TUTORIA 1.1 Flashcards
Cite os 8 transtornos depressivos, suas características em comum e diferenças
A característica comum dos transtornos depressivos é a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida. Os transtornos depressivos incluem:
- transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior);
- transtorno disruptivo da desregulação do humor;
- transtorno depressivo persistente (distimia);
- transtorno disfórico pré-menstrual;
- transtorno depressivo induzido por substância/medicamento;
- transtorno depressivo devido a outra condição médica;
- outro transtorno depressivo especificado;
- e transtorno depressivo não especificado.
O estudo Global Burden of Disease, por exemplo, estima que a depressão contribui como a _________ principal causa de _____________e, diante do envelhecimento da população e das mudanças globais, há perspectivas de que se torne a principal causa de ______________ até 2030.
terceira/incapacidade/incapacidade
A depressão impacta na saúde global? De que forma? O que isso implica?
Sim. A prevalência da depressão é alta e a presença sintomas depressivos de maneira crônica, grave ou recorrente representa fonte de sofrimento psíquico, prejuízos interpessoais e na qualidade de vida de muitas pessoas. Além disso, os transtornos depressivos (TDs) estão associados a piores desfechos das doenças físicas e aumento na morbimortalidade. Assim, destaca-se a necessidade de prevenção e a busca de tratamentos efetivos e acessíveis para toda a população.
Segundo estudo da World Health Survey, qual a prevalência de depressão no Brasil nos últimos 12 meses e ao longo da vida?
Acima de 10%. Sendo 10,4% nos últimos 12 meses e 18,4% ao longo da vida.
Qual a idade de início do primeiro episódio depressivo?
Ocorre no começo da idade adulta, entre 24 e 25 anos, com 40% dos indivíduos com o primeiro episódio depressivo ocorrendo antes dos 20 anos. Embora essa seja a faixa etária de maior incidência do primeiro episódio, este pode ocorrer em qualquer faixa etária, desde a infância até a velhice.
Cite 8 fatores de vulnerabilidade/risco para a depressão
- Mulheres (2x);
- Separação conjugal ou divórcio;
- Menor nível educacional;
- Desemprego;
- Dificuldades financeiras;
- Histórico de traumas na infância, incluindo morte, separação ou depressão nos pais;
- Populações clínicas;
- Países em situação de extrema violência, guerra ou conflitos armados.
Cite 7 fatores de risco indicativos de screening para depressão, especialmente na atenção primária
Condições clínicas:
1. Histórico de depressão;
2. História familiar de depressão;
3. História de outras comorbidades psiquiátricas;
4. Adversidades e estressores ambientais;
5. Períodos de mudanças hormonais;
6. Doenças crônicas (diabetes, cardiovasculares e neurológicas);
7. Procura frequente de serviços de saúde.
Sintomas:
1. Insônia;
2. Ansiedade;
3. Fadiga;
4. Cansaço;
5. Dor crônica;
6. Uso de substâncias;
7. Sintomas físicos sem explicação.
V OU F
Há grande prevalência de comorbidades psiquiátricas associadas ao diagnóstico de depressão.
Verdadeiro.
1. Transtornos de ansiedade (TAG, TP e fobia social);
2. Transtornos por uso de substâncias (nicotina, álcool e drogas);
3. Transtornos de personalidade (TPB e Transtorno da personalidade esquizotípica)
Quais são os principais fatores envolvidos na fisiopatologia da depressão?
- Genética;
- Neurobiologia;
2.1. Monoaminas;
2.2. Eixo HHA;
2.3. GABA e Glutamato;
2.4. Neurotrofismo e neuroplasticidade;
2.5. Inflamação;
2.6 Alterações neuroanatômicas e funcionais.
Como a predisposição genética está relacionada com a depressão?
Familiares de pacientes deprimidos apresentam maior risco de desenvolver depressão quando comparados à população geral. Atualmente, considera-se que a depressão é resultante de uma interação gene versus ambiente. Em alguns casos, os fatores genéticos são mais determinantes, enquanto em outros, o transtorno deve-se principalmente a fatores ambientais.
Indivíduos submetidos a múltiplos eventos estressores apresentavam maior probabilidade de desenvolver depressão se fossem portadores do alelo S em um polimorfismo do gene do transportador da serotonina (5-HTTLPR). Além disso, houve associação entre TDM e outros polimorfismos em genes de transportadores e receptores de monoaminas, do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, do inglês brain-derived neurotrophic factor) e de marcadores inflamatórios. Atualmente, entende-se que cada polimorfismo explica uma parte muito pequena desse componente genético, e o efeito cumulativo de muitos polimorfismos (centenas a milhares) é responsável pela suscetibilidade genética para a depressão.
Ainda, parte da predisposição genética para a depressão manifesta-se durante o desenvolvimento do cérebro, uma vez que a análise das vias genéticas identificou mecanismos biológicos que medeiam a depressão, como: neurotransmissão excitatória, diferenciação e morfogênese de neurônios, desenvolvimento axonal, neuroplasticidade, citocinas, resposta imune e regulação da expressão genética.
Por fim, o TDM, assim como outros transtornos psiquiátricos, está associado a um encurtamento dos telômeros, indicando envelhecimento celular precoce.
Como a neurobiologia está relacionada com a fisiopatologia da depressão?
A apresentação clínica do TDM é heterogênea, e as evidências atuais indicam que sua neurobiologia também seja – a fisiopatologia é composta por interações complexas entre mecanismos distintos, como neurológicos, endócrinos e imunes.
- Diferentes causas e fisiopatologias sejam responsáveis por diferentes episódios depressivos de um mesmo indivíduo;
- Diferentes mecanismos fisiopatológicos resultem em uma apresentação clínica semelhante;
- Uma mesma fisiopatologia resulte em sintomas distintos em diferentes pessoas.
Liste as 3 principais monoaminas
- Serotonina;
- Noradrenalina;
- Dopamina
Explique a teoria monoaminérgica do TDM e como atuam os antidepressivos
A teoria monoaminérgica do TDM sugere que a depressão é causada por uma deficiência da neurotransmissão monoaminérgica, e os antidepressivos agem aumentando a disponibilidade de monoaminas na fenda sináptica, corrigindo essa disfunção ao potencializar a neurotransmissão monoaminérgica.
V ou F
O efeito neuroquímico e clínico do aumento da concentração de monoaminas na fenda sináptica ocorre horas após a administração dos antidepressivos.
Falso. Embora o efeito neuroquímico de aumento da concentração de monoaminas na fenda sináptica ocorra horas após a administração dos antidepressivos, o efeito clínico é observado apenas após algumas semanas, quando passou o tempo necessário para as adaptações nos receptores das monoaminas.
Quais os mecanismos centrais para o efeito dos antidepressivos?
- Cascatas de sinalização intracelular;
- Expressão gênica e tradução de proteínas.