Sistema do Complemento Flashcards
Proteínas de Fase Aguda
- Estão, maioritariamente no plasma e são produzidas por hepatócitos em resposta a citoquinas libertadas durante o processo de inflamação: IK-6, IL-2 e TNF alfa.
Proteína C reativa
Marcadora de inflamação
Funções das proteínas do sistema de complemento
- Ativação do sistema de complemento
- Opsonização (marcação) de micororganismos invasores
- Limitação de danos tecidulares
Sistema de complemento
- Conjnto de proteínas solúveis produzidas por hepatócitos e monócitos, presentes no soro sanguíneo e nos fluidos reciduais e ausentes na urina e no líquido cefalorraquidiano.
- Algumas proteínas podem estar inativas, zimogénios. Estas são ativadas por uma cascata proteolítica.
- C3a: fragmento peptídico derivado da clivagem do componente C3.
Funções do Sistema de complemento
- Lise direta de patógenos por meio da formação do complexo de ataque à membrana (MAC);
- Opsonização, promovendo a fagocitose de antigénios;
- Remoção de complexos imunes da circulação (complexos Ag - Ab)
- Amplificação da inflamação e secreção de moléculas que induzem a
resposta imune (C3a, C4a e C5a)
Via Clássica de ativação
Ativação: ligação da proteína C1q a anticorpos, IgG e IgM à superfície bacteriana ou antigénica.
Cada molécula de C1 tem que se ligar pelas suas cabeças globulares a pelos menos 2 sítios Fc do Ab formando uma
configuração estável C1- Ab.
1. IgM pentamérica liga-se ao C1q adquirindo a configuração de agrafe, ativando a via.
2.. O IgG só possui 1 local de ligação Fc, por isso, são necessárias 2 moléculas de IgG para se ligarem a C1q.
3. Formação do complexo C1qrs com 1 molécula C1q e 2 moléculas de C1r e C1s. C1qrs, C4, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8, C9.
Via Alterna da ativação
Esta via pode ser ativada espontâneamente pois o C3b está constantemente a ser formado por clivagem. A protéina C3 liga-se a moléculas à superfície do patogénio.
1. Clivagem natural de C3
2. Hidrólise e ativação de C3b na fase fluída
3. C3b liga-se covalentemente às superfícies microbianas e liga-se ao Fator B.
4. Clivagem do Fator B pelo Fator D e estabilização pela properdina (Fator P)
5. Clivagem de moléculas C3 adicionais por células associadas a C3 convertase
6. C3b liga-se covalentemente à superfície da célula, liga-se a C3bBb para formar C5 convertase
7. Clivagem de C5 e iniciação dos últimos passos da ativação do complemento.
O que acontece quando o C3b e liga a superfícies não ativadoras?
Quando o C3b se liga, por exemplo, a células do nosso corpo o organismo tem o factor H e o fator I, que são capazes de inativar a ação da C3b.
Via das Lectinas
Ativação pela ligação de uma lectina (MBL) a moléculas à superfície do patogénio- resíduos de manose (MBL é um PRR solúvel).
1. A lectina reconhece padrões de carbohidratos em patogénios como a manose, onde se vão ligar.
2. MBL liga-.se a MASP 1 e 2, que clivam o C4 e de seguida o C2.
3. Formação da C3 convertase das lectinas (C4bC2a)
4. Ativação das proteínas do complemento na cascata.
Sequência terminal MAC
Faz parte da cascata de ativação do complemento em todas as vias de ativação.
É composta por C5b, C6, C7, C8 e C9 que se unem e formam então o MAC.
Este complemento forma um canal transmembranar que ataca a bactéria/célula target através da entrada e saída de moléculas.
Complementos que fazem a opsonização
C3b, C4b e iC3b
Remoção de imunocomplexos
c1q liga-se aos complexos imunes facilitando
a sua remoção através do baço e figado; o mesmo para C3b
Inflamação
C3a,C4a e C5a são anafilatoxinas que causam desgranulação dos mastócitos e libertação de mediadores inflamatórios ( C3a e C5a são quimiotácticas – atraem leucocitos ao local de inflamação)