Sofistas, Sócrates e Platão Flashcards
Sofistas
Sábios professores da retórica e oratória, que era usada para convencer na Eclésia. Viajavam cobrando por aulas. Valorizavam o discurso pelo contexto político, no qual havia o direito de manifestação, a isegoria. Saíam da busca pelo arkhé e se importavam com discussões políticas, éticas e humanas.
Acreditavam na relatividade da verdade, que esta não era absoluta e uma só. Praticavam, então, a erística, o convencimento de suas ideias.
Sofista: Protágoras de Abdera
“O homem é a medida de todas as coisas”, ou seja, ele próprio mede o que é bom ou ruim para si. É relativo, é pessoal.
Sofistas: Hípias e Górgias
Górgias, principalmente, promovia um debate público e no próximo, no dia seguinte, defendia uma ideia oposta, praticando a erística, mostrando que o importante é o discurso, a argumentação, a oratória, e não o que está sendo defendido.
Período Socrático
Amplia o pensamento para fora da cosmologia, virando-se para o entendimento antropológico.
Sócrates
- Idade de ouro de Atenas.
- Oposição aos sofistas, colocando a lógica x retórica.
- “Só sei que nada sei.”
- “Conhece a ti mesmo.”
- No Templo de Delfos, uma oráculo disse a Sócrates que ele era o homem mais sábio de Atenas, da Grécia, e ele era, pois sabia que não sabia de nada.
Método Socrático
Sócrates fazia o parto do conhecimento, habilidade herdada da mãe parteira, e lapidava o conhecimento, habilidade herdada do seu pai lapidário. Assim, desenvolveu o método socrático:
- Exortação - Convite ao interlocutor para o diálogo;
- Indagação - Perguntas ao interlocutor;
- Ironia - Demonstração das contradições;
- Maiêutica - Conhecimento está pronto para nascer.
Nesse processo, fazia a própria pessoa construir seu próprio conhecimento, invés de apenas lhe dizer verdades, o que é ou não é.
Julgamento de Sócrates
Foi acusado de corromper a juventude, porque trazia ideias contrárias às virtudes democráticas da pólis, afastando os filhos das pessoas que queriam ver suas proles recebendo educações como as dos sofistas.
Platão
- Inserido no contexto antropológico.
- Arístocles, nascido em Atenas, foi apelidado de Platão, que significa “ombros largos”, pelo seu físico.
- Discípulo de Sócrates. Estudou astronomia e matemática no Egito, fundando sua academia no retorno para Atenas.
Idealismo de Platão
Prega a teoria do mundo das ideias/formas e o mundo dos sentidos. No mundo das ideias é onde está a verdade, o conhecimento, e o mundo dos sentidos é no qual nós vivemos, colocando novamente o mobilismo e imobilismo em embate.
- Essas ideias, ou formas, são tudo aquilo que existe em cada coisa. O conceito de “homem”, por exemplo, atinge a um masculino, branco e alto como toca também em uma feminina, negra e baixa. Ambos participam da ideia de homem de maneira imperfeita.
- O mundo dos sentidos participa, por exemplo, da ideia de amor platônico, mas não o espelha fielmente. A forma perfeita das coisas está apenas no mundo das ideias.
- A dialética é o método de ascensão ao mundo das ideias, no qual tem-se a tese e a antítese, com a junção das duas resultando em síntese.
- Para a teoria da reminiscência, da lembrança, nossa alma já esteve no mundo das ideias e conhece esse mundo perfeito. Ao encarnar no mundo dos sentidos, nos esquecemos das ideias e é necessário nos lembrar de lá pelo método da dialética.
O Mito da Caverna
Trata-se da alegoria criada por Platão para representar o que é o seu idealismo:
Todos os homens estão presos dentro de uma caverna, acorrentados de maneira a só conseguirem ver a parede em sua frente. Atrás da parede em suas costas, há uma fogueira que permite uma iluminação que projetam sombras na parede visível. Essas sombras retrata o mundo dos sentidos, porque mostram cópias imperfeitas da forma perfeita.
Um dos homens sai da caverna e fica cego pela luminosidade, até mesmo tendo um sofrimento físico por conta da força da luz solar. Pode-se pensar nesta como a luz da verdade das coisas, o que o impulsiona a voltar para a caverna para se proteger, e essa parte representa o homem que evita a dor, o susto, do conhecimento real.
Alma Tripartite e Cidade Justa
Trata-se das três partes da alma, para Platão:
- Concupiscente - apetites, instintos, sobrevivência;
- Irascível - emoções, positivos e negativos;
- Racional - responsável pela lógica, o logos.
Cada parte apresenta uma virtude, sendo, respectivamente, a temperança, a coragem e a justiça.
A justiça, para Platão, é a cidade se organizar de uma maneira em que a pessoa exerça a atividade na qual ela é mais capaz. Um indivíduo é mais tendencioso a uma das partes da alma, o que o torna naturalmente mais apto para alguma área de atividades.
- O concupiscente é bom para trabalhos manuais e negócios, pois seu apetite o faz buscar bens materiais;
- O irascível se preocupa com a virtude da guerra, esporte, poder, assim sendo guardiões ideais.
- O racional é dominado pela lógica, portanto sendo mais apto para governar uma cidade, pois tem um senso de justiça mais apurado.
Governo Ideal de Platão
Aristocracia - a cidade governada pelos melhores. Com esse conceito, Platão faz uma crítica à democracia, já que nessa modelo não são os melhores que governam. Platão cria uma série de metáforas quanto a isso.
Um navio está desgovernado na tempestade, com pessoas em perigo. Devemos votar em como é melhor conduzir esse navio ou devemos procurar um especialista em navegação?
Dessa maneira, o governo ideal de Platão consiste em o povo ser formado pelos concupiscentes, os guerreiros por irascíveis e o governo pelos racionais.
A República
- Primeira utopia ocidental, falando da cidade ideal.
- Critica a mímesis e as artes de copiar a cópia.