toxoplasmose Flashcards
agente etiológico
Toxoplasma gondii (protozoário)
Transmissão vertical
Ao adquirir a infecção primária, a mãe infecta o seu feto em 17-65% das vezes pela via transplacentária. Quanto mais precoce a idade gestacional,menor é a probabilidade de transmissão, porém mais grave é a infecção.
Prevalência
3-20 / 10.000 NV
Brasil: 50 a 80% das gestantes e mulheres em idade fértil já foram infectadas, 4 a 5 % com risco e infecção na gestação
Etiopatogenia
Depois de replicar-se ativamente na placenta, a
parasitemia atinge praticamente todos os sistemas orgânicos do feto, com exceção da hemácia.
Os locais mais acometidos são as túnicas oculares
e o SNC.
Clínica nas Gestantes
A grávida pode ser assintomática ou apresentar
sinais inespecíficos como febre, mialgia, linfadenopatia,
odinofagia, exantema maculopapular
e hepatoesplenomegalia
Clínica Recém-nascido
Cerca de 80 a 90% dos RN infectados são assintomáticos. Hepatoesplenomegalia, icterícia, Febre, Catarata, convulsão, Linfadenomegalia, Rash maculopapular, Prematuridade, Retardo de crescimento e Anemia
Clínica Recém-nascido generalizada
A tétrade de Sabin é caracterizada por coriorretinite, calcificações intracranianas difusas, hidrocefalia ou microcefalia e retardo mental. Mais comum na infecção
em fases mais tardias da gestação.
Sequela de uma infecção não tratada
coriorretinite: 85% e anormalidades neurológicas: 50%
Diagnóstico GESTANTES
triagem sorológica
Investigação de Doença Fetal
USG fetal: sinais sugestivos de infecção fetal são: alargamento dos ventrículos cerebrais, calcificações intracranianas, calcificações de plexo coroide, aumento da espessura da placenta, ascite e hepatoesplenomegalia.
Líquido amniótico: PCR
Cordocentese: PCR, IgM para TOXO Plaquetopenia
Investigação de Doença no RN
RN com suspeita de infecção congênita: Sorologia, Hemograma, fundoscopia e USG transfontanela
RN com toxo confirmada: LCR: celularidade e bioquímica; USG ou TC crânio e função hepática
Achados em exames de imagens
Raio x de crânio: calcificações disseminadas ou periventriculares
USG e TC de crânio: hidrocefalia, atrofia cortical ou áreas sugestivas necrose
- calcificações intracranianas.
Comprovação da Infecção congênita
Aumento nos títulos de IgG durante os primeiros 12 meses de vida, c/ ou s/ sinais clínicos clássicos de toxoplasmose
Persistência de positividade de IgG após 12 meses de vida, c/ ou s/ sinais clínicos clássicos de toxoplasmose
IgM positiva ou IgA nos primeiros 6 meses de vida
Tratamento - objetivos
tratar a toxoplasmose aguda materna visando evitar a infecção fetal ou iniciar precocemente o tratamento de um feto infectado
- Duração 1 ano se RN com diagnóstico confirmado, independente da presença de sintomas
- Diagnóstico duvidoso fazer 1 mês até repetir sorologias
- Observar icterícia durante tratamento
Tratamento
Sulfadiazina: 100 mg/Kg/dia ÷ 2x/dia
Pirimetamina: 2 mg/Kg/dia por 2 dias (max. 25mg)
A seguir utilizar 1 mg/Kg/dia por 6 meses
A partir 6ºmês: 1mg/K/dia 3x/ semana
Ácido folínico: 5 mg, 3x/semana, indicado durante uso da pirimetamina (toxidade medular)
Prednisona ou prednisolona: 1 mg/Kg/dia ÷ 2x/dia
-Coriorretinite em atividade c/ risco de perda visual e/ou proteinorraquia > 1g/dl
-Manter até resolução da hiperproteinorraquia ou da coriorretinite