Teorias do comércio internacional: intrafirma, intrassetorial, economias de escala e concorrência imperfeita, Prebisch Flashcards

1
Q

Segundo Adam Smith, o que é a teoria do valor trabalho?

A
  • A vantagem absoluta de uma nação na produção de um bem decorre da produtividade do trabalho e da especialização.
    OU
  • Em uma economia fechada, os preços dos bens são determinados por seu conteúdo em trabalho.
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2
Q

Resuma o Teorema de Hecksher-Ohlin.

A
  • tese: as diferenças na abundância relativa dos fatores de produção (K e L) entre os países explicam as vantagens comparativas e os padrões de comércio internacional.
  • os países exportam produtos que utilizam intensivamente seus fatores de produção relativamente abundantes, e importam os que são escassos;
  • pressupõe: concorrência perfeita; tecnologia igual para todos; imobilidade internacional de K e L; curva de FPP é côncava; retornos constantes de escala; rendimento decrescente de K e L.
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3
Q

O que diz o modelo Hecksher-Ohlin-Samuelson?

A

-o livre comércio equaliza a remuneração dos fatores de produção entre os países.
- no limite, pode haver uma convergência de custos dos dois fatores nos dois países.

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4
Q

Quais os principais pontos da crítica de Prebisch aos neoclássicos?

A
  • divisão internacional do trabalho entre centro e periferia;
  • nos países centrais, há mão de obra qualificada; sindicatos fortes; + tecnologia gera + renda, salários e + preço dos bens; estrutura produtiva diversificada; exportam bens industriais; estruturas de oligopólio/monopólio; passam bem ciclos econômicos;
  • na periferia, L pouco qualificada e abundante; estrutura produtiva pouco diversificada (heterogeneidade estrutural); + tecnologia diminui os preços dos bens e + subemprego/informalidade; exportam bens primários; concorrência perfeita; passam mal os ciclos econômicos;
  • deterioração dos termos de troca é a relação entre o preço das exportações e o das importações. Prebisch mostrou que esses termos despencaram a partir do início do século XX. A elasticidade-renda da demanda dos bens primários é baixa e dos industriais é alta.
  • livre comércio não gera ganhos equitativos por causa da deterioração dos termos de troca e diferenças nas elasticidades-renda da demanda;
  • defesa de integração econômica latino-americana, com integração aberta dentro do bloco; crítica à integração regional neoclássica de Jacob Viner;
  • Estado fundamental para industrializar países de industrialização tardia;
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5
Q

Defina deterioração dos temos de troca.

A

É a relação entre o preço das exportações e o das importações. Prebisch mostrou que esses termos despencaram a partir do início do século XX. A elasticidade-renda da demanda dos bens primários é baixa e dos industriais é alta.

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6
Q

Por que uma economia externa de escala pode resultar em uma curva de oferta inclinada negativamente/em queda futura?

A

Porque o custo médio cai conforme a produção aumenta, quanto maior for a produção do setor, menor vai ser o preço que as empresas vão querer ofertar.

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7
Q

Se dois países se beneficiam de economias de escala externas, o que influencia o padrão de comércio entre eles?

A
  • o tamanho do mercado interno (quanto maior, mais especialização);
  • o “acidente histórico” de já ser um pioneiro no setor: mesmo que o país A produza com custo médio menor do que B, e em tese poderia abastecer o mercado mundial de forma mais barata que B, B consegue vender o bem a um preço menor que o custo que A enfrentaria para começar sua produção, por ter sido pioneiro.
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8
Q

Na existência de economias de escala externa, o livre comércio sempre beneficiará dois países que comerciam?

A

Não. Um país que produz relógios a um custo médio menor que a Suíça, por exemplo, vai se beneficiar se impor tarifas aos relógios suíços e vender seus relógios ao mercado interno.

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9
Q

Resuma: comércio intrassetorial.

A
  • é o comércio entre bens do mesmo setor produtivo;
  • bens diferenciados na ótica dos consumidores (bens substitutos imperfeitos);
  • Configura uma competição monopolística.
  • estrutura de demanda semelhante entre países (teoria de Linder);
  • pode haver flutuações sazonais na oferta.
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10
Q

Resuma: comércio intrafirma.

A
  • firma produz bens em que diferentes etapas são realizadas em diferentes países (cadeia global de valor);
  • comércio de insumos, bens intermediários e finais;
  • dependem de tributação, logística, ambiente de negócios, custos de mão de obra, etc.
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11
Q

A maior parte do comércio global é intrassetorial ou ou inter-setorial?

A

intrassetorial, ao contrário do que pregam os neoclássicos (inter-setorial)

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12
Q

O que diz o teorema Stolper-Samuelson?

A

Que o livre comércio beneficia o fator de produção abundante, mas prejudica o menos abundante, tudo em termos reais. Por isso, há setores que querem protecionismo e outros querem abertura comercial.

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13
Q

O que diz o teorema de Rybczynski?

A

Efeito ampliação. Supondo os preços dos fatores constantes, um aumento na dotação de um dos fatores reduz a produção do bem intensivo no outro fator. Um país que produz petróleo e carne, se encontra uma grande reserva de petróleo, ele vai aumentar, em termos absolutos, a produção de petróleo e reduzir a de carne.

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14
Q

O que diz o paradoxo de Leontief?

A

Estudo empírico (início 1960) que mostrou que os EUA exportavam bens intensivos em mão de obra e importavam bens intensivos em capital, contrariando a lógica do modelo HO.

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15
Q

Como o modelo de concorrência monopolística pode oferecer simultaneamente maior variedade e preços menores?

A
  • o comércio entre dois países que produzem bens com economia de escala podem formar um mercado integrado que é maior que o mercado interno dos países;
  • ao gerar um comércio intraindústria, aumenta-se a variedade e diminuem-se os preços.

Condições básicas:
- cada firma produz em um só país e um só produto e vende em ambos os mercados;
- cada bem será produzido em um único país e exportado ao outro;
- custos de produção são os mesmos nos dois países;
- não há custos de transação

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16
Q

Como se comportaria um setor no qual as economias de escala são puramente externas?

A
  • haveria muitas empresas pequenas e poderia ser perfeitamente competitivo;
  • uma empresa grande não teria vantagem alguma
17
Q

Quais as as três razões para que um conjunto de empresas (economia de escala externa) seja mais eficiente que uma empresa individual isolada?

A
  • habilidade em dar apoio a fornecedores especializados;
  • permite agrupamento do mercado de mão de obra;
  • promovem o transbordamento de conhecimento;
18
Q

Uma economia de escala interna sempre gera concorrência imperfeita?

A

Sim. Porque a grande empresa tem muita vantagem de custo sobre as menores. Gera concorrência monopolística.

19
Q

Suponha uma concorrência monopolística em que as firmas operam com economia de escala. Há barreiras à entrada no setor? O que o tamanho do mercado tem a ver com isso?

A
  • não há barreiras: as empresas entrarão até baixar os preços e fazer as outras perderem o poder de monopólio.
  • um mercado maior suportará uma quantidade maior de empresas produzindo em grande escala e a um custo médio menor do que se o mercado fosse menor (logo seria saturado)