Síndromes neurológicas e fraqueza muscular Flashcards
Qual sinal sugere lesão em neurônio motor anterior/inferior (secundário)?
- Fasciculação
- Hipotonia
- Hiporeflexia
Síndromes neurológicas
Classificação por neurônio acometido
Explicação:
- Babinsky: extensão do dedão do pé ao estímulo cutâneo (o normal é a flexão)
- Hipertonia elástica: sinal do canivete, braço rigído que extende completamente após certa força
Síndromes neurológicas
Principais etiologias: 1,2 neurônio motor, placa motora e músculo
Esclerose múltipla
- Definição: conceito e perfil do paciente
- Quadro clínico:
Definição
- Doença auto-imune desmielinizante da substância branca no SNC
- Acomete mulhere entre 10-50 anos/ homens > 30 anos
Quadro clínico
Disseminação no espaço (acomete >2 lugares do SNC)
- Neuralgia do trigêmio em paciente jovem
- Babinsky positivo
- Neurite optica unilateral de progressão lenta (olho embaçado)
- Parestesia/amortecimento/fraqueza
- Mielite transversa
- Sinal de Lhermitte (dor ao flexionar o pescoço)
- Fenômeno de Uhthoff (piora dos sintomas com o calor)
Disseminação no tempo:
- Surto -> remissão -> surto com sintomas ainda mais exuberantes
Esclerose múltipla
Diagnóstico
Disseminação no espaço:
- Dedos de Dawson: hiperfoco em mútiplas áreas cerebrais, geralmente perpendiculares (imagem abaixo)
Disseminação no tempo:
- Sintomas em surto->remissão->surto
Esclerose múltipla
Tratamento
- Fase aguda: períodos de crise
- Fase crônica: iniciar tratamento após diagnóstico ou se for detectado mais de 2 lesões após crise
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
- Epidemiologia
- Fatores de risco
- Gene
- Pacientes > 60 anos
- Forma: esporádica
- Fatores de risco: idade e histórico familiar (HF) POSITIVO
- Principal gene familiar: SOD1
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
Quadro clínico e diagnóstico
SINTOMAS NÃO SÃO SENSITIVOS, APENAS MOTORES!!!
SINTOMAS MOTORES
- Ocorrem devido a ELA aftar tanto o neurônio motor primário quanto o secundário
-
Primário: S. piramidal (espasticidade,
tonicidade muscular, reflexos exagerados) - ATROFIA! (Lembrar do Stephen Hawking)
- Secundário: fasciculações (espasmos musculares)
- Fraqueza em MM assimétrica
Evolução:
- Quando afeta o bulbo causa a síndrome pseudo-bulbar: risos, choros, bocejos inadequados
- Depois de 3 a 5 anos, só mexe o olho e controla esfincter
Diagnóstico
- De exclusão
- Hiperintesidade em T2 nos tratos corticoespinhais (principalmente em cápsula interna) ressonância magnética
- Todos os exames estarão normais
- Sem tratamento
# Lesão medular
Mielite transversa
| Contexto geral
- Paciente apresentará perda sensitiva total do nível acometido para baixo
# Lesão medular
Síndrome medular anterior
| Contexto geral
Síndrome medular anterior:
- Lesão do trato espinotalâmico e corticoespinhal. preservando o cordão posterior
- Logo, há preservação da sensibilidade profunda: posição e vibração!
Lesão medular
Síndrome cordão posterior
Contexto geral
- Lesão no cordão posterior
- Danifica cordão posterior e trato corticoespinhal
- Poupa trato espinotalâmico
- Portanto, a dor e a sensibilidade a temperatura estão preservados!
# Lesão medular
Brown Sequard
| Contexto geral
- Lesão hamissecional lateral da medula
- Geralmente por arma branca
- Paciente terá alteração na dor e temperatura no lado contralateral da lesão devido ao trato espinotalâmico decursar
Síndrome de Guillain Barre
- Origem
- Quadro clínico
- Surge após a exposição a fezes (Shigella), gastroenterite (Campylobacter jejuni) ou vacinas
- Após estímulo alergênico, corpo produz imunocomplexos que destroem os neuronios motores secundários
Quadro clínico
- Principal sintoma é a astenia/ plegia/ paralisia simétrica que inicia em MMII e vai ascendendo pelo corpo
- Não ultrapassa 8 semanas
Síndrome de Guillain Barre
Diagnóstico
- Clínico, porém pode apresentar alterações abaixo
Síndrome de Guillain Barré
Tratamento
Miastenia gravis
Fisiopatologia
- Acomete homens idosos (50-70 anos) e mulheres jovens (10-30 anos)
- Ocorre destruição de receptores de acetilcolina pós sinápticos musculares por auto-anticorpos:
- Anti-rACH (principal)
- Anti-Musk (forma generalizada)
Miastenia Gravis
Quadro Clínico
Quadro clínico
- Fatigabilidade, quando mais usa musculo, maior o cansaço
- Melhora pelo repouso, manhã e gelo
- Forma ocular: DIPLOPIA FLUTUANTE NÃO HÁ ACOMETIMENTO DA PUPILA
- Forma generalizada: acometimento bulbar (dif.mastigação),musculatura proximal e diafragma
Miastenia gravis
Diagnóstico
Eletroneuromiografia:
- Potencial decremental, contração diminui porporcionalmente com os disparos
- Auto-anticorpos: Anti-rACH e Anti-Musk
- Tc/RNM tórax: avaliar doenças tímicas (hiperplasia 65% e timoma 10%)
- Fazer timectomia se Timoma OU (< 55-60a e forma generalizada)
- Teste de anticolinesterase (edrofônio)
- Gelo (melhora da abertura ocular com o gelo)
Miastenia Gravis
Tratamento
Lesão medular (Mielopatia) X Síndromes neurológicas
Principais diferenças
Lesão medular:
- Há acometimento sensitivo
- Há acometimento esfincteriano
- Não há acometimento facial
Miosite
Definição e quadro clínico
Definição
- Grupo de doenças inflamatórias que afetam os músculos
Quadro clínico
- Dor
- Reflexos normais
- CPK elevada
Síndrome do primeiro neurônio motor
Acometimentos de acordo com a topografia
Síndrome de Devic
Definição
Quadro de Neuromielite óptica, cursando com:
- Neurite óptica uni ou bilateral
- Mielite extensa (mais de 3 corpos vertebrais) e transversa
Diferença da esclerose múltipla
- A neurite da Esclerose é curta, unilateral e menos grave
- A mielite da esclerose é mais curta e pode acometer tratos específicos