Sífilis Congênita e Criança exposta à sífilis Flashcards

1
Q

Quais as possíveis vias de transmissão vertical? (2)

A

A sífilis congênita (SC) é o resultado da transmissão da espiroqueta do Treponema pallidum da corrente sanguínea da gestante infectada para o concepto por via transplacentária ou, ocasionalmente, por contato direto com a lesão no momento do parto (transmissão vertical) (GRIMPREL et al., 1991; NATHAN et al., 1993; QURESHI et al.,
1993).

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2
Q

Sífilis em gestantes e a sífilis congênita são de notificação compulsória?

A

SIM.

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3
Q

Em criança exposta à sífilis, como eu poderia fazer para descarta a possibilidade da sífilis congênita?

A

Além do exame físico, toda criança exposta à sífilis deve ser submetida a análise de exame laboratorial não treponêmico para exclusão da possibilidade de sífilis congênita.

Ainda para a para exclusão da possibilidade de sífilis congênita, o exame físico deve ser completamente normal;

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4
Q

No pós-parto imediato, deve-se fazer testes simultâneos na mãe e no bebê para a identificação da bactéria na criança?

Qual sangue da criança deve ser utilizado? O do cordão umbilical pode?

A

Sim. A testagem simultânea da mãe e da criança, no pós-parto imediato, com o mesmo tipo de teste não treponêmico, configura o melhor cenário para a
determinação do significado dos achados sorológicos da criança.

No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita.

Todos os RN nascidos de mãe com diagnóstico de sífilis durante a gestação,
independentemente do histórico de tratamento materno, deverão realizar teste não
treponêmico no sangue periférico. O sangue de cordão umbilical não deve ser utilizado,
pois esse tipo de amostra contém uma mistura do sangue da criança com o materno e
pode resultar em testes falso-reagentes.

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5
Q

Sobre os testes nas crianças expostas à sífilis, qual o período que o seguimento deve ser feito? E quando ele já pode ser interrompido?

A
Realizar com 1, 3, 6,
12 e 18 meses de
idade.
Interromper
o seguimento
laboratorial após dois
testes não reagentes
consecutivos
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6
Q

Sobre a criança exposta - é obrigatória a realização de teste treponêmico? Se a criança tiver teste treponêmico reagente após seus 18 meses, pode ser notificada com sífilis congênita?

A

NÃO é obrigatório.

Pode ser realizado a partir dos 18 meses de idade. Crianças com teste treponêmico reagente após 18 meses de idade e que não tenham histórico de tratamento prévio deverão passar por uma avaliação completa, receber tratamento e ser notificadas
como caso de sífilis congênita. (SIM para a segunda pergunta).

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7
Q

Qual o seguimento de consultas INDICADO para a rotina na puericultura? Testes não treponêmicos podem ser solicitados?

A

Seguimento habitual na rotina da puericultura,
conforme recomendação da Saúde da Criança:

na 1ª semana de vida e nos meses
1, 2, 4, 6, 9, 12 e 18, com
retorno para checagem de
exames complementares, se
for o caso.

Fazer a solicitação dos testes não treponêmicos, para que os resultados estejam disponíveis na consulta de
retorno.

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8
Q

Sobre a SÍFILIS CONGÊNITA: qual a diferença entre a congênita precoce e a tardia quanto ao seu aparecimento?

A

A sífilis congênita precoce pode surgir até o segundo ano de vida. Já a sífilis congênita
tardia é definida como aquela em que os sinais e sintomas surgem após os dois anos de
idade da criança.

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9
Q

Sobre as manifestações clínicas da SÍFILIS CONGÊNITA (epidemio das assintomáticas e sintomáticas):

A

Nas crianças com sífilis congênita, aproximadamente 60% a 90% dos RN vivos são
assintomáticos ao nascimento (BOWEN et al., 2015; ORTIZ-LOPEZ et al., 2012);

Apenas os casos mais graves nascem com sinais/sintomas.

As manifestações clínicas das crianças com sífilis congênita raramente surgem após três a quatro meses; dois terços desenvolvem sintomas em três a oito semanas (HERREMANS et al., 2010).

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10
Q

Sobre a sífilis congênita, quais os sinais e sintomas mais comuns nos sintomáticos? (6)

A
> Hepatomegalia;
› Icterícia;
› Corrimento nasal (rinite sifilítica);
› Rash cutâneo;
› Linfadenopatia generalizada;
› Anormalidades esqueléticas.
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11
Q

Quais as manifestações clínicas de sífilis congênita tardia?

A

Faciais - Fronte olímpica, nariz em sela, hipodesenvolvimento maxilar,
palato em ogiva.

Oftalmológicas - Ceratite intersticial, coriorretinite, glaucoma secundário, cicatriz
córnea, atrofia óptica.

Auditivas - Perda aditiva sensorial.
Orofaríngeas Dentes de Hutchinson: incisivos medianos deformados, molares
em amora, perfuração do palato duro.

Cutâneas Rágades (fissuras periorais e perinasais), gomas.

Sistema nervoso central - Atraso no desenvolvimento, comprometimento intelectual,
hidrocefalia, crises convulsivas, atrofia do nervo óptico, paresia juvenil.

Esqueléticas - Tíbia em sabre, sinal de Higoumenakis (alargamento da porção esternoclavicular da clavícula), juntas de Clutton (artrite indolor), escápula escafoide.

Fonte: adaptado de Ingall et al., 2006; Dobson; Sanchez, 2014; Woods, 2005; Chak

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12
Q

Sobre as consultas de seguimento da criança diagnosticada com SÍFILIS CONGÊNITA devem ser feitas:

A

Seguimento habitual na rotina da puericultura, conforme recomendação da Saúde da Criança: na
1ª semana de vida e no 1º, 2º, 4º, 6º, 9º, 12º e 18º
mês), com retorno para checagem de exames complementares, se for o caso.

Consulta
oftalmológica - Semestrais por 2 anos.

Consulta audiológica - Semestrais por 2 anos.

Consulta neurológica - Semestrais por 2 anos.

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13
Q

O tratamento para a SÍFILIS CONGÊNITA é o mesmo para todos os casos? Qual o tratamento para as crianças que acabam por desenvolver a NEUROSSÍFILIS TAMBÉM?

A

O medicamento para tratamento de crianças com sífilis congênita é a benzilpenicilina (potássica/cristalina, procaína ou benzatina), a depender do tratamento materno durante a gestação e/ou titulação de teste não treponêmico da criança comparado ao materno e/ou exames clínicos/laboratoriais da criança.

Para as crianças com sífilis congênita que apresentem neurossífilis, a cristalina é o medicamento de escolha, sendo obrigatória a internação hospitalar.

Na ausência de neurossífilis, a criança com sífilis congênita pode ser tratada com benzilpenicilina
procaína fora da unidade hospitalar, por via intramuscular, ou com benzilpenicilina potássica/cristalina, por via endovenosa, internada.

A benzilpenicilina benzatina é uma opção terapêutica, mas restrita às crianças cuja mãe não foi tratada ou foi tratada de forma não adequada, e que apresentem exame físico normal, exames complementares normais e teste não treponêmico não reagente
ao nascimento.

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