Tireoide Flashcards
Hipotireoidismo primário
- Definião
- Etiologias: anticorpos, procedimentos e medicamentos
- Exames de seguimento clínico
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- TSH elevado
- T4 supresso
Etiologias
- Autoimune-HASHIMOTO (principal): produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO) destruindo o tecido tireoidiano
- Iatrogenia: tireoidectomia, radioterapia ou tratamento com iodo radioativo
- Drogas: Metimazol ou propiltiouracil (usadas no hipertireoidismo), carbonato de lítio, amiodarona
- O seguimento clínico da tireoidite de hipotireoidismo inclui apenas a dosagem de TSH, não há necessidade de Anti-TG ou Anti-TPO novamente.
Hipotireoidismo secundário e terciário
Diferenciar
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Secundário: deficiência de TSH, geralmente associado a qualquer condição de saúde que leve ao hipopituitarismo
- Terciário: deficiência de TRH, geralmente devido a distúrbios hipotalâmicos ou no fluxo sanguíneo porta hipotálamo-hipofisário
Nódulo tireoidiano
- Investigação inicial: exames
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
Solicitar TSH
- TSH supresso: nódulo quente, maior captação de iodo, hiperfuncionamento da tireoide. Maioria não é cancerígena e pode ser tratado com medicamentos ou cirurgia, caso suspeito, solicitar cintilografia
- TSH normal: nódulo frio,não captam iodo radioativo, não influencia funcionamento da glândula, mas podem ser indicativos de câncer dependendo de suas características, solicitar USG nesses casos
Nódulo tireoidiano
- Conduta após solicitar TSH
- Características suspeitas de câncer
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Caso TSH baixo, fazer teste com iodo radioativo( cintilografia ), se hiperfuncionante, raramente é maligno
- Todaxia, se houver exclusão de Hipertireoidismo e Hashimoto, SOLICITAR USG
- USG é bom para definir tamanho, mas não para definir malignidade, verificar critérios abaixo
Caracterísiticas suspeitas de neoplasia em um nódulo frio:
- USG: contornos irregulares, microcalcificações, maior vascularização interna ou halo incompleto, hipoecogenicidade
- Nódulos maiores
- Rouquidão, disfagia, odinofagia
- Indivíduos mais velhos ou com histórico pessoal ou familiar de câncer de tireóide
Em caso de suspeita, realizar Biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF), porém, apenas se o nódulo for maior que 1cm
Tireoglobulina (TG)
Função e quando dosar?
- Proteína produzida pelas células foliculares da tireoide, ela age como reservatório para T3 e T4, fornecendo-os tirosina para sua síntese, também atua como transportadora de T3 e T4 na corrente sanguínea para os tecidos-alvo
- Dosagem periódica: indicada em seguimento e pós-tratamento de câncer de tireoide papilífero e folicular, junto com USG a cada 6 meses
- Se TG elevada, pode indicar reincidiva do câncer, realizar cintilografia de tireoide para confirmar
O que é o T3 reverso?
- Metabólito inativo da Tiroxina (T4)
- Reservado para investigação de condições mais raras, como:
- Hipotireoidismo de consumo (Excesso de desiodadse tipo 3-Enzima que metaboliza T4 para reverter T3, e converte T3 em T2- forma inativa do hormônio)
- Distinguir hipotireoidismo central de doenças não tireoidianas em pacientes hospitalizados em estado crítico
Tireoide
T3
Explique sua síntese
- A triiodotironina (T3) é formada a partir da conversão de T4 pelos tecidos periféricos e representa o hormônio tireoidiano ativo
O que é a classificação de CHAMMAS?
- Classificação que visa categorizar os resultados de biópsias de nódulos tireoidianos, geralmente pela PAFF. Ajudam na padronização do risco de malignidade.
- Categoria I (negativo): Amostra insatisfatória
- Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
- Categoria III (indeterminado): Presença de células com características suspeitas, mas sem confirmação de malignidade.
- Categoria IV (suspeito): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
- Categoria V (maligno): Presença de células malignas.
O que é a classificação de Bethesda?
A classificação de Bethesda é uma classificação histológica internacionalmente reconhecida, desenvolvida pelo Sistema de Relatórios de Bethesda para Citopatologia da Tireoide. Essa classificação é mais detalhada e divide os resultados da PAAF em seis categorias:
- Categoria I (não diagnóstico ou insatisfatório): A amostra não é suficiente para um diagnóstico conclusivo.
- Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
- Categoria III (atipia de significado indeterminado ou lesão folicular): Presença de células com características atípicas, mas sem confirmação de malignidade.
- Categoria IV (neoplasia folicular suspeita ou lesão folicular): Presença de células suspeitas de neoplasia folicular.
- Categoria V (suspeito de malignidade): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
-
Categoria VI (maligno): Presença de células malignas.
A classificação de Bethesda é mais abrangente que a CHAMMAS e fornece orientações adicionais para a conduta clínica com base nos resultados citológicos.
Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa
Quadro clínico
Etiologia e quadro clínico
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
QUADRO CLÍNICO (Sintomas de Tireotoxicose)
- Febre
- Dor cervical(principal causa de cerviacalgia nas tireoidopatias)
- Fadiga, mal-estar e mialgia
- Tireoide aumentada moderadamente e simetricamente
- Palpação dolorosa difusa da tireoide
- Fase dolorosa inicial com tireotoxicose->Eutireoidismo->Hipotireoidismo->Eutireoidismo
- Captação de iodo radioativo (RAIU)< 1%
Tireoidite Supurativa
- Exames diagnósticos
- Tratamento
Contexto geral
EXAMES
- Leucocitose
- VHS aumentado (mas não tanto quanto na tireoidite subaguda) NÃO ULTRAPASSA 50
- SEM ALTERAÇÃO NO T3/T4
- USG com abscesso, aréa anecóicas que correspondem a coleção de pus (diferente da tireoideite subaguda, que mostra heterogeneidade difusa e fluxo vascular de baixa intensidade)
TRATAMENTO
- Drenagem percutânea do abscesso
- ATB EV
Tireoidite Supurativa
- Agente e fatpres de risco
- Quadro clínico
Contexto geral
- Infecção direta da tireóide, podendo até formar abscessos
- Causada tanto por Gram + (S.AUREUS) quanto - que chegam por via hematogênica na tireoide, geralmente por imunocomprometimento ou fístulas, como a fístula do seio piriforme adjacente a laringe (comum em crianças)
QUADRO CLÍNICO
- Dor cervical unilateral, por vezes com massa cervical palpavel unilateral
- Acompanhada de febre, calafrios e outros sintomas infecciosos
Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa
- Etiologia
- Evolução
- Sintoma mais recente
- Mais comum em qual sexo?
- Duração?
Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)
- Etiologia inflamatória pós-infecciosa, geralmente viral e AUTO-IMUNE
- Inflamação subaguda da tireóide, provocando liberação de T3 e T4 armazenados nos folículos lesados (tireotoxicose)
- Depois evolui com eutireoidismo e por fim hipotireoidismo
- Normalmente, há quadro de via aérea superior antes do início da clínica (2 a 8 semanas antes)
- Mais comum em mulheres
- Quadro autolomitado, dura 2-8 semanas
Tireoidite de Hashimoto
- Definição
- Perfil
- Frequência
- Quadro clínico
- Lab: TSH,T4L, anticorpos
Contexto geral
- Doença auto-imune crônica que destrói células tireoidianas a partir de lesões mediadas pela produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO)
- Mais prevalente em mulheres (10:1), principalmente aos 30-50 anos de idade
- TIREOIDITE MAIS COMUM
Quadro clínico
- Geralmente indolor
- Sintomas de hipotireoidismo (fadiga, sensibilidade ao frio e constipação intestinal)
- Bócio
Laboratório
- Nas tireoidites os hormônios tireoidianos podem estar normais
- Presença de anti-tireoperoxidase tireoidiano (Anti-TPO) E Anti-tireoglobulina (menos comum)
Tiroidite pós-parto
- Mecanismo e tempo de aparecimento
- Quadro clínico
- Mecanismo desconhecido, mas parece ser auto-imune. com subsequente destruição da tiroide
- Ocorre até 1 ano após o parto
Possui 3 apresentações possíveis
- Hipertireoidismo puro: por liberação hormonal na destruição tecidual
- Hipotireoidismo puro: por falha na produção após lesão inflamatória
- Hipertireoidismo seguido de hipotireoidismo
- Pode ser autolimitada, mas em casos de destruição grave pode evoluir para hipotireoidismo persistente