Semiologia Neurológica Flashcards
Componentes do SNC
encéfalo + medula espinhal= eixo
Componentes do SNP
raízes, nervos, gânglios e plexos, todas estruturas que partem do eixo
Meninges
Dura máter
Aracnóide
Pia máter
O que o corpo caloso?
estrutura que comunica os dois hemisférios Do encéfalo
Via motora
córtex motor —> trato piramidal —> neurônio motor inferior —> raízes, plexos e nervos, os quais chegam até a junção neuromuscular e, assim, estimulam a atividade do músculo;
Via sensitiva
neurônio sensitivo —> nervos, plexos e raízes —> medula espinhal —> trato sensitivo —> córtex somatossensorial.
cefaleia subita
- Aparece durante o exercício
- descritas como “a pior cefaléia da vida”
- sugestivas de
hemorragia subaracnoidea
Enxaqueca
aparece em “crises” e que apresenta gatilhos diferentes
para cada indivíduo (ex: estresse, dor), podendo ser acompanhada por auras (ex:
escotomas, visão emabaçada);
Cefaleia cluster
- aparece em “salvas”,
- apresenta intensidade muito forte
- é acompanhada de obstrução nasal e lacrimejamento em uma hemiface;
Características de síncope neurológica
✓ Maior tempo até que o indivíduo recupere a consciência;
✓ Escape de urina ou evacuação no mesmo momento em que ocorre a síncope;
✓ Existência de sintomas neurológicos prévios ou de epilepsia na HMP;
✓ Presença de amnésica relacionada ao evento;
Vertigem
implica em sentir que você está rodando em relação ao ambiente ou que o
ambiente está rodando ao seu redor
Vertigem de origem periferica
acometimento do labirinto
costuma
ser acompanhado por outras queixas neurológicas, como vômito, nistagmo, sudorese,
zumbido e hipoacusia;
Tontura
qualquer sensação de desorientação espacial, sendo
que essa não costuma ser acompanhada de outros sintomas neurológicos;
Fraqueza muscular X astenia
?
fraqueza muscular proximal X distal
fraqueza muscular proximal (que acomete ombro e/ou quadril) costuma apresentar
um pior prognóstico do que a distal;
fraqueza súbita de um hemicorpo + sintomas agudos
AVC
Parestesia
Perda de sensibilidade
pacientes ansiosos e parestesia?
hiperventilação pode causar uma parestesia ao redor da boca e mãos
crise epilética
-distúrbio paroxístico caracterizado como uma atividade motora tônico-clônica generalizada, a qual causa a liberação dos esfíncteres e um estado pós-ictal (o paciente fica confuso e “bobo” depois do evento);
-podem ser precedidas por auras;
-Existem pacientes que simulam e/ou convertem convulsões —> por isso, é sempre importante questionar se alguém testemunhou o evento;
crise epilética:fisiopatologia
descargas elétricas excessivas em alguma região cerebral,
sendo que, de acordo com a região em que isso acontece, tem-se um tipo diferente de crise;
crise epilética: questionamentos
✓ Histórico de epilepsia ou de uso de medicamentos com potencial epilético;
✓ Presença de doenças associadas (HAS, DM, dislipidemia), de neoplasias, de coagulopatias ou de doenças sistêmicas (ex: neuropatia periférica);
✓ Tabagismo e etilismo atual ou prévio;
✓ Histórico familiar de doenças genéticas, psiquiátricas e cardiovasculares;
• A temporalidade da crise epilética é muito importante para o seu diagnóstico diferencial:
✓ As crises epiléticas súbitas geralmente têm origem vascular, são do tipo convulsão e
estão associadas a enxaqueca;
✓ As crises insidiosas (que duram alguns dias) costumam ser causadas por infecções ou
por intoxicações;
Níveis de consciência
- Lucidez/vigil: é o paciente que já está acordado e que tem percepção de si e do meio;
- Sonolência: é o paciente que fica constantemente “dormindo”, mas que, ao ser acordado,
é capaz de responder corretamente ao que é perguntado; - Obnubilação: é o paciente sonolento que, ao ser acordado, encontra-se desorientado;
- Torpor: é o paciente que, além da lucidez diminuída e do conteúdo anormal, só consegue
ser despertado com um estímulo doloroso; - Coma: é o paciente com ausência de consciência (não acorda, mesmo com a aplicação de
um estímulo doloroso);
Escala de Glasgow
considera 4 fatores (abertura ocular, abertura pupilar, resposta verbal e resposta motora) que permitem dar ao paciente uma nota de 3 a 15
flexão anormal
indicativa de decorticação
(lesão grave no cérebro ou no trajeto dos nervos entre o cérebro e a medula espinhal),
extensão anormal
indicativa de descerebração (lesão em regiões do tronco encefálico, como o mesencéfalo e a ponte)
Cognição
conjunto das funções elaboradas que tornam o indivíduo “o que ele é”
Mini mental
o exame dessa conta com a avaliação de diversos elementos, sendo eles: atenção,
memória,
linguagem,
praxias (planejamento motor), gnosias (reconhecimento de objetos),
funções executivas (planejamento e execução de tarefas)
habilidade visuoespacial (percepção dos objetos no espaço);
equilíbrio estático
o teste o equilíbrio do indivíduo quando parado em ortostase —> para isso, utiliza- se a Prova de Romberg, que consiste em pedir para que o paciente assuma
a posição de ortostase (com os pés juntos e olhando para frente) por alguns segundo e, então, feche os olhos —> a prova é dita positiva quando, ao fechar os olhos, o indivíduo apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda;
Prova de Romberg
✓ Essa manobra é positiva nas labirintopatias (o desequilíbrio é para o lado lesado) e nas polineuropatias periféricas (condições que envolvam lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente), mas é negativa nas lesões cerebelares (isso porque nessas o paciente já tem dificuldade para manter-se em ortostase com os olhos abertos, sendo que o fechamento desses não provoca alterações nessa dificuldade);
Equilíbrio dinâmico
é o teste do equilíbrio do paciente enquanto caminha —> para avaliá-lo, solicita-se ao paciente que ande em linha reta, em tandem (com um pé na frente do outro), na ponta dos pés e nos calcanhares e com os olhos fechados;
OBS: pacientes com labirintopatias tendem a desviar para o lado afetado enquanto caminham.
Marcha paraparetica
MMII enrijecidos e semifletidos,
arrastando os pés e cruzando as pernas uma na frente da outra (“marcha em tesoura”)
aparece em pacientes com paralisia cerebral;
Marcha talonante
paciente perde a noção da proximidade do solo e, por isso, bate
os pés com força no chão
essa aparece em patologias que envolvem o corno posterior da
medula (ex: deficiênica de vitamina B12);
Marcha ceifante
posição tônica de
flexão do MS e extensão do MI do lado oposto ao acometido, o que faz com que ele não consiga realizar a marcha “correta” com o membro extendido e passe a caminhar fazendo um semicírculo a partir do quadril com ele
essa marcha aparece em pacientes com lesão do trato piramidal;
Marcha escarvante
paciente não consegue realizar a dorsiflexão adequada do pé, então, para evitar arrastar as pontas do pé no chão e tropeçar, esse eleva o joelho mais do que o normal ao caminhar
essa aparece em pacientes com lesão de nervos periféricos;
Marcha ataxica
realizando como se fossem movimentos de zigzag
essa aparece em pacientes com lesão cerebelar;
marcha Parkinsoniana
paciente caminha como um bloco, com a cabeça inclinada para frente e passos curtos e rápidos, dando a impressão de que esse irá cair
essa aparece em pacientes com síndrome parkinsoniana;
Marcha Anserina
paciente, para que consiga caminhar, acentua a lordose e passa a jogar o tronco ora para a direita ora para a esquerda
essa aparece em pacientes com doenças musculares, quando há diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas;
marcha vestibular
paciente apresenta uma lateropulsão quando tenta andar em linha reta, sendo que, quando é solicitado de ele ande para frente e volte de costa várias vezes, esse percorre um caminho como se fosse o de uma estrela
essa aparece na labirintopatias;
Marcha em pequenos passos
o paciente caminha com passos muito curtos e arrastando os pés no chão, como se estivesse patinando
essa marcha aparece na paralisia pseudobulbar e nas doenças extrapiramidais;
marcha claudicante
o paciente, ao caminhar, manca para um dos lados
essa marcha aparece na insuficiência arterial periférica e nas lesões do aparelho locomotor.
Avaliação de tônus
- Inspeção: observar se existe ou não achatamento de alguma massa muscular
- palpação: verificação da consistência muscular)
- movimentos passivos: movimentos naturais de extensão e flexão, analisando-se quanto há de “resistência” tentando impedir/dificultar a realização desses
- prova do balanço:movimento normal de balanço dos braços