Sínd. Dispéptica Flashcards
Refluxo Gastroesofágico
Definição?
Retorno de conteúdo gástrico através do EEI
Refluxo Gastroesofágico
Quando considerar fisiológico?
Se assintomático, de curta duração e durante refeições
Refluxo Gastroesofágico
Quando considerar patológico?
Se refluxo interprandial, recorrente, de longa duração, provocando sintomas
DRGE
Conceito?
Sintomatologia crônica, secundária ao refluxo patológico de conteúdo gástrico p/ esôfago e/ou órgãos adjacentes
DRGE
Epidemiologia?
- Dist. + comum do TGI alto (75% das esofagopatias)
- Predomina em lactentes, obesos, gestantes e idosos (prevalência aumenta c/ idade)
- Baixo risco de câncer de esôfago (se DRGE não complicada)
DRGE
Patogênese?
Perda de mecanismos antirrefluxo
- EEI: Relax. transitório não relac. à degluticação (+ comum) e hipotonia verdadeira
- Junção esofagogástrica alt. (ex. hérnia de hiato)
Relax. transitório patológico do EEI constuma provocar esofagite _________ (ausente ou leve/moderada a grave), enquanto hipotonia verdadeira do EEI e hérnia de hiato costumam provocar esofagite _________ (ausente ou leve/moderada a grave)
Relax. patológico do EEI → Esofagite ausente ou leve
Refluxo menos intenso e menos prolongado
Hipotonia verdadeira do EEI e Hérnia de Hiato → Esofagite moderada a grave
Refluxo intenso e prolongado
DRGE
Diferencie relax. fisiológico assoc. à deglutição do EEI do patológico
Relaxamentos patológicos são duradouros ( > 10s) e não seguidos de peristalse esofagiana eficaz (peristalse ajuda a “limpar” conteúdos refluídos, diminuindo exposição da mucosa)
DRGE
Diferencie relax. patológico do EEI de hipotonia verdadeira
No relax. patológico, pressão média do EEI geralmente normal (entre 10-30 mmHg); na hipotonia verdadeira, pressão reduzida constantemente (< 10 mmHg)
DRGE
Condições assoc. à hipotonia verdadeira do EEI?
- Esclerose sistêmica (fibrose e atrofia da musculatura esofagiana)
- Lesão cirúrgica do EEI
- Tabagismo
- Drogas anticolinérgicas ou miorrelaxantes
- Gestação
- Esofagite erosiva
- Colecistocinina (CCK) e secretina
DRGE
Mecanismo pelo qual hérnia de hiato favorece refluxo gastroesofágico?
EEI perde reforço mecânico da musculatura diafragmática à sua função de barreira
A posição inapropriada do EEI (dentro da cavidade torácica, onde pressão externamente exercida sobre ele é menor), facilita ocorrência do “re-refluxo”, a partir do material contido no saco herniário
Todo portador de hérnia de hiato possui DRGE
V ou F?
Falso
Mecanismos de defesa contra refluxo? (2)
- Bicarbonato salivar (neutraliza acidez do material refluído)
- Peristalse esofagiana (devolve esse material p/ estômago)
DRGE
Como se justifica o fato da maioria dos episódios de refluxo ácido ocorrer nas primeiras 3h pós-refeições?
Quando o estômago está cheio, parte do suco gástrico produzido no fundo do órgão fica “boiando” por cima do bolo alimentar, criando uma coleção líquida chamada “acid pocket”. O acid pocket se localiza nas proximidades da cárdia e reflui durante o relaxamento do EEI no período periprandial
DRGE
Sintomas típicos/esofagianos? (2)
- Pirose (queimação retroesternal)
- Regurgitação (fluido ou gosto amargo/ácido na boca)
Pirose difere de azia (queimação epigástrica)
Disfagia está presente em 1/3 dos casos de DRGE e constitui um sintoma típico
V ou F?
Falso
Apesar de presente em 1/3 dos pacientes c/ DRGE, disfagia é sinal de alarme!
Cogitar estenose péptica ou adenocarcinoma
DRGE
Sintomas atípicos/extraesofagianos?
- Dor precordial
- Faringite/laringite
- Tosse crônica
- Rouquidão
- Sinusite crônica e otite média
- Broncoespasmo
- PNM aspirativa
- Globus faríngeo
- Erosão do esmalte dentário e aftas
- Halitose
Na ausência de sintomas típicos, a probabilidade da DRGE explicar manifestações extraesofágicas é baixa
V ou F?
Verdadeiro
DRGE
Diagnósticos diferenciais?
- Esofagite eosinofílica ou infecciosa (CMV, HSV, Candida)
- Dist. motores do esôfago
- Dispesia não ulcerosa ou úlcera péptica gastroduodenal
- Doença do trato biliar
- Doença coronariana
O diagnóstico de DRGE pode ser confirmado por história clínica compatível + prova terapêutica
V OU F?
Verdadeiro
- Anamnese: pirose pelo menos 1x/sem, por 4 - 8 sem, no mínimo
- Prova terapêutica: redução sintomática > 50% após 1 - 2 sem c/ IBP