HEB - FHC e Plano Real Flashcards

1
Q

Resuma as três fases do Plano Real.

A
  1. Ajuste fiscal. Diagnóstico de efeito Tanzi às avessas (déficit público crescendo com o aumento da inflação); corte de gastos; Programa de Ação Imediata (PAI); Fundo Social de Emergência (FSE), que desvinculou receitas da União.
  2. Desindexação. Fase heterodoxa; criação da Unidade Real de Valor (URV) em março de 1994 como quase moeda, sem ser meio de pagamento, (proposta Larida); BACEN fixava diariamente a paridade com o Cruzeiro Real; contratos e salários convertidos em URV; criação do Real em julho/1994;
  3. Âncora nominal. Juros e compulsório altíssimos para evitar explosão do consumo; câmbio banda assimétrica com teto de $1. Ainda em 1994, abandono da âncora nominal em prol da cambial; deterioração do déficit público (câmbio apreciado + déficits correntes).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O diagnóstico da inflação feito pelo Plano Real foi ortodoxo ou heterodoxo?

A

Ortodoxo. Excesso de gastos públicos, logo, problema fiscal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Cite alguns fatores que fizeram o Plano Real estabilizar a inflação, ao contrário dos planos dos anos 1980.

A
  • cenário internacional + favorável: liquidez
  • Brasil com altas reservas internacionais;
  • maior abertura da economia brasileira;
  • Plano Brady: BR finalizou acordo em 1994 para reescalonar a dívida externa;
  • mérito de não dolarizar a economia para estabilizar;
  • estratégia da URV muito superior ao congelamento de preços.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Fale sobre a terceira fase do Plano Real, a âncora nominal.

A
  • Altos juros (conter a saída de capital) e câmbio apreciado (teto máximo $1) foram as duas âncoras.
  • Impediram o boom de consumo igual rolou no Plano Cruzado; movimento de equalização da inflação com o resto do mundo.
  • Deteriorou as transações correntes e o déficit público.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Por que a desvalorização cambial brasileira, em 1999, não gerou uma crise tipo a mexicana de 1995?

A
  • política monetária contracionista;
  • cumprimento das metas fiscais do FMI;
  • demanda estava contraída;
  • meta de inflação determinada como 8% para o ano.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Houve diferenças entre a fase 2 (desindexação) do Plano Real e a “proposta Larida” da moeda indexada dos anos 1980?

A

Sim. Mário Simonsen apontou críticas.
Assim, a URV:
- não era uma “nova moeda”, só nova unidade de conta;
- criação de um indexador superior (mescla de três índices);
- cotação facultativa de preços e contratos pela URV;
- cuidado com a explosão do consumo: proposta de contração monetária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Cite algumas reformas econômicas importantes ocorridas nos governos FHC.

A
  • privatizações e agências reguladoras;
  • fim do monopólio estatal ni petróleo e telecomunicações;
  • mais atração ao capital estrangeiro;
  • reestruturação do sistema financeiro (PROER, privatização de bancos estaduais, + bancos estrangeiros);
  • criação do “fator previdenciário”;
  • Lei de Responsabilidade Fiscal;
  • Regime de metas de inflação;
  • rígido ajuste fiscal após 1999.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Explique sucintamente as duas maiores “sequelas” macroeconômicas do Plano Real: desequilíbrio externo e crise fiscal.

A
  • Desequilíbrio externo: mto + importação que exportação; déficit corrente e dívida externa (para cobrir o déficit corrente) aumentaram muito. Tudo isso pq o câmbio continuava fixo por medo da “mexicanização” se houvesse desvalorização.
  • Crise fiscal: déficit primário, nominal e dívida pública aumentaram. O primário pq não teve mudança fiscal estruturante; o nominal, pq os juros tavam altos; a dívida, para financiar o déficit corrente.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly