Teste 02 Flashcards

1
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Perturbação do Desenvolvimento Intelectual (PDI) é caracterizada por déficits significativos nas funções cognitivas e no funcionamento adaptativo, com um QI abaixo de 75, e os sintomas devem ser manifestados até os 18 anos, para distinguir da deficiência adquirida.

A

Resposta correta: Falso.

Justificativa:
A PDI é diagnosticada com base em déficits nas funções cognitivas, como raciocínio e aprendizado acadêmico, com um QI abaixo de 70, e não abaixo de 75. Além disso, os sintomas devem ser manifestados durante a infância ou adolescência, e não necessariamente até os 18 anos. Esse critério é essencial para diferenciar a PDI de deficiências adquiridas ao longo da vida.

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2
Q

Manifestações Etiológicas na Pré-Conceção

Pergunta: Quais são os principais fatores etiológicos associados à PDI na fase de pré-conceção?

a) Imprinting parental, anomalias cromossómicas e perturbações de genes únicos.
b) Exposição a substâncias tóxicas durante a gestação.
c) Privação ambiental e lesão cerebral na infância.
d) Complicações no parto.

A

Resposta correta: a)

Justificativa: Durante a pré-conceção, a PDI pode ser causada por anomalias cromossómicas (numéricas e estruturais), imprinting parental (e.g., fenilcetonúria) e perturbações de genes únicos, como a Síndrome do X Frágil​

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3
Q

No caso de PDI.
25% das pessoas diagnosticas apresentam comorbidade com a ansiedade.
Qual outra comorbidade esta associada a esta pertubação ?

A

Comorbidades Associadas
As comorbidades são frequentes em indivíduos com PDI e incluem:

Dificuldades de comunicação: Podem prejudicar a interação social e o desenvolvimento de habilidades adaptativas.

Problemas de saúde mental: Como ansiedade (25% dos casos), depressão e distúrbios do humor.
Outras perturbações do neurodesenvolvimento: Por exemplo, PHDA (4-11%), PEA (5%), e perturbação dos movimentos estereotipados (com ou sem comportamento autolesivo).

Condições físicas: Como paralisia cerebral e epilepsia, que são 3 a 4 vezes mais frequentes na população com PDI​

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4
Q

Quais são as principais características da Perturbação do Espectro do Autismo?

A

Défices na Comunicação e Interação Social: Dificuldades significativas na comunicação social, que podem incluir problemas em iniciar ou manter conversas, compreender normas sociais e expressar emoções .

Comportamentos Repetitivos e Padrões Restritivos: Indivíduos com PEA frequentemente apresentam comportamentos repetitivos, interesses restritos e padrões de comportamento que podem ser inflexíveis .

Comprometimentos Sensoriais: Muitas crianças com PEA podem ter hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos sensoriais, além de dificuldades com sono e alimentação .

Variabilidade no Funcionamento: A PEA pode manifestar-se de forma variada, com alguns indivíduos apresentando um funcionamento mais alto e outros com dificuldades mais severas .

Comorbilidades: É comum que indivíduos com PEA apresentem comorbidades, como perturbações do desenvolvimento intelectual, perturbações de aprendizagem e transtornos de hiperatividade e déficit de atenção (PHDA) .

Início Precoce dos Sintomas: Os sinais da PEA geralmente se tornam evidentes nos primeiros anos de vida, sendo identificados frequentemente por volta dos 2 anos de idade

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5
Q

Domínios de Avaliação do PEA

  1. Pergunta: Quais são os principais domínios avaliados em crianças com PEA?

a) Desenvolvimento psicomotor, perfil funcional e linguagem.
b) Habilidades motoras, comportamento adaptativo e interesses restritos.
c) QI, memória de curto prazo e habilidades sensoriais.
d) Exclusivamente interação social.

  1. Instrumentos para Avaliação do Desenvolvimento Psicomotor
    Pergunta: Qual instrumento é amplamente utilizado para avaliar o desenvolvimento psicomotor ou intelectual em crianças?

a) TOPL – Test of Pragmatic Language.
b) Escala de Avaliação do Desenvolvimento Infantil de Ruth Griffiths.
c) Escala Vineland Adaptive Behavior Scales.
d) Teste de Avaliação da Linguagem da Criança (TALC).

  1. Avaliação do Perfil Funcional
    Pergunta: Qual instrumento avalia o perfil funcional de crianças com PEA?

a) WISC-III.
b) Escala Vineland Adaptive Behavior Scales.
c) WPPPSI-R.
d) Escala de Comunicação Pré-Verbal.

  1. Instrumentos de Avaliação da Linguagem
    Pergunta: Qual instrumento avalia aspectos específicos da linguagem em crianças portuguesas com PEA?

a) TALC – Teste de Avaliação da Linguagem da Criança.
b) Escalas de Inteligência de Wechsler para crianças.
c) Matrizes de Raven.
d) Escala de Avaliação do Desenvolvimento Infantil de Ruth Griffiths

A
  1. Resposta correta: a)
    Justificativa: O processo de avaliação inclui o desenvolvimento psicomotor ou intelectual, o perfil funcional e a linguagem, para oferecer uma visão ampla das dificuldades da criança​
  2. Resposta correta: b)
    Justificativa: A Escala de Avaliação do Desenvolvimento Infantil de Ruth Griffiths é uma ferramenta utilizada para avaliar o desenvolvimento psicomotor ou intelectual em crianças​
  3. Resposta correta: b)
    Justificativa: A Escala Vineland Adaptive Behavior Scales avalia o comportamento adaptativo e o perfil funcional da criança, fornecendo informações importantes para o diagnóstico e intervenção
  4. Resposta correta: a)
    Justificativa: O TALC é um teste específico para avaliar a linguagem em crianças portuguesas, sendo uma ferramenta valiosa no diagnóstico de PEA
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6
Q

Quais fatores dificultam a avaliação neuropsicológica de crianças, especialmente no diagnóstico de PEA?

A

Resposta:
A avaliação neuropsicológica de crianças enfrenta diversos desafios, como:

Desenvolvimento contínuo: As crianças estão em constante evolução física e emocional, o que dificulta a avaliação precisa das funções cognitivas, “Neuroplasticidade”.

Exposição a ambientes variados:
As crianças variam na exposição a ambientes que influenciam a aquisição de novas informações e competências.

Limitação de dados:
A base de dados sobre lesões cerebrais em crianças é muito mais limitada do que a disponível para adultos, dificultando a comparação entre déficits observados.

Diferenças entre crianças e adultos:
O déficit em crianças não está necessariamente associado às mesmas lesões que causam déficits em adultos.
Pais como informantes imprecisos: Pais podem não ser sempre precisos sobre o desempenho acadêmico dos filhos, dificultando a coleta de informações confiáveis.

Dificuldade com avaliações prolongadas:
Crianças tendem a ter mais dificuldades em avaliações longas devido à fadiga, distração e comportamento inquieto, o que compromete a obtenção de resultados fiáveis.

Importância da motivação e cooperação:
Manter a cooperação da criança é essencial para resultados válidos, sendo necessário monitorar sinais de fadiga ou distração durante a avaliação.

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7
Q

Por que a hipótese dos biomarcadores sugere que crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam um aumento de 10% na circunferência craniana?

Hipótese:
O crescimento prematuro dos tecidos, juntamente com a formação da arquitetura e conectividade neuronal, pode ocorrer de maneira mais acelerada no autismo, sendo menos orientado pelas experiências funcionais e pela aprendizagem adaptativa. Esse desenvolvimento precoce e menos guiado pode contribuir para a manifestação dos comportamentos característicos do autismo.

A

Resposta:
Estudos sobre o circuito cerebral no autismo mostram alterações em várias estruturas, como a amígdala, que frequentemente apresenta um volume reduzido, resultando em menor atividade funcional nessa área. Além disso, foi observada uma hipoatividade no giro fusiforme de indivíduos com TEA durante a visualização de faces desconhecidas. Em contrapartida, há uma ativação do sulco temporal superior, que está relacionado à cognição social e à percepção de vozes. Por fim, as estruturas límbicas também apresentam comprometimentos. Esse conjunto de alterações pode influenciar a conectividade neuronal e o comportamento observado em crianças com TEA, possivelmente refletindo no aumento da circunferência craniana como um marcador de desenvolvimento atípico.

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8
Q

O que é uma lesão cerebral adquirida (LCA)?

A

Lesão Cerebral Adquirida ou LCA, pode ser definida por qualquer situação que possa conduzir a dano no tecido cerebral.
Ou seja, é uma lesão no tecido cerebral que ocorre depois do nascimento e resulta em mudanças na atividade cerebral, podendo afetar a integridade física, a atividade metabólica ou a capacidade funcional das células nervosas.

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9
Q

Quais são as duas principais classificações das causas da LCA?
A) Congênitas e adquiridas.
B) Traumáticas e não-traumáticas.
C) Internas e metabólicas.
D) Funcionais e estruturais.

A

Resposta correta: B
Justificativa: As LCAs podem ser causadas por fatores traumáticos, como acidentes e quedas, ou por fatores não-traumáticos, como AVCs e exposição a toxinas

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10
Q

As principais sequelas cognitivas associadas à Lesão Cerebral Adquirida (LCA) incluem comprometimentos significativos nas funções executivas, como dificuldades em atenção, memória, planejamento, organização, e orientação espacial e temporal, sendo essas sequelas universais, independentemente da localização da lesão.

A

Resposta correta: Falso.

Justificativa:
Embora as sequelas cognitivas da LCA frequentemente envolvam déficits em funções executivas, como atenção, memória e planejamento, a intensidade e o tipo de comprometimento podem variar dependendo da localização e da extensão da lesão cerebral. A LCA pode afetar diferentes regiões do cérebro, e as sequelas cognitivas podem não ser universais, podendo ser influenciadas por fatores individuais, como o tipo de lesão traumatica ou não traumatica, como tambem os danos associados, podendo ser danos primarios ou secundarios a lesão, isso determina o o grau de recuperação.

Para além disso, as alterações comportamentais e emocionais associadas podem ser variadas, com diferentes níveis de gravidade. Devido a alterações nos órgãos dos sentidos. Por este motivo a escala de glasgow é indispensavel, pois favorece uma avaliação da severidade baseada na intensidade e duração da alteração de
consciência.

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11
Q

A LCA afeta principalmente as áreas do cérebro responsáveis pelas funções executivas, mas não tem impacto sobre aspectos emocionais ou comportamentais, uma vez que as áreas emocionais do cérebro geralmente permanecem intactas.

A

Resposta correta: Falso.

Justificativa:
Embora a LCA afete com frequência as áreas frontais do cérebro, que são responsáveis pelas funções executivas, as sequelas não se limitam apenas a aspectos cognitivos. A lesão também pode impactar áreas relacionadas à regulação emocional e ao comportamento, resultando em alterações de personalidade, impulsividade, alterações de humor e problemas sociais. A intensidade desses impactos pode variar conforme a gravidade e a localização da lesão. Portanto, as alterações emocionais e comportamentais frequentemente estão presentes, afetando a adaptação do paciente à sua condição.

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12
Q

Quais são exemplos de causas não-traumáticas de LCA?
A) Quedas e acidentes de viação.
B) AVC, anoxia e tumores cerebrais.
C) Lesões esportivas e impactos por objetos.
D) Hematomas superficiais e fraturas cranianas.

A

Resposta: B

Justificativa: As causas não-traumáticas incluem AVC, exposição a toxinas, anoxia/hipoxia e tumores cerebrais, resultando de fatores internos.

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13
Q

Sobre AVC (Acidente Vascular Cerebral) & Reserva Cognitiva

  1. Qual dos seguintes é um fator de risco não modificável para o AVC?
    A) Hipertensão.
    B) Tabagismo.
    C) Idade.
    D) Diabetes.
  2. Como o uso de estrogênios exógenos em mulheres pós-menopausa pode afetar o risco de AVC?
    A) Reduz significativamente o risco de AVC.
    B) Não tem impacto sobre o risco de AVC.
    C) Pode aumentar o risco de AVC.
    D) Garante proteção contra doenças cardiovasculares.
  3. Qual é o impacto da reserva cognitiva em pacientes com LCA ou AVC?
    A) Não tem impacto na recuperação funcional.
    B) Facilita maior declínio funcional após lesões cerebrais.
    C) Contribui para uma recuperação mais eficaz e menos declínio.
    D) Garante recuperação completa após qualquer tipo de lesão cerebral.
A

Resposta:

  1. Resposta correta: C
    Justificativa: Idade, sexo e histórico familiar são fatores não modificáveis, enquanto hipertensão e tabagismo são modificáveis.
  2. Resposta correta: C
    Justificativa: O uso de estrogênios exógenos pode contribuir para o aumento do risco de AVC em mulheres pós-menopausa.
  3. Resposta correta: C
    Justificativa: Pacientes com maior reserva cognitiva apresentam menos declínio funcional e uma recuperação mais eficaz após lesões cerebrais.
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14
Q

Quando deve ser realizada a avaliação neuropsicológica formal após uma lesão cerebral?

A) Imediatamente após o evento crítico.
B) Entre 1 a 3 semanas após a lesão.
C) Após 6 a 12 semanas do evento crítico.
D) Somente após o início da reabilitação.

A

Resposta correta: C

Justificativa:
A avaliação neuropsicológica formal deve ser realizada após a fase aguda da lesão, geralmente entre 6 a 12 semanas, para evitar resultados influenciados por mudanças rápidas no estado do paciente ou pela fadiga associada ao evento.

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15
Q

Verdadeiro ou Falso: Justifique

” No Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE), os danos secundários incluem lesões como fraturas cranianas e hematomas intracranianos, que ocorrem imediatamente após o impacto, enquanto os danos primários se desenvolvem posteriormente e são causados por complicações metabólicas, como edema cerebral e hipóxia.”

A

Resposta correta:

Falso

(Os danos primários ocorrem no momento do trauma, incluindo fraturas e hematomas, enquanto os danos secundários se desenvolvem posteriormente devido a complicações metabólicas e fisiológicas, como edema cerebral e hipóxia.)

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16
Q

Como a Escala de Coma de Glasgow classifica a gravidade de um TCE com base na pontuação obtida?

A) Lesão leve: 15 pontos; moderada: 12-14 pontos; severa: ≤11 pontos.
B) Lesão leve: 13-15 pontos; moderada: 9-12 pontos; severa: ≤8 pontos.
C) Lesão leve: 14-15 pontos; moderada: 10-13 pontos; severa: ≤9 pontos.
D) Lesão leve: qualquer pontuação acima de 10; moderada: 5-10 pontos; severa: ≤4 pontos.

A

Resposta correta: B

Justificativa: A Escala de Coma de Glasgow avalia a severidade do TCE com base na resposta ocular, verbal e motora do paciente, classificando lesões leves (13-15 pontos), moderadas (9-12 pontos) e severas (≤8 pontos).

17
Q

Quais sintomas indicam uma disfunção executiva após um TCE severo?

A) Aumento da criatividade e flexibilidade na tomada de decisões.
B) Apatia, tomada de decisão inadequada, desinibição e dificuldades no planejamento de metas.
C) Alteração exclusivamente emocional sem impacto nas funções cognitivas.
D) Melhoria das habilidades de atenção e memória de trabalho devido à reorganização neural.

  1. Quais áreas cerebrais são mais frequentemente afetadas pelo TCE, e quais são as consequências associadas?

A) Lobo parietal: déficits motores e espaciais.
B) Lobo occipital: problemas emocionais e de autoconsciência.
C) Lobo frontal, lobo temporal e corpo caloso: alterações de personalidade, controle emocional e diminuição da velocidade de processamento.
D) Núcleos da base: déficits exclusivamente motores, sem impacto cognitivo.

A
  1. Resposta correta: B
    Justificativa: A disfunção executiva em casos de TCE severo inclui déficits em controle comportamental, apatia, tomada de decisão impulsiva e problemas no planejamento, frequentemente associados a danos no lobo frontal.
  2. Resposta correta: C
    Justificativa: As áreas mais frequentemente atingidas são o lobo frontal (alterações de personalidade e disfunção executiva), o lobo temporal (descontrole emocional) e o corpo caloso (diminuição da velocidade de processamento), devido à sua localização e vulnerabilidade estrutural durante traumas.
18
Q

Qual é a importância da avaliação longitudinal no diagnóstico diferencial de demência?

A

.Resposta:
A avaliação longitudinal permite identificar a progressão gradual ou até mesmo estados irreversível da demencia.
Atraves de estudos longtidinais e meta analises é possivel diferenciar tais condições.
Como por exemplo, o delirium possui uma condição flutuante comparadativamente ao estado demencial major. Isto é com o tratamento adequado os sintomas podem se tornar reversiveis.
Para além disso, no diagnotico diferencial, monitorar respostas ao tratamento, comparar com o estado atual com a capacidade pré-mórbida e distinguir padrões específicos de deterioração cognitiva é extremamente importante no processo de reabilitação.

Logo, vemos que é essencial diferenciar causas reversíveis de irreversiveis nas condições neurodegenerativas.

19
Q

Quais são as diferenças entre demência, delirium e declínio cognitivo ?

A
  1. Demência: É um declínio progressivo e persistente em múltiplos domínios cognitivos (memória, funções executivas, cognição social), que interfere na funcionalidade diária. Não apresenta flutuações rápidas.
  2. Delirium: Caracteriza-se por alterações rápidas e flutuantes na atenção e na consciência, com desenvolvimento em horas ou dias. Geralmente é causado por fatores agudos (infecções, desequilíbrios metabólicos) e é reversível com tratamento adequado.
  3. Declínio Cognitivo Relacionado à Idade: É um declínio leve, gradual e não progressivo, que não interfere na independência do indivíduo.

Justificativa:

Essas condições diferem em termos de progressão, reversibilidade e impacto funcional. Entender essas diferenças é essencial para evitar diagnósticos errados, dentificando e aplicando intervenções adequadas.

20
Q

Qual é a diferença entre a Doença de Alzheimer e a Demência Vascular?

A

Doença de Alzheimer e a Demência Vascular são diferentes em termos de causa e progressão:

Causa:
A Doença de Alzheimer é causada por alterações cerebrais relacionadas ao acúmulo de proteínas, enquanto a Demência Vascular resulta de danos aos vasos sanguíneos cerebrais, geralmente devido a AVCs.

Progressão:
A Doença de Alzheimer tem uma progressão gradual e contínua, afetando principalmente memória e funções cognitivas. A Demência Vascular tende a ter uma progressão episódica, com declínios súbitos após eventos vasculares, como AVCs.

Sintomas:
A Doença de Alzheimer começa com perda de memória, seguida de dificuldades em funções executivas e linguagem. A Demência Vascular pode causar dificuldades mais variadas, como problemas de atenção e planejamento.

Tratamento:
A Doença de Alzheimer não tem cura, mas medicamentos podem ajudar a controlar sintomas. A Demência Vascular foca no controle dos fatores de risco vascular e na prevenção de novos AVCs.

21
Q

Quais são as diferenças entre a Perturbação Neurocognitiva Major (PNM) e a Perturbação Neurocognitiva Ligeira (PNL) segundo o DSM-5-TR?

A
  • PNM: O declínio neurocognitivo é significativo, geralmente mais de dois desvios-padrão abaixo do esperado para a idade, e afeta a funcionalidade diária. Isso pode se manifestar em dificuldades com tarefas cotidianas, como gerenciamento financeiro e tomada de decisões.
  • PNL: O declínio é mais leve (entre um e dois desvios-padrão) e não interfere na independência do indivíduo, embora ele possa precisar de estratégias compensatórias para realizar tarefas rotineiras. A capacidade de funcionar de forma independente ainda é preservada, mas com mais esforço.
22
Q

Como o conceito de “continuum” entre plasticidade e vulnerabilidade precoce pode refletir na progressão dos déficits neurocognitivos em PNL (Pseudoneurocognição Leve) e PNM (Pseudoneurocognição Moderada)?

A

Plasticidade e reserva cognitiva: A plasticidade cerebral e a reserva cognitiva influenciam diretamente a forma como os déficits neurocognitivos progridem. Indivíduos com maior plasticidade têm maior capacidade de compensar déficits, retardando a progressão dos sintomas, especialmente nos estágios iniciais (PNL).

Vulnerabilidade precoce: Condições que aumentam a vulnerabilidade precoce, como baixo nível educacional ou histórico de traumas cerebrais, podem acelerar a transição de PNL para PNM, comprometendo a funcionalidade e a independência mais rapidamente.

Avaliação longitudinal: O acompanhamento contínuo permite identificar como esses fatores de plasticidade e vulnerabilidade moldam a progressão individual dos déficits, ajudando a diferenciar entre PNL e PNM e a planejar intervenções específicas.

23
Q
  1. Pergunta: Qual das seguintes metodologias de intervenção é frequentemente utilizada no tratamento de crianças com PEA (Transtorno do Espectro Autista)?

a) TEACCH
b) Terapia com Fonodiologa
c) Intervenção Psicosocial
d) Métodos estruturados de ensino especial.

  1. Qual é o principal desafio relacionado à personalização da intervenção terapêutica para crianças com PEA, considerando a variabilidade no espectro?

a) A intervenção deve ser padronizada para garantir eficácia universal em todas as crianças com PEA.
b) A personalização deve ser evitada, pois pode complicar a aplicação de modelos de tratamento generalizados.
c) O diagnóstico de comorbidades e a avaliação contínua são fundamentais para ajustar as abordagens de tratamento de acordo com as necessidades individuais.
d) A abordagem terapêutica deve se concentrar exclusivamente em técnicas comportamentais sem considerar outras dimensões do transtorno.

  1. Qual é o impacto das intervenções psicossociais e do treinamento de habilidades adaptativas no desenvolvimento de crianças com PEA ao longo do tempo?

a) Intervenções psicossociais são secundárias e não têm impacto significativo no desenvolvimento da criança com PEA.
b) A ênfase em habilidades sociais pode ser excessiva, com risco de negligenciar outros aspectos importantes do desenvolvimento cognitivo e motor.
c) Treinamentos em habilidades adaptativas, como autocontrole e resolução de problemas, são cruciais para a independência e a inclusão social da criança a longo prazo.
d) O foco principal deve ser o tratamento farmacológico, com a exclusão de terapias psicossociais.

A
  1. Resposta correta:
    a) TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children).
    Justificativa: O TEACCH é uma metodologia amplamente reconhecida e baseada em evidências, que utiliza uma abordagem estruturada e visual para ensinar crianças com PEA, promovendo a organização, previsibilidade e habilidades de comunicação. Ao contrário de terapias alternativas não comprovadas ou de uma intervenção exclusivamente farmacológica, o TEACCH envolve um modelo multidisciplinar e individualizado que favorece o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas e cognitivas.
  2. Resposta correta: c) O diagnóstico de comorbidades e a avaliação contínua são fundamentais para ajustar as abordagens de tratamento de acordo com as necessidades individuais.
    Justificativa: A principal complexidade no tratamento do PEA reside na variabilidade dos sintomas e nas comorbidades associadas, como transtornos de ansiedade ou TDAH. Essas condições devem ser identificadas e avaliadas continuamente para personalizar o tratamento e garantir que todos os aspectos da criança sejam abordados. Abordagens padronizadas não são eficazes em todas as crianças devido à diversidade dentro do espectro.
  3. Resposta correta: c) Treinamentos em habilidades adaptativas, como autocontrole e resolução de problemas, são cruciais para a independência e a inclusão social da criança a longo prazo.
    Justificativa: O desenvolvimento de habilidades adaptativas permite que crianças com PEA alcancem maior independência e integração social. A ênfase em habilidades psicossociais, como autocontrole, resolução de problemas e interação social, tem um impacto positivo duradouro, ajudando a criança a lidar com os desafios diários de maneira mais eficaz. Ignorar essas áreas pode comprometer o desenvolvimento global da criança.
24
Q

Justifique:

As comorbidades associadas à demência, como depressão e ansiedade, podem agravar o comprometimento cognitivo ao influenciar negativamente funções executivas, memória e atenção, além de dificultar a adaptação emocional do paciente à progressão da doença.

A

Justificativa:
Comorbidades como depressão e ansiedade são frequentemente observadas em pacientes com demência e podem amplificar os déficits cognitivos já existentes. Por exemplo:

Depressão pode levar a uma redução na motivação, piorando a atenção, concentração e capacidade de realizar tarefas complexas, além de causar pseudodemência, que pode ser confundida com declínio cognitivo progressivo.
Ansiedade pode agravar o comprometimento da memória e funções executivas, uma vez que o aumento da ativação emocional sobrecarrega os sistemas cognitivos.
Essas comorbidades também interferem na capacidade de lidar com a progressão da demência, aumentando o sofrimento emocional e dificultando a adesão a tratamentos e estratégias de reabilitação.

25
Q

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por dificuldades persistentes na comunicação e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, sendo essas manifestações universais entre os indivíduos diagnosticados, sem variações em intensidade ou apresentação.

A

Resposta correta: Falso.

Justificativa:
Embora o TEA seja caracterizado por dificuldades em comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos, sua apresentação é altamente heterogênea. As manifestações podem variar significativamente em intensidade e impacto funcional entre os indivíduos, o que reflete a natureza de “espectro” do transtorno.
Essa variação inclui desde pessoas com alto nível de suporte necessário, com déficits severos na comunicação verbal e não verbal, até indivíduos altamente funcionais, que podem apresentar desafios sutis na socialização e interesses intensos, mas preservam a autonomia em muitas áreas. Essa diversidade é essencial para compreender a complexidade do transtorno.

26
Q

Justifique:

A presença de comorbidades psiquiátricas, como ansiedade, depressão e transtornos do comportamento, é comum em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo que essas comorbidades podem agravar os sintomas centrais do TEA e prejudicar o desenvolvimento social e acadêmico.

A

Resposta correta: Verdadeiro.

Justificativa:

Indivíduos com TEA frequentemente apresentam comorbidades psiquiátricas, como transtornos de ansiedade, depressão, e transtornos de conduta. A ansiedade e a depressão podem ser particularmente prevalentes devido à dificuldade em lidar com as interações sociais e mudanças no ambiente. Além disso, esses transtornos psiquiátricos podem agravar os sintomas centrais do TEA, como a rigidez comportamental e dificuldades de comunicação, e dificultar o progresso nas habilidades sociais e acadêmicas. A presença dessas comorbidades requer uma abordagem integrada no tratamento do TEA, com estratégias específicas para o manejo dos sintomas associados.

27
Q

Etiologia do TEA

A etiologia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerada ________ e envolve uma interação complexa entre fatores ________ e ________. Estudos genéticos sugerem que o TEA tem uma forte base ________, com várias variantes genéticas contribuindo para o risco. Além disso, fatores ________ durante a gestação, como infecções maternas ou exposição a substâncias tóxicas, podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do transtorno, embora ________ também desempenhem um papel crucial na expressão dos sintomas.

Alternativas:

A) monofatorial / genéticos / ambientais / hereditária / ambientais / interações sociais
B) multifatorial / genéticos / ambientais / hereditária / ambientais / interações sociais
C) monofatorial / ambientais / genéticos / genéticos / gestacionais / hereditárias
D) multifatorial / genéticos / ambientais / hereditária / sociais / biológicos

A

Resposta: B

Resposta correta:

A etiologia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerada multifatorial e envolve uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Estudos genéticos sugerem que o TEA tem uma forte base hereditária, com várias variantes genéticas contribuindo para o risco. Além disso, fatores ambientais durante a gestação, como infecções maternas ou exposição a substâncias tóxicas, podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do transtorno, embora interações ambientais e sociais também desempenhem um papel crucial na expressão dos sintomas.

Justificativa:
A etiologia do TEA é complexa, envolvendo tanto fatores genéticos quanto ambientais. Embora a genética desempenhe um papel fundamental, com diversos genes associados ao risco de TEA, fatores ambientais, como exposições durante a gestação, também são importantes. A interação entre esses fatores pode influenciar a severidade e a apresentação dos sintomas.

28
Q

Verdadeiro ou Falso

  1. Considerar o histórico pré-mórbido do paciente é crucial na avaliação de uma LCA por quais razões principais?
  2. Intervenções para Perturbações do Neurodesenvolvimento, como PDI, incluem estratégias precoces, farmacológicas e psicossociais?
A

Respostas:

Resposta 01: Verdadeiro.

Compreender o estado pré-mórbido permite comparar o funcionamento atual, identificar padrões de mudança e considerar a reserva cognitiva para um melhor prognóstico e reabilitação.

Resposta 02: Verdadeiro.

Essas intervenções visam causas subjacentes, comorbilidades e melhorias no funcionamento adaptativo e na qualidade de vida.

29
Q

Quais são as semelhanças e diferenças entre o delirium e as demências em relação aos domínios neurocognitivos e sua progressão?

A

Resposta:

Tanto o delirium quanto as demências afetam os mesmos seis domínios neurocognitivos principais: atenção complexa, funções executivas, aprendizagem, linguagem, habilidades visuoespaciais e cognição social. No entanto, existem diferenças significativas na forma como essas condições impactam esses domínios:

Semelhanças:

Ambos os quadros afetam múltiplos domínios cognitivos, como atenção, memória, linguagem e funções executivas.

Diferenças:

Delirium: Caracteriza-se por flutuações rápidas e reversíveis nos domínios neurocognitivos. Os sintomas podem surgir de forma aguda e, se tratada a causa subjacente, a condição pode melhorar significativamente.

Demências (como Alzheimer): O impacto nos domínios cognitivos é progressivo e irreversível. O declínio cognitivo, embora possa começar de forma leve, se intensifica ao longo do tempo, afetando progressivamente mais áreas da cognição e funcionalidade do paciente.

Portanto, a principal diferença está na progressão e na reversibilidade dos sintomas, com o delirium sendo mais transitório e tratável, enquanto as demências seguem um curso degenerativo.