Tudo de ECG Flashcards
QRS, Ritmo, Frequência, Eixo, Bloqueios, IAM, etc.
Defina Derivação.
Medida de diferença de potencial entre dois pontos.
Qual derivação serve de aterramento no ECG?
Preto, em MID.
Caracterize o ECG de paciente com dextrocardia.
Ondas negativas em DI +
QRS negativo nas precordiais.
Num dado ECG tenho DI negativo e QRS normais em precordiais.
Causa mais provável?
Troca de posição dos eletrodos.
Estes eletrodos estão corretamente posicionados?
Sim.
DI tem QRS positivo e
Precordiais com progressão de tamanho de onda R adequada.
Estes eletrodos estão corretamente posicionados?
Não.
Apesar de QRS positivo em DI,
o progresso de amplitude das precordiais está inadequado, sugerindo troca de posicionamento dos eletrodos.
Provavelmente inverteram V2 e V6.
A quantos graus um estímulo passa para gerar um registro isodifásico?
90º.
Num ECG normal, onde deve estar o eixo cardíaco?
Entre -30º (aVL) e 90º (aVF).
Eixo desviado à esquerda está entre quantos graus?
Entre -30º e -90º.
A quantos graus se encontra um eixo cardíaco com desvio extremo a direita?
Entre -90º e 180º.
Desvio de eixo a direita corresponde a quantos graus?
Entre 90º e 180º.
Qual a faixa de angulação de um eixo cardíaco normal e quais as polaridades esperadas de DI e DII?
-30º a +90º
DI +
DII +
Qual a faixa de angulação de um eixo cardíaco desviado à esquerda e quais as polaridades esperadas de DI e DII?
-30º a -90º
DI +
DII -
Qual a faixa de angulação de um eixo cardíaco desviado à direita e quais as polaridades esperadas de DI e aVF?
+90º e 180º
DI -
aVF +
Qual a faixa de angulação de um eixo cardíaco desviado à extrema direita e quais as polaridades esperadas de DI e aVF?
-90º e 180º
DI -
aVF -
Defina as polarizações de DI, DII e aVF para os eixos à esquerda, normal, à direita e em extrema direita.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI e DII positivos:
eixo cardíaco normal.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI e DII positivos:
eixo cardíaco normal.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI negativo e aVF positivo:
eixo cardíaco à direita.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI e DII negativos, aVF isodifásico e:
eixo cardíaco à direita.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+ (ou isodifásico)
Extrema Direita: DI- e aVF-
Nesse caso, melhor desenhar as derivações.
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
Ignore as setinhas.
DI e aVF negativos:
eixo cardíaco à extrema direita.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+ (ou isodifásico)
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI negativo e aVF positivo:
eixo cardíaco à direita.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
- Defina o eixo cardíaco deste ECG.
- Mencione todas as polaridades e eixos correspondentes para DI, DII e aVF.
DI e DII positivos:
eixo cardíaco normal.
Esquerda: DI+ e DII-
Normal: DI+ e DII+
Direita: DI- e aVF+
Extrema Direita: DI- e aVF-
A que medidas de tensão e tempo equivalem um quadradinho no ECG?
0,1 mV
0,04 s
Qual a calibração padronizada no Ocidente para ECG?
N = 10 mm / 1 mV
e
25.0 mm / s
Se estiver diferente, é porque alguém alterou a programação e não se faz isso sem aviso prévio ou solicitação do médico. Entretanto, cabe ao médico atenção a essa calibração.
Cite dois motivos para alterar a padronização do ECG para N/2.
- Sobrecargas ventriculares importantes;
- Crianças com parede torácica muito fina.
Cite dois motivos para alterar a padronização do ECG para 2N.
- Complexos com voltagem muito baixa.
- Melhorar avaliação de algum componente isolado do ECG.
Quantos quadradinhos de altura tem o retângulo de calibração com ECG em N?
10 quadradinhos.
Qual a padronização deste ECG e qual o eixo cardíaco?
Padronização em N.
Eixo cardíaco normal (DI isodifásico, levemente positivo, com DII e aVF positivos).
- Qual a padronização deste ECG?
- Qual o eixo cardíaco?
- Qual a frequência cardíaca?
- Qual a amplitude aproximada de R em V5?
- Padronização em 2N (retângulo de 20 quadradinhos) com 25 mm / s.
- Eixo cardíaco normal (DI e DII positivos).
- 1500 / 20 quadradinhos = 75 bpm.
- Amplitude aproximada de R em V5 = 15 mV (30 quadradinhos em 2N).
- Qual a padronização deste ECG?
- Qual o eixo cardíaco?
- Qual a frequência cardíaca aproximada?
- Qual a amplitude de R em V4, aproximada?
- Padronização em N (retângulo de 10 quadradinhos) com 50 mm / s.
- Eixo cardíaco normal (DI e aVF positivos, com DII isodifásico).
- 1500 / 20 quadradinhos = 75 bpm x 2 = 150 bpm.
- Amplitude de R em V4 = 16 mV (16 quadradinhos em N).
A onda P deve estar em que faixa de angulação?
0º e 90º.
Algumas poucas literaturas consideram -30º a 90º.
Defina ritmo sinusal no ECG.
Três critérios.
Onda P positiva em DI e aVF
+
Onda P de mesma morfologia
+
Onda P precedendo cada QRS.
Qualquer ritmo diferente do sinusal é uma…
… arritmia.
Defina ritmo, frequência e eixo neste ECG.
Ritmo sinusal.
Frequência de 75 bpm (aproximadamente).
DI- e aVF+ = eixo cardíaco à direita.
Defina ritmo, frequência e eixo neste ECG.
Ritmo sinusal.
Frequência de 75 bpm.
DI isodifásico (discretamente positivo) DII+ e avF+ = eixo cardíaco normal.
Defina ritmo, frequência e eixo neste ECG.
BAV
1500 / 45 quadradinhos = 33 bpm.
DI e DII positivos = eixo cardíaco normal.
Defina ritmo, frequência e eixo neste ECG.
BAV.
72 bpm (12 QRS em DII longo x 6).
DI e DII positivos: eixo cardíaco normal.
De onde vem os “1500” usados para calcular frequência cardíaca?
25 (ms) x 60 segundos =
1500 quadradinhos em um minuto de registro eletrocardiográfico.
Como calcular frequência cardíaca em ECG com DII longo de paciente com frequência irregular?
Número de QRS no DII longo
x 6.
DII longo é registrado em 10 segundos.
Calcule a frequência cardíaca,
determine o eixo e
o ritmo cardíacos.
60 bpm.
Eixo cardíaco normal.
Ritmo sinusal.
Calcule a frequência cardíaca,
determine o eixo e
o ritmo cardíacos.
90 bpm.
Ritmo sinusal.
Eixo cardíaco à esquerda.
Calcule a frequência cardíaca.
88 bpm
(1500 / 17 quadradinhos).
Num ECG com diversas derivações isodifásicas, o eixo cardíaco será…
… indeterminado.
Quais os 9 Passos para interpretação do ECG?
- Identificação
- Padronização
- Ritmo e Frequência Cardíaca
- Onda P
- Intervalo PR
- Complexo QRS
- Segmento ST
- Onda T
- Intervalo QT
Como eu sei, vou repetir os 9 Passos:
- Identificação
- Padronização
- Ritmo e Frequência Cardíaca
- Onda P
- Intervalo PR
- Complexo QRS
- Segmento ST
- Onda T
- Intervalo QT
A que corresponde a onda P?
Despolarização dos átrios.
Qual a amplitude de uma onda P fisiológica no adulto?
Até 2,5 mV.
Ou, dois quadradinhos e meio = 2,5mm.
E lembre-se: amplitude em ECG é dada em voltagem.
Qual o tempo de uma onda P fisiológica?
Até 0,11 s.
Se tiver três quadradinhos, está alterada.
Qual átrio despolariza primeiro?
Esquerdo ou direito?
Direito.
Onda P com mais de 2,5 mm de amplitude sugere…
… sobrecarga atrial.
Quais são as três derivações inferiores?
DII
aVF
DIII
Qual o principal critério para diagnosticar sobrecarga de átrio direito?
Onda P > 2,5mm
nas derivações inferiores.
DII, DIII e aVF.
Por que as derivações inferiores são referência para diagnóstico de SAD?
Porque o vetor de despolarização do átrio direito aponta para baixo, para as inferiores.
SAE tende a aumentar a ________ (amplitude x duração) da onda P, enquanto a SAD tende a aumentar a ________ (amplitude x duração).
SAE tende a aumentar a duração da onda P, enquanto a SAD tende a aumentar a amplitude.
Em ambos os casos, se chegar a 3 quadradinhos, há sobrecarga.
Qual o principal critério diagnóstico de SAE e seu epônimo?
Fase negativa da onda P em V1 superior a 1mm² (amplitude x tempo).
Índice de Morris.
Outros dois critérios: onda P bífida e onda P ≥ 120ms.
Quais os três critérios diagnósticos de SAE?
- Índice de Morris;
- Onda P bífida; e
- Onda P com duração ≥ 120ms
FA, especialmente quando crônica, é sinal indireto de…
… SAE!
FA pode ser causa ou consequência de SAE.
“ECG é um método muito ________ (específico x sensível) e pouco ________ (específico x sensível) para detectar sobrecargas de câmaras.”
“ECG é um método muito específico e pouco sensível para detectar sobrecargas de câmaras.”
Se o ECG diz que tem sobrecarga, acerta em mais de 90% dos casos.
Se não diz que tem sobrecarga, a possibilidade não está excluída.
Paciente Jovem +
Dispneia +
SAE.
Pensar em…
… estenose mitral.
Investigar febre reumática!
Qual a diferença entre intervalo PR e segmento PR?
Intervalo PR começa no início da onda P e termina no início da onda Q (ou R, na ausência desta).
Segmento PR é apenas uma linha sem onda, como todo segmento.
Quanto tempo dura o intervalo PR?
120 ms a 200 ms.
De três a cinco quadradinhos.
Menor ou maior tempo: alterado.
Intervalo PR > 200ms em todos os batimentos é sugestivo de…
… bloqueio AV de primeiro grau.
Cite as cinco causas mais comuns de bloqueio AV de primeiro grau.
Intervalo PR > 200 ms.
- Endocardite;
- Medicações (beta-bloqueadores, antiarrítmicos);
- Doenças do sistema de condução (idosos, pacientes infartados, etc).
- Atletas de alto rendimento (> 8h de exercício intenso / semana);
- Febre reumática.
Por que endocardite pode ser a causa de aumento de intervalo PR e BAV de 1.º Grau?
Porque o sistema de condução contorna a valva mitral, podendo tocá-la quando distendida na doença valvar, especialmente quando formam-se abscessos.
A VM empurra o sistema de condução contra a valva tricúspide.
Endocardite +
PR longo (>200ms).
Pensar em…
… abscesso!
Com que frequência devo solicitar ECG em paciente com endocardite de valvas esquerdas?
Diariamente!
Qual a causa mais provável de intervalo PR curto, com menos de 120ms?
Condução elétrica por via acessória.
Intervalo PR < 120ms me sugere…
Nome da síndrome e seu epônimo mais famoso?
Síndrome de Pré- Excitação Ventricular.
Wolff- Parkinson- White.
Para ser síndrome tem que ter sinal (ECG) mais sintoma (palpitação, coração acelerado, síncope).
Cite 2 classes de medicamentos que demandam cautela se intervalo PR aumentado?
Beta-bloqueadores e
antiarrítmicos.
Qual a principal causa de aumento de amplitude de QRS?
Sobrecarga de VE.
Qual a diferença entre hipertrofia concêntrica e hipertrofia excêntrica?
Hipertrofia Concêntrica aumenta a parede ventricular.
Hipertrofia Excêntrica aumenta a cavidade ventricular.
É possível diagnosticar hipertrofia de ventrículo no ECG?
Não!
Esse diagnóstico é dado por exame de imagem.
Neste contexto, ECG fundamenta diagnóstico de sobrecarga, não de hipertrofia.
Qual o critério mais aceito para diagnóstico de SVE e qual a sua fórmula?
Critério de Sokolow- Lyon.
Fórmula:
R de V5 ou V6 +
S de V1
> 35 mm
Aplique Sokolow- Lyon e diagnostique se há ou não SVE neste ECG.
Não há sobrecarga de VE neste paciente.
R V5 + S V1 < 35mm.
Aplique Sokolow- Lyon e diagnostique se há ou não SVE neste ECG.
Há sobrecarga de VE neste paciente.
R V5 + S V1 > 35mm.
PS: confira ESPECIALMENTE a padronização de ECGs em diagnósticos que envolvam amplitude de onda.
Como diagnosticar de forma rápida SVE no ECG?
Além de aplicar Sokolow- Lyon?
Onda R em aVL > 10 mm.
Pra quê serve e quais os parâmetros do critério de Cornell?
O critério de Cornell é uma ferramenta diagnóstica importante de sobrecarga de VE.
São mais de 40 critérios, sendo Sokolow- Lyon o mais aceito.
SVE:
quais os três critérios mais utilizados e seus parâmetros?
-
Sokolow- Lyon:
R (V5 ou V6) + S (V1) > 35mm. -
Fórmula Rápida:
R (aVL) > 10mm. -
Critério de Cornell:
R (aVL) + S (V3) > 28 mm se homem;
R (aVL) + S (V3) > 20 mm se mulher.
Quais os quatro principais critérios diagnósticos de SVD?
- Desvio do eixo para direita.
- Desvio do eixo para frente (QRS positivo em V1).
- Ondas S em V5 e/ou V6 ≥ 7mm.
- Alterações de repolarização – strain de VD.
Cite 4 causas para hipertrofia ventricular direita.
Lembrando que ECG pode detectar sobrecarga, não hipertrofia.
- Hipertensão Pulmonar;
- Estenose de Valva Pulmonar;
- Doença Pulmonar Crônica (Restritiva ou Obstrutiva);
- Insuficiência Ventricular Direita (decorrente de isquemia por IAM, por exemplo).
Quais os critérios definidores de QRS de baixa voltagem?
< 5 mm no plano frontal
(DII, DII, DIII, aVR, aVL e aVF)
e / ou
< 10 mm no plano horizontal
(V1 a V6).
Cite três causas de QRS de baixa voltagem.
- Gordura;
- Pericardite;
- Derrame pleural.
Qualquer fator que distacie o miocardio dos eletrodos reduz voltagem.
Fibrose miocárdica, pneumotórax, mamas volumosas, DPOC, pneumopatias intersticiais, etc.
Numa mesma derivação tenho alternância de QRS, com duas morfologias.
Diagnóstico e causa provável?
Diagnóstico provável: Swinging Heart.
Causa provável: derrame pericárdico gerando tamponamento cardíaco.
Observe a baixa amplitude dos QRS.
Qual a duração normal de um QRS?
Inferior a 120 ms.
Tem que ser menor que 3 quadradinhos!
Qual o padrão deste QRS?
É o padrão clássico de qual tipo de bloqueio de ramo?
Padrão rSR’.
Clássico de BRD.
Qual a diferença na polaridade do QRS de V1 entre BRE e BRD?
O QRS (V1) é negativo no BRE e positivo no BRD.
Assim como na sobrecarga ventricular.
Há bloqueio de ramo?
Direito ou esquerdo?
Há BRD.
Há bloqueio de ramo?
Direito ou esquerdo?
Há BRE.
Em qual derivação diferencio bloqueio de ramo entre direito e esquerdo?
Como diferenciar?
V1.
Se QRS negativo, BRE.
Se QRS positivo, BRD.
O que investigar após diagnosticar um bloqueio de ramo?
Exemplos?
Cite pelo menos cinco exemplos.
Investigar cardiopatia estrutural.
Hipertrofia, sobrecarga, isquemia, fibrose, dilatação, valvulopatias, etc.
O ramo esquerdo se subdivide?
Se sim, em quais ramos?
Sim.
Ramo anterossuperior,
ramo póstero-lateral e
ramo medial.
Quais os três ramos derivados do ramo esquerdo, qual o mais frágil e por quê?
Os ramos são:
anterossuperior, póstero-lateral e medial.
O mais frágil é o anterossuperior.
É o mais frágil por ser o mais fino e por ser exposto a mais pressão das câmaras cardíacas.
O que é BDASE?
Bloqueio Divisional Antero Superior Esquerdo.
O que é BDASE e quando desconfiar dele no ECG?
É o bloqueio divisional antero superior esquerdo.
Devo desconfiar quando o eixo cardíaco estiver desviado para esquerda.
Nesse cenário, aVL vai estar positivo.
Qual critério para pensar em BDASE?
Considere DII e DIII.
Eixo desviado à esquerda
+
DII e DIII negativos
+
S (DIII) > S (DII).
Este ECG mostra BDASE?
Por quê?
Sim, mostra.
Porque QRS de DII e DIII são negativos e
S (DIII) > S (DII), com eixo desviado à esquerda.
BRD + BDASE me obrigam a investigar…
… doença de Chagas!
Desvio à esquerda e QRS positivo e alargado em V1 e S (DIII) > S (DII).
Qual é uma das principais causas de desvio de eixo cardíaco para esquerda?
BDASE!
Bloqueio Divisional Antero Superior Esquerdo!
O que é BDPI?
Bloqueio Divisional Póstero Inferior.
O que é BDPI e o que provoca no eixo cardíaco?
BDPI é o bloqueio divisional póstero inferior e desvia o eixo para esquerda.
Quais os critérios para BDPI?
Eixo à esquerda
+
Padrão qR em
DII, DIII e aVF (inferiores)
+
R (DIII) > R (DII) (assim como no BDASE).
As SCA costumam se apresentar em que segmento e que onda do ECG?
Segmento ST e onda T.
Qual o ponto de referência para traçarmos a linha de base do ECG?
O final do intervalo PR, imediatamente antes de começar o traçado do complexo QRS.
Identifique as ondas deste ECG e determine sua linha de base.
Infra de ST.
Como é dada a medida de um supra de ST?
A medida de um supra de ST é dada pela distância entre o final do intervalo PR (que é a referência para linha de base) e o ponto J (que marca o início do segmento ST).
No exemplo desta imagem, temos um supradesnivelamento do segmento ST de 6mm (6mm de distância ou 6mV de amplitude).
Cite cinco diagnósticos diferenciais para supra de ST.
- Pericardite;
- Aneurisma de VE;
- Hipercalemia;
- Embolia Pulmonar;
- Brugada;
- BRE;
- Hipertrofia de VE;
- Repolarização precoce;
- Síndrome de Takotsubo 💔;
- IAM.
O segmento ST equivale a que fase do potencial de ação?
Fase 2, gerando o mesmo platô.
Por que ocorre o registro do supra de ST na SCA?
Porque, na área sob isquemia, ocorre um menor influxo de sódio, mantendo a membrana mais positiva que as demais ao seu redor (que perderam sódio para o interior da célula).
Daí, o ECG registra essa maior positividade da membrana gerando um traçado positivo onde devia existir um platô de equilíbrio: a fase dois da despolarização.
Posso afirmar que IAM + supra de ST são sinônimos de cardiomiócitos morrendo?
SIM.
Morrendo, não mortos.
Paciente com dor torácica típica e supra de ST: espero ou não a troponina para tratar IAM?
NÃO ESPERO TROPONINA.
É ECG e trombólise / balão o mais rápido possível.
Defina tempo porta-balão.
É o tempo inferior a 120 minutos que determina uma angioplastia primária mais eficaz diante de um IAM.
Este perfil de concavidade de supra de ST está associado a que desfecho de evento eletrocardiográfico?
Desfecho benigno: supra por causas benignas.
Supra com concavidade para cima descarta IAM?
NÃO!
A fase hiperaguda do IAM pode cursar com supra de concavidade para cima!
Minutos depois, há inversão de concavidade.
Qual a primeira fase do IAM com supra, pré- reperfusão?
Quais as suas características principais, ao ECG?
Como é a onda T na fase hiperaguda do IAM com supra?
Apiculada.
Como é a concavidade do segmento ST da fase hiperaguda do IAM com supra?
Voltada para cima.
Qual a segunda fase do IAM com supra, pré- reperfusão?
Quais as suas características principais, ao ECG?
Quanto tempo depois do IAM com supra inicia a fase hiperaguda?
De segundos a minutos.
Quanto tempo depois do IAM com supra inicia a fase aguda?
Primeiras horas após a oclusão coronariana.
Como é a concavidade do intervalo ST de um IAM com supra na fase aguda?
Concavidade para baixo.
Que onda do complexo QRS surge na fase aguda do IAM com supra?
O que sua amplitude sugere?
Onda Q.
Quanto maior a amplitude, maior o dano miocardico.
O contrário acontece com a onda R: quanto menor a amplitude, menos músculo pra salvar na região lesada.
O que ocorre com a onda R no IAM com supra?
Reduz progressivamente de amplitude no tempo (fica menor a cada ECG).
Qual a terceira fase do IAM com supra, pré- reperfusão?
Quais as suas características principais, ao ECG?
Fase subaguda.
1. Supra de ST com concavidade para baixo.
- Forma-se o complexo QS (ausência de onda R).
- Onda T invertida.
Quanto tempo depois do IAM com supra inicia a fase subaguda?
Após 12h de oclusão coronariana.
Qual a quarta fase do IAM com supra, pré- reperfusão?
Quais as suas características principais, ao ECG?
Fase crônica ou cicatricial.
- Intervalo ST volta à linha de base;
- Permanece o complexo QS (sem onda R);
- Onda T invertida OU normal.
Em quanto tempo pós IAM com supra o paciente entra na fase crônica (ou cicatricial)?
Semanas após o IAM.
Supra de ST mantido após evento isquêmico sugere…
… aneurisma de VE.
O intervalo ST sempre volta à linha de base após o IAM?
Não.
Neste caso, pensar em aneurisma de VE.
Cite dois achados de IAM crônico neste ECG.
- Supra sustentado depois de 4 a 6 semanas de fechamento coronariano.
- Complexo QS, com ausência de onda R nas derivações de V1 a V4.
Quais fases do IAM se beneficiam de reperfusão coronariana?
Fases hiperaguda (segundos a minutos após IAM) e aguda (até 12h após o evento).
Quais os critérios diagnósticos de IAM?
Quadro clínico compatível e
supra de ponto J igual ou maior que 1mm
em pelo menos duas derivações contíguas.
V1 a V6.
DI com aVL;
DII com aVF;
DIII com aVF.
Correlacione as derivações frontais e precordiais com as áreas de IAM.
São cinco áreas.
DI e aVL- Lateral Alta
DII, DIII e aVF - Parede Inferior
V1 - Septal e VD.
V2, V3 e V4 - Parede Anterior
V5 e V6 - Lateral Baixa
Defina Sinal de Levine.
Punho cerrado sobre o precórdio.
Especificidade alta e sensibilidade baixa para isquemia miocárdica.
Variações: sinais da palma, do braço e do apontamento.
Este paciente está infartando?
Quais derivações e paredes acometidas?
Sim, há infarto.
DI e aVL - Parede Lateral Alta.
V2 a V5 - Septal / Anterior e Lateral Baixa.
Detalhe as áreas de infarto conforme o acometimento das derivações precordiais (de V4R a V8, pelo menos).
Qual a parede acometida neste infarto com supradesnivelamento de segmento ST?
DII, DIII e aVF =
infarto de parede inferior.
Qual a parede acometida neste infarto com supradesnivelamento de segmento ST?
DI e aVL = parede lateral alta.
Qual a parede acometida neste infarto com supradesnivelamento de segmento ST?
Infarto de parede inferior e lateral baixa (ou ínfero-lateral ou ínfero-lateral baixa).
Qual a parede acometida neste infarto com supradesnivelamento de segmento ST?
Parede anterior, lateral baixa e lateral alta.
Quando há acometimento de toda parede anterior (V2 a V6) mais DI e aVL no IAM, temos o chamado…
… infarto anterior extenso.
Qual a parede acometida neste infarto com supradesnivelamento de segmento ST?
Parede anterior + lateral baixa + lateral alta = infarto anterior extenso.
O que é imagem em espelho em ECG?
É a polarização oposta em derivações opostas que confirmam, por exemplo, um evento isquêmico (lembrando que há outras causas de supra de ST).
Neste exemplo, DI e aVL estão em supra, gerando imagem em espelho em DIII (e um pouco em aVF, que é contígua a DIII - ambas em infra).