Trauma 2 Flashcards

1
Q

Quando usar TC com contraste no trauma abdominal?

A

quando houver estabilidade hemodinamica, avalia retoperitonio

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2
Q

O que é o lavado peritoneal?

A

é um exame sensivel para encontrar sangue na cavidade, primeiro vc aspira e procura por sangue ou resto alimentares. Depois vc lava a cavidade e depois aspira novamente, procurando hemacias>100k, leuco > 500, amilase > 175 ou bile

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3
Q

O que é o FAST?

A

USG em 4 locais de analise
- hepatorrenal, esplenorrenal, subxifoidiano, supra-pubica
Tambem há o E FAST
- procura hemotorax ou pneumotorax

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4
Q

Quando usar videolaparoscopia?

A

exige estabilidade hemodinamica, preferencial para lesões penetrantes em transição toracoabdominal

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5
Q

Qual a indicação de laparotomia?

A
O abdome é cirurgico?
Trauma penetrante
- tem choque, peritonite ou evisceração?
Trauma contuso
- tem peritonite ou pneumoperitonio?

Se sim, fazer!

Se não for abd cirurgico

  • se for arma de fogo: maioria faz laparotomia
  • se for arma branca: fluxograma!
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6
Q

Qual o fluxograma de lesão por arma branca

A

É um abdome claramente cirurgico?
SIM: laparotomia
NÃO:
- exploração digital da ferida:
se não violou a cavidade peritoneal - alta com avaliação da antitetanica
se esta positiva ou duvidosa - observar em 24h com exame fisico e hemograma: se não alterar, alta
- se houver alteração (peritonite, instabilidade hemodinamica ou queda de hb/ leuco: fazer laparotomia e considerar TC

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7
Q

Qual o fluxograma para trauma contuso?

A

Quando não tem peritomnite ou pneumo peritonio
- analisar hemodinamica

se estavel - fazer TC de abdome com contraste (no geral fazer FAST antes) - avaliar grau da lesão para indicar cirurgia

se instavel - ver se é politrauma ou não

  • se não for politraumatizado (só tem lesão no ABD): Laparotomia
  • se for politrauma: fazer FAST ou lavado para provar que o sangramento está na barriga: aí laparotomia
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8
Q

Quando fazer conduta conservadora (não cirurgica)?

A

EXIGE:

  • não ter choque, peritonite (DB), evisceração nem pneumoperitonio
  • estabilidade hemodinamica
  • condições de observar/ intervir quando preciso
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9
Q

Lesões na transição toracoabdominal, o que fazer?

A

lesões entre linha intermamilar e rebordo costal e entre linha da ponta das escapulas e rebordo costal

CONDUTA:

  • laparoscopia se houver estabilidade hemodinamica
  • fazer laparotomia se TC mostrar lesão diafragmatica
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10
Q

Lesão de Baço, como identificar, qual a conduta?

A
  • Quadro clinico: sinal de kehr - dor referida em ombro
  • Na criança é o orgao mais acometido no trauma contuso
  • lesão em 10 ou 9 costela pensar em trauma esplenico
  • TC quando paciente estavel é a opção de escolha, se instável avaliar pelo FAST

CONDUTA CIRURGICA

  • TC com lesões graus IV - V (IV - desvascularização do baço > 25%, V - baço pulverizado)
  • complicação pode ser fístula pancreatica

TNO

  • para pacientes estaveis em centros com disponibilidade de operar a qualquer momento
  • paciente fica em observação
  • arteriografia e angioembolização quando:
  • usados em graus IV e V (mesmo sem blush)
  • Blush
  • crianças - sempre propor em paciente estavel, não precisa fazer art + angioemb necessariamente quando criança tem blush
  • complicado indicar em paciente com TCE, pois deve manter PAS mais baixa, o que pode ser perigoso para a perfusão cerebral

CIRURGIAS

  • rafia ou esplenectomia parcial/ total
  • geralmente feito a total, pois é mais rápida e não corre risco de ressangramento
  • se pressão e frequencia boa posso fazer laparoscopia
  • dreno se houver lesão de cauda de pancreas
  • feito em pacientes instáveis, independente do grau da lesão ou estavel em hospital sem UTI ou equipe de radiointervenção

SE retirar baço,
vacinar contra pneumo, haemophilus e meningococo 14 dias após

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11
Q

Lesão de fígado, quando operar?

A

CONDUTA CONSERVADORA (mais feito)

  • SÓ com estabilidade hemodinamica
  • E/OU controlou sangramento com angioembolização

CONDUTA CIRURGICA
- instabilidade hemodinamica ou TC com lesão grau VI: avulsão hepatica

CIRURGIAS

  • lesões simples: compressão, hemostaticos simples, rafia
  • lesões complexas: fazer ressecção segmentar

se o sangramento for difuso e não estiver cessando, fazer manobra de PRINGLE: clampeamento do ligamento hepatoduodenal (coledoco, a. hepatica, v. porta)

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12
Q

laceração duodenal, quadro clinico e conduta

A

QUADRO CLINICO

  • retropneumoperitonio: escoliose antalgica, dor lombar irradiando ate escroto, crepitação ao toque retal
  • em imagem: ar delineando rins

conduta é laparotomia

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13
Q

contusão duodenal, qual o quadro clinico e conduta

A

QUADRO CLINICO
- hematoma da parede duodenal, obstrução gastrica com nausea e vomitos

  • em imagem: fazer tc

CONDUTA:
- nutrição parenteral total em ate duas semanas, se não melhorar é laparotomia

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14
Q

lesão no pancreas

A

CONDUTA:
1) se nao tem lesão no ducto - reparo mais drenagem

2) se tem lesão no ducto principal:
a - se lesão em corpo e cauda: pancreatectomia distal + drenagem
b - se lesão na cabeça: drenagem e reparo se simples; duodenopancreatectomia + drenagem se grave/ junto com duodeno

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15
Q

trauma de Instestino delgado, quadro clinico e conduta

A

QUADRO CLINICO
- sinal do cinto de segurança

CIRURGIAS:

1) rafia primaria se tiver < 50% de lesão na circunferencia
2) ressecção + anasatomose se > 50% de lesao na alca

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16
Q

trauma de intestino grosso, local mais comum e cirurgias

A

local mais comum é no transverso

cirurgias:
1 e 2 igual intestino delgado
3) fazer 2 + colostomia para proteger sutura quando instabilidade hemodinamica

OBS: se for lesão de reto sempre fazer colostomia de proteção

  • se empalamento, primeiro sedar e tentar retirar, se não resolver anestesiar e tentar retirar, se nao resolver ou faltar pedaçõ operar
17
Q

Trauma de uretra, qual o quadro clinico, como investigar, quais as porção e seus mecanismos de lesão e conduta

A

mais comum em homens

uretra posterior (prostatico, membranoso)
- mais em fraturas e luxações de pelve

uretra anterior

  • (bulbar) queda a cavaleiro
  • (peniana) trauma penetrante, mordedura, fratura de corpos cavernosos no sexo

QUADRO CLINICO

  • sangue no meato/ intoito vaginal
  • uretrorragia
  • equimose perineal e de bolsa escrotal
  • bexigoma
  • fratura INSTAVEL de pelve

INVESTIGAÇÃO
- uretrografia retrógrada

CONDUTA

  • NAO passar cateter
  • cistostomia
18
Q

trauma de bexiga, quais os mecanismos de lesao, quadro clinico, conduta

A
ANATOMIA
- intraperitoneal
aumento subito da pressão intra abd (batida de carro com bexiga cheia)
- extraperitoneal
fratura e luxação de pelve

QUADRO CLINICO

  • hematuria macroscopica
  • dor e distensao abd “bexigoma”
  • incapacidade de urinar
  • fratura de pelve

INVESTIGAÇÃO
- cistografia retrograda (diferencia intra de extra peritoneal)

CONDUTA

  • intraperitoneal ou lesões do colo vesical/ fragmentos osseos ou aprisionamento da parede - LAPAROTOMIA COM RAFIA DE LESÃO
  • extraperitoneal - CATETERISMO VESICAL POR 14 DIAS
19
Q

hematoma retroperitoneal, quais as zonas e quais as condutas quando trauma contuso e penetrante

A

zona 1

  • aorta e cava
  • contuso: explorar

zona 2

  • rins e adrenais
  • contuso: não explorar (exceto expandindo)

zona 3

  • vasculatura pélvica
  • contuso: não explorar (exceto expandindo ou exsanguinando

PENETRANTE
- NÃO IMPORTA A ZONA, sempre explorar

20
Q

Síndrome compartimental abdominal, quando ocorre e quais as consequencias e qual as condutas

A

pressão abd normal: 5 a 7 mmhg
graus de hipertensão abd:
- sd compartimental abdominal só ocorre em grau III ou IV (> ou = a 21 mmhg) + lesão de órgaos

CONSEQUENCIAS

  • DIMINUI:
  • debito cardiaco e retorno venoso
  • complacencia pulmonar
  • fluxo sanguineo visceral
  • filtração glomerular
  • AUMENTA
  • FC e PVC
  • pressão de A pulmonar
  • pressão intrapleural
  • resistencia vascular sistemica

CONDUTA
- GRAU III (PIA 21-25)
* posição supina
* reposição volemica cuidadosa
* drenagem de coleções intra abd, paracentese
OBS: se não melhorar ou abd tenso ou insuf resp ou TCE grave ou aumento de PIc - DESCOMPRESSÃO

  • GRAU IV ( >25)
  • DESCOMPRESSÃO

OBS: quando faz descompressão, coloca bolsa de bogotá

21
Q

qual a triade mortal? Como é a cirurgia para controle de danos?

A

hipotermia, coagulopatia e acidose

cirurgia inicial breve, reanimação em UTI, reoperação planejada

22
Q

Lesão de face e pescoço, quais as zonas?

A

zona 3 é da boca, 2 do inicio do maxilar até clavicula, 1 é clavicula até furcula

23
Q

quais as indicações de cirurgia do pescoço no trauma?

A

SINAIS VASCULARES
- choque, hematoma em expansão, queda de pulso carotideo

TRATO AERO-DIGESTIVO
- enfisema subcut, disfagia, odinofagia, estridor e rouquidao

NEUROLÓGICO
- deficits lateralizados, alteração de consciencia, lesão do plexo braquial

24
Q

quais as classificações de Le Fort para fraturas de face?

A

tipo 1 - cai os dentes e gengiva de cima, tipo 2 cai desde base de nariz, tipo 3 cai ossos do olho

25
Q

Qual as pontuações de GL456OW?

O que é o glasgow P

A
3 a 15
ABERTURA OCULAR
- espontanea 4
- aos sons
- com pressão
- ausente

MELHOR RESPOSTA VERBAL

  • orientada 5
  • confusa
  • palavras
  • sons
  • ausente

MELJHOR RESPOSTA MOTORA

  • obedece comando 6
  • localiza coisas
  • flexao normal
  • flexao anormal
  • extensão
  • ausente

Glasgow P - vc faz o normal e subtrai pontos pela resposta pupilar - uma nao reativa tira 1, duas tira 2

26
Q

diferencie choque neurogenico de choque medular

A

choque neurogenico
- é hemodinamico: cai PA, cai FC e vasodilata, tudo por lesão medular (centro de controle, que aumentaria tais parametros no trauma, fica lesado)

choque medular
- é neurologico: flacidez e arreflexia

OBS: ambos são lesões medulares

27
Q

fratura de base de cranio, quais os sinais?

A

sinal de battle (equimose atras da orelha)
sinal do guaxinim (equimose em ambos lados)
hemotimpano
rinorreia e otorreia

NUNCA FAZ INTUBAÇÃO NASO OU PASSAR CATETER NASO GASTRICO

28
Q

Quais os mecanismos de lesões cerebrais difusas e de focais

A

LESÃO CEREBRAL DIFUSA

  • concussão cerebral
  • lesao axonal difusa

LESÃO CEREBRAL FOCAL

  • hematoma sub dural
  • hematoma extra dural
29
Q

Qual a fisiopato, definição e clinica da concussão e da LAD

A

CONCUSSÃO

  • Fisiopato
  • desaceleração subita com lesão de golpe e contragolpe
  • Definição
  • perda temporaria de função neurologica
  • Clínica
  • perda de consciencia < 6h
  • amnésia, confusão, convulsão

LAD

  • Fisiopato
  • desaceleração + cisalhamento
  • Denifição
  • perde imediata e duradoura da consciencia
  • Clínica
  • coma > 6h
  • glasgow baixo + TC “inocente”
30
Q

TC na concussão cerebral, quando fazer?

A
  • se glasgow < 15 após 2h
  • se fratura de cranio
  • se 2 ou mais episodios
  • se > 65 anos
  • se amnesia > 30 min
  • se mecanismo perigoso : ejeção de veiculo, atropelamento, queda > 1m
31
Q

Qual a anatomia do cranio

A
  • calota craniana
  • espaço epi/ extradural - artéria meningea
  • DURA MATER
  • espaço sub dural - veias ponte
  • ARACNÓIDE
  • espaço subaracnoideo - lícor
  • PIA MATER
32
Q

Qual a frequencia, vaso lesado, fator de risco, clínica, como é a TC e qual a indicação cirurgica quando temos um hematoma subdural e um extra/epidural?

A

SUBDURAL

  • Frequencia
  • mais comum
  • Vaso
  • veias ponte
  • FA
  • atrofia cortical (idosos, alcoolotras)
  • Clínica
  • progressiva
  • TC
  • imagem hiperdensa, em forma de CRESCENTE

EXTRA/ EPIDURAL

  • Frequencia
  • mais raro
  • Vaso
  • artéria meníngea média
  • FA
  • trauma grave/ fratura no osso temporal (trauma de lado da cabeça)
  • Clínica
  • história de intervalo lúcido (~60%)
  • TC
  • imagem hiperdensa, em forma BICONVEXA

CIRURGIA: quando desvio da linha média > ou igual a 5 mm em ambas

OBS: ainda temos hematoma subaracnoideo quando sangue permear estruturas cerebrais e intraparenquimatoso

33
Q

Quais os parametros para estabilidade hemodinamica?

A

Adultos

  • PAS < 90 e/ou FC < 120
  • PAS > 90 com drogas vasoativas
  • base excess < -5mmol/L
  • shock index > 1 (razao de PAS/FC)
  • transfusão 4 - 6 CH em 242h
34
Q

Quais as contraindicações de laparoscopia no trauma?

A
  • TCE
  • instabilidade hemodinamica

Pois não aguenta pneumoperitonio

35
Q

Como é a profilaxia de eventos tromboembólicos?

A

transição para eventos de hipercoagulabilidade em traumas em até 48h
deve entrar como profilaxia medicamentosa