Teste 1 Flashcards

1
Q

Há alguma máquina ou robô que consiga reproduzir totalmente o ser humano?

A

Não.

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2
Q

Dá exemplos de coisas que tentam reproduzir a perceção humana.

A
  • alexa
  • siri
  • chatgpt
  • aspiradores automáticos
  • bimby
  • carros com estacionamento automático ou self-driving
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3
Q

Quais são as implicações práticas do estudo da perceção?

A
  • “localizar” e tomar iniciativa para agir
  • áreas da medicina (e.g. funcionamento do corpo humano, aparelhos auditivos, óculos, dor,…)
  • sistemas de reconhecimento de voz, de reconhecimento das impressões digitais e da face
  • psicologia (e.g. relaxamento, condicionamentos, sala de espera)
  • tornarmo-nos mais conscientes da natureza das nossas experiências percetivas (por exemplo, quando fazemos mindfulness)
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4
Q

O que é uma sensação?

A

Envolve processos elementares que ocorrem no início do sistema sensorial (e.g. quando a luz chega aos nossos olhos). Envolve detetar propriedades elementares de um estímulo.

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5
Q

O que é a perceção?

A

Caracterizada por processos complexos que envolvem mecanismos como interpretação e memória que envolvem atividade no cérebro. Envolve funções cerebrais mais complexas utilizadas para interpretar eventos e objetos. É uma experiência sensitiva consciente.

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6
Q

O que é o processo percetivo?

A

É uma sequência de processos que funcionam juntos para determinar a nossa experiência de e reação a um estímulo no ambiente. Ocorre muito rapidamente.

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7
Q

Quais são as etapas do processo percetivo?

A
  • estímulo no ambiente
  • estímulo chega aos recetores
  • processos recetores
  • processos neuronais
  • perceção (experiência consciente)
  • reconhecimento (o conhecimento prévio influencia a nossa perceção)
  • ação
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8
Q

Que tipos de estímulos existem?

A
  • externos
  • internos
  • no ambiente
  • distais
  • proximais
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9
Q

O que são estímulos no ambiente?

A

São todas as coisas que estão no ambiente e que nós conseguimos perceber.

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10
Q

O que são estímulos distais?

A

Um estímulo distal só é distal quando não está a tocar em nenhum dos meus recetores. é distal quando está distante dos meus recetores e o estímulo não está a ser percecionado. São estímulos que têm potencial para serem percecionados. Não há nenhuma sensação nem se percebe nenhum objeto.

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11
Q

O que são estímulos proximais?

A

São a representação do estímulo nos recetores.

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12
Q

Como é que um estímulo passa de distal a proximal?

A

Depois de o estímulo estar distal (ou seja, ainda não entrou em contacto com os meus recetores), o estímulo passa a ser proximal (já entrou em contacto com os meus recetores).

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13
Q

Em que consiste o princípio da transformação?

A

Os estímulos e as respostas criadas por estímulos são transformados ou alterados entre o estímulo distal e a perceção.

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14
Q

Em que consiste o princípio da representação?

A

Tudo o que uma pessoa percebe é baseado não no contacto direto com os estímulos, mas nas representações dos estímulos que se formam nos recetores e na atividade resultante no sistema nervoso da pessoa. A representação varia de pessoa para pessoa, com base na sua perceção.

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15
Q

Quando o estímulo chega aos recetores sensoriais….

A

Há células especializadas em responder à energia ambiental, com os recetores de cada sistema sensorial especializados em responder a um tipo específico de energia.

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16
Q

Em que consistem os processos recetores?

A

Quando os recetores sensoriais recebem as informações do ambiente (e.g. luz refletida da árvore), eles fazem 2 coisas:

  • transformam energia ambiental em energia elétrica (transdução);
  • moldam a perceção pela maneira como respondem a diferentes propriedades dos estímulos;
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17
Q

O que é a transdução?

A

Transformação da energia ambiental (por exemplo, luz e som) em energia elétrica. Quando a transdução ocorre, o estímulo fica representado por sinais elétricos em milhares de recetores sensoriais.

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18
Q

Em que consistem os processos neuronais?

A

Os sinais elétricos (vindos dos processos recetores) viajam numa rede de neurónios que:
- transmitem esses sinais dos recetores ao cérebro e depois dentro cérebro
- mudam ou processam esses sinais à medida que são transmitidos

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19
Q

Em que consiste a perceção, como parte do processo percetivo?

A

É a experiência consciente. São processos complexos que envolvem mecanismos como interpretação e memória que envolvem atividade no cérebro. Envolve funções cerebrais mais complexas utilizadas para interpretar eventos e objetos.

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20
Q

Em que consiste o reconhecimento?

A

É a nossa capacidade de atribuir um objeto a uma categoria. O reconhecimento e a perceção são dois processos separados.

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21
Q

Qual é a importância do conhecimento no processo percetivo?

A

O conhecimento que nós temos é fundamental para o processo percetivo (podendo afetar várias etapas do processo) e consiste em qualquer informação que o perceiver traz para a situação. O conhecimento mais recentemente obtido tem influência na nossa perceção.

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22
Q

Em que consiste a ação no processo percetivo?

A

A ação inclui atividades motoras como mover a cabeça ou olhos ou locomover-se no ambiente.

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23
Q

O que é o limiar absoluto?

A

É a intensidade mínima de um estímulo físico a partir do qual ele será detetado. Esta definição implica que valores abaixo do limiar não serão percebidos e aqueles com magnitude acima serão detetados. Em contexto laboratorial deve ser repetido várias vezes. O limiar absoluto varia de pessoa para pessoa e pode variar ao longo da vida.
O limiar absoluto é a média entre os valores da intensidade que marcam o “percecionar” o estímulo ou não.

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24
Q

Quais são os métodos psicofísicos clássicos de medição de limiares?

A
  • método dos limites
  • método dos estímulos constantes
  • método do ajustamento
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25
Q

Em que consiste o método dos limites?

A

São apresentados estímulos com diferentes intensidades (um de cada vez). Em cada ensaio, o participante tem de responder se o perceciona (“sim” ou “não”).

Os estímulos com diferentes intensidades são apresentados por ordem crescente ou decrescente.

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26
Q

Em que consiste o método dos estímulos constantes?

A

São apresentados estímulos com diferentes intensidades (um de cada vez). Em cada ensaio, o participante tem de responder se o perceciona ou não (“sim” ou “não”).

Os estímulos com diferentes intensidades são apresentados aleatoriamente.

É o método mais preciso pois envolve muitas observações e os estímulos são aleatórias o que diminui a maneira como um ensaio pode afetar o julgamento do participante no ensaio seguinte. O limite é geralmente definido como a intensidade que resulta da deteção de 50% dos ensaios.

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27
Q

Em que consiste o método do ajustamento?

A

O participante (e não o experimentador), ajusta a intensidade do estímulo continuamente até que consiga detetar o estímulo e, por isso é o método mais rápido.

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28
Q

Como é realizada a escolha do método de medir limiares?

A

É geralmente determinada pela precisão que é necessitada e pela quantidade de tempo disponível.

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29
Q

Como medir a magnitude percetiva de um estímulo?

A

Técnica: estimativa de magnitude

  • apresenta-se um estímulo standard (e.g. som com valor de 10)
  • depois apresentam-se estímulos com intensidades diferentes
  • o participante estima a intensidade de cada som em comparação com o som original (proporcionalmente, e.g., se for metade, 5)
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30
Q

Como determinar a identidade de um estímulo?

A

Técnica: teste de reconhecimento

  • “como é que isto se chama”
  • “nomeie o objeto”

Uma aplicação do teste de reconhecimento é testar a capacidade de pessoas com danos cerebrais

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31
Q

Como determinar o tempo de reação a um estímulo?

A

Técnica: teste de reação - tempo de reação entre a apresentação de um estímulo e a minha reação

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32
Q

Como determinar aquilo que está à sua volta?

A

Técnica: relatório fenomenológico - descrição do que se encontra ao nosso redor. A descrição pode ocorrer a um nível muito básico (uns objetos estão mais longe que outros, a cor, diferentes qualidades do sabor como salgado, doce ou azedo).

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33
Q

Como determinar como posso interagir com isso?

A

Tarefa: tarefas físicas e julgamentos

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34
Q

O que é a retinitis pigmentosa?

A

É uma degeneração rara e progressiva da retina (estrutura transparente e sensível à luz localizada na parte posterior do olho) que pode levar à perda de visão moderada a grave. Passa de geração em geração.

A pessoa só vê o centro da imagem.

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35
Q

Em que é que se baseia a visão?

A

A visão é baseada em luz visível, que é uma faixa de energia dentro do espetro eletromagnético.

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36
Q

O que é o comprimento de onda?

A

É a distância entre valores repetidos sucessivos num padrão de onda. É usualmente representado pela letra grega lambda. Numa onda senoidal, o comprimento de onda é a “distância entre repetições da forma de onda”.

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37
Q

O que acontece à luz refletida dos objetos?

A

Entra através da pupila e é focada pela córnea e pela lente e forma imagens dos objetos na retina (rede de neurónios que cobrem a parte de trás do olho e que contem os recetores da visão - fotorrecetores).

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38
Q

Quando a luz é refletida de um objeto para o olho, precisa de ser focada em que partes na retina?

A
  • córnea (responsável por 80% do poder de foco, mas é fixa)
  • lente (responsável por 20% do poder de foco, não é fixa)
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39
Q

Quais são os dois tipos de fotorrecetores e o que contêm?

A
  • cones (permitem a visão a cores)
  • bastonetes (permitem a visão a preto e branco)

Os dois tipos de fotorrecetores contêm químicos sensíveis à luz (pigmentos visuais) que reagem à luz e ativam sinais elétricos.
Estes sinais fluem por um conjunto de neurónios que formam a retina e emergem da parte de trás do nervo ótico que conduz os sinais para o cérebro.

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40
Q

Qual a diferença entre a fóvea e a retina periférica?

A
  • fóvea: contém apenas cones
  • retina: contém bastonetes e cones
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41
Q

O que é a degeneração macular?

A

É um ponto cego na visão central, é mais comum em pessoais mais velhas. A fóvea rica em cones e uma pequena área que a rodeia é destruída.

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42
Q

O que é o ponto cego?

A

O ponto cego é o local onde há ausência de recetores em certa área da retina, esse local é onde as células ganglionares deixam o olho para formar o nervo ótico.

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43
Q

Porque razões é que, geralmente, não estamos conscientes do ponto cego?

A
  • está localizado ao lado no nosso campo visual, onde os objetos não estão em foco nítido
  • o cérebro tem um mecanismo que permite completar a imagem no local do ponto cego
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44
Q

O que é a acomodação visual?

A

É um mecanismo dos nossos olhos para se ajustar e focar em objetos em diferentes tipos de ambientes e em diferentes distâncias.

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45
Q

O que é o ponto próximo?

A

É a distância a que as lentes não conseguem ajustar de forma a focar objetos próximos.

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46
Q

O que são erros de refração? Dá exemplos.

A

São erros que afetam a capacidade da córnea e da lente focar em objetos.
- idade
- miopia (incapacidade de ver objetos distantes com o passar dos anos)
- hipermetropia (incapacidade de ver objetos próximos com clareza)

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47
Q

O que é a adaptação ao escuro e como se dá a sua curva?

A

É o aumento da sensibilidade no escuro. Dá-se em dois estágios distintos: um estágio inicial mais rápido e um posterior mais lento.

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48
Q

Como se comportam os cones na curva da adaptação ao escuro?

A
  • logo no início da adaptação ao escuro, os cones têm a sensibilidade mais alta, o que significa que ainda estão a funcionar bem sob condições de luz
  • com o passar do tempo, a sensibilidade dos cones atinge um limite máximo (máxima sensibilidade dos cones) e param de se adaptar mais à escuridão
  • atingem a sensibilidade máxima aos 7/8 minutos
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49
Q

Como se comportam os bastonetes na curva da adaptação ao escuro?

A
  • no início, os bastonetes têm baixa sensibilidade à luz mas conforme o tempo passa, a sensibilidade deles aumenta muito
  • após cerca de 20 a 30 minutos, os bastonetes atingem a sua sensibilidade máxima à escuridão
  • nesse ponto, conseguem detetar luzes extremamente fracas que os cones não conseguem
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50
Q

O que é o “rod-cone break”?

A

É o momento em que a sensibilidade dos bastonetes ultrapassa a dos cones. Geralmente ocorre após alguns minutos.
Antes desse ponto, os cones são os principais responsáveis pela visão. Depois desse ponto, os bastonetes assumem a função de detetar a luz, porque são mais sensíveis em condições de pouca iluminação.

51
Q

Quem se adapta primeiro ao escuro? Os cones ou os bastonetes?

A

Os cones.

52
Q

Como medir a adaptação ao escuro?

A

Enquanto a luz de adaptação está acesa, o observador indica a sua sensibilidade ajustando a intensidade de uma luz de teste para que ela mal possa ser vista. Uma vez determinada a sensibilidade adaptada à luz, a luz é extinta e o observador fica no escuro.

53
Q

Como podemos medir a acuidade visual de bebés?

A

Através da técnica de olhar preferencial. Apresentamos dois círculos diferentes. Se o bebé tiver uma boa acuidade visual, vai olhar para o círculo que tem linhas espessas. Pede-se aos pais que segurem no bebé e o investigador deve estar fora do campo visual do bebé. Sendo o investigador que verifica para onde o bebé está a olhar, não deve saber em que lado é que está o círculo com riscas (imparcialidade).

54
Q

Descreve a curva da acuidade visual dos bebés

A

O bebé, por volta dos 10/11 meses, começa a ver como os adultos.

55
Q

Os sistemas computacionais conseguem replicar totalmente a complexidade da perceção humana?

A

Não, mesmo com todos os avanços computacionais. As médias de taxas de erro desses sistemas tem vindo a diminuir, de 2012 a 2017 foi de 16% para 2%.

56
Q

Porque é que é tão difícil construir uma máquina percetiva?

A
  • o estímulo nos recetores é ambíguo
  • os objetos podem ser escondidos ou desfocados
  • os objetos aparentam ser diferentes em diferentes pontos de vista
57
Q

O que é a organização percetiva?

A

É o processo pelo qual os elementos do campo visual de uma pessoa se tornam percetualmente agrupados e segregados para criar uma perceção.

58
Q

Quais são os componentes do processo de organização percetual?

A
  • agrupação
  • segregação
59
Q

Em que consiste a agrupação?

A

Processo pelo qual os elementos de uma cena são “colocados juntos” em unidades ou objetos coerentes.

60
Q

Em que consiste a segregação?

A

Processo de separar uma área ou objeto de outro, que funciona em conjunto com a agrupação.

61
Q

O que diz o estruturalismo?

A
  • sensações: processos elementares que ocorrem em resposta à estimulação dos sentidos;
  • perceções: experiências mais complexas conscientes, como a nossa perceção de objetos

As sensações combinam-se para criar perceções complexas (tal como átomos se combinam para criar molécular).

Existe apenas a soma das partes.

62
Q

O que é o movimento aparente e o seu contributo para a Gestalt?

A

O movimento aparente é o movimento percebido quando dois estímulos que estão em posições ligeiramente diferentes são exibidos um após o outro com o tempo correto (não há realmente movimento).
Segundo o estruturalismo, não pode existir movimento aparente (se existisse apenas a soma das partes não o veríamos, mas de facto vemos o que indica que há algo mais).
Assim, surgiu a ideia Gestalt de que o todo é mais do que a soma das partes, pois o sistema percetivo cria a perceção de movimento onde na realidade não há nenhum.

63
Q

O que são contornos ilusórios?

A

São outra demonstração a favor de que o todo é diferente da soma das partes. As sensações (o estruturalismo) não poderiam explicar os contornos ilusórios. (exemplo dos triângulos).

64
Q

A ideia de que o todo é diferente da soma das partes levaram os psicólogos da Gestalt a propor o quê?

A

Princípios da Gestalt da organização percetiva.

65
Q

O que é o princípio da continuidade?

A

Pontos que, quando conectados, resultam em retas ou linhas suavemente curvas que são vistas como pertencentes umas às outras, e as linhas tendem ser vistas de forma a seguir o caminho mais suave. Também afirma que objetos parcialmente cobertos por outros são vistos como continuando atrás do objeto de cobertura.

66
Q

O que é o Princípio de Pragnanz?

A

Todo o padrão de estímulo é visto de tal forma que o resultado é a estrutura mais simples possível.

67
Q

O que é o princípio da semelhança?

A

Coisas semelhantes parecem estar agrupadas (semelhança de cor, forma, orientação,..). O agrupamento também ocorre para estímulos auditivos.

68
Q

O que é o princípio da proximidade?

A

Coisas que estão próximas umas das outras parecem estar agrupadas (juntas).

69
Q

O que é o princípio do destino comum?

A

As coisas que se estão a movimentar na mesma direção parecem estar agrupadas.

70
Q

O que é o princípio da região comum?

A

Elementos que estão dentro da mesma região (espaço) parecem estar agrupados.

71
Q

O que é o princípio da conectividade uniforme?

A

Uma região conectada com as mesmas propriedades visuais, como luminosidade, cor, textura ou movimento, é percebida como uma única unidade.

72
Q

Qual a vantagem dos princípios da Gestalt?

A

São heurísticos, ou seja, funcionam na maior parte das vezes, mas não necessariamente em todas. São também rápidos, refletindo propriedades do ambiente.

73
Q

Os rostos são importantes porquê?

A
  • estabelecem a identidade de uma pessoa
  • para as interações sociais
  • segurança

Têm um estatuto especial que lhes permitem serem processados de forma mais eficiente e rápida do que outras classes de objetos.

74
Q

De que forma é que as faces são processadas?

A

De forma holística, ou seja, como um todo. Processamos as faces de acordo com todas as características e se uma falha, é muito mais difícil de as identificar.

75
Q

Em que consiste a terapia Gestalt?

A

Desenvolvida como uma revisão da psicanálise e consiste numa abordagem experiencial humanista, em vez da análise do inconsciente.
Rejeita as dualidades mente-corpo, corpo-alma, pensamento-sentimento, sentimento-ação.

76
Q

Qual é o principal objetivo da terapia Gestalt?

A

Ajudar o paciente a dar o próximo passo para o seu crescimento pessoal e desenvolvimento pessoal.

77
Q

Em que consiste a totalidade e a integração?

A
  • totalidade: refere-se à pessoa como um todo ou à mente-corpo do indivíduo como uma unidade e não como partes separadas
  • integração: refere-se a como essas partes se encaixam e como o indivíduo se encaixa no ambiente (equilíbrio com o ambiente)
78
Q

Qual a importância da consciencialização?

A

É vista como uma marca da pessoa saudável e um objetivo do tratamento.
Quando os indivíduos estão conscientes, são capazes de se autorregular no seu ambiente.

79
Q

Quais são as duas causas principais de falta de consciencialização?

A
  • preocupação com o passado, fantasia, falhas, etc;
  • baixa auto-estima;
80
Q

Quais são as 3 maneiras de alcançar a consciencialização?

A
  • contacto com o ambiente (através do olhar, do toque, do cheiro…);
  • aqui e agora: viver e estar consciente no momento presente
  • responsabilidade: assumir a responsabilidade, em vez de culpar os outros;
81
Q

O que são a energia e os bloqueios de energia na terapia gestalt?

A
  • os terapeutas concentram-se onde está a energia no corpo
  • a energia bloqueada é uma forma de resistência, por exemplo, tensão numa parte do corpo
  • a terapia gestalt consiste em encontrar e libertar os bloqueios que podem estar a inibir a consciência
82
Q

O que são assuntos inacabados na terapia gestalt?

A

As pessoas com assuntos inacabados ressentem-se muitas vezes do passado e, por causa disso, são incapazes de se concentrar no aqui e agora.

Um dos principais objetivos da terapia gestalt é ajudar as pessoas a trabalhar com os seus assuntos inacabados e trazer o encerramento (closure).

83
Q

Em que consistem as experiências na terapia gestalt?

A

As experiências de aprendizagem são desenvolvidas para o indivíduo e assumem a forma de uma encenação, dramatização, lição de casa ou outra atividade que promova a auto-consciencialização.

84
Q

Que tipo de linguagem é que os terapeutas da gestalt utilizam?

A
  • ênfase em declarações em vez de perguntas para manter uma relação colaborativa;
  • perguntas “o quê” e “como” (quando fazem) para manter o paciente presente;
  • declarações do “eu” para promover o assumir dos sentimentos, em vez de colocar culpa nos outros;
  • foco no tempo presente
  • incentivar a responsabilidade dos pacientes pelas suas palavras, emoções, pensamentos e comportamentos;
85
Q

Em que consiste a técnica da cadeira vazia?

A

É um método para facilitar o diálogo de representação de papéis entre o paciente e os outros ou entre outras partes do paciente. Duas cadeiras são colocadas uma de frente para a outra:
- uma representa o paciente ou um aspeto da personalidade do paciente;
- a outra representa outra pessoa ou a parte oposta da personalidade;

86
Q

Em que consiste o topdog-underdog na terapia gestalt?

A

É um jogo de auto-tortura usado quando o terapeuta percebe duas opiniões/atitudes opostas dentro do paciente, encorajando-o a distinguir essas duas partes e a desempenhar o papel de cada uma num diálogo entre elas.
- topdog: tirânico/autoritário, exige que as coisas sejam de uma maneira particular
- underdog: desempenha o papel de criança desobediente
O indivíduo fica dividido entre os dois lados, tentando lutar pelo controlo

87
Q

Como são usados os sonhos na terapia gestalt?

A

Usados para ajudar a integração do cliente. O foco do sonho não está no inconsciente, mas em projeções ou aspetos do paciente.

O terapeuta leva os pacientes a falarem do significado de cada papel no sonho, permitindo que estes assumam a responsabilidade pelos sonhos e aumentem a consciência dos seus pensamentos e emoções.

88
Q

Como é usada a fantasia na terapia gestalt?

A

Para aumentar a auto-consciencialização dos pacientes sobre os seus pensamentos e emoções para encerrar assuntos inacabados

Os terapeutas usam técnicas de imaginação guiada (fantasias) para encorajar os pacientes a imaginar situações como o que fariam em determinada situação.

89
Q

Quais são as três estratégias para ajudar a focar a atenção nas sensações físicas na terapia gestalt?

A
  • identificação: os terapeutas devem ser capazes de reconhecer os sinais físicos dos seus paciente
  • localizando as emoções no corpo: os terapeutas podem perguntar aos pacientes em que parte do corpo é que estão a sentir a emoção
  • repetição e exagero: se houver repetição como o exemplo do paciente que bate o pé no chão, o terapeuta pode fazer com que ele exagere isso e fale sobre os sentimentos que surgem
90
Q

Em que consiste a técnica de confusão na terapia gestalt?

A

A técnica para lidar com a confusão consiste em chamar atenção para a hesitação do paciente em falar sobre algo desagradável. Ao fazer isso, cria-se autoconsciencialização, o que permite que o paciente lide com o problema.

91
Q

O que é o confronto na terapia gestalt?

A

Significa desafiar ou frustrar o paciente. Este é desafiado com sensibilidade e empatia pelo terapeuta para enfrentar as questões importantes, trazendo os pacientes para as suas realidades.

Não é uma técnica que deva ser usada em todos os pacientes.

92
Q

O que é a acinetopsia ou cegueira de movimento?

A

É uma condição que faz com que as pessoas não tenham perceção de movimento e traz diversas consequências negativas.

93
Q

Qual a importância da nossa capacidade de deteção de coisas?

A

Para conseguir reagir a um estímulo, preciso de o detetar primeiro.
É importante para a sobrevivência, pois precisamos de detetar coisas que podem ser perigosas de modo a conseguir evitá-las.

94
Q

Quais são as funções da perceção de movimento?

A
  • o movimento ajuda-nos a perceber os eventos no nosso ambiente
  • o movimento traz atenção: coisas que estão a movimentar capturam a nossa atenção. Isto ocorre tanto quando procuramos algo conscientemente, mas também quando estamos concentrados noutra coisa
  • função organizadora: que agrupa elementos menores em unidades maiores
95
Q

Quando é que percecionamos movimento? Que tipos de movimento existem?

A

Quando algo se move no nosso campo de visão.
- movimento real: o movimento em si de um objeto;
- movimento ilusório: perceção de movimento quando não verdade não existe (e.g. movimento aparente)

96
Q

O que é um evento (perceção de eventos)?

A

É um segmento de tempo num determinado local, que é percebido pelos observadores como tendo um começo e fim.

97
Q

O que é um limite de evento?

A

Momento em que cada um desses eventos termina e o próximo começa.
Variam de pessoa para pessoa mas, de forma geral, as pessoas entendem limites de evento como mudanças no movimento.

98
Q

Quais são os fatores que influenciam a identificação de limites de eventos? Qual o mais saliente?

A

Mudanças em características situacionais como:
- personagens e a sua localização
- interações com objetos
- mudanças na velocidade
- mudanças no movimento (mais saliente)

99
Q

Em que consiste a perceção social?

A

Usamos pistas de movimento para determinar as intenções de uma pessoa.
- o que ele está a fazer? (cumprimentar alguém, chamar um táxi?)

A velocidade e o timing do movimento podem ajudar a responder a este tipo de pergunta.

100
Q

As exibições de movimento simples podem evocar interpretações de quê? Quais são pistas sociais para isso?

A

Exibições de movimento simples podem evocar interpretações de desejo, persuasão, perseguição, luta, gozo, medo e sedução.

Muitas pistas sociais estão disponíveis em interações entre as pessoas, incluindo expressões faciais, linguagem, tom de voz, contato visual e postura.

101
Q

Quais são dois exemplos através dos quais os investigadores estudam como é que nós percebemos o movimento do corpo humano?

A
  • movimento aparente do corpo
  • movimento biológico estudado através de point-light walkers
102
Q

Em que consiste o movimento aparente e que princípio lhe está geralmente associado?

A

O movimento aparente é a perceção de movimento que ocorre quando dois estímulos que estão em locais ligeiramente diferentes são apresentados um após o outro.

Esse movimento segue um princípio chamado de restrição do caminho mais curto: o movimento aparente tende a ocorrer no caminho mais curto entre dois estímulos.

103
Q

O corpo humano é especial em relação ao movimento aparente?

A

Há algo especial sobre o significado do estímulo (o corpo humano) que influencia a forma como o movimento é percebido.

104
Q

O que é que acontece no córtex quando as pessoas vêm movimentos aparentes do corpo humano?

A

O córtex motor é ativado quando os movimentos percebidos são humanamente possíveis, mas não é ativado quando os movimentos não são humanamente possíveis.

105
Q

O que é o movimento biológico estudado por LPW?

A

São colocadas pequenas luzes nas articulações da pessoa, no escuro. Quando a pessoa que usa as luzes está parada, estas parecem um padrão sem sentido. No entanto, assim que a pessoa começa a andar, o movimento das luzes é imediatamente como sendo causado por uma pessoa a andar.

Este movimento autoproduzido por uma pessoa (ou outro ser vivo) designa-se movimento biológico. Vemos movimento biológico constante, sempre que vemos alguém a comportar-se de alguma maneira que envolve movimento.

106
Q

Existe uma área específica do cérebro que responde ao movimento biológico?

A

Estudos mostram que uma pequena área no sulco temporal superior é mais ativada quando se visualiza movimento biológico do que movimento scrambled.
Há outros estudos que indicam que outras áreas também estão envolvidas na perceção do movimento biológico.

107
Q

O que é o movimento implícito?

A

Situações em que uma imagem estática retrata uma ação que envolve movimento.

108
Q

Os participantes levam mais tempo a decidir se as imagens de “avanço no tempo” ou “retrocesso no tempo” são diferentes da primeira foto que tinham visto?

A

Levam mais tempo a decidir se as imagens de avanço no tempo são diferentes.

109
Q

O que é o momentum representacional?

A

É a ideia de que o movimento representado numa imagem tende a continuar na mente do observador. É um exemplo de como a nossa experiência influencia a perceção uma vez que depende do nosso conhecimento de situações semelhantes e de como estas costumam terminar.

110
Q

Se o movimento implícito faz com que um objeto se continue a movimentar na mente de uma pessoa, será que existem áreas do cérebro associadas ao movimento real que também são ativadas nestas situações?

A

Medindo a ativação da MT (área temporal média) e MST (área temporal superior média) através de fMRI para imagens com e sem movimento implícito, em repouso e de casas, concluiu-se que:

A área do cérebro que responde ao movimento real também responde a imagens de movimento implícito, e que as imagens de movimento implícito causam uma maior resposta do que imagens sem movimento implícito, em repouso e da casa.

111
Q

O que se pode concluir acerca da dimensão desenvolvimental da perceção do movimento biológico?

A

Os humanos nascem com a capacidade de detetar movimento biológico. Diminui para zero aos 1-2 meses de idade e retorna aos 3 meses, aumentando gradualmente a partir daí.

A capacidade perceber o movimento biológico parece ocorrer independentemente da experiência e no entanto, há evidências de que a perceção do mesmo muda com a idade.

112
Q

Quais são os dois mecanismos possíveis envolvidos no reaparecimento da perceção do movimento biológico nos bebés aos 3 meses de idade?

A
  • no nascimento, está envolvido um mecanismo semelhante ao reflexo (inato), que é sensível ao movimento biológico e útil para que o recém-nascido reaja aos prestadores de cuidado;
  • aos 2 meses de idade o mecanismo deixa de funcionar, mas um segundo mecanismo começa a surgir por volta dos 3 meses, que melhora à medida que o tempo passa;
113
Q

Qual é a importância da audição/perceção auditiva?

A
  • função importante de sinalização (quer para humanos, quer para animais)
  • comunicação
  • ouvir música
114
Q

Se uma árvore cai numa floresta e ninguém está lá para ouvir, existe som? Responde de uma perspetiva física e percetiva.

A
  • “sim”, segundo a definição física (a árvore a cair causa mudanças de pressão, quer exista ou não alguém para ouvir;
  • “não”, segundo a definição percetiva (se ninguém está na floresta, não haverá experiência)
115
Q

O que é o som como uma mudança de pressão?

A

Um estímulo sonoro ocorre quando os movimentos ou vibrações de um objeto causam mudanças de pressão no ar, água ou qualquer outro meio elástico que pode transmitir vibrações.
- compressão: ligeiro aumento na densidade de moléculas perto do diafragma do altifalante que leva a um aumento da pressão do ar acima da pressão atmosférica
- rarefação: as moléculas de ar espalham-se para preencher o espaço que aumentou, quando o diafragma do altifalante se move de volta

116
Q

O que é uma onda sonora? E um som puro?

A

Padrão de mudanças de pressão de ar (compressão e rarefação), que viajam pelo ar a 340 m/s.
São ondas mecânicas que precisam de um meio de propagação.

Um som puro ocorre quando ocorrem mudanças na pressão do ar num padrão descrito por uma função matemática chamada onda senoide.

117
Q

O que é a frequência do som?

A

É o nº de ciclos de uma onda sonora, por segundo.
A frequência do som aumenta à medida que o nº de ciclos por segundo aumenta.

  • poucas vibrações por minuto: o som é grave
  • muitas vibrações por minuto: o som é agudo
118
Q

O que é a amplitude do som?

A

Traduz-se em intensidade/volume.
- situações de volume/amplitude elevado: criança a chorar, buzinar

  • situações de volume/amplitude baixa: pessoa a sussurrar, respiração e uma música para adormecer
119
Q

O que são sons complexos?

A

Os sons complexos representam a maioria dos sons no ambiente, como os produzidos pela maioria dos instrumentos musicais ou as pessoas a falar, têm formas de onda mais complexas do que o padrão de onda senoidal do tom puro de mudanças de pressão.

120
Q

Em termos percetivos, o que é o título de limite?

A

O título de limite é a menor quantidade de energia sonora que mal pode ser detetada (“consegue ouvir este som?).

121
Q

Em termos percetivos, o que é o volume (loudness)?

A

É a característica mais próxima da amplitude ou pressão sonoro.

É a intensidade percebida de um som, que varia de “apenas audível” a “muito alto”.

122
Q

Em termos percetivos, o que é a altura (pitch)?

A

É a qualidade de tons que se estendem ao alto ao baixo. Refere-se à propriedade do som que nos permite classificá-lo como grave ou agudo. Está relacionada com a frequência:

  • quanto maior a frequência, mais agudo é o som
  • quanto menor a frequência, mais grave é o som
123
Q

Em termos percetivos, o que é o timbre?

A

É a qualidade que distingue entre dois sons que têm a mesma intensidade e duração, mas que ainda soam diferentes.