Úlcera Péptica Flashcards
Síndrome dispéptica: definição
Dor epigástrica > ou = 1 mês
Síndrome dispéptica: sinais de alarme para Câncer
Emagrecimento, anemia, odinofagia ou disfagia
Síndrome dispéptica: Fluxograma
Dispepsia com > 40 anos ou sinais de alarme (emagrecimento, anemia, odinofagia e disfagia) = EDA
- se EDA alterada = Dispepsia orgânica
- se EDA normal = Dispepsia funcional
Dispepsia com < 40 anos e sem sinais de alarme OU dispepsia funcional -> Pesquisa e Trata H pylori -> se n resolveu, IBP -> se não resolveu, Tricíclico -> se não resolveu, procinético
Úlcera Péptica: Fisiopatologia
há agressão da mucosa pelo ácido
Úlcera Péptica: Facilitadores e seus mecanismos de ação
1) AINES: COX1 que produz prostaglandinas de proteção de mucosa e COX2 que produz prostaglandina de inflamação. O AINES inibe os dois, diminuindo a barreira. Existem AINES mais novos que são seletivos da COX2 (COxibe)
2) H Pylori: Bactéria fica primeiro no Antro causando uma hipercloridria, depois vai pro estômago todo, atapetando. Diminui produção de ácido mas tbm de muco = HIPOCLORIDRIA
Úlcera Péptica: DDX em paciente sem infecção por H Pylori e uso de AINES
Gastrinoma ( Sind de Zollinger-Ellison). Pode tá na sindrome neoplasias endrocrinas múltiplas tipo 1 = Gastrinoma + Hiperprolactinoma + Hiperparatireoidismos (Pancreas/ Pituária/ Paratireóide - PPP)
Úlcera Péptica: Fisiologia gástrica
Gastrina (produzida no antro) + Vago + Histamina = estimulam a bomba de próton nas cel parietais
Úlcera Péptica: Quadro clínico
úlcera gástrica = dispepsia logo após alimentação x úlcera duodenal = dispepsia 2-3h depois da alimentação e a noite
Associado a plenitude, saciação, queimor
Úlcera Péptica: Diagnóstico
Se < 40 anos e sem sinais de alarme = presuntivo
Se > que 40 anos ou com sinais de alarme = EDA (se tiver úlcera gástrica faz biópsia e após tratamento nova EDA de controle)
Úlcera Péptica: Tratamento clínico
1) IBP dose habitual por 4-8 semanas (Omeprazol 20 mg/dia ou Pantoprazol 40 mg/dia) , 2) Suspender uso de AINES, 3) Pesquisar e tratar H pylori 4)Controle de Cura pra H pylori
Úlcera Péptica: Pesquisa e tratamento de H pylori
1) Pesquisa: SEM EDA = teste da urease respiratória, antígeno fecal ou sorologia
EDA = biópsia ou teste rápido da urease
2) Tratamento: Por 14 dias, Claritromicina 500 mg 12/12h+ Amoxacilina 1g/dia 12/12 h + Omeprazol 20 mg 12/12h —- Macete: CÃO
3) Controle de cura: após 4 semanas, escolhe 1 método (só não pode sorologia)
Úlcera Péptica: Classificação das úlceras
Hipoclorídricas (estão na pequena curvatura):
I- Peq curvatura baixa
IV- Peq curvatura alta
Hiperclorídricas
II - Corpo
III- Pré-pilórica
Duodenal
Úlcera Péptica: Indicações cirúrgicas
Refratariedade, Hemorragia, Perfuração (faz pneumoperitônio), obstrução
Úlcera Péptica: Tipos de cirurgia da úlcera duodenal
Duodenal: Vagotomia troncular + piloroplasta (pq perde a enervação do piloro) OU Vagotomia troncular + antrectomia (saí o piloro) + reconstrução a BI ou B2 OU vagotomia super-seletiva (só perde enervação do fundo gástrico)
Úlcera Péptica: Tipo da cirurgia úlcera gástrica tipo I
Antrectomia + reconstrução a B1 (gastroduodenostomia)
Úlcera Péptica: Tipo da cirurgia úlcera gástrica tipo II e III
Vagotomia troncular + gastrectomia distal + reconstrução a B1 ou B2 (gastrojejunostomia + alça aferente)
Úlcera Péptica: Tipo da cirurgia úlcera gástrica tipo IV
gastrectomia proximal (pq úlcera é alta) + Y de Roux
Úlcera Péptica: Reconstrução do trânsito na antrectomia
Billroth I: gastroduodenostomia
Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente (na ponta tá o duodeno com o pâncreas)
Úlcera Péptica: Complicações cirúrgicas
—Dumping: perde o piloro e o alimento passa rápido.
A) Dumping precoce (15-20 min): distensão = náuseas, vômitos e dor + vasomotor = taquicardia, rubor, sudorese
B) Dumping Tardio (2-3h): Hipoglicemia (há absorção rápida e pancreas faz pico de insulina)
Tratamento: fracionar dieta e deitar após comer
— Gastrite Alcalina/ Gastropatia por refluxo biliar
Dor abdominal que não melhora com o vômito (é inflamação) . É mais comum na BII porque a passagem do conteúdo passa pelo estômago
Tratamento: Y de Roux
— Sind da Alça aferente
Só tem na BII, porque a alça acotovela e obstrui, paciente evolui com náuseas e vômitos. que melhoram com vômito biliar. Tratamento: Y de roux
Sangramento por úlcera péptica: Conduta
1) Estabilização clínica
2) Tratamento clínico IBP + Pesquisar e tratar H pylori. Suspender AINES
3) Endoscopia -> Classificação de Forrest (Tratamento IA - sangramento em jato, IB sangramento babando, IIA - vaso visível, IIB coágulo) = FAZ coagulação (termico), clipagem (mecânico) ou escleroterapia (químico) USAR DOIS METODOS COMBINADOS
Classificação de Forrest: Pra que e como é
Avalia risco de sangramento na úlcera péptica
Ia - sangramento em jato. Alto risco de ressangramento
Ib - sangramento babando. Alto risco de sangramento
IIa - vaso visível. Alto risco de sangramento (50%)
IIb- coágulo. Médio risco (30%)
IIb - hemantina (black spots) - Baixo risco (<10%)
III- base clara. Baixo risco (<5%)
Sangramento da úlcera péptica: Tratamento cirúrgico
Indicações: 2 tentativas endoscópicas falhas, choque refratário (>6U hemácias), sangramento baixo mas contínuo (>3U/dia de hemácia), ou hemorragia recorrente
Úlcera duodenal: pilorotomia + ulcerorrafia + vagotomia troncular + piloroplastia (Se paciente não tiver condição clínica faz só a ulcerorrafia)
Úlcera gastrica: gastrectomia + reconstrução a B1, B2 ou Y de roux