UP3 Flashcards

1
Q

Microrganismo que mais causa infeções adquiridas na comunidade no trato urinário

A

Escherichia coli 80-90%

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Q

Outras bactérias que causam infeção adquirida na comunidade no trato urinário

A

Proteus
Pseudomonas
Klebsiella
Enterobacter

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3
Q

Microrganismos que causam infeção nosocomial no trato urinário

A

E. coli
Klebsiella
Proteus
Staphylococci
Enterobacteriaceae
Pseudomonas aeruginosa
Enterococci
Candida - fungo

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4
Q

Vias da bactéria invadir o trato urinário

A

• Ascendente (via + comum de causa de infeção nas mulheres)
• Hematógeno (Staphylococcus aureus)
• Linfática (+ rara)

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5
Q

Razão da mulher ter + infeções urinárias que o homem

A

• Uretra ser + pequena
• Proximidade ao anus
• Atividade sexual afetar a uretra + facilmente

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6
Q

Diferença entre infeções complicadas e não complicadas

A

• Infeções não complicadas ocorrem principalmente em mulheres saudáveis e ocasionalmente em bebés do sexo masculino, adolescentes e adultos do sexo masculino
• Infeções complicadas ocorrem em ambos os sexos

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7
Q

Fatores de risco associados a infeções complicadas no trato urinário

A

• Doenças que predispõem infeções no rim (diabetes)
• Pedras no rim
• Anormalidades estruturais e funcionais de trato urinária
• Cateteres urinários

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8
Q

Uretrite (Infeção na Uretra)

A

• Disúria (dor/desconforto/dificuldade a urinar)
Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Trichomonas vaginalis - causas comuns
• Considerada sexualmente transmissível

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9
Q

Cistite (Infeção na Bexiga)

A

• Dor no processo de micção (disúria), frequência e urgência em urinar
• Multiplicação da bactéria na urina e na uretra
• Urina sangrenta
• Urina turva e mau odor
• Infeção localizada

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10
Q

Pielonefrite

A

• Inflamação no parênquima renal, cálices e pelvis
• Causada por infeção bacteriana
• Apresentação clínica típica de uma infeção do trato urinário superior: febre, dor na parte de baixo das costas
• Relativamente aos sintomas do trato inferior: frequência, urgência e disúria)
• Pacientes podes apresentar sinais sistémicos de infeção: vómitos, diarreia, arrepios, aumento da frequência cardíaca e dor abdominal inferior
• 40% dos pacientes com pielonefrite aguda são bacterémicos

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11
Q

Septicemia (infeção severa no sangue)

A

• Infeção sistémica que se pode desenvolver a nível da comunidade ou nosocomial por parte de infeções do trato urinário

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12
Q

Bacteriúria Assintomática

A
  • Presença de bactérias na urina devidamente coletada de um paciente que não tems sinais ou sintomas de uma infeção no trato urinário
  • A prevalência varia com a idade, género, presença de anormalidades geniturinárias
  • Prevalência aumenta com a idade em mulheres saudáveis
  • Prevalência rara em homens jovens saudáveis
  • O screening e o tratamento é recomendado em mulheres grávidas devido ao risco de progressão para ITU sintomática grave e possível dano ao feto)
  • Tratamento também é recomendado a homens submetidos a resseção transuretral da próstata e indivíduos submetidos a procedimentos urológicos para os quais o sangramento da mucosa é previsto
  • No entanto este screening ou tratamento não é recomendado em mulheres na pré-menopausa, não grávidas, mulheres diabéticas, pacientes com cateteres, etc.
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13
Q

Características Gerais da Escherichia coli

A
  • Bacilos gram -
  • Anaeróbio facultativo
  • Fermenta lactose’0
  • Oxidase -
  • Encontra-se no TGI
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14
Q

Epidemiologia da Escherichia coli

A
  • Responsável por causar +80% de todas as ITUs adquiridas na comunidade, bem como em muitas infeções nosocomiais
  • Maioria das infeções é endógena, isto porque como a E.coli faz parte da flora saprófita acaba por conseguir estabelecer uma infeção quando as defesas se encontram comprometidas
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15
Q

Fatores de Virulência da Escherichia coli

A
  • Fímbrias tipo 1 que se ligam às células uroepiteliais
  • Fímbrias tipo P que reconhecem glicoesfingolípidos renais
  • Sideróforos que ajudam a ligar o ferro à célula hospedeira
  • Hemolisinas alfa e beta que lisam os eritrócitos do hospedeiro
  • Cápsula que ajuda a não sofrer o processo de fagocitose
  • Toxinas proteolíticas
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16
Q

Doenças Associadas à Escherichia coli

A
  • Meningite neonatal
  • Septicemia - pode ter como origem as infeções do TGI ou urinário; mortalidade elevada em paciente cuja imunidade se encontra comprometida ou a infeção primária ocorre no abdómen ou SNC
  • Infeção urinária - origem a partir do cólon onde posteriormente contaminam a uretra e ascendem para a bexiga podendo migrar para os rins ou para a próstata; virulentas devido à capacidade de produzir adesinas (Pili p, AAF/I, AAF/III e fímbrias Dr) de modo a que a bactéria não seja eliminada durante a micção; hemolisina A que lisa os eritrócitos e outros tipos de células o que leva à libertação de citocinas e estimulação de uma resposta inflamatória.
17
Q

Características da Klebsiella

A
  • Enterobacteriaceae
  • Gram -
  • Anaeróbia facultativa
  • Lactose +
  • Oxidase -
  • Imóveis
  • Cápsula responsável pela aparência mucoide das colónias isoladas e pelo aumento da virulência dos microrganismos
18
Q

Tratamento da Klebsiella

A
  • Aztreonam, cefalosporinas de 3ªgeração, aminoglicosídeos, ciprofloxacina, imipinemo, piperaciclina
19
Q

Características Gerais da Pseudomonas aeruginosa

A
  • Bacilos gram -
  • Aeróbios obrigatórios, no entanto, podem crescer anaerobicamente usando o nitrato ou arginina como um aceitador alternativo de eletrões
  • Cápsula polissacárida mucoide
  • Algumas espécies produzem pigmentos difusíveis que lhes fornece uma aparência característica na cultura
  • São oportunistas
  • Resistentes aos antibióticos
20
Q

Fatores de Virulência da Pseudomonas aeruginosa

A
  • Adesinas (flagelo, pili, LPS, alginato); flagelo e pili medeiam a motilidade, e o lípido A é responsável pela atividade da endotoxina; alginato é um exopolissacarídeo que forma uma cápsula e protege o microrganismo da fagocitose e dos antibióticos
  • Toxinas (exotoxina A, piocianina, pioverdina); exotoxina A - interrompe a síntese proteica bloqueado o elongamento da cadeia peptídica em células eucarióticas; piocianina catalisa a produção do superóxido e do peróxido de hidrogénio, também estimula formação da IL-8; pioverdina é um sideróforo que liga o ferro que é usado no metabolismo
  • Enzimas (exoenzimas S e T, fosfolipase C, proteases, elastases)
  • Pode começar a haver resistência adquirida aos antibióticos tais como aminoglicosídeos e beta-lactâmicos
21
Q

Epidemiologia da Pseudomonas aeruginosa

A
  • Infeções do trato urinário: observadas em pacientes com cateteres urinários e tratados com antibióticos de largo espetro
22
Q

Diagnóstico Laboratorial da Pseudomonas aeruginosa

A
  • Cresce rapidamente em meio de cultura comuns (MacConkey, e agar sangue)
  • Incubação aeróbica exceto se o nitrato estiver disponível
  • Características coloniais: beta-hemólise, pigmento verde, odor semelhante a uva
  • Testes bioquímicos (exemplo: oxidase +)
23
Q

Tratamento para a Pseudomonas aeruginosa

A
  • Normalmente usa-se uma combinação de antibióticos ativos, porque acabam por criar resistência aos antibióticos beta-lactâmicos incluindo carbapenemos, aminoglicosídeos e colistina
  • Ceftazidina, peniiclina antipseudomonas, cefipima, carbapenemico, ciprofloxacina
24
Q

ITUs Baixas

A
  • Bexiga (cistite)
  • Uretra (uretrite)
  • Próstata (prostatite)
  • Epidídimo (epididimite)
25
Q

ITUs Altas

A
  • Pielonefrite
  • Ureterite
26
Q

Sintomas Gerais ITUs Baixas

A
  • Disúria - dor/dificuldade em urinar
  • Urgência em urinar
  • Polaquiúria - emissão frequente de pequenas quantidades de urina
  • Piúria - turbidez da urina
  • Hematúria - urina escura pela presença de sangue
27
Q

Sintomas Gerais das ITUs Altas

A
  • Sintomas de infeções urinárias baixa
  • Febre
  • Dor lombar
  • Dor perineal
28
Q

Colheita de Amostras de Urina

A
  • Colheita de jato médio
  • Punção de cateter urinário (Foley) - doentes algaliados
  • Punção supra-púbica - doentes algaliados onde não havia interpretação de resultados, e em crianças onde a colheita de urina tenha sido difícil
  • Saco coletor - crianças sem controlo dos esfíncteres (bebés)
  • Algália - pacientes hospitalizados e utentes em lares
29
Q

Transporte de Urina

A
  • Deve ser transportada o + rapidamente possível e inoculada até 1H após a colheita
  • Não sendo possível o transporte - refrigerar amostras a 4ºC e conservada até 24H após a colheita
  • Não sendo possível a refrigeração - colher a urina para recipiente que contenha um conservante como o ácido bórico conservando à temperatura ambiente
  • Quando não é possível a refrigeração por 24H deve-se colocar os tubos de transporte com ácido bórico, glicerol e formato de sódio de modo a preservar o crescimento de bactérias
30
Q

Procedimento Analítico: Coloração de Gram

A
  • Método fácil, barato e rápido para fornecer informação imediata - bactéria ou fungo
  • Identificação de amostras de urina que contenham mais de 10^5 UFC/mL
  • Não deve ser utilizado para detetar leucócitos polimorfonucleares na urina
31
Q

Procedimento Analítico: Piúria

A
  • Marcador de inflamação que na presença de células polimorfonucleares pode ser detetada e enumerada em amostras não centrifugadas
  • Melhor indicador do estado do hospedeiro - número de células polimorfonucleares excretados por hora
  • Pacientes com + de 400.000 leucócitos polimorfonucleares por hora estão provavelmente infetados
  • Pode ser realizado utilizando um hemocitómetro
  • Também pode estar associado a outras condições clínicas como vaginite
32
Q

Procedimento Analítico: Índices Indiretos

A
  • Detetam bacteriúria/piúria examinando a presença de enzimas bacterianas e/ou enzimas de células polimorfonucleares
  • Teste da Nitrato Redutase - avalia a presença de nitrito na urina (enzimas reduzem nitrato a nitrito e são produzidas pelos patógenos + comuns)
  • Teste da Esterase de Leucócitos - resposta do hospedeiro à infeção e à presença de células polimorfonucleares - produzem esterase e a quantidade está correlacionada com a contagem da câmara do hemocitómetro
  • Teste da Catalase - presente em células somáticas e que se encontra em todas as espécies bacterianas que normalmente causam infeções urinárias exceto Streptococcus e Enterococcus; formação de bolhas na superfície do peróxido de hidrogénio indica teste +
33
Q

Observações Gerais sobre os Métodos de Análise

A
  • Métodos de análise não são sensíveis a níveis inferior a 10^5 UFC/mL
  • Não são aceites para amostras de urina obtidas a partir de aspiração supra-púbica, cateterização ou citoscopia