Tumores Benignos Flashcards
Como é caracterizado o Osteocondroma? (faixa etária, lugar mais comum, estadiamento, quadro clínico, tratamento)
- É a lesão benigna mais frequente
- Capa de tecido cartilaginoso que produz osso normal formando “exostoses” (protuberâncias ósseas)
- Ocorre durante a infância e adolescência e cessa na maturidade esquelética
- Local mais comum: joelho
- B1 ou B2
- Clinicamente: massa endurecida acompanhado de dor quando a exostose provoca compressão de estruturas nervosas e tendinosas ou provoca atrito com outras estruturas
- Risco de malignização: 1%.
- Tratamento: ressecção da exostose
Como é caracterizado o Encondroma? (local, estadiamento, apresentação, tratamento)
- Tumor mais comum da mão
- Lesão cartilaginosa benigna
- Apresentação: lesão lítica, central, com bordas bem definidas e calcificação interior
- B1 ou B2
- Em geral é assintomático, sendo um achado. Na presença de sintomas é indicada a ressecção da lesão
Como é caracterizado o Osteoma Osteoide? (apresentação, local, clínica, estadiamento)
- < 1,5cm, com bordos delimitados e a presença de uma zona periférica de neoformação óssea
- Incidência: maior nos ossos longos (65%), principalmente na diáfise da tíbia e do fêmur. Comum também nas vértebras.
- Predomina nos adolescentes e adultos jovens
- Clínica: dor que piora à noite e melhora com AINES
- Formação de nidus circundado por tecido reacional esclerótico
- B1, em geral até 1 cm, pode involuir
RX Osteoma Osteoide?
- Ossos longos → nicho radiotransparente arredondado, com uma zona de reacional de esclerose ao redor da lesão
- Vértebras → não se observa processo reacional de esclerose
Prognóstico Osteoma Osteoide?
- A lesão é autolimitada, com tendência à maturação espontânea em 2 a 5 anos
- Prognóstico: bom. Podendo haver cura com a evolução natural ou com cirurgia nos casos mais sintomáticos
- Métodos de tratamento: ressecção ampla e completa do nicho, curetagem, fresagem percutânea guiada por tomografia ou radioscopia
Como é caracterizado Osteoblastoma? (características, local mais comum, tamanho, clínica, tto)
- “Osteoma osteoide maior”
- Histologia semelhante ao Osteoma Osteoide
- Ausência de zona periférica de formação óssea reativa
- Pico aos 20 anos e mais comum nos homens
- Tamanho: > 1,5cm
- Clínica: dor que piora à noite e melhora com AINES – porém menos dolorosa que osteoma osteoide
- Localização: mais comum nas vértebras cervicais
- Tratamento: ressecção com margens de segurança
Como é caracterizado o Condroblastoma?
- Tumor epifisário – fise aberta (atravessando-a)
- Acomete mais crianças e adolescentes
- Localização: mais comum úmero proximal, fêmur distal e tíbia proximal
- Risco de malignização: 1% (pulmão principal sítio)
- RX: lesão osteolítica, bem delimitada, excêntrica
- Tratamento: curetagem e enxertia
Como é caracterizado o TGC?
- Tumor benigno agressivo e vascularizado
- Faixa etária: 20-40 anos
- Localização: principalmente nas epífises ósseas (fêmur, tíbia proximal e rádio distal)
- Clínica: dor e aumento de volume. FX patológica pode ser o primeiro achado
- Risco malignização: 2-3% (pulmão principal sítio)
- RX: lesões excêntricas, líticas, agressivas que destroem a epífise podendo invadir tecidos moles adjacentes
- Tratamento: curetagem, ressecção, radioterapia
Como é caracterizado o Fibroma não ossificante?
- Lesão pseudotumoral (lesões não neoplásicas que simulam tumores ósseos)
- Encontrado em 40% das crianças < 2 anos de idade
- Localização mais frequente: metáfise dos ossos longos (principalmente no fêmur e na tíbia)
- São lesões pequenas, geralmente assintomáticas, de crescimento lento e que tendem a desaparecer com a maturidade esquelética
- RX: lesões líticas e com margens bem definidas
- Tratamento: observação; afinal são lesões autolimitadas
- Exceção: grandes fibromas → curetagem
Cisto ósseo solidário (características, etiologia, epidemiologia, localização e clínica)
- Lesão pseudotumoral
- Etiologia desconhecida (aparenta estar relacionado à alteração do crescimento ósseo)
- Aparecem na infância e adolescência (80% abaixo de 20 anos) sem predileção por sexo
- Localização: 80% dos casos na metáfise proximal do úmero e do fêmur.
- Clínica: podem ser assintomáticos, achados acidentais ou apresentar sintomas como dor, tumefação e rigidez antálgica da articulação mais próxima. Aproximadamente 50% dos casos apresentam-se como fratura patológica
Cisto ósseo solidário, divisões?
- Latentes: não apresentam sinais de crescimento nas radiografias controle, notando-se que com o passar dos anos a migração da lesão em direção à diáfise, afastando-se da placa de crescimento
- Ativos: apresentam sinais de crescimento, seja após tratamento expectante ou cirúrgico
Cisto ósseo solidário, RX e tratamento?
- RX: lesões radiotransparentes, centrais e de margens bem definidas
- Tratamento:
- Perto da maturidade esquelética: baixo risco de fratura. RX anual e acompanhamento
- Situados ossos de carga: como extremidade proximal do fêmur → aspiração, curetagem, ressecção, introdução fios K, parafusos e hastes intramedulares flexíveis
Cisto ósseo simples: tipo de lesão?
- Lesão pseudo-tumoral
(não é neoplasia, mas ao RX se apresenta como uma)
Quais as principais características do cisto ósseo simples? (local, clínica, apresentação, faixa etária, dd)
- Metafisário, com contornos nítidos e afilamento cortical, lítico
- Local: úmero e fêmur proximal
- Assintomático
- Confunde com osteoblastoma
- 4-12 anos
Qual o tratamento do cisto ósseo simples?
- Observação: risco de fraturas
- Curetagem e enxertia: se muito grande e afinar muito a cortical
- Corticoide: evita recidiva