Tireoide Flashcards

1
Q

Hipotireoidismo primário

  • Definião
  • Etiologias: anticorpos, procedimentos e medicamentos
  • Exames de seguimento clínico

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • TSH elevado
  • T4 supresso

Etiologias

  • Autoimune-HASHIMOTO (principal): produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO) destruindo o tecido tireoidiano
  • Iatrogenia: tireoidectomia, radioterapia ou tratamento com iodo radioativo
  • Drogas: Metimazol ou propiltiouracil (usadas no hipertireoidismo), carbonato de lítio, amiodarona
  • O seguimento clínico da tireoidite de hipotireoidismo inclui apenas a dosagem de TSH, não há necessidade de Anti-TG ou Anti-TPO novamente.
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2
Q

Hipotireoidismo secundário e terciário

Diferenciar

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • Secundário: deficiência de TSH, geralmente associado a qualquer condição de saúde que leve ao hipopituitarismo
  • Terciário: deficiência de TRH, geralmente devido a distúrbios hipotalâmicos ou no fluxo sanguíneo porta hipotálamo-hipofisário
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3
Q

Nódulo tireoidiano

  • Investigação inicial: exames

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

Solicitar TSH

  • TSH supresso: nódulo quente, maior captação de iodo, hiperfuncionamento da tireoide. Maioria não é cancerígena e pode ser tratado com medicamentos ou cirurgia, caso suspeito, solicitar cintilografia
  • TSH normal: nódulo frio,não captam iodo radioativo, não influencia funcionamento da glândula, mas podem ser indicativos de câncer dependendo de suas características, solicitar USG nesses casos
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4
Q

Nódulo tireoidiano

  • Conduta após solicitar TSH
  • Características suspeitas de câncer

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • Caso TSH baixo, fazer teste com iodo radioativo( cintilografia ), se hiperfuncionante, raramente é maligno
  • Todaxia, se houver exclusão de Hipertireoidismo e Hashimoto, SOLICITAR USG
  • USG é bom para definir tamanho, mas não para definir malignidade, verificar critérios abaixo

Caracterísiticas suspeitas de neoplasia em um nódulo frio:

  • USG: contornos irregulares, microcalcificações, maior vascularização interna ou halo incompleto, hipoecogenicidade
  • Nódulos maiores
  • Rouquidão, disfagia, odinofagia
  • Indivíduos mais velhos ou com histórico pessoal ou familiar de câncer de tireóide

Em caso de suspeita, realizar Biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF), porém, apenas se o nódulo for maior que 1cm

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5
Q

Tireoglobulina (TG)

Função e quando dosar?

A
  • Proteína produzida pelas células foliculares da tireoide, ela age como reservatório para T3 e T4, fornecendo-os tirosina para sua síntese, também atua como transportadora de T3 e T4 na corrente sanguínea para os tecidos-alvo
  • Dosagem periódica: indicada em seguimento e pós-tratamento de câncer de tireoide papilífero e folicular, junto com USG a cada 6 meses
  • Se TG elevada, pode indicar reincidiva do câncer, realizar cintilografia de tireoide para confirmar
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6
Q

O que é o T3 reverso?

A
  • Metabólito inativo da Tiroxina (T4)
  • Reservado para investigação de condições mais raras, como:
  • Hipotireoidismo de consumo (Excesso de desiodadse tipo 3-Enzima que metaboliza T4 para reverter T3, e converte T3 em T2- forma inativa do hormônio)
  • Distinguir hipotireoidismo central de doenças não tireoidianas em pacientes hospitalizados em estado crítico
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7
Q

Tireoide

T3

Explique sua síntese

A
  • A triiodotironina (T3) é formada a partir da conversão de T4 pelos tecidos periféricos e representa o hormônio tireoidiano ativo
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8
Q

O que é a classificação de CHAMMAS?

A
  • Classificação que visa categorizar os resultados de biópsias de nódulos tireoidianos, geralmente pela PAFF. Ajudam na padronização do risco de malignidade.
  • Categoria I (negativo): Amostra insatisfatória
  • Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
  • Categoria III (indeterminado): Presença de células com características suspeitas, mas sem confirmação de malignidade.
  • Categoria IV (suspeito): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
  • Categoria V (maligno): Presença de células malignas.
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9
Q

O que é a classificação de Bethesda?

A

A classificação de Bethesda é uma classificação histológica internacionalmente reconhecida, desenvolvida pelo Sistema de Relatórios de Bethesda para Citopatologia da Tireoide. Essa classificação é mais detalhada e divide os resultados da PAAF em seis categorias:

  • Categoria I (não diagnóstico ou insatisfatório): A amostra não é suficiente para um diagnóstico conclusivo.
  • Categoria II (benigno): Presença de células benignas.
  • Categoria III (atipia de significado indeterminado ou lesão folicular): Presença de células com características atípicas, mas sem confirmação de malignidade.
  • Categoria IV (neoplasia folicular suspeita ou lesão folicular): Presença de células suspeitas de neoplasia folicular.
  • Categoria V (suspeito de malignidade): Presença de células altamente suspeitas de malignidade.
  • Categoria VI (maligno): Presença de células malignas.
    A classificação de Bethesda é mais abrangente que a CHAMMAS e fornece orientações adicionais para a conduta clínica com base nos resultados citológicos.
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10
Q

Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa

Quadro clínico

Etiologia e quadro clínico

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

QUADRO CLÍNICO (Sintomas de Tireotoxicose)

  • Febre
  • Dor cervical(principal causa de cerviacalgia nas tireoidopatias)
  • Fadiga, mal-estar e mialgia
  • Tireoide aumentada moderadamente e simetricamente
  • Palpação dolorosa difusa da tireoide
  • Fase dolorosa inicial com tireotoxicose->Eutireoidismo->Hipotireoidismo->Eutireoidismo
  • Captação de iodo radioativo (RAIU)< 1%
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11
Q

Tireoidite Supurativa

  • Exames diagnósticos
  • Tratamento

Contexto geral

A

EXAMES

  • Leucocitose
  • VHS aumentado (mas não tanto quanto na tireoidite subaguda) NÃO ULTRAPASSA 50
  • SEM ALTERAÇÃO NO T3/T4
  • USG com abscesso, aréa anecóicas que correspondem a coleção de pus (diferente da tireoideite subaguda, que mostra heterogeneidade difusa e fluxo vascular de baixa intensidade)

TRATAMENTO

  • Drenagem percutânea do abscesso
  • ATB EV
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12
Q

Tireoidite Supurativa

  • Agente e fatpres de risco
  • Quadro clínico

Contexto geral

A
  • Infecção direta da tireóide, podendo até formar abscessos
  • Causada tanto por Gram + (S.AUREUS) quanto - que chegam por via hematogênica na tireoide, geralmente por imunocomprometimento ou fístulas, como a fístula do seio piriforme adjacente a laringe (comum em crianças)

QUADRO CLÍNICO

  • Dor cervical unilateral, por vezes com massa cervical palpavel unilateral
  • Acompanhada de febre, calafrios e outros sintomas infecciosos
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13
Q

Tireodite de Quervain/ Subaguda Granulomatosa

  • Etiologia
  • Evolução
  • Sintoma mais recente
  • Mais comum em qual sexo?
  • Duração?

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • Etiologia inflamatória pós-infecciosa, geralmente viral e AUTO-IMUNE
  • Inflamação subaguda da tireóide, provocando liberação de T3 e T4 armazenados nos folículos lesados (tireotoxicose)
  • Depois evolui com eutireoidismo e por fim hipotireoidismo
  • Normalmente, há quadro de via aérea superior antes do início da clínica (2 a 8 semanas antes)
  • Mais comum em mulheres
  • Quadro autolomitado, dura 2-8 semanas
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14
Q

Tireoidite de Hashimoto

  • Definição
  • Perfil
  • Frequência
  • Quadro clínico
  • Lab: TSH,T4L, anticorpos

Contexto geral

A
  • Doença auto-imune crônica que destrói células tireoidianas a partir de lesões mediadas pela produção de autoanticorpos anti-tireoglobulina (Anti-TG) e anti-tireoperoxidase (anti-TPO)
  • Mais prevalente em mulheres (10:1), principalmente aos 30-50 anos de idade
  • TIREOIDITE MAIS COMUM

Quadro clínico

  • Geralmente indolor
  • Sintomas de hipotireoidismo (fadiga, sensibilidade ao frio e constipação intestinal)
  • Bócio

Laboratório

  • Nas tireoidites os hormônios tireoidianos podem estar normais
  • Presença de anti-tireoperoxidase tireoidiano (Anti-TPO) E Anti-tireoglobulina (menos comum)
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15
Q

Tiroidite pós-parto

  • Mecanismo e tempo de aparecimento
  • Quadro clínico
A
  • Mecanismo desconhecido, mas parece ser auto-imune. com subsequente destruição da tiroide
  • Ocorre até 1 ano após o parto

Possui 3 apresentações possíveis

  • Hipertireoidismo puro: por liberação hormonal na destruição tecidual
  • Hipotireoidismo puro: por falha na produção após lesão inflamatória
  • Hipertireoidismo seguido de hipotireoidismo
  • Pode ser autolimitada, mas em casos de destruição grave pode evoluir para hipotireoidismo persistente
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16
Q

Vitiligo

  • Principal doença associada
  • Exames investigação
A
  • Vitiligo é uma doença auto-imune caratcterizada principlamente por lesões acrômicas em superficíes extensoras
  • Por ser auto-imune, devemos sempre rastreiar outras condições, sendo a principal associação o hipotireoidismo!
  • Solicitar: TSH, Anti-TPO, Anti-Tireoglobulina e funsção tireoidiana
  • Outras associações incluem: doenças da tireoide, diabetes tipo 1, doença de addison, anemia perniciosa.
17
Q

Hipotireoidismo

  • Conduta inicial
  • Reavaliação

conduta

Valores normais: TSH (0,4-4,5) // T4L (0,7-1,8)

A

Conduta inicial:

  • Levotiroxina 50 mcg/dia (dependendo da indicação-VERT TABELA)

Reavaliar após 6-8 semanas através do TSH (e apenas ele)

Se TSH continuar elevado:

  • Ajustar dose de Levotiroxina acrescentando 12,5–25 mcg de acordo com proximidade do limite superior esperado
18
Q

Hipertireoidismo

  • Etiologias
  • Quadro Clínico
  • Dianóstico: exames lab e imagem

Etiologia, quadro clínico e diagnóstico

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

Etiologia

  • Doença de Graves (principal): enfermidade auto-imune em que anticorpos (TRAB) se ligam aos receptores de TSH na tireoide, provocando liberação excessiva de T3 e T4
  • Bócio multinodular tóxico: suspeitar se houver nódulos palpaveis

Quadro clínico (tireotoxicose)

  • Sintomas adrenérgicos: palpitações, tremores, ansiedade,arritmia
  • Emagrecimento
  • Fome
  • Hiperdefecação
  • Oligo ou amenorréia
  • FA
  • Pele quente e úmida, hiperidrose

Diagnóstico

  • TSH baixo, T3/T4 aumentados
  • USG normal (não vale a pena pedir)
  • TRAB positivo (em doença de Graves)
19
Q

Crise tireotóxica/ Tempestade Tireoidiana

Definição e tratamento

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • Exarcebação severa dos sintomas do hipertireoidismo
  • Geralmente envolve descompensação em 1 ou mais sistemas orgânicos (IMAGEM)

Tratamento:

  • Corticoesteroides: Dexametasona
  • Propiltiuracil
20
Q

Doença de Graves

  • Gera o que?
  • Perfil do paciente
  • Quadro clpinico: o que é patognomônico?

Contexto geral

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

* Gera **tireotoxicose** e é a **principal causa de hipertireoidismo**
* Mais comum em **mulheres de 20-50 anos**

**Quadro clínico**

* Insônia
* Palpitações, ansiedade
* Perda ponderal, hiperfagia
* Tremor de extremidades
* Intolerância ao calor
* Oligo/amenorreia
* Evacuação frequente
* **Retração palpebral (PATOGNOMÔNICO)**
* **Sinal de Lig Lad:** retardo da palpebra se a esclera puder ser vista acima da íria quando o paciente acompanha movimentação do dedo do examinador de cima para baixo. confirma retração palpebral se positivo

21
Q

Hipertireoidismo

  • Exames diagnósticos
  • Tratamento: crises e situações crônicas

Diagnóstico e tratamento

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

Diagnóstico

  • TSH baixo, T3/T4 aumentados
  • USG normal (não vale a pena pedir)
  • TRAB positivo (em doença de Graves)

Tratamento

Controle adrenérgico:

  • BB: Propanolol é usado para sintomas sistêmicos
  • BCC (verapamil e ditiazem): se paciente intolerante a BB por ter asma grave e ICC descompensada

Controle da Doença de Graves: Drogas antireoidianas (Tionamidas):

  • Metimazol (MMZ-prinicipal escolha):
  • Facilidade de posologia e menor índice de efeitos adversos
  • Porém, nunca usar no 3 trimestre da gestação, em alérgicos a medicação e em crise tireotóxica
  • Propiltioracil:
  • Útil em crise tireotóxica, visto que converte T4 em T3 rapidamente. Ou seja, é usado principalmente em urgências, alérgicos a metimazol e gestantes no 3 trimestre.
22
Q

Tireoidectomia

  • Efeito colateral principal
  • Quadro clínico: sinais
  • Tratamento

Efeito Colateral mais frequente

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A
  • Hipocalcemia
  • Devido a retirada inadvertida das paratireóides

Quadro clínico

  • Parestesia perioral
  • Vômitos
  • Broncoespasmo
  • Sinal de Trosseau (patognomônico): flexão do punho, metacarpofalangianas, extensão das interfalangianas distais e adução do polegar após insuflação do manguito acima da PAS por 3 minutos
  • Sinal de Chvostek: contraçaõ de músculos faciais, ipsilaterais ao estímulo

Tratamento:

  • Repor cálcio com Gluconato de cálcio
23
Q

Tireoidite de Quervain

  • Laboratório
  • USG
  • Tratamento: dor e sintomas de tireotoxicose

Diagnóstico e tratamento

Valores normais: TSH (0,4-4,0) // T4L (0,8-1,8)

A

LABORATÓRIO

  • T3,T4 levemente elevados E TSH baixo
  • VHS>50
  • Fase dolorosa inicial com tireotoxicose->Eutireoidismo->Hipotireoidismo->Eutireoidismo
  • Captação de iodo radioativo (RAIU)<1%
  • Anemia Leve
  • Leucocitose

USG

  • Heterogeneidade difusa e fluxo vascular de baixa intensidade

TRATAMENTO

  • AINES (controle da dor): Inuprofeno, Naproxeno, Diclofenato
  • BB (melhora dos sintomas da tireotoxicose-tremor,palpitação,etc): propanolol, atenolol,etc
24
Q

Efeito Jod Basedow

Definição

A
  • Tireotoxicose provocada por amiodarona
  • Decorre devido a sobrecarga de iodo desencadeada pelo medicamento