Sindromes Hemorrágicas Da Primeira Metade Da Gestação Flashcards

1
Q

Quais são as principais causas de hemorragia na primeira metade da gestação?

A
  • Aborto
  • Gestação ectópica
  • Doença trofoblástica gestacional
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2
Q

Defina aborto:

A

-término da gestação antes de 20-22 sem ou nascimento de feto <500g

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3
Q

Qual é a complicação mais clássica do abortamento?

A

-abortamento infectado. Entretanto, isso estava mais relacionado a abortos provocados com objetos, hoje em dia com o crescimento do uso de misoprostol a complicação mais comum é a hemorragia vaginal

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4
Q

Qual é a incidência de aborto?

A
  • 15-20% das gestações clinicamente diagnosticadas (a incidência deve ser maior, considerando-se gestações não dx).
  • É a principal causa de sangramento na primeira metade da gestação
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5
Q

Quais são as etiologias do aborto?

A
  • Espontâneo: 80% precoces (até 12 sem)

- Provocado: misoprostol

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6
Q

Quais são as causas de aborto?

A
  • causas fetais

- Causas maternas

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7
Q

Quais são as principais causas fetais de abortamento?

A
  • alterações genéticas ou cromossômicas (elevada incidência de gestações anembrionadas). Trissomias, monossomias, tetraploidia e alterações estruturais (translocação não balanceada)
  • Anomalias morfológicas (cardiopatias, fibroma cístico …)
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8
Q

Quais são as principais causas maternas de abortamento?

A

-Doenças sistêmicas, que podem ser:
Infecciosas: virais (sífilis, rubéola, CMV, hepatite), bacterianas (PNM, ITU, clamídia) e protozoários (toxoplasmose)
Não infecciosas: DM descontrolado, tireoidopatias, trombofilia e SOP.

  • Existe a teoria de fatores imunológicos, por incomoatibilidade HLA, que seria responsável por metade dos abortos recorrentes (3/+ consecutivos)
  • SAAF
  • malformacoes uterinas
  • drogas
  • estado nutricional materno
  • incompetencia cervical (principal causa de aborto tardio de repetição- abortos recorrentes no segundo tri)
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9
Q

Quais são as principais causas de abortamentos de repetição?

A
  • Insuficiência do corpo luteo (precoce- dar P)

- Alterações morfológicas do trato genital (malformações uterinas e incompetência cervical)

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10
Q

Como fazemos o dx e ttmto da incompetência cervical?

A
  • DX: hx clínica + exames subsidiários (histerossalpingografia e USG pélvica)
  • Ttmto: circlagem cervical eletiva (fim do primeiro tri) ou de urgência (22-24 sem). Técnica de Mc Donald
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11
Q

Como se classifica a ameaça de abortamento?

A
  • condição transitória que dura pouco tempo e tem evolução incerta (aborto ou seguimento da gestação)
  • caracteriza-se por descolamento decidual
  • sgmto leve e cólicas ausentes/ fracas
  • EF: altura uterina compatível com tp de amenorreia e colo impérvio/ fechado
  • US: saco gestacional regular em embrião com atividade cardíaca
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12
Q

Como se define o abortamento em curso/ inevitável/ iminente?

A
  • cólicas se acentuam, sangramento aumento e o colo encontra-se permeável/ aberto.
  • É possivel tocar o polo inferior do saco gestacional
  • Us: placenta descolada e saco gestacional irregular e em posição baixa
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13
Q

Como se define o abortamento completo?

A
  • Ocorre eliminação de todo o conteúdo intrauterino
  • O colo está impérvio/ fechado, e a altura uterina é menor que a esperada
  • Us: endométrio linear, com espessura de até 15 mm
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14
Q

Defina abortamento incompleto:

A
  • permanência de tecidos anexiais e embrionários
  • sangramento e cólicas persistem
  • orifício interno entreaberto, com eliminação de restos ovulares
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15
Q

Defina abortamento retido:

A
  • cessam os sintomas da gravidez, o colo permanece fechado e o útero tem tamanho menor que o esperado
  • Us: embrião com CCN >7mm e sem atividade cardíaca
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16
Q

Qual é a tríade do abortamento?

A
  • Dor abdominal em cólicas
  • Hemorragia vaginal
  • eliminação de tecidos embrionários
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17
Q

Em caso de abortamento no primeiro trimestre, devemos pedir fator Rh?

A

-sim, e mãe não sensibilizada deve receber imunoglobulina anti Rh se indicação

18
Q

Quais são os dx diferenciais de sangramento na primeira metade da gestação?

A
  • CO: aborto, GE e DTG

- CG: MIPA, mioma em parturição, trauma de colo/vagina e tumorações de colo uterino

19
Q

Como diagnosticamos o aborto?

A
  • exame fisico e ginecológico

- Exames subsidiarios: B-hCG, USG pélvica, HMG e tipagem sanguínea (Rh-)

20
Q

Como tratamos os seguintes casos de abortamento?

A
  • Ameaça de abortamento: repouso, sedativos, analgésicos e antiespasmódicos. MS não recomenda progestogenios.
  • Aborto inevitável: se IG<12 sem fazer esvaziamento uterino (DeC, AMIU), se >12 sem drogas ocitócicas e curetagem. Enviar material para AP.
  • Aborto retido: misoprostol e esvaziamento uterino. A partir de 13 sem pode tentar so as drogas e faz curetagem se sobrar restos ovulares.
21
Q

Quais são as complicações do ttmto do aborto?

A
  • Hemorragia: atonia, laceração cervical, perfuração uterina, restos ovulares e coagulopatias
  • Perfuração uterina
  • Sinequias uterinas
  • Lesão de órgãos adjacentes
22
Q

Fale sobre aborto infectado:

A
  • QC: febre, alterações da FC, queda do estado geral e fluxo vaginal purulento
  • Cuidado com C. Perfrinjes (alta mortalidade- choque septico)
  • Ef: colo entreaberto, restos ovulares em decomposição, útero aumentado, amolecido e doloroso
  • TTmto: estabilizar, dar ATB (anaerobios, G- e G+) e esvaziar útero. Pode precisar de UTI e histerectomia
23
Q

Quais são os tipos de aborto infectado?

A

I- quadro mais leve. Infecção limitada ao interior da cavidade uterina. BEG, hipertermia (38), dor em baixo ventre, colo e útero dolorosos à mobilização
II- temperatura mais elevada (39), taquicardia, desidratação, pele e mucosas descoradas, dificil palpação uterina, colo pervio e utero doloroso à mobilização
III- gravíssimo, infec generalizada, altas temperaturas refratarias a medicação, taquicardia, pulso filiforme, hipotensão, distensão abd, desidratação e vomitos. Evolui para IRA e abscessos intraperitoneais

24
Q

Quais são as principais causas de morte materna?

A
  • sindromes hipertensivas
  • síndromes hemorrágicas
  • Infecção
25
Q

Defina gravidez ectopica:

A

-implantação e desenvolvimento do ovo fora da cav do corpo do útero

26
Q

Qual é o principal sítio de GE?

A

-Tubas uterinas (98%), principalmente na ampola da tuba

27
Q

O que podemos observar com relação à incidência de GE nos últimos anos?

A

Houve aumento da incidência

28
Q

Quais são os fatores associados a GE?

A
  • DIP
  • Falha de DIU
  • falha de laqueadura tubária
  • GE previa (aumenta 10x a chance)
  • Cx tubária prévia
  • reprodução assistida
  • aborto provocado/ salpingite
  • tabagismo
  • falha de contracepção de emergência
29
Q

Qual é a tríade da Ge?

A

-dor abdominal (dor a descompressão brusca)
-atraso menstrual
-sgmto vaginal (fundo de saco)
Pode ter tb sintomas gravídicos, síncope e tenesmo

30
Q

Quais são as alterações encontradas no EF da Ge?

A
  • sinal de Cullen: arroxeamento periumbilical

- sinal de Proust/ grito de Douglas: sg no fundo de saco irritando o peritônio

31
Q

Como se da o dx de GE?

A
  • anamnese+ EF
  • concentração serica de B hCG (duplicação mais lenta dos valores/ aumento <54% em 48h)
  • USG: não visualização de saco gestacional com BhCG >2000, embrião com BC fora do útero, anel tubário, formação anexial solida/ complexa e líquido livre
32
Q

Descreva o algoritimo para dx da Ge:

A

Suspeita— HCG urinário +—USTV—sem gestação tópica— SG ectopico com embrião e ativ cardíaca confirma dx, se imagens sugestivas prosseguimos na investigação— HCG quantitativo— se >2000 sem SG confirma, se <2000 repete HCG e USTV em 48 h— se aumento de HCG menor que 50% sem SG tópico =confirma dx

33
Q

Como se da o ttmto da Ge?

A
  • radical: salpingectomia

- conservador: cirúrgico (salpingostomia) ou clínico (expectante ou medicamentoso com MTX)

34
Q

O que significam os seguintes termos:

A
  • salpingectomia: retirada da tuba

- salpingostomia: abertura da tuba e aspiração do SG

35
Q

Quando indicamos a salpingectomia?

A
  • SSVV instáveis/ hemoperitonio
  • dx inconclusivo
  • gravidez ectopica avançada (hcg>5000, massa anexial>4cm e ativ cardíaca embrionária)
  • seguimento difícil
  • CI de ttmto clínico
36
Q

Quais são as indicações e CI da laparoscopia?

A
  • I: estabilidade hemodinâmica, massa anexial <4-6 cm, pequena quantidade de líquido livre
  • CI: instabilidade hemodinâmica, obesidade, GE intersticial (entre a tuba e o útero) e tamanho da PE>6 cm
37
Q

Quais são os critérios para ttmto medicamentoso da GE?

A
  • SSVV estáveis com poucos sintomas
  • Ausência de CI clinica (enzimas hepatica e FH nls, fç renal normal, HMG e plaquetas normais)
  • GE integra
  • Ausência de ativ cardíaca embrionária
  • Massa ectopica =4 cm
  • BhCG<5000
  • desejo reprodutivo e pequena quantidade de liq livre
38
Q

Quais são possíveis efeitos adversos do MTX?

A
  • Neutropenia febril
  • alopecia reversível
  • pneumonite intersticial
  • fotossensibilidade
  • reação anafilática
39
Q

Como fazemos ttmto e acompanhamento com MTX?

A
  • 50 mg Im
  • acompanhamos de 4-7 d, e nesse tempo a redução do BhCG deve ser de pelo menos 15%. Se n ocorrer isso fazemos nova dose
  • no início do tratamento o BhCG pode aumentar pela lise celular
  • após negativação de BhCG fazemos USG (pode demorar 3-6 m para negativar)
  • histerossalpingografia após negativação da imagem
  • so pode engravidar após 3 m do uso do MTX e durante o uso não utilizar álcool, AINH ou ác fólico, evitar exposição solar
40
Q

Quando indicamos ttmto expectante da Ge?

A
  • desejo reprodutivo
  • pouca dor/sgmto
  • confia na gestante para seguimento
  • sem rotura tubária
  • BhCG < 1000 e abaixando
  • massa ectopica <3 cm ou não detectável
  • Ausência de BCF
  • estabilidade hemodinâmica