Trauma Flashcards
Como fazer o atendimento primário ao trauma?
- Garantir a segurança da cena;
- A: coluna cervical (colar+prancha+coxins) e via aérea ( fonação preservada? );
- B: respiração ( fornecer oxigênio para todos, via aérea artificial se via não pérvia: apneia, proteger VA, oximetria não aumenta com máscara e ECG < 9) (exame físico e oximetria)
- IOT, máscara laríngea, crico por punção ou cirúrgica e traqueo;
- C: circulação ( hipotensão : choque hemorrágico. Controlar hemorragia (compressão, torniquete se extremidades e compressão não controlar). Dois acessos venosos periféricos (1 L e avaliar). Avaliar resposta: PA e DU ( não sondar sem afastar lesão de uretra se clínica indica). estimativa de perda volêmica: classes I - IV;
- D: neurológico (ECG e pupilas);
- E: exposição e controle da hipotermia.
Distribuição trimodal das mortes:
1: imediata, por lacerações (SNC, coração, aorta e grandes vasos). Só pode ser reduzida com prevenção;
2: precoce (minutos a horas). Hipovolemia, hematoma subdural, hemopneumotórax, ruptura de baço, laceração de fígado e fraturas pélvicas. Pode ser reduzida por agilidade no atendimento inicial;
3: tardia (dias a semanas), por sepse ou insuficiência orgânica.
Tipos de vias aéreas artificiais:
Definitivas (protetoras): balonete insuflado na traqueia:
- IOT;
- Intubação nasotraqueal;
- Cricotireostomia cirúrgica;
- Traqueostomia (mais eletiva);
Temporárias (não protetoras):
- Cricotireostomia por punção;
- Máscara laríngea;
- Comitubo.
Sequência da via aérea no paciente traumatizado:
- Em todo, fornecer oxigênio suplementar por cânula nasal;
- Se ECG em 12: máscara de Venturi;
- Se 9-12: cânula orofaríngea ou de Gedel (não girar em pré-escolares);
- Indicações de via aérea artificial: apneia, proteger a VA, oximetria não responde à máscara ou ECG menor ou igual a 8. Sequência: IOT - Máscara laríngea ou comitubo - Crico cx ou por punção( crianças) - Traqueostomia. Fazer Int. Nasotraqueal se fratura cervical.
Após dar 1 L no paciente traumatizado, o que avaliar?
- PA: hipotensão permissiva (sistólica de pelo menos 90, exceto em traumas cranianos);
- Diurese: passar sonda ( CUIDADO: sangue em meato uretral, retenção urinária, hematoma perineal e fratura de pelve é necessário imagem para avaliar lesão de uretra): 50 ml/hr.
Pontos de destaque no atendimento pré-hospitalar:
- Garantir a segurança da cena;
- Estabilizar a cervical enquanto liga para atendimento (SAMU 192);
- Compreender a cinemática do trauma;
- Extricar a vítima com a ajuda dos outros socorristas.
Em casos de fraturas extensas de face, edema de glote, queimadura de via aérea ou obstrução de via aérea superior, procedor com cricotireoidostomia por punção (via aérea temporária) ou cirúrgica (via aérea definitiva). No caso de crianças menores de 12 anos, qual a indicação e por que?
Em crianças, a cricotireoidostomia cirúrgica é contraindicada, devendo proceder com a crico por punção ou traqueostomia.
O que é o ‘‘X’’ do XABCDE?
Controle de sangramentos externos graves ou excruciantes.
4 Ps de avaliar da circulação:
Pulso (determinar a classe de sangramento)
Pressão arterial (‘’)
Pele (pegajosa e fria? REMIT)
Perfusão (tempo de enchimento capilar)
Quais as lesões que podem ser indicadas no exame físico e que são potencialmente fatais? Quais os achados?
- Pneumotórax: hipertensivo (proceder punção de alívio ou dreno se ambiente hospitalar) ou aberto (proceder com curativa de 3 pontas). Clínica: dispneia ou dor pleurítica, MV abolido ipsilateralmente, hipertimpanismo na região e jugular distendida.
- Hemotórax maciço: proceder com dreno de tórax. Dispneia ou dor pleurítica, MV abolido ipsilateralmente, síncope, macicez na percussão e jugular colabada.
- Tamponamento cardíaco: proceder com pericaridocentese. Síncope ou hipotensão, dispneia, hipofonese de bulhas e jugular túrgida.
- Tórax instável com contusão pulmonar.
A passagem de uma sonda vesical é de fundamental importância para avaliar diurese e, com isso, avaliar a perfusão orgânica do paciente vítima. No entanto, esse procedimento pode ser perigoso em alguns casos suspeitos de lesão do trato urinária. Quais são esses achados? Qual a conduta tomada nesses casos?
- Sangue no meato uretral;
- Retenção urinária;
- Hematoma perineal;
- Fratura de pelve;
- Conduta: proceder com uretrocistografia retrógrada para avaliar as vias e, se não apresentar lesões na imagem, proceder com sonda.
Quais exames coletar ao passar o acesso no paciente traumatizado?
- Tipo sanguíneo, beta-hCG, gaso venosa, glicemia e eletrólitos.
Conduta de vias aéreas baseado no Glasgow:
- Em todos, cânula nasal 5-7 L/min;
- ECG em queda (12, por exemplo): máscara de Venturi;
- ECG caindo mais (9-11 ou pré-hospitalar antes de intubar): Cânula de Guedel (orofaríngea): medir o tamanho pelo lobo da orelha -> comissura labial e não girar em crianças abaixo de 6 anos;
- ECG <9: IOT.
Fases do atendimento ao paciente traumatizado
PRÉ-HOSPITALAR:
- Resgate;
- Avaliação inicial: conjunto de medidas padronizadas e eficazes para estabilizar e transportar vítimas de trauma grave até o hospital;
INTER-HOSPITALAR
- Transporte;
HOSPITALAR
- Preparação: destinar área conveniente, avaliar disponibilidade de equipamentos primordiais para o atendimento, ter acesso aos cristalóides, manter alertas o laboratório e os serviços de imagem;
- Triagem: em situações normais, os mais graves primeiro. Em situações de excesso de demanda, os com maiores chances de sobrevida primeiro;
- Exame primário: ABCDE;
- Reanimação: garantir via aérea (de preferência definitiva), se necessário realizar dreno de tórax, garantir 2 acessos calibrosos (de preferência, periféricos), sondas: gástrica e vesical (na ausência de sinais de lesão nas vias urinárias);
- Exame secundário: Raio X (cervical, tórax e pelve), LPD ou FAST, TC, laboratório (glicemia, gaso venosa, tipagem sanguínea, eletrólitos e beta-hCG), recolher história e realizar exame físico completo;
- Monitorização e reavaliação contínuas: sinais vitais, débito urinário, exame físico e laboratoriais para acompanhamento do paciente;
- Tratamento definitivo.