UTI - P1 Flashcards

Revisão de Conceitos.

1
Q

Quais as principais alterações no nível de consciência em pacientes na UTI?

A
  • coma → ausência ou redução da capacidade de despertar e responder aos estímulos verbais ou dolorosos;
  • torpor → presença de movimentos voluntários e resposta a comandos verbais, no entanto nível de consciência ainda reduzido - pode não responder todas as vezes que solicitado;
  • confusão → perda da atenção e do diálogo coerente - não consegue responder corretamente aos comandos;
  • delirium → quadro confusional associado à oscilação entre agitação psicomotora e inquietude - muitas vezes os pacientes precisam estar contidos no leito;
  • obnubilação → redução e lentidão na percepção e na compreensão associadas à sonolência e à desorientação;
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2
Q

Diferencie descerebração de decorticação.

A
  • descerebração → extensão anormal - é a mais grave, indica lesão no tronco cerebral e interrupção completa das informações aferentes e eferentes do/para o cérebro ⇒ paciente é estimulado por barulho ou toque leve, que geram extensão de MMII e MMSS;
  • decorticação → flexão anormal - é grave, indica lesão dos núcleos da base ⇒ resposta em flexão de MMSS e extensão de MMII;
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3
Q

O que deve ser observado na avaliação das pupilas?

A
  • simetria;
  • tamanho;
  • fotorreação;
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4
Q

Defina pupilas isocóricas.

A

Pupilas de tamanho normal, simétricas e fotorreativas - normais;

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5
Q

Defina mióse das pupilas.

A

Pupilas contraídas não-reativas à luz - lesão de SNC ou abuso de drogas;

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6
Q

Defina pupilas anisocóricas.

A

Pupilas assimétricas - AVE ou TCE;

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7
Q

Defina midríase das pupilas.

A

Pupilas dilatadas e não-responsavas (paralítica) - abnóxia, hipóxia severa, choque, parada cardíaca, TCE;

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8
Q

O que deve ser observado no exame visual do tórax?

A
  • forma do tórax e suas anormalidades;
  • cicatrizes, edemas, fístulas torácicas, ar no espaço subcutâneo, fraturas de arcos costais
  • alterações nos diâmetros e formato da caixa torácica;
  • assimetrias;
  • Sinal de Hoover;
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9
Q

O que é o Sinal de Hoover?

A

É a retração dos espaços intercostais durante a inspiração. É um sinal indicativo de insuficiência respiratória e mostra que a musculatura respiratória está sem força para tracionar os arcos costais - respiração paradoxal;

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10
Q

O que é o Ritmo de Cheyne-Stokes?

A

É um padrão que intercala períodos de hiperventilação com períodos de apneia - alteração mais comum e mais frequente em IRpA ⇒ ocorre em pacientes graves com alterações neurológicas ou cardíacas;
Ocorre alcalose respiratória seguida de acidose respiratória;

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11
Q

Qual o valor ideal da pressão do cuff do TOT?

A

Entre 20 e 30 mmHg.

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12
Q

Defina Insuficiência Respiratória Crônica.

A

Ocorre quando as alterações das trocas gasosas se instalam de maneira progressiva - acometem necessariamente os pneumopatas ⇒ enfisematosos, bronquíticos.

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13
Q

Defina Insuficiência Respiratória Crônica Agudizada.

A

É a alteração da troca gasosa que se desenvolve progressivamente porém com momentos de agravo - infecção respiratória, por exemplo ⇒ uma situação aguda agrava a insuficiência respiratória já existente.

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14
Q

Defina Insuficiência Respiratória Aguda.

A

É a rápida deterioração do sistema respiratório - alteração grave da troca gasosa - não necessariamente tem a ver com uma pneumopatia.

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15
Q

Quais são os valores de normalidade da gasometria arterial?

A
pH → entre 7,35 e 7,45;
PCO2 → entre 35 e 45 mmHg;
PO2 → entre 80 e 100 mmHg;
HCO3 → entre 22 e 26 mmol/L;
BE → de (-2) a (+2) mmol/L;
SatO2 → entre 96 e 98%;
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16
Q

Qual a apresentação clínica da IRpA?

A
  • taquipneia - >20 rpm;
  • sinais de aumento do trabalho respiratório - tiragens interpostas, batimento das asas do nariz, uso da musculatura acessória;
  • Sinal de Hoover;
17
Q

Quais os sintomas da Hipoxemia Aguda?

A
  • agitação ***
  • confusão mental;
  • instabilidade de movimentos;
  • taquicardia;
  • hipertensão arterial;

*pode evoluir para coma, com bradicardia, depressão miocárdica e choque;

18
Q

Quais os sinais da Hipercapnia Aguda?

A
  • sonolência exagerada;
  • confusão mental;
  • coma;
19
Q

Diferencia IRpA Hipoxêmica da IRpA Hipercápnica.

A
  • IRpA hipoxêmica → aka falência de oxigenação - há alteração da membrana, dificuldade de passagem de O2, colapsos, comprometimento do parênquima pulmonar;
  • IRpA hipercápnica → aka ventilatória - ocorre a dificuldade de remoção do CO2 de dentro dos capilares ⇒ alteração da musculatura respiratória ✯;
20
Q

Quais são as principais causas da hipoxemia?

A
  • hipoventilação;
  • alteração da difusão ( estrutura da membrana);
  • shunt (alvéolo ventilado mas não perfundido);
  • alteração da relação V/Q.
21
Q

Quais são as indicações para a intubação orotraqueal?

A
  • IRpA;
  • reanimação cardiorrespiratória após parada cardíaca;
  • traumatismo ou obstrução das VAs superiores;
  • aspiração de secreções;
  • instalação de VMI (cirurgias);
  • suspeita de aspiração traqueobrônquica.
22
Q

Que ações o fisioterapeuta pode tomar durante o processo de intubação?

A
  • pré-oxigenação (prevenir efeitos da hipoxemia);
  • insuflar o cuff;
  • fazer ausculta pulmonar;
  • fixar o tubo;
  • conectar o VM;
  • definir os parâmetros de base do ventilador;
  • avaliar a oximetria;
  • analisar o Rx de tórax;
  • avaliar a gasometria arterial e ajustar os parâmetros ventilatórios.
23
Q

Quais problemas podem estar associados à intubação?

A
  • intubação seletiva;
  • extubação acidental;
  • obstrução das VAs → pode se formar uma rolha de secreção seca no tubo;
  • acúmulo de secreção por diminuição do transporte mucociliar e da tosse;
  • infecções por diminuição dos mecanismos protetores das vias aéreas superiores → filtração, aquecimento e umidificação;
  • traumas dentários;
24
Q

Quais os problemas associados à intubação que podem aparecer após a extubação?

A
  • rouquidão;
  • dor (desconforto);
  • edema de glote;
  • laringo-espasmo;
  • estenose de traquéia.
25
Q

Quais as indicações para a traqueostomia?

A
  • necessidade de VA artificial por longos períodos;
  • obstrução de VA superior (tumores);
  • hemorragia de VA superior;
  • necessidade de VM contínua;
26
Q

Quais as vantagens da traqueostomia?

A
  • diminui o tempo de VM;
  • menor necessidade de sedação;
  • diminui o risco de lesões orais e laringo-traqueais;
  • facilita a aspiração e a mobilidade do paciente;
  • menor risco de extração acidental.
27
Q

Quais os cuidados com a traqueostomia?

A
  • manutenção da permeabilidade das VAs;
  • manutenção da aeração dos pulmões para reduzir risco de atelectasias, infecções, e ineficiência das trocas gasosas;
  • evitar mobilização excessiva e tração na cânula;
  • manutenção da umidificação da VA
28
Q

Quais as responsabilidades do fisioterapeuta durante a intubação e a traqueostomia?

A
  • instalação de nebulização contínua;
  • cuidados com o sistema de oxigenoterapia;
  • manobras de higiene brônquica e/ou manobras de reexpansão pulmonar;
  • aspiração traqueal;
  • mensuração diária da pressão do cuff;
  • verificação da fixação da cânula;
  • treinamento da musculatura respiratória;
  • fisioterapia motora e mudanças de decúbito;
29
Q

Quais as responsabilidades do fisioterapeuta com os pacientes traqueostomizados?

A
  • limpeza frequente do estoma, com soro fisiológico e gaze;
  • observar aspecto peri-estoma e observar sinais de infecção;
  • limpeza de cânula interna da traqueo metálica;
  • monitorização da pressão do cuff nas cânulas plásticas;
  • prevenir a tração da cânula ou deslocamento acidental;
  • utilizar um acolchoado com duas gazes dobradas entre a cânula e a pele do pescoço;
  • trocar as gazes sempre que úmidas ou com sujidade (secreções);
30
Q

Defina aspiração brônquica.

A

É um procedimento utilizado pra remoção das secreções por meio de sucção, tanto em pacientes em VM quanto em pacientes em respiração espontânea.

31
Q

Quais são as indicações para a aspiração.

A
  • ruídos pulmonares em VA de grande e médio calibre;
  • diminuição do som pulmona;
  • secreções visíveis na VA artificial;
  • aumento da pressão de pico (Ppico) em pacientes VM;
  • diminuição do volume corrente em pacientes em VM;
  • aumento da resistência inspiratória e do trabalho muscular respiratório → “briga”com o respirador;
  • diminuição da SatO2 e PO2 sanguíneas sem outra doença de base;
  • presença de secreção traqueal em pacientes com tosse ineficaz → tetraplégicos, doença neuromusculares e traqueostomizados;
  • presença de atelectasia ou consolidação pulmonar por obstrução da luz brônquica por secreções;
  • suspeita de broncoaspiração de secreção gástrica;
  • coleta de amostras de secreção traqueal;
32
Q

Descreva o Sistema Fechado de aspiração.

A

Consiste de uma sonda de aspiração, envolta por uma capa plástica, conectada entre o tubo orotraqueal ou o tubo da traqueostomia e o circuito do ventilador mecânico;

A aspiração é realizada sem a necessidade de interrupção do suporte ventilatório, garantindo a manutenção da PEEP.

33
Q

Descreva o Sistema Aberto de aspiração.

A

Envolve a desconexão do tubo do ventilador mecânico e a introdução de uma sonda descartável na via aérea;

O paciente fica sem respirar enquanto durar o procedimento;

34
Q

Cite os materiais necessários para a aspiração.

A
  • fonte de vácuo com regulador calibrado e ajustado para pressão negativa (100 a 150 mmHg):
  • frasco coletor de secreções e tubo de látex para conexão da sonda;
  • sonda de aspiração descartável com válvula e calibre apropriado;
  • par de luvas estéreis e par de luvas de procedimento;
  • pacote de gaze esterilizado;
  • seringa;
  • equipamento de proteção individual → avental, máscara, luvas e óculos;
  • ampola de soro fisiológico;
  • estetoscópio;
  • ambu conectado à fonte de O2;
35
Q

Quando deve-se aplicar o Sistema Fechado de aspiração?

A
  • pacientes em VM por mais de 24h sem previsão de extubação iminente;
  • pacientes com FiO2 > 50%;
    PEEP > 10 cmH2O;
  • pacientes hipersecretivos ;
  • pacientes que apresentam queda importante da SatO2 quando aspirados por sistema aberto;