Síndromes de Transmissão Sexual Flashcards

1
Q

Descreva a leucorréia típica, o agente etiológico e o tratamento da vaginose bacteriana:

A

Corrimento branco-acinzentado, de odor fétido que piora após atividade sexual. Ausência de inflamação da mucosa vaginal e do colo.

Teste de aminas (KOH 10%): +

PH: > 4,5

Microscopia: Clue cells (células alvo).

Tratamento: metronidazol 500 mg VO de 12/12 horas por 14 dias. Devem ser tratadas as mulheres sintomáticas e as assintomáticas que sejam gestantes ou com fator de risco para complicação: por exemplo, previamente à inserção de DIU, cirurgias ginecológicas).

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2
Q

Paciente feminina, 20 anos, procura o PA devido corrimento vaginal amarelado e de cheiro forte há duas semanas. Exame físico: abdome flácido e indolor, colpite difusa e ausência de corrimento endocervical, corrimento vaginal amarelado. pH vaginal = 5,0 e presença de protozoário flagelado ao exame físico. Qual o diagnóstico e tratamento?

A

Tricomoníase.

Tratamento: metronidazol 500 mg VO 12/12 horas por 7 dias ou metronidazol 2g VO dose única.

Tratar parceiro.

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3
Q

Verdadeiro ou falso sobre a candidíase:
(1) Agente etiológico dimórfico;
(2) pH tipicamente ácido (< 4,5);
(3) O tratamento usual é por miconazol ou nistatina oral;
(4) Candidíase recorrente é tratada com fluconazol 150 mg VO.

A

(1) Verdadeiro > pseudo-hifas e leveduras à microscopia. O KOH 10% auxilia na visualização desses fungos.
(2) Verdadeiro > diagnóstico diferencial de vaginose citolítica.
(3) Falsa. Tratamento com miconazol ou nistatina creme vaginal.
(4) Verdadeira. Candidíase recorrente = ao menos 4 episódios em um ano. Fluconazol 150 mg VO (primeira semana: 1º, 4º e 7º dia. | Após: 1 CP por semana por 6 meses).

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4
Q

Cite e descreva um diagnóstico diferencial de candidíase:

A

Leucorréia + prurido genital + pH < 4,5.

Vaginose citolítica:

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5
Q

Cite e descreva um diagnóstico diferencial importante de tricomoníase, desconsiderando-se a vaginose bacteriana:

A

Vaginite Atrófica:

Importante: climatério.

Leucorréia amarelada + prurido genital + pH > 5.

Microscopia: aumento de polimorfonucleares + células basais e parabasais.

Tratamento: estrogênio tópico.

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6
Q

Mulher, 40 anos, vida sexual ativa, comparece ao hospital com queixa de corrimento vaginal purulento e dispareunia há uma semana. Abdome flácido e indolor à palpação. À microscopia foi visto: presença de cocos gram positivos + neutrofilia + células parabasais. Qual o diagnóstico e o tratamento?

A

Vaginite descamativa.

Clindamicina creme vaginal.

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7
Q

Cite (1) os principais agentes etiológicos da cervicite, (2) sua clínica e (3) o seu tratamento:

A

(1) Clamídia e gonococo.
(2) Corrimento cervical; colo hiperemiado + friável, sinusorragia e dispareunia.
(3) Ceftriaxona 500 mg IM (gonococo) + azitromicina 1g VO ou doxiciclina (clamídia).
Complicação: DIP.

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8
Q

Qual o principal agente etiológico da DIP?

A

Neisseria gonorrhoe / gonococo (2º) e clamídia (1º).

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9
Q

Quais os critérios maiores para o diagnóstico de DIP?

A

São 03:
Dor pélvica, dor à palpação de anexos, dor à manipulação do colo.

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10
Q

Como é dado o diagnóstico de DIP?

A

São necessários 3 critérios maiores + 1 critério menor (febre, leucocitose, aumento de PCR/VHS, corrimento purulento, cervicite) ou 1 critério elaborado (ou seja = visualização da doença > endometrite em biópsia, abcesso tubo-ovariano ou no fundo de saco de Douglas, DIP na laparoscopia).

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11
Q

O que significa o sinal da roda denteada ao ultrassom de uma paciente com febre, corrimento vaginal purulento, dor pélvica e dor à palpação de anexos?

A

Sinal da roda denteada = indica abcesso tubo-ovariano > é um dos critérios elaborados de DIP.

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12
Q

Como é definido entre manejo ambulatorial e hospitalar na DIP?

A

Classificação de Monif + critérios adicionais (gestante, paciente grave, intolerância à VO, ausência de melhora em 72 horas).

Monif:
Estágio 1: DIP não complicada > AMB
Estágio 2: DIP com peritonite > HOSP
Estágio 3: oclusão de trompa / abcesso > HOSP
Estágio 4: abcesso > 10 cm ou roto > HOSP E CIRÚRGICO.

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13
Q

Descreve a 1ª opção de tratamento ambulatorial e hospitalar para pacientes com DIP:

A

Ambulatorial:

Ceftriaxona 500 mg IM dose única + metronidazol 500 mg VO de 12/12 horas por 14 dias + doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias.

Ceftriaxona 1g VO + metronidazol 400 mg 12/12 horas IV + doxiciclina 100 mg de 12/12 horas VO por 14 dias. Opção: clindamicina IV e gentamicina IV.

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14
Q

Verdadeiro ou falso: não é necessário tratar os parceiros sexuais do último mês de uma paciente diagnosticada com DIP, desde que esteja assintomático.

A

Falso.
É preciso tratar os parceiros sexuais dos últimos 02 meses de uma paciente diagnosticada com DIP, sintomáticos ou não.
TTO: ceftriaxona 500 mg IV + azitromicina 1g VO, ambos em dose única.

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15
Q

Verdadeiro ou falso: paciente diagnosticada com DIP em uso de DIU deve retirar o DIU o mais rápido possível:

A

Falso.

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16
Q

Cite duas complicações da DIP:

A

As principais complicações são:
Dor pélvica crônica
Infertilidade
Prenhez ectópica
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
(DIPS)

17
Q

Cite os principais agentes etiológicos e o tratamento da bartolinite:

A

Clamídia e gonococo.
Drenagem (apenas sintomático).
Marsupialização (preferível) ou bartolinectomia (definitivo caso a marsupialização falhe).

18
Q

Homem, 25 anos, comparece ao PA com queixa de disúria, prurido do meato uretral e corrimento uretral purulento há 5 dias. Ausência de lesões em genitália ou linfadenopatias ao exame físico. Alega fazer uso irregular de preservativo de barreira. Qual o provável diagnóstico e o tratamento.

A

Síndrome do corrimento uretral = uretrite.
Agente etiológico provável: clamídia ou gonococo.
Tratamento: ceftriaxona + azitromicina ou doxiciclina.

19
Q

Cite as ISTs (e seus respectivos agentes etiológicos) que cursam com síndrome da úlcera genital não dolorosa:

A

• L: linfogranuloma venéreo > Clamydia trachomatis L1, L2 e L3.

• S: sífilis primária > Treponema pallidum.

• D: donovanose > Klebsiella granulomatis.

LESÃO NÃO DOLOROSA

20
Q

Cite as ISTs que cursam com síndrome da úlcera genital não dolorosa e seus respectivos agentes etiológicos:

A

Herpes genital: herpes simples 1 ou 2 (o HSV-2 é mais comum).

Cancro Mole / Cancróide > Haemophilus ducreyi.

21
Q

Cite as ISTs que cursam com síndrome da úlcera genital com apenas uma úlcera e seus respectivos tratamentos:

A

• L: linfogranuloma venéreo > doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 03 semanas (opção: azitromicina 1g VO por 03 semanas).

• S: sífilis > 1ª / 2ª e latente recente (infecção há < 01 ano): 1 dose de 2,4 milhões de UI, IM, de penicilina benzatina. | 3ª, latente tardia e indeterminada: 3 doses de 2,4 milhões de UI, IM, com intervalo semanal (reiniciar caso doses com intervalo > 9 dias). | Neurosífilis: 3-4 milhões de UI, de 4/4 horas, de penicilina G cristalina, por 10-14 dias. Opção para gestantes: doxiciclina.

LESÃO SIMPLES

22
Q

Como manejar uma gestante com sífilis primária que apresenta alergia à penicilina?

A

Fazer dessensibilização seguida de tratamento com penicilina G benzatina + controle quantitativo com teste não treponêmico mensal até o parto da criança.

23
Q

Explique o que é a reação de Jarisch-Herxheimer:

A

Reação caracterizada por eritema, prurido, mal-estar, febre, cefaleia e artralgia devido à liberação de partículas advindas dos treponemas mortos pela penicilina na corrente sanguínea. Tipicamente ocorre durante as primeiras 24 horas após a primeira dose de penicilina e os sintomas regridem espontaneamente após 12-24 horas. Não é preciso descontinuar a penicilina (não é uma reação alérgica) e o manejo é feito com sintomáticos.

24
Q

Cite as ISTs que cursam com síndrome da úlcera genital dolorosas e descreva as principais características dessas úlceras:

A

Herpes: úlceras de fundo limpo. Haverão concomitantemente lesões em fase de úlceras e lesões em fase de vesículas.

Cancro mole / cancróide: úlceras de fundo purulento.

25
Cite as ISTs que cursam com síndrome da úlcera genital que apresentam fistulização de linfonodos:
Cancro mole: fistulização por orifício único. Linfogranuloma: fistulização por múltiplos orifícios / em bico de regador. COM LINFONODO-FISTULIZAÇÃO
26
Cite a IST que cursa com quadro de úlcera única e indolor que, posteriormente desaparece sem sequelas, e evolui com linfadenopatia unilateral dolorosa que fistulizam em bico de regador:
Linfogranuloma venéreo. LINFLORGRANULOMA.
27
Descreva o tratamento das seguintes ISTs: (1) Cancro mole; (2) Donovanose;
(1) Cancro mole: Haemophilus ducreyi > azitromicina 1g dose única ou ceftriaxona 250 mg IM. (2) Donovanose: Klebsiella granulomatis > azitromicina 1g VO por 03 semanas ou até desaparecer a lesão.
28
Paciente comparece ao PA com queixa de úlcera indolor em região genital há 6 semanas. Conforme protocolo, devido ao tempo de duração > 4 semanas da úlcera, foi feita biópsia para descarte de neoplasia maligna. Biópsia: corpúsculos de Donovan. Qual o diagnóstico e o tratamento?
Donovanose. Azitromicina 1g VO por 03 semanas ou até desaparecimento da lesão.
29
Verdadeiro ou falso: paciente com diagnóstico de clamídia e seus respectivos parceiros sexuais devem ser tratados apenas caso manifestem sintomas.
Falso. O tratamento da infecção por clamídia deve ser feito mesmo em pacientes assintomáticos, com objetivo de interromper a cadeia de transmissão. Os parceiros sexuais também devem ser tratados, independentemente da presença de sintomas.
30
Verdadeiro ou falso: o rastreamento (assintomáticos) de clamídia é recomendado caso disponibilidade de teste para os indivíduos sexualmente ativos.
Verdadeiro.
31
Verdadeiro ou falso: a presença de lesão ativa de herpes genital no momento do parto contraindica o parto normal.
Verdadeiro.
32
Gestante com diagnóstico de herpes genital inicia o pré-natal. Com objetivo de otimizar as chancer de possibilidade de parto vaginal, o que deve ser feito?
A partir da 36ª SG deve-se fazer uso de aciclovir na tentativa de evitar doença ativa na hora do parto.
33
Descreva as lesões típicas da sífilis primária e secundária:
Primária (cancro duro): úlcera única, indolor ou discretamente dolorosa, de bordas elevadas e fundo limpo, que some sozinha mesmo sem tratamento. Pode haver linfadenopatia inguinal sem fistulização. Secundária: lesões papulosas e eritemato-acastanhadas em genitais, palmas das mãos e pés (condiloma plano). Linfadenopatia generalizada.
34
Descreve as principais lesões associadas à sífilis terciária:
Lesões cutâneas, gomosas e de caráter destrutivo. Tabes dorsalis (degeneração das raízes nervosas da medula espinal) e aneurisma aórtico.
35
Como é feito o controle de cura para a sífilis? Descreva os achados que indicam falha terapêutica e exigem novo tratamento:
O controle de cura é feito com testes não treponêmicos (como o VDRL) de forma trimestral (não gestante) e mensal (caso gestante). A (1) ausência de redução da titulação em diluições no intervalo de 06 meses (sífilis recente, 1ª e 2ª) ou 12 meses (sífilis tardia) após tratamento adequado; (2) o aumento da titulação em ao menos duas diluições e (3) recorrência ou persistência de sinais e sintomas clínicos indicam reativação ou reinfecção = falha terapêutica.
36
Qual é o método diagnóstico padrão ouro para a sífilis? Qual é o método diagnóstico mais usado?
Padrão-ouro: exame de campo escuro (permite a visualização direta das espiroquetas). Método mais usado na prática: teste treponêmico (teste rápido, FTA-Abs, ELISA, EQL) + teste não treponêmico (VDRL). Em gestante: apenas um desses positivo já indica início de tratamento. > Caso haja discordância entre o teste treponêmico e o não-treponêmico: pedir um teste treponêmico diferente para confirmar ou descartar o diagnóstico.
37
Por quê o teste treponêmico não é usado para controle de cura da sífilis?
Pois em 85% dos casos esse teste permanece positivo para o resto da vida do indivíduo.