Sífilis - HIV Flashcards
taxa de transmissão vertical de HIV no Brasil
7,5% entre 2003 e 2004. A maior parte dos casos de transmissão vertical do HIV ocorre durante o trabalho de parto (75%)
Principais fatores associados à transmissão
vertical do HIV
A carga viral elevada e a ruptura prolongada das
membranas amnióticas
Parto vaginal em soropositivas
Gestante em TARV adequada com CV indetectável sustentada, e caso não haja indicação de cesárea por outro motivo.
Parto cesárea em soropositivas
Gestantes com CV desconhecida ou CV > 1.000 cópias/ml após 34 semanas de gestação, marcar cesárea eletiva na 38ª semana.Sempre que
possível, proceder ao parto empelicado
cuidados perinatais
Não realizar ordenha do cordão umbilical, clampeando-o imediatamente após o nascimento. Usar antibiótico profilático (cefalotina ou cefazolina), na cesárea eletiva ou de urgência. AZT (Zidovudina) injetável durante o trabalho de parto, exceto se a gestantes apresentar CV indetectável após a 34 semanas de gestação.
AZT - doses
-> 35 semanas de IG: 4 mg/kg/dose 12/12h.
-30-35 semanas de IG: 2 mg/kg/dose 12/12h
.(primeiros 14 dias) e 3 mg/kg/dose 12/12h (a
partir do 15º dia).
-< 30 semanas: 2 mg/kg/dose 12/12h.
.Todos os neonatos filhos de gestantes HIV+,
iniciado até as primeiras quatro horas de vida
(sala de parto) e mantido até as primeiras quatro
semanas de vida
Nevirapina
Três doses: 1ª dose (até 48 horas de vida); 2ª
dose (48 horas após a primeira); 3ª dose (96
horas após a segunda).
PROFILAXIA PRIMÁRIA CONTRA
Pneumocystis jiroveci
Todo lactente exposto verticalmente ao HIV após quatro a seis semanas do nascimento até quatro meses.
Quando suspender? Após duas cargas virais.
negativas, geralmente após os quatro meses
de vida.
Como fazer? SMX-TMP 750 mg (SMX)/m2/dia 12/12h, às 2ª, 4ª e 6ª feiras.
sífilis - transmissão
A transmissão do agente se dá através da via
transplacentária ou através da contaminação do
bebê durante sua saída pelo canal de parto. As
mães nas fases primária e secundária da doença
apresentam risco de transmissão vertical de 70
a 100% dos casos, taxa que se reduz para 30%
nas fases tardias
Sífilis - epidemiologia
Cerca de 1,6% das gestantes brasileiras têm
VDRL positivo. No Brasil a incidência de sífilis congênita seja de um caso para 1.000 nascidos vivos.
Sífilis - Classificação
A sífilis congênita é dividida em precoce, quando
as manifestações clínicas ocorrem após o
nascimento até os dois primeiros anos de vida,
e tardia, quando os sinais e sintomas ocorrem
a partir dos dois anos de vida em diante.
Sífilis Congênita Precoce - principais achados clínicos
Hepatomegalia e esplenomegalia estão presentes na maioria dos casos. Lesões Cutaneomucosas: pênfigo palmoplantar, sifílides, condilomas planos e rinite
Lesões Ósseas: manifestações mais frequentes da SC. Acometimento, simétrico, localizado em ossos longos, autolimitadas, curando-se com ou sem tratamento. osteocondrite metafisária (sinal radiológico), sinal de Wimberger visto na radiografia, caracteriza-se por uma rarefação localizada na margem superior interna da tíbia bilateralmente. Lesões nervosas, meningite. Lesões oculares, coriorretinite, com o fundo de olho apresentando um aspecto de“sal e pimenta
Sífilis Congênita Tardia
Sequelas da periostite na fase aguda: bossa frontal (fronte olímpica), espessamento da junção esternoclavicular (Sinal de Higoumenáki), arqueamento da porção média da tíbia (Tíbia em Sabre). Maxilar curto; Nariz em sela, Articulação de Clutton, Hidrocefalia.
Retardo mental
TESTES NÃO TREPONÊMICOS
VLDR: devemos lembrar que este teste tem reatividade observada para as duas imunoglobulinas IgG e IgM. Dessa forma, um teste não treponêmico positivo no RN não indica necessariamente infecção congênita, uma vez que a IgG materna ultrapassa a placenta
TESTES TREPONÊMICOS
São úteis para confirmação diagnóstica quando um teste não treponêmico for positivo. Estes testes não são recomendados no RN e devem ser realizados apenas após 18 meses, quando os anticorpos adqui
ridos de forma passiva através da placenta não são mais detectáveis
Diagnóstico
Pesquisa direta. Na presença de VDRL reagente, recomenda-se a realização de teste treponêmico confirmatório
Avaliação complementar do neonato com
suspeita de sífilis congênita
VDRL de sangue periférico (e NÃO de cordão
umbilical) Radiografia de ossos longos (metáfises e.diáfises de tíbia, fêmur e úmero) Líquido cefalorraquidiano (VDRL, celularidade e proteinorraquia)
Hemograma
.
Tratamento
Penicilina Cristalina: 50.000 U/kg/dose, IV por dez dias, de 12/12 horas na primeira semana e de 8/8 horas após a primeira semana.
Penicilina Procaína: 50.000 U/kg/dia, IM em dose única diária, por dez dias.
Sífilis Congênita Tardia: Penicilina Cristalina:
50.000U/kg/dose, IV, de 4/4 horas ou penicilina procaína: 50.000 UI/kg/dose, IM de 12/12h.
Critérios de Cura
A melhora clínica, radiológica e laboratorial
constituem critérios de cura.
Profilaxia
A profilaxia consiste no tratamento adequado
das mães sifilíticas. A penicilina benzatina é
empregada de acordo com o estágio da sífilis
Seguimento da sífilis na gestação
Gestantes infectadas após tratamento deverão
realizar testes não treponêmicos MENSALMENTE.
CURA: queda de dois ou mais títulos (1:32
para 1:8) ou negativação após seis meses.