Sífilis Flashcards
O que é a Sífilis?
A sífilis é umaInfecção Sexualmente Transmissível (IST)curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum.
Como se transmite a sífilis?
• Prática sexual desprotegida;
• Transfusão de sangue contaminado;
• Mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto.
Quais os estágios da Sífilis?
Sifilis recente: primária, secundária e latente recente): até 1 ano de evolução;
Sífilis tardia: (latente tardia é terciária): mais de 1 ano de evolução.
Sífilis Latente
É o período em que não se observa nenhum sinal ou sintomas. O diagnóstico faz-se exclusivamente pela reatividade dos testes treponêmico e não treponêmico.
Sífilis Primária
• Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e é chamada de “cancro duro”;
• Normalmente, ela não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha;
• Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.
Bordas bem definidas e regular, base endurecida e fundo limpo; Sua duração pode variar muito, em geral de 3 a 8 semanas, e seu desaparecimento independente de tratamento.
Sífilis Secundária
• Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial;
• Podem surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias;
• Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo;
• As manchas desaparecem em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura;
Lesões cutâneo-mucosas que aparecem entre 6 semanas a 6 meses após a cicatrização do cancro primário; a sintomastologia desaparece em algumas semanas, independentemente de tratamento;
Inicialmente, uma erupção macular eritematoso pouco visível, placas mucosas, lesões acinzentadas.
Sífilis latente – fase assintomática
Sífilis latente – fase assintomática
• Não aparecem sinais ou sintomas;
• É dividida em:
latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).
• A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis latente – fase assintomática
Sífilis latente – fase assintomática
• Não aparecem sinais ou sintomas;
• É dividida em:
latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).
• A duração dessa fase é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
• Pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção;
• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta.
Tratamento para a Sífilis
Sífilis Recente: Sífilis primária, secundária e latente recente ( com até 1 ano de evolução);
Benzilpenicilina Benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo);
ALTERNATIVA: Doxiciclina 100 mg, 12/12h, VO, por 15d;
SEGUIMENTO: Teste não traponêmico bimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal). Trimestral até 12-mês.
Sífilis Tardia: Sífilis latente tardia (com mais de 1 ano de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis terciária.
Benzilpenicilina Benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x / semana [1,2 milhões UI em cada glúteo) por 3 semanas, A regra é que o Intervalo entre as doses seja de 7 dias para completar o tratamento. No entanto, caso esse intervalo ultrapasse 14 dias, o esquema deve ser reiniciado)
Dose total: 7,2 milhões UI, IM;
ALTERNATIVA: Doxiciclina 100mg, 12/12 h, VO, por 30 dias;
SEGUIMENTO: Teste não treponêmico trimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal).
Neurossifilis: Benzilpenicilina potassica/cristalina 18-24 milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada em doses de 3 - 4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão continua, por 14 dias;
ALTERNATIVA ( EXCETO PARA GESTANTES): Ceftriaxona 2g, IV, 1x/ dia, por 10 - 14 dias.
SEGUIMENTOS: Exames de LCR de 6/6 meses até normalização
Sífilis Congênita
É uma doença transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada para criança durante a gestação (transmissão vertical).
É o resultado da transmissão da espiroqueta do Treponema pallindum da corrente sanguínea da gestante infectada para o concepto por via transplacentaria ou, ocasionalmente, por contato direto com a lesão no momento do parto ( transmissão vertical).
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em três momentos:
• Primeiro trimestre de gestação;
• Terceiro trimestre de gestação;
• Momento do parto ou em casos de aborto.
PRECOCE: Surge até o 2° ano.
Sintomas: Baixo peso, hepatomegalia, periostite e osteocondrite;
Rash maculopapular ou vesícular, anemia, trombocitopenia, leucócitose ou leucopenia.
TARDIA: Surge depois do 2° ano.
Sintomas: Lâmina de Sabre, articulações de Clutton, fronte Olímpica, nariz de sela.
Outros sintomas: ceratite intersticial, mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez neurológica e dificuldade no aprendizado.
Quais os testes para Sífilis?
TREPONÊMICOS: testes rápidos ou FTA-ABS OU ELISA (qualitativos);
NÃO TREPONÊMICO: VDRL
Como é o teste para crianças expostas à sífilis?
TESTE NÃO TREPORÉMICO: (Na maternidade ou casa de parto):
° Coletar amostra de sangue periférico do RN e da mãe pareados para comparação.
° Não realizar coleta de cordão umbilical.
° Realizar com 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade; interromper o seguimento laboratorial depois de 2 testes não reagentes consecutivos.
TESTE TREPONÊMICO: (Na maternidade ou casa de partos):
Não realizar.
No seguimento não é obrigatório; pode ser realizado a partir dos 18 meses de idade.
Quais os testes e exames complementares para crianças com Sífilis congênita?
Todas as crianças expostas à sífilis de mães quenão foram tratadas, ou que receberamtratamento não adequado, são submetidas a diversas intervenções, que incluem: coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica (incluindo punção lombar), raio-X de ossos longos, avaliação oftalmológica e audiológica. Muitas vezes há necessidade de internação hospitalar prolongada.
As crianças expostas à sífilis de mães que foram adequadamente tratadas durante a gestação também devem ser cuidadosamente avaliadas, para descartar a possibilidade de sífilis congênita.
A investigação de sífilis congênita deve acontecer na hora do parto, mas também no acompanhamento dessas crianças nas consultas, com realização de testes.