e Fraternidade

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10
Q

Funcionamento?

A

É sempre instituinte, é sempre transformador, é justiceiro e tende à utopia

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11
Q

A função?

A

Ela é predominantemente reacionária, conservadora, a serviço da exploração, da dominação e da mistificação, e se apresenta aos olhos não atentos como eterna, natural, desejável e invariável.

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12
Q

Em 1987, a 1ª Conferência de Saúde Mental aprovou o que?

A

A redução progressiva de leitos em hospitais psiquiátricos e sua substituição por serviços alternativos à internação psiquiátrica.

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13
Q

Em 1992, a 2ª Conferência de Saúde Mental aprovou o que?

A

A rede de atenção integral à saúde mental, em substituição ao hospital psiquiátrico.

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14
Q

À era do manicômio, foi reduzida ao problema de humanização, de eliminação de uma violência adicional e supérflua.
VERDADEIRO OU FALSO?

A

FALSO

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15
Q

Qual O mal obscuro da Psiquiatria?

A

Está em haver constituído instituições sobre a separação de um objeto fictício - a doença - da existência global, complexa e concreta do paciente e do corpo da sociedade

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16
Q

Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenis (CAPSi) Os CAPSi foram propostos quando?

A

Em 2002

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17
Q

Sobre o CAPSi (resposta grande)

A

São serviços territoriais, de natureza pública, financiados integralmente com recursos do SUS, com a função de prover atenção em saúde mental baseados na integralidade do cuidado. Foram planejados inicialmente para as cidades com 200.000 habitantes ou mais, com a finalidade de atender casos de maior gravidade, conforme deliberação da III Conferência Nacional de Saúde Mental realizada em 2001, e ordenar a demanda em saúde mental infantil e juvenil no seu território de abrangência.

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18
Q

Os Centros/Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS/NAPS) são serviços da rede pública de saúde que visam, como parte de uma rede comunitária, à substituição dos hospitais psiquiátricos. quando foram instituídos?

A

Foram instituídos por meio da Portaria/SNAS Nº 224 - 29 de Janeiro de 1992

19
Q

CENTRO DE APOIO PSICOSSOCIAL?

A

São instituições destinadas a acolher pessoas com sofrimento psíquico grave e persistente, estimulando sua integração social e familiar, apoiando-os em suas iniciativas de busca da autonomia. Apresenta como característica principal a busca da integração dos usuários a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu território, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares, promovendo sua reabilitação psicossocial. Tem como preceito fundamental ajudar o usuário a recuperar os espaços não protegidos, mas socialmente passíveis à produção de sentidos novos, substituindo as relações tutelares pelas relações contratuais, especialmente em aspectos relativos à moradia, ao trabalho, à família e à criatividade

20
Q

CAPS I

A

Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população de 20 mil até 70 mil habitantes. Oferece atendimento diário de 2ª a 6ª feira em pelo menos um período/dia.

21
Q

CAPS II

A

Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população de 70 mil a 200 mil habitantes. Oferece atendimento diário de 2ª a 6ª feira em dois períodos/dia

22
Q

CAPS III

A

Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população acima de 200 mil habitantes. Oferece atendimento em período integral/24h.

23
Q

CAPS ad

A

Serviço especializado para usuários de álcool e outras drogas em municípios de 70 mil a 200 mil habitantes.

24
Q

CAPS ad III

A

Serviço especializado para usuários de álcool e outras drogas em municípios com população acima de 200 mil habitantes, por período integral/24h.

25
Q

CAPS i

A

Serviço especializado para crianças, adolescentes e jovens (até 25 anos) em municípios com população acima de 200 mil habitantes.

26
Q

Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT

A

São casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas com sofrimento psíquico graves, egressas de hospitais psiquiátricos ou hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, que perderam os vínculos familiares e sociais; moradores de rua com transtornos mentais severos, quando inseridos em projetos terapêuticos acompanhados nos CAPS. São 625 casas implantadas no Brasil, com 3.470 moradores em 2011.

27
Q

Programa de Volta para Casa – PVC

A

Este programa foi instituído pela Lei Federal 10708 de 31 de julho de 2003, e tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora da unidade hospitalar, de pessoas com sofrimento psíquico, com história de longa internação psiquiátrica e também nos hospitais de custódia e tratamento (02 anos ou mais de internação ininterruptos). É parte integrante deste Programa o auxílio-reabilitação, pago ao próprio beneficiário durante um ano, podendo ser renovado, caso necessário. São 3.961 beneficiários do PVC no país em 2011.

28
Q

Centros de convivência

A

Os Centros de Convivência são estratégicos para a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fazem uso de crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio e sustentação das diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.

29
Q

Unidade Básica de Saúde

A

A Unidade Básica de Saúde como ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial tem a responsabilidade de desenvolver ações de promoção de saúde mental, prevenção e cuidado dos transtornos mentais, ações de redução de danos e cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais pontos da rede.

30
Q

As ações da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) estão referenciadas aonde?

A

nas Unidades Básicas de Saúde.

31
Q

Consultório na Rua

A

Equipe constituída por profissionais que atuam de forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde. No âmbito da Rede de Atenção Psicossocial é responsabilidade da Equipe do Consultório na Rua ofertar cuidados em saúde mental para (i) pessoas em situação de rua em geral; (ii) pessoas com transtornos mentais e (iii) usuários de crack, álcool e outras drogas, incluindo ações de redução de danos, em parceria com equipes de outros pontos de atenção da rede de saúde.

32
Q

Escola de Redutores de Danos (ERD)

A

As Escolas de Redutores de Danos do SUS tem como objetivo a qualificação da rede de serviços, por meio da capacitação teórica e prática de segmentos profissionais e populacionais da comunidade, que atuarão na rede de atenção substitutiva em saúde mental, com a oferta de ações de promoção, prevenção e cuidados primários, intra ou extramuros, que superem a abordagem única de abstinência

33
Q

PSICOLOGO NO CAPS? GRANDE

A

Psicologia desenvolvem as seguintes atividades: triagem, coordenação de grupo operativo, atendimento e acompanhamento individual (como técnico de referencia), encaminhamento para profissionais específicos, inclusive psicoterapeuta, atendimento à família, palestra para os usuários e família, tanto na própria instituição, CAPS, como nas comunidades de origem dos usuários. (atividade de caráter preventivo). Realizam também, reuniões técnicas (com a equipe de trabalho para discussão de admissões, altas e situações diversas), reuniões clínicas (com todas as equipes, com estudo, discussão de casos, informes e pontos de pauta), reuniões administrativas (abrange todos os funcionários a fim de tratar assuntos gerais), evolução de prontuários, visitas institucionais para estabelecer parceria e rede de apoio psicossocial, visitas a residência dos usuários, elaboração de laudos, organização e elaboração de eventos comemorativos com a participação dos técnicos, usuários e familiares, atendimento em situação de crise e supervisão de estagiários.

34
Q

Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) portaria?

A

Portaria GM/MS nº 3.088/2011

35
Q

RAPS portaria impacta diretamente aonde?

A

Na estrutura da Rede de atendimento da Saúde Mental. A RAPS passam a serem formadas por sete componentes da Rede de Saúde, desde a Atenção Básica , passando pela Atenção Psicossocial Especializada, a Urgência e Emergência e a Atenção Residencial de Caráter Transitório. As RAPS também são compostas pelos componentes da Atenção Hospitalar, Estratégias de Desinstitucionalização e a Reabilitação Psicossocial.

36
Q

Movimento antimanicomial, ano?

A

1970

37
Q

Psicoterapia Institucional e a Psiquiatria de Setor (França) Segundo Desviat (1999),

A

A diretriz do modelo assistencial da Psicoterapia Institucional é a manutenção da instituição psiquiátrica, a partir da sua radical transformação. Nesta lógica, todos estão doentes e a instituição deve ser tratada em seu conjunto, alterando-se radicalmente as relações estabelecidas, de modo a horinzotalizá-las e transformar a instituição de cuidado num espaço de produção de liberdade, de participação, de acolhimento das diferenças, de valorização de cada sujeito. Do ponto de vista sanitário, a França adotou a territorialização e a setorização da assistência, permitindo um melhor conhecimento da população, o que propicia a elaboração de programas de saúde num processo de maior aproximação entre os profissionais e os usuários. É a chamada Psiquiatria de Setor. Outro principio do modelo é a ideia de continuidade de tratamento ou seja, uma mesma equipe deve se encarregar do paciente nos diferentes serviços e momentos do tratamento, desde a prevenção até a cura e a pós cura, tendo como base e referência para o acompanhamento o território a que pertence. O objetivo desse modelo é de se evitar que o hospital psiquiátrico seja o centro da atenção a saúde mental, devendo o usuário ser prioritariamente tratado nos serviços extra-hospitalares

38
Q

As comunidades terapêuticas no sistema de saúde da Grã Bretanha

A

O funcionamento dos hospitais psiquiátricos como comunidades terapêuticas foi uma experiência predominante nos países anglo-saxões. Nas comunidades terapêuticas, a responsabilidade pelo tratamento não é apenas do corpo técnico, mas também de outros integrantes da comunidade, inclusive e principalmente dos usuários. Nestas instituições pressupõe-se a criação de um ambiente de co-responsabilidade entre todos que estejam na comunidade. O modelo de saúde anglosaxão também previu a implantação de serviços de saúde mental diário com a criação de unidades psiquiátricas em hospitais gerais. Um ponto fundamental desse modelo é a garantia de continuidade do tratamento pelo médico de saúde da família. Também nesse modelo a mesma equipe de saúde mental atendia às demandas ambulatoriais e hospitalares nos diferentes recursos da área, fossem de pacientes crônicos ou agudos. O sistema de saúde inglês é dividido em regiões e cada região se divide em áreas.

39
Q

Psiquiatria comunitária ou preventiva (EUA)

A

É de conhecimento de todos que o sistema de saúde americano não é universal e tão pouco se constitui como um direito de todos e dever do estado. Os americanos têm o seu sistema de saúde ainda hoje dominado pelas seguradoras. No entanto, a saúde pública se ocupa de dois programas naquele país. O primeiro direcionado para os pobres e ao tratamento das tuberculoses, de portadores de doenças venéreas, de usuários de álcool e outras drogas e ao atendimento à saúde mental; o segundo é o programa de proteção pública contra os riscos ambientais (DESVIAT, 1999). Nos anos 1960, o governo Kennedy, criou os centros de saúde mental, que tinham dentre os seus objetivos a garantia de acesso e de informações adequadas à população alvo sobre a existência e as características dos diferentes programas, a gratuidade, a ênfase na prevenção de doenças e a responsabilização do governo pelo doente e sua família. Esses centros deveriam proporcionar atendimentos de emergência e a hospitalização dos usuários 24 horas por dia, todos os dias da semana, as consultas externas e a educação da comunidade. Também foram implantados programas de atenção infantil, casas de transição, programas para os usuários de álcool e outras drogas e o sistema de avaliação. No entanto, esta política governamental não teve êxito, pois os centros estavam sem o suporte de um sistema nacional de saúde pública e foram implantados em número insuficiente para a demanda existente (DESVIAT, 1999). Do ponto de vista conceitual, a psiquiatria americana foi marcada pelas ideias de prevenção de Gerald Kaplan, que consistia num conceito de prevenção em saúde mental articulado em três níveis. O nível primário consistia em se intervir nas condições individuais e ambientais de formação da doença mental; o segundo nível ocupava-se do diagnóstico precoce das doenças mentais; e o terceiro nível referia-se à readaptação do usuário à vida social após o seu momento de crise e consequente melhora. O recurso à internação psiquiátrica apenas ocorria quando esgotada outras possibilidades de tratamento e apenas por curtos períodos de tempo

40
Q

Psiquiatria democrática italiana

A

A implantação do modelo italiano tem na figura do psiquiatra Franco Basaglia e de outros psiquiatras que integraram o seu grupo, como Franco Rotelli, a construção de uma nova realidade para a psiquiatria, colocando em questão a existência da instituição psiquiátrica no centro da discussão do processo de reforma por entendê-la como uma instituição de violência e violadora permanente dos direitos humanos e de cidadania. O modelo italiano de assistência também pressupõe o modelo territorializado, com a superação gradativa dos hospitais psiquiátricos e sua substituição por uma rede de serviços de saúde mental cujo funcionamento é integrado dentro do território, prevendo que uma mesma equipe de saúde mental deve fazer desde as visitas domiciliares e demais acompanhamento do paciente em todos os seus momentos. O projeto essencial é devolver aos sujeitos sua condição de cidadania e participação social.

41
Q

O processo de reforma psiquiátrica no Brasil

A

• O processo de mudança no campo da assistência em saúde mental que temos assistido no Brasil nos últimos anos, conhecido como Reforma Psiquiátrica, apresenta uma enorme complexidade, seja no campo político, assistencial ou cultural a que está referida. A Reforma Psiquiátrica Brasileira tem antecedentes históricos distantes e múltiplos, que estão ao mesmo tempo vinculados a movimentos sociais, experiências de assistência e transformação de marcos teóricos e conceituais relativos ao campo. No geral e considerando a pluralidade que constitui essa trajetória, temos como marca comum um processo no qual, em vários países do mundo, e inclusive no Brasil, trabalhadores da saúde mental se posicionaram contra as condições de vida e a forma excludente e desumana de atenção a que estavam submetidas as pessoas portadoras de sofrimento mental. A reforma psiquiátrica brasileira sofreu e sofre a influência de todos os processos de reforma acima citados e apresenta também suas particularidades de acordo com a diversidade política cultural brasileira. Nossa reforma é influenciada pelos princípios conceituais de importantes autores da Europa e Estados Unidos, mas também sofremos a influência da produção recente de inúmeros profissionais de saúde mental de diferentes pontos do país que constroem no cotidiano de seu trabalho referências importantes que compõem a nossa extensa rede nacional de saúde mental, conforme buscamos elencar ao final desse trabalho. De todo modo, é importante considerar que em cada país esse processo se deu a partir das condições objetivas e concretas configuradas. No Brasil, como vimos, a instituição do SUS é referência fundamental para organização da Política de Saúde Mental, posto que é nesse Sistema que ela se realiza. Considerando o processo no qual esse se tornou possível, a produção de uma série de marcos legais influíram decisivamente na implantação da reforma psiquiátrica brasileira. Assim, passamos a citar marcos essenciais para a consolidação e institucionalização da Reforma Psiquiátrica como política de saúde mental no Brasil: a I Conferencia Nacional de Saúde Mental (1987). A realização desta conferência, como desdobramento da VIII Conferência Nacional de Saúde, já citada anteriormente, foi um momento importante de discussão da construção de novas políticas assistenciais, de uma nova legislação psiquiátrica e da cidadania enquanto um eixo orientador destas discussões

42
Q

Projeto de Lei Paulo Delgado (1989).

A

Mecanismo importante para garantir a discussão por todo o território nacional da proposta de criação de uma lei com o objetivo de proteger, promover e melhorar a vida das pessoas com transtornos mentais, por serem particularmente pessoas vulneráveis e vítimas de abusos e violação dos seus direitos. O projeto refletiria uma sociedade que respeita e cuida de seu povo. A ideia de se fazer uma lei surgiu dos militantes da luta antimanicomial, com o apoio total de um parlamentar comprometido com um projeto de transformação nacional, o ex-deputado federal Paulo Delgado. A lei deveria ser um marco referencial para o desenvolvimento de políticas de saúde mental, para garantir atenção, tratamentos adequados e apropriados à proteção dos direitos de pessoas com transtornos mentais e a promoção de saúde mental das populações.

43
Q

• A Lei 10216 de 06/04/2001.

A

Esta Lei foi fruto de um longo trabalho no Congresso Nacional a partir do projeto de lei de autoria do deputado Paulo Delgado, acima citado. Em todo período de sua tramitação houve inúmeras discussões, debates, seminários, no Congresso Nacional e por todo país, tendo finalmente sido aprovada uma legislação que, embora não se expresse com a determinação do projeto original em relação à efetiva extinção dos hospitais psiquiátricos, aponta para a reorientação do modelo assistencial e garante direitos humanos mínimos aos portadores de sofrimento mental.