T1 e T2 (Coração) Flashcards

1
Q

cavidade esplânica contém 3 aparelhos

A

respiratório, digestivo e urogenital

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2
Q

Descrição geral do coração

A

Coração é a parte central que bombeia o sangue. A função das artérias é transportar o sangue para fora do coração e as veias transportam-no para dentro do coração. O ventículo direito (-R) é semilunar e o ventrículo esquerdo (-L) é circular. O sangue passa do átrio para o ventrículo/cavidade inferior, por gravidade. Quando a pressão do ventrículo aumenta, o sangue sai.

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3
Q

parede ventricular tem 3 planos

A

A parede ventricular tem 3 planos: Epicárdio (lâmina distal), Miocárdio (mais espessa e mais desenvolvida) e Endocárdio (camada interna).

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4
Q

O coração bombeia mais sangue para a parte pulmonar ou sistémica

A

R: Apesar de haver mais sangue na parte sistémica, como é um circuito fechado, o sangue a ser bombeado é exatamente o mesmo. A renovação do sangue e a quantidade de sangue que é enviado depende da quantidade q os pulmões conseguem receber

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5
Q

Forma e orientação do coração

A

forma cónica achatada lateralmente e localiza-se obliquamente = eixo mais longo é oblíquo(em carnívoros e suínos) ou verticalmente (ruminantes e equinos) na cavidade torácica, dentro do saco pericárdico, com a sua base orientada dorsocranialmente e o seu vértice ventrocaudalmente. A base do coração está ao nível do plano médio da 1ª costela.
Existe um achatamento lateral do tórax e coração nos quadrúpedes como os ruminantes, equinos, suínos e carnívoros, ao contrário dos humanos.

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6
Q

peso do coração

A

É o órgão mais volumoso que se encontra no mediastino médio ventral, com seu peso correspondente a 0.7% do peso corporal (varia consoante o animal é de corrida ou mais sedentário. Quanto mais exercício o animal fizer, maior a percentagem do peso corporal).

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7
Q

Divisões do coração

A

o coração é dividido por um septo interventricular numa porção direita e esquerda, cada uma parcialmente dividida numa cavidade recetora de sangue, átrio, e impulsora, ventrículo.
Esta divisão interna está indicada na superfície do coração pela presença de sulcos.

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8
Q

Sangue que cada metade recebe

A

A metade esquerda recebe sangue oxigenado-arterial- proveniente dos pulmões pelas veias pulmonares e bombeia-o para o circulação corporal através da aorta, enquanto a metade direita recebe sangue venoso de todo o organismo pelas veias cavas e o bombeia para os pulmões através do tronco pulmonar. (lado direito: sangue venoso / lado esquerdo: sangue arterial)

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9
Q

Revestimento interno do coração

A

Toda a superfície interna do coração é revestida por uma membrana fina e brilhante, o endocárdio, que é contínuo com a túnica íntima dos vasos que entram e saem dele.

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10
Q

Faces do coração

A

A sua face auricular (esquerda) é onde se encontram as extremidades das auriculas enquanto sua face atrial (direita) é onde se encontram os átrios.
As faces auricular e atrial do coração são separadas pelos bordos ventriculares cranial e caudal.

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11
Q

Superfície Cardíaca

A

A base do coração é o ponto de entrada e saída dos grandes vasos arteriais e venosos, enquanto o vértice é uma acumulação de fibras miocárdicas na ponta do ventrículo esquerdo.

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12
Q

Sulcos

A

O sulco coronário separa as aurículas (forma de orelha e é mais musculada que o átrio porque se vai contrair) dos ventrículos e rodeia todo o coração exceto a sua porção cranial, onde se encontra o cone arterial (base do tronco pulmonar).
Os sulcos interventriculares separam os ventrículos direito do esquerdo, sendo o sulco que atravessa a face esquerda (face auricular) designado por sulco interventricular paraconal (encontra-se próximo do cone arterial, extendendo-se até a incisura apical), e o sulco que atravessa a face direita (face atrial) designado por sulco interventricular subsinuoso (encontra-se sob o seio das veias cavas).

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13
Q

Pericárdio

A

O coração encontra-se no interior do pericárdio (género saco), que é composto por 3 partes: pleura do pericárdio (camada mais externa, faz parte da pleura e ajuda a formar o saco que é o pericárdio), pericárdio fibroso e pericárdio seroso. Há ainda líquido pericárdico e cavidade pericárdica.

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14
Q

Pericárdio fibroso

A

a camada do meio (mais densa e maior), está ligada ao esterno e ao diafragma através do lig. esternopericárdico (ruminantes e equinos) e lig. frenicopericárdico (carnívoros e suínos). Ligamento esternopericárdico encontra-se ventralmente ao pericárdio fibroso. Está também ligado aos grandes vasos

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15
Q

Pericárdio seroso

A

internamente delimita o pericárdio e tem uma lâmina parietal intimamente aderida à face profunda do pericárdio fibroso, e uma lâmina visceral (epicárdio) intimamente aderida ao coração. A lâmina visceral está ligada ao músculo, o miocárdio (epicárdio). As duas lâminas são separadas pela cavidade pericárdica preenchida por líquido seroso (cor translúcida) que favorece o deslizamento (diminui o atrito) de ambas as lâminas durante as contrações, e ao nível da base do coração as lâminas serosa e visceral são contínuas seguindo uma linha conhecida por linha de reflexão do pericárdio.

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16
Q

Seio transverso do pericárdio

A

a nível da base do coração o líquido seroso do lado esquerdo comunica com o do lado direito através do seio transverso do pericárdio. Separa artérias das veias. Separa pedúnculo arterial do pedúnculo venoso. Como o coração nunca para de bater, o líquido pericárdico impede a fricção e o aquecimento, lubrificando-o.

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17
Q

Circulação coronária

A

por imagem circulação

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18
Q

Anatomia comparada: Equinos:

A
  1. A veia ázigos direita desemboca no átrio direito;
  2. A gordura nos sulcos interventriculares paraconal e subsinuoso e sulco coronário é amarela;
  3. O ramo interventricular subsinuoso é emitido pela artéria coronária direita.
  4. A transição entre a v. cardíaca maior e o seio coronário é marcada pela v. oblíqua do átrio esquerdo;
  5. A v. cardíaca média desemboca diretamente no átrio direito;
  6. Ambas as aa. subclávias saem do tronco braquiocefálico;
  7. Têm tronco bicarotídeo.
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19
Q

Anatomia comparada:

Ruminantes:

A
  1. A veia ázigos esquerda desemboca no seio coronário e marca a transição entre a v. cardíaca maior e o seio coronário;
  2. Os trígonos ossificam para dar origem aos ossos cardíacos;
  3. O ramo interventricular subsinuoso é emitido pela artéria coronária esquerda
  4. Ambas as aa. subclávias são emitidas pelo tronco braquiocefálico;
  5. Têm tronco bicarotídeo. Nos bovinos predomina o sangue e irrigação do lado esquerdo. De resto, as espécies são perfeitamente bilaterais.
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20
Q

Anatomia comparada:

Suínos:

A
  1. A v. ázigos esquerda desemboca no seio coronário e marca a transição entre a v. cardíaca maior e o seio coronário;
  2. O ramo interventricular subsinuoso é emitido pela artéria coronária direita;
  3. A a. subclávia esquerda é emitida pelo arco aórtico;
  4. Têm tronco bicarotídeo.
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21
Q

Anatomia comparada:

Carnívoros:

A
  1. A veia ázigos direita desemboca na veia cava cranial;
  2. O ramo interventricular subsinuoso é emitido pela artéria coronária esquerda;
  3. A transição entre a v. cardíaca maior e o seio coronário é marcado pela v. oblíqua do átrio esquerdo;
  4. A a. subclávia esquerda é emitida pelo arco aórtico;
  5. Não têm tronco bicarotídeo.
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22
Q

Lado esquerdo:

A
  • Extremidade das aurículas, especialmente a esquerda;
  • Ventrículo direito mais cranial de onde sai o tronco pulmonar que interrompe o sulco coronário;
  • Sulco interventricular paraconal que separa ambos os ventrículos.
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23
Q

Lado direito:

A
  • Sulco interventricular subsinuoso e atrio direito à direita;
  • Circulação sistémica com a Veia cava cranial, Veia cava caudal e Veia Ázigo.
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24
Q

Trajeto até a porção direita do septo interventricular em equinos e de volta

A

ventrículo esquerdo » bulbo da aorta » a. coronária direita » ramo interventricular subsinuoso » septo interventricular » v. cardíaca média » átrio direito

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25
Q

Trajeto até a porção direita do septo interventricular em suínos e de volta

A

ventrículo esquerdo » bulbo da aorta » a. coronária direita » ramo interventricular subsinuoso » septo interventricular » v. cardíaca média » seio coronário » átrio direito

26
Q

Trajeto até a porção direita do septo interventricular em ruminantes/carnívoros e de volta

A

ventrículo esquerdo » bulbo da aorta » a. coronária esquerda » ramo circunflexo » ramo interventricular subsinuoso » septo interventricular » v. cardíaca média » seio coronário » átrio direito

27
Q

Descreva a localização do coração e o pericárdio

A

O coração encontra-se na porção ventral do mediastino médio da cavidade torácica, inclinado obliquamente em carnívoros e suínos, e verticalmente em ruminantes e equinos, dentro do saco pericárdico.
O pericárdio é constituído por uma camada mais externa designada por pleura pericárdica, uma camada média mais espessa designada por pericárdio fibroso, e uma camada interna chamada pericárdio seroso. O pericárdio fibroso fixa-se ao esterno em ruminantes e equinos através do ligamento esternopericárdico, e ao diafragma em carnívoros e suínos através do ligamento frenicopericárdico.
O pericárdio seroso tem uma lâmina serosa aderida ao pericárdio fibroso, e uma lâmina visceral também conhecida como epicárdio aderida ao coração.
As duas lâminas delimitam um espaço preenchido por líquido pericárdico, a cavidade pericárdica, e são contínuas a nível da linha de reflexão do pericárdio na base do coração.
O líquido seroso pericárdico do lado direito comunica com o do lado esquerdo através do seio transverso do pericárdio.

28
Q

Descreva os sulcos na superfície do coração

A

O coração tem um sulco coronário, que separa os ventrículos dos átrios ao longo de quase toda a base do coração, sendo interrompido pelo tronco pulmonar. No sulco coronário percorre o ramo circunflexo da a. coronária esquerda, a a. coronária direita, a v. cardíaca maior e o seio coronário.
O sulco interventricular paraconal separa o ventriculo direito do esquerdo na face auricular do coração, sendo percorrido pelo ramo interventricular paraconal da a. coronária esquerda, e pela v. cardíaca maior.
O sulco interventricular subsinuoso separa o ventrículo direito do esquerdo na face atrial do coração, sendo percorrido pelo ramo interventricular subsinuoso da a. coronária direita (em equinos e suínos) ou do ramo circunflexo da a. coronária esquerda (em carnívoros e ruminantes)

29
Q

Função das valvas do coração

A

prevenir o refluxo de sangue.

30
Q

Valva atrioventricular direita:

A

também conhecida como valva tricúspide, a valva atrioventricular direita encontra-se no orifício atrioventricular direito, para impedir o refluxo de sangue do ventrículo direito para o átrio direito, e tem 3 válvulas (em português deixaram de ser chamadas cúspides):

  • válvula angular: é a mais cranial
  • válvula septal: mais próxima do septo interventricular
  • válvula parietal: mais próxima da parede marginal do ventriculo
31
Q

Valva atrioventricular esquerda:

A

também conhecida como valva bicúspide ou valva mitral, encontra-se no orifício atrioventricular esquerdo, para impedir refluxo do ventriculo esquerdo para o átrio esquerdo, e tem 2 válvulas:

  • válvula septal: mais próxima do septo interventricular
  • válvula parietal: mais próxima da parede marginal do ventriculo
32
Q

valvas aórtica e pulmonar têm particularidades em relação às valvas atrioventriculares

A

seus bordos livres são espessos em forma de meia-lua para formar as lúnulas das válvulas, com um nódulo no centro. As válvulas têm um bordo côncavo superior que coleta sangue quando o coração dilata (diástole), empurrando os nódulos em direção aos outros nódulos para fechar a valva e impedir o refluxo de sangue. Na aorta, esta zona do bordo côncavo das válvulas é onde se encontram os seios da aorta, origem das artérias coronárias. Ao contrário das valvas atrioventriculares, estas valvas não têm cordas tendíneas.

33
Q

Valva aórtica:

A

encontra-se no orifício aórtico para previnir o refluxo de sangue do seio da aorta de volta para o bulbo da aorta.
(bulbo da aorta –(valva aórtica)-» seio da aorta -» aorta ascendente)
- válvula septal: mais próxima do septo interventricular
- válvula direita: mais próxima da origem da a. coronária direita
- válvula esquerda: mais próxima da origem da a. coronária esquerda

34
Q

Valva pulmonar:

A

encontra-se no orifício pulmonar para prevenir o refluxo de sangue do tronco pulmonar de volta para o ventrículo direito.

  • válvula direita: mais próxima da origem da a. coronária direita
  • válvula esquerda: mais próxima da origem da a. coronária esquerda
  • válvula intermédia: mais próxima da parede marginal
35
Q

Átrio Direito

A

O miocardio dos átrios é substancialmente mais fino que o miocárdio dos ventrículos.
O átrio direito é constituído por uma porção lisa principal, o seio das veias cavas, e um fundo cego em forma de orelha, a aurícula direita.
O seio das veias cavas tem 4 orifícios principais: os orifícios do seio coronário onde desembocam as veias cardíacas maior e média e a veia oblíqua do átrio esquerdo (ou v. ázigos esquerda em ruminantes e suínos, no caso dos equinos a v. cardíaca média forma um orifício adicional no átrio direito); da veia cava cranial; da veia cava caudal e o orifício atrioventricular direito.
Apesar da veia ázigos direita normalmente desembocar na veia cava cranial, as vezes também desemboca no átrio direito.
Entre as aberturas das duas veias cavas encontra-se o tubérculo intervenoso, espessamento da parede dorsal do átrio que encaminha o fluxo sanguíneo das veias cavas em direção ao ventrículo.
No septo interatrial (caudalmente ao tubérculo intervenoso) existe uma depressão, a fossa oval, que é um vestígio do orifício oval (estrutura embrionária).
A aurícula direita é um divertículo do átrio direito, que se projeta cranialmente ao redor das faces direita e cranial da aorta. Sua superfície interna é irregular e reforçada pelos músculos pectíneos, entre eles abrem vários orifícios onde desembocam as veias cardíacas mínimas.
Entre a veia cava cranial e a aurícula direita encontra-se o nódulo sinoatrial incluído na crista terminal, que separa a veia cava cranial da auricula direita.

36
Q

Ventrículo Direito

A

É o ventrículo com paredes mais finas, não alcança o vértice do coração, terminando na incisura apical, e tem uma secção semilunar em corte transverso.
No ventrículo direito encontram-se o orifício atrioventricular direito e o orifício pulmonar, procedente do cone arterial (afunilamento do ventrículo direito, é a origem do nome do sulco interventricular paraconal) que continua como tronco pulmonar e se divide nas artérias pulmonares direita e esquerda.
O orifício pulmonar é separado do orifício auriculoventricular direito pela crista supraventricular.
Na parede interna do ventriculo direito encontram-se projeções musculares, os músculos papilares, que servem de inserção para as cordas tendíneas com origem nas válvulas da valva atrioventricular direita. As cordas tendíneas unem cada válvula a 2 músculos papilares e cada músculo papilar a 2 válvulas.
- músculo papilar maior: a nível da parede marginal
- músculo papilar menor: na parede septal, próximo do sulco interventricular subsinuoso
- músculo papilar subarterial: na parede septal, por baixo da crista supraventricular
As trabéculas carnosas são eminências miocárdicas que diminuem o fluxo de sangue a nível do ventrículo, tornando a sua parede irregular, e a trabécula septomarginal direita contém o ramo direito do sistema de condução do coração e liga a parede septal à parede marginal do ventrículo direito.

37
Q

Átrio Esquerdo

A

É onde desembocam as veias pulmonares. Projeta a auricula esquerda, também com músculos pectíneos. Não tem grandes particularidades para além do septo interatrial e orifício atrioventricular esquerdo.

38
Q

Ventrículo Esquerdo

A

Tem paredes 2-3 vezes mais espessas que o ventriculo direito e extende-se até o vértice do coração.
Apresenta o orifício atrioventricular esquerdo e o orifício aórtico,
O ventrículo esquerdo tem menos trabéculas carnosas que o ventriculo direito, e tem 2 músculos papilares:
- músculo papilar subatrial: por baixo do átrio esquerdo
- músculo papilar subauricular: por baixo da aurícula esquerda
Ao contrário do que acontece no ventrículo direito, em que existe apenas uma trabécula septomarginal, a trabécula septomarginal esquerda é constituida por vários fascículos distintos, contendo os ramos esquerdos do sistema de condução do coração.

39
Q

Base Fibrosa do Coração

A

O coração tem um esqueleto cardíaco fibrocartilagenoso composto por aneis fibrosos e trígonos, que serve de sustentação para as valvas e para isolar a nível eletrofisiológico os átrios dos ventrículos, havendo passagem de impulso nervoso apenas por um ponto.
Os aneis fibrosos atrioventriculares localizam-se entre a fina musculatura atrial e a espessa musculatura ventricular de cada lado, ao redor dos orifícios atrioventriculares.
O anel fibroso aórtico e o anel fibroso pulmonar localizam-se em volta das origens da aorta e da artéria pulmonar respetivamente.
Os trígonos fibrosos (direito e esquerdo) localizam-se entre o anel aótico e os aneis auriculoventriculares direito e esquerdo, sendo o trígono direito de maior tamanho.
Nos bovinos os trígonos condrificam e posteriormente ossificam, formando os ossos cardíacos.
Nos equinos e suínos apenas condrificam com a idade, formando as cartilagens cardíacas.
Nos carnívoros os trígonos podem estar ausentes.

40
Q

Sistema de condução do coração

A

Os aneis fibrosos atrioventriculares isolam a musculatura atrial da ventricular.
Para a cordenação das sístoles e diástoles do coração participam fibras musculares especializadas para condução de impulsos elétricos, gerados no próprio coração no nó sinoatrial, conhecido como marcapassos, que se localiza na crista terminal do átrio direito. Apesar dos impulsos serem gerados pelo próprio nó sinoatrial, estão sujeitos a regulação pelo sistema nervoso autónomo.
O impulso gerado pelo nó sinoatrial percorre os átrios esquerdo e direito e termina no nó atrioventricular. O nó atrioventricular encontra-se na parede septal interatrial e origina o fascículo atrioventricular que descende atravessando o trígono direito, emite ramos para o septo interventricular e se divide num ramo direito que forma a trabécula septomarginal direita e um ramo esquerdo, que forma as trabéculas septomarginais esquerdas para os ventrículos direito e esquerdo respetivamente. Ambos terminam em fibras de Purkinje nas paredes marginais dos ventrículos.

41
Q

Inervação motora do coração

A

inervação parassimpática - nervo vago

simpática - tronco simpático.

42
Q

Inervação sensitiva do coração

A

sistema nervoso autónomo, sendo as fibras simpáticas responsáveis pelos recetores de nociceção (dor) e as fibras parassimpáticas pelos recetores de distensão

43
Q

Localização do coração

A

Carnívoros: tem uma posição oblíqua, inclinado caudalmente e com rotação de 60% para o lado esquerdo e ocupa o espaço de 4 costelas (entre a 3ª e 7ª costela).
Encontra-se no saco pericárdico, na porção ventral do mediastino médio. Contribui cerca de 0.7% para o peso do animal.
No caso dos carnívoros a sua exploração é fácil porque o membro torácico não cobre o a parede torácica onde se encontra o coração.

44
Q

Auscutação:

A

feita do lado esquerdo para as valvas mitral, aórtica e pulmonar, e do lado direito para a valva tricúspide.

  • valva mitral: ao nível da junção costocondral no 5º espaço intercostal do lado esquerdo (A)
  • valva pulmonar: ao nível da junção costocondral no 3º espaço intercostal do lado esquerdo (B)
  • valva aórtica: ao nível da articulação do ombro no 4º espaço intercostal do lado esquerdo (C)
  • valva tricúspide: ao nível da articulação costocondral no 4º espaço intercostal do lado direito (D)
45
Q

Punção cardíaca:

A

é feita do lado direito porque o ventrículo direito é mais fino, a nível da união costocondral do 5º espaço intercostal do lado direito.

46
Q

Localização em anatomia comparada:

A

Equinos e Ruminantes: têm uma posição mais vertical, ocupa o espaço entre a 3ª e 6ª costela, a auscutação é dificultada pela posição do membro torácico, que cobre o coração.

Nos ruminantes encontra-se muito próximo dos compartimentos gástricos

Suínos: têm um coração pequeno em relação ao seu corpo, têm uma grande deposição de gordura, e com a posição do membro torácico a cobrir o coração é difícil a sua exploração.
Assim como nos carnívoros, o coração é inclinado caudalmente.

47
Q

Embriologia do sistema cardiovascular

A

Em mamíferos, as primeiras células sanguíneas aparecem no saco vitelino, formando ilhotes sanguíneos, que se diferenciam em células endoteliais ou células sanguíneas primitivas, que se juntam para formar os vasos sanguíneos da circulação extraembrionária.
Algumas células sanguíneas migram para o interior do animal, formando ilhotes sanguíneos que confluem entre si para dar origem aos vasos intraembrionários.
A hematopoiese passa a ocorrer transitoriamente no fígado e no baço, e posteriormente na medula óssea, persistindo nesta até a vida adulta.

48
Q

Formação do tubo endocárdico

A

Na região cervical, próximo da mesoderme esplâncnica formam-se vesículas endocárdicas duplas. Com a fusão do intestino primitivo, as vesículas endocárdicas aproximam-se e fundem-se, formando um tubo endocárdico, que com o dobramento antero-posterior do embrião migra para a cavidade pericárdica para dar origem ao coração.

49
Q

Segmentação e curvatura do tubo endocárdico primitivo

A

O tubo endocárdico é simples, com apenas duas cavidades: um átrio e um ventrículo e bulbo cardíaco.
O ponto de saída das aortas ventrais é o tronco arterial enquanto o ponto de entrada das veias vitelinas forma o seio venoso.
As aortas ventrais unem-se às aortas dorsais através dos arcos aórticos, um para cada arco branquial.
A medida que o tubo endocárdico cresce, fica maior que a cavidade pericárdica que o delimita, por isso no seu desenvolvimento torce e forma curvaturas enquanto o seu interior é dividido em 4 compartimentos.

50
Q

Divisão do canal atrioventricular comum

A

O canal atrioventricular comum é a primeira porção do coração que sofre divisão. Formam-se espessamentos da parede do coração, os coxins endocárdicos, que migram um em direção ao outro até se fundirem, formando o septo intermédio, que separa o canal atrioventricular comum em canal atrioventricular direito e esquerdo.

51
Q

Divisão dos átrios – formação do septo interatrial

A

Os átrios são divididos mais ou menos ao mesmo tempo que os ventrículos, mas convém descrevê-los separadamente.
A parede dorsal do átrio forma um espessamento, que cresce ventralmente para formar o septo primário.
Enquanto o septo primário não alcança o septo intermédio (no orifício atrioventricular), o sangue flui do átrio direito para o átrio esquerdo através do orifício primário.
Quando o septo primário funde-se com o septo intermédio, o orifício primário fecha, e por apoptose forma-se o orifício secundário no meio do septo primário.
Para a formação do septo interatrial também cresce um septo secundário a partir da parede dorsal do átrio e do septo intermédio, que nunca chega a fechar completamente, formando o orifício oval entre a sua porção dorsal e ventral.

52
Q

Divisão dos ventrículos e tronco arterial

A

O septo interventricular tem uma porção muscular que cresce dorsalmente a partir da parede ventral do ventrículo, e uma porção membranosa que cresce ventralmente a partir do septo intermédio.
O septo interventricular divide o ventrículo num ventrículo direito e ventrículo esquerdo, que continuam a ter uma abertura para o cone cardíaco (afunilamento do bulbo cardíaco) e tronco arterial (continuação do cone cardíaco).
Os ventrículos brevemente comunicam entre si através do orifício interventricular.
Formam-se coxins bulbares (direito e esquerdo) no bulbo cardíaco e coxins aórtico-pulmonares (direito e esquerdo) no tronco arterial que crescem um em direção ao coxim do outro lado e fundem-se em espiral, formando o septo aórtico-pulmonar para dividir o tronco arterial na aorta e tronco pulmonar, que no adulto enrolam-se um no outro.

53
Q

Formação das válvulas

A

As válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide) desenvolvem-se no bordo dos canais atrioventriculares direito e esquerdo. A cavitação do miocárdio permite a fixação das válvulas na parede do coração através de fibras musculares, em que parte é substituída por tecido conjuntivo, formando as cordas tendinosas, e parte permanece como músculo, formando os mm. papilares.
Acontece algo parecido nas aberturas para a aorta e a. pulmonar, dando origem às válvulas aórtica e pulmonar, mas estas não são fixas por cordas tendinosas.

54
Q

Circulação embrionária

A

Imagem

55
Q

Circulação fetal

A

Imagem

56
Q

Modificações da circulação ao nascimento

A

A primeira inspiração expande os pulmões, provocando um maior fluxo de sangue do coração pelo tronco pulmonar. O sangue chega aos pulmões e é oxigenado, e segue pelas veias pulmonares. Um aumento do fluxo de sangue nas veias pulmonares aumenta a pressão no átrio esquerdo.
O corte da veia umbilical (que origina o ligamento redondo do fígado) provoca uma diminuição do fluxo de sangue para o átrio direito, diminuindo a pressão do átrio direito. Esta inversão de pressões comprime o septo primário contra o septo secundário, fechando o orifício oval e formando a fossa oval.
Por reflexo, o ducto arterioso fecha, originando o ligamento arterioso para prevenir sangue não oxigenado do tronco pulmonar fluir para a aorta.
As artérias umbilicais também são cortadas e degeneram para formar o ligamento redondo da bexiga.

57
Q

Enumere as valvas e válvulas do coração

A

Valva atrioventricular direita ou tricúspide, com as válvulas parietal, septal e angular;
Valva atrioventricular esquerda, bicúspide ou mitral, com as válvulas parietal e septal;
Valva aórtica com as válvulas direita, esquerda e septal;
Valva pulmonar com as válvulas direita, esquerda e intermédia.

58
Q

Descreva a base fibrosa do coração

A

A base fibrosa do coração, para além de sustentar suas valvas tem uma função importante no isolamento eletrofisiológico dos átrios e ventrículos.
Existem 4 aneis fibrosos, ao redor dos orifícios atrioventriculares (anel fibroso atrioventricular direito e esquerdo) e da origem das grandes artérias (anel fibroso aórtico e pulmonar).
Entre o anel fibroso aórtico e os aneis fibrosos atrioventriculares existem também trígonos fibrosos direito e esquerdo, sendo o direito de maior tamanho e atravessado pelo fascículo atrioventricular do sistema de condução do coração.
Nos bovinos os trígonos ossificam rapidamente para formar os ossos cardíacos, enquanto nos equinos e suínos condrificam com a idade para formar as cartilagens cardíacas. Nos carnívoros os trígonos podem não existir.

59
Q

Descreva a inervação do coração

A

A inervação do coração é de total responsabilidade do sistema nervoso autónomo.
O n. vago, com origem no seu núcleo parassimpático no tronco do encéfalo, é responsável por sua inervação parassimpática. Suas fibras pré-ganglionares descendem para a cavidade torácica através do tronco vagossimpático, que emite n. cardíacos (também chamados de nn. depressores) para o coração. Na parede do coração fazem sinapse com gânglios que emitem fibras pós-ganglionares para sua inervação motora parassimpática. Seu estímulo lentifica os batimentos cardíacos (braquicardia).
As fibras pré-ganglionares dos nervos simpáticos têm origem no corno lateral da medula espinhal e através de ramos comunicantes fazem sinapse com os gânglios toracolombar e cervical médio, que emitem ramos pós-ganglionares para inervar o coração. Seu estímulo acelera os batimentos cardíacos (taquicardia) e dilata as artérias coronárias.
Sua inervação aferente é feita através do nervo vago (recetores de dor) e nervos simpáticos (recetores de distensão).

60
Q

Quais são os pontos de auscutação e de punção do coração em carnívoros?

A

Auscutação da valva mitral: 5º espaço intercostal ao nível da articulação costocondral do lado esquerdo
Auscutação da valva pulmonar: 3º espaço intercostal ao nível da articulação costocondral do lado esquerdo
Auscutação da valva aórtica: 4º espaço intercostal ao nível do plano horizontal da articulação do ombro do lado esquerdo
Auscutação da valva tricúspide: 4º espaço intercostal ao nível da articulação costocondral do lado direito
Punção: 5º espaço intercostal ao nível da articulação costocondral do lado direito