USP-SP 2024 Flashcards
Tratamento bronquiolite viral aguda (1º episódio de sibilância em lactentes < 12 meses)
Oxigenoterapia, se possível com CNAF (2L/kg) objetivando satO2 92-94%.
*CNAF reduz a evolução para ventilação mecânica
Não estão indicados:
1Broncodilatadores
2 Corticoides
3 Solução hipertônica
4 Adrenalina inalatória
5 Terapia antiviral
Contraindicações ao CNAF:
1 Insuficiência respiratória hipercápnica
2 Anomalias faciais
3 Vômitos
4 Rebaixamento do nível de consciência
Manejo da asma (> 5 anos) ou na crise de sibilância em sibilantes recorrentes (< 5 anos)
1 Classificar a crise em leve, moderada e grave
2 Instituir tratamento com SABA (salbutamol) e SAMA (brometo de ipratróprio) se crise moderada/grave podendo ser repetidos 3x de 20/20 minutos.
3 Na falha, associar a corticoides sistêmicos
4 Na falha, sulfato de magnésio
5 Atentar continuamente a dispositivos de oferecimento de O2 conforme quadro clínico.
6 Rebaixamento do nível de consciência e tórax silencioso são indicações de IOT
7 Alta se O2 > 94% em ar ambiente
8 Corticoide inalatório domiciliar em crianças pequenas com alto risco para asma ou com crises graves recorrentes
Principais tipos de acidentes com corpos estranhos
1 Nasal
2 Otológico
3 Via aérea
4 TGI
Manejo do corpo estranho em vias aéreas
Diferenciar obstrução completa (incapacidade de respirar, ausência de MV ou RA, cianose e agitação intensa) de obstrução parcial (MV presentes com sibilos, estridor e pletora)
Obstrução completa = manobras de salvamento
- < 1 ano: 5 tapas na região interescapular intercaladas com 5 compressões torácicas
- > 1 ano: manobra de Heimlich
Obstrução parcial: broncoscopia de emergência.
Princípios dos cuidados paliativos pediátricos
1 Elegíveis para todas as crianças ou adolescentes que sofram de doenças crônicas, terminais ou que ameacem a sobrevida
2 A presença de proposta terapêutica curativa não se contrapõe à introdução de cuidados paliativos
3 Determinações expressas de “não ressuscitação” não são necessárias
4 Não se faz necessário que a expectativa de sobrevida seja breve
Diagnóstico e manejo da anemia fisiológica do lactente
Quando suspeitar de causa patológica?
Diagnóstico: Hb < 11 com nadir de 10 a 11 com 6 a 9 semanas de idade.
Tratamento: conduta expectante até resolução do quadro
Red flags de causas patológicas:
1 Anemia ainda no primeiro mês de vida
2 Anemia com Hb < 9 (não observado na anemia fisiológica)
3 Sinais de hemólise ou sintomas de anemia
Manejo da neutropenia febril
1 Identificar pacientes de alto risco para infecção: leucemias e linfomas não Hodgkin, primeiros 30 dias de transplante de célula hematopoiética e neutrófilos < 100 céls/mm3, sinais clínicos de sepse ou infecção severa, mucosite graus 3 e 4.
2 Coleta de hemoculturas periféricas e dos cateteres instalados, urina 1 e urocultura, RX de tórax SN, laboratoriais.
3 Antibioticoterapia
Neutropenia febril de alto risco: monoterapia com beta-lactâmico anti-pseudomonas (cefalosporina de 4ª geração ou carabapenêmico) associando a glicopeptídeo se presença de mucosite.
Neutropenia febril de baixo risco: antibiótico VO.
Toxíndromes e manejo (síndrome anticolinérgica)
Sintomas: midríase, taquicardia, hipertensão, confusão mental, PELE SECA, retenção urinária, constipação.
Causas: tricíclicos, escopolamina, antihistamínicos e antiparkinsonianos.
Tratamento: bicarbonato de sódio se alteração do QRS.
Neurocirurgia: mau funcionamento de DVP
Diante de sintomas de hipertensão intracraniana ou hipotensão liquórica (hiperdrenagem) são realizados RX de trajeto e TC de crânio para avaliar fraturas de cateter, mau posicionamento e sinais de agudização da hipertensão intracraniana. O manejo do mau funcionamento de DVP envolve retirada da prévia e passagem de nova DVP.
Atentar para ventriculite, que pode estar associada a obstrução de cateter, sobretudo nos primeiros 6 meses de doença. Tratamento com ATBterapia e DVE até resolução do quadro.
Vasculite por IgA (púrpura de Henoch-Schonlein)
1 Vasculite rpimária mais comum da infância
2 Petéquias, artrite, dor abdominal, intussuscepção e perfuração intestinal, e nefrite
3 Critério obrigatório: púrpuras palpáveis que não desaparecem a digitopressão.
4 Forma renal isolada: doença de Berger
5 Histopatologia: vasculite leucocitoclástica ou GN proliferativa com depósito de IgA
6 Tratamento com AINE’s com exceção da presença de nefrite e manifestações graves de TGI, que indicam uso de corticoide em regime ambulatorial.
7 Biópsia com mais de 50% de crescentes: corticoide + azatioprina/micofenolato/ciclofosfamida
Reanimação neonatal
1 Avaliar respiração e tônus muscular. Na alteração de um, está indicado clampeamento imediato de cordão e mesa de reanimação
2 RNPT < 34 semanas com boa vitalidade o clampeamento é após 30 a 60 segundos sendo levados para mesa após.
3 ASAP
4 Respiração irregular ou FC < 100 = VPP por 30 segundos
5 1 ventilação a cada 3 segundos com FiO2 de 21% se > 34 semanas e FiO2 de 30% se < 34 semanas
6 FC 100 após, checar técnica e considerar IOT ou novo VPP
7 FC < 60 iniciar MCE após via aérea definitiva
8 1 ventilação a cada 3 compressões com FiO2 a 100%
9 FC < 60 =passagem de cateter umbilical para uso de DVA
Indicação de uso de CPAP na reanimação neonatal
Desconforto respiratório (avaliado pelo boletim de Silverman-Andersen) com FC > 100
Conduta no carcinoma colorretal e metástase hepática sincrônica
Preferir sempre iniciar tratamento com QT, pois o acometimento hepático é definidor de prognóstico. Abordar lesão primária primeiramente com ou sem desvio de trânsito se lesão estenosante ou abdome agudo obstrutivo.
Conduta no volvo de sigmoide
Na vigência de sinais de sofrimento de alça, pneumoperitônio, peritonite (volvo complicado) está indicada laparotomia com cirurgia de Hartmann (retossigmoidectomia com colostomia proximal + fechamento de coto distal).
No volvo de sigmoide não complciada a conduta envolve realização de colonoscopia descompressiva com posterior retossigmoidectomia com anastomose primária.
Icterícia obstrutiva + sinal de Courvoisier-Terrier
Neoplasia periampular
1 Icterícia obstrutiva: hiperbilirrubinemia direta + acolia + colúria + icterícia
2 Sinal de Courvoisier-Terrier: dilatação crônica da via biliar gerando vesícula biliar cronicamente dilatada e palpável em hipocôndrio direito.
Causas:
1 Adenocarcinoma de pâncreas (80% dos casos)
2 Adenocarcinoma de papila (10%)
3 Adenocarcinoma duodenal
4 Colangiocarcinoma (tumor primário da via biliar ou de Klatskin).
Diagnóstico: TC de abdome com contraste + biópsia (ECOendoscopia/CPRE)
Tratamento de hérnia femoral
Tratamento de hérnia é sempre cirúrgico.
Preferência por técnicas livres de pressão, como plug femoral ou VLP.
Cirurgia de McVay (sutura contínua do ligamento de Cooper com o tendão conjunto) não é técnica de escolha.
WATCHFUL WAITING: homens idosos assintomáticos com alto risco cirúrgico
Conduta na síndrome de Fournier
Diferenciar 2 tipos de infecções necrotizantes a partir da flora:
a.) Tipo 1: polimicrobiana
b.) Estreptococo beta hemolítico do grupo A de Lancefield
ATBterapia empírica com carbapenêmico + vancomicina (opção: clindamicina + tazocin)
Tratamento cirúrgico:
a.) Desbridamento agressivo com cicatrização por 2ª intenção com curativo a vácuo
b.) Sonda vesical, flexi-seal e derivação de trânsito SN
c.) Reabordagem programada
Manejo de lesões de transição toraco-abdominal
Instabilidade: laparotomia exploradora ou toracotomia
Estabilidade: exame de imagem para avaliar lesão de vísceras ocas (pneumoperitônio ou líquido livre).
Na dúvida diagnóstica encontra-se indicada a videolaparoscopia ou toracoscopia.
Manejo do trauma cervical
1 Houve violação do músculo platisma?
Se não, é superficial.
2 Presença de Hard-signs?
Hematoma pulsátil, hemorragia ativa, instabilidade refratária, ausência de pulso, déficit neurológico, hemoptise/hematêmese maciça, ferida soprante.
Hard signs: cervicotomia exploradora
Soft signs/assintomático: exames complementares (EDA, broncoscopia e angioTC cervical)
Fatores de risco associados a deiscência
Pré-operatórios: cirurgia de emergência, estágio tumoral avançado, comorbidades, tabagismo, obesidade, etilismo, uso crônico de imunossupressores.
Intraoperatórios: peritonite, instabilidade hemodinâmica, cirurgia acima de 4 horas e necessidade de DVA.
Manejo de fraturas expostas
1 Classificação de Gustillo-Anderson
Grau 1 lesão < 1 cm com contaminação baixa (cefalosporina de 1ª ou 2ª)
Grau 2 lesão entre 1 a 10 cm com contaminação moderada (cefalosporina de 1ª ou 2ª)
Grau 3 lesão > 10 cm com contaminação grosseira (cefalosporina de 1ª ou 2ª + aminoglicosídeo)
3A cobertura adequada de partes moles
3B procedimento de cobertura
3C lesão vascular que necessita reparo
TODA FRATURA EXPOSTA NECESSITA DE ALINHAMENTO E IMOBILIZAÇÃO + ANALGESIA + PROFILAXIA ANTITETÂNICA + ATBTERAPIA CONFORME O GRAU
2 Instabilidade hemodinâmica + escore MESS (gravidade global) + escore ISS (gravidade de lesão por segmento).
Pacientes instáveis com lesões graves serão amputados. Pacientes instáveis com lesões menos graves farão cirurgia de damage control.
Pacientes estáveis com lesões graves múltiplas serão amputados. Estáveis com lesões graves não múltiplas recebem tratamento definitivo. Lesões leves múltiplas o tratamento é sequencial. Lesões leves e únicas recebem tratamento definitivo.
Indicações cirúrgicas no TCE grave
1 Hematoma com espessura > 10 mm
2 Desvio de linha média > 5 mm
3 Glasgow com queda maior que 1 ponto desde a lesão até admissão
4 Anisocoria ou midríase fixa
Manejo do trauma pélvico
1 Estabilização com lençol em altura de trocânteres
2 Tamponamento extraperitoneal
3 Angiografia para embolização de vaso sangrante
4 Fixação externa