Semiologia do tórax Flashcards
A semiotécnica é dividida em 4 partes:
Inspeção (estática e dinâmica)
Palpação
Percussão
Ausculta
O que se avalia na inspeção estática?
Forma do tórax**: desvios da coluna; estrutura do esterno, das costelas e das vértebras;
O que se avalia na inspeção dinâmica?
- Freqüência respiratória (eupneico, taquipneia, bradipneia; normal é 12-20 irpm)
- Presença de tiragem
- Ritmo respiratório
Como se deve analisar o ritmo respiratório?
Deve-se observar por no mínimo 2 minutos a seqüência, a forma e a amplitude das incursões respiratórias;
A inspiração dura quase o mesmo tempo da expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leve pausa;
Descreve as anormalidades do ritmo respiratório.
Anormalidades:
• Cheyne-Stokes - alterações cíclicas de hiperpnéia com diminuição da amplitude até apnéia, repetindo-se a mesma sequência (AVC, ICC, hipertensão intracraniana)
• Biot - amplitude variável com períodos de apnéia (meningite, coma)
• Kussmaul - inspiração rápida e profunda, seguida de uma pausa, uma expiração súbita, em geral seguida de nova pausa (cetoacidose diabética)
Defina tiragem.
Uso de músculos acessórios para respiração
O que se avalia na palpação?
- Expansibilidade pulmonar
* Pesquisa do Frêmito Tóraco-Vocal (FTV)
Expansibilidade pulmonar avalia…
Expansibilidade pulmonar avalia a expansibilidade ou mobilidade dos ápices e bases do pulmão.
Deve-se avaliar simetria e amplitude do movimento.
Como se avalia a expansibilidade dos ápices pulmonares?
Coloca-se as mãos nas fossas supra-claviculares e os polegares unidos formando um ângulo. O normal é observar a elevação das mãos na inspiração profunda
Quando o FTV pode estar aumentado?
Afecções do parênquima (condensação)
FTV é melhor transmitido em meio sólido e dependente da permeabilidade das vias aéreas
Quando o FTV pode estar diminuído?
- Afecções pleurais (barreira)
- Asma (obstrução brônquica)
FTV é melhor transmitido em meio sólido e dependente da permeabilidade das vias aéreas
Defina frêmito toracovocal.
Vibrações táteis na parede torácica pela transmissão da voz através da árvore traqueobrônquica durante a fonação.
Quais são os sons da percussão? Descreva-os.
MACIÇO - regiões sem ar; maior densidade, sensação de dureza
SUBMACIÇO - variação do maciço
TIMPÂNICO - regiões com ar; menor densidade, sensação de elasticidade
CLARO PULMONAR - regiões com ar e estruturas sólidas
HIPERSONORIDADE - regiões com predomínio de ar
Onde são encontrados os sons da percussão?
MACIÇO - fígado/coração SUBMACIÇO - fígado TIMPÂNICO - espaço de Traube/intestino CLARO PULMONAR - tórax normal HIPERSONORIDADE - normalmente nenhuma
Descreva a técnica da percussão.
Com o paciente mantendo os braços cruzados à frente do tórax, percuta o tórax em locais simétricos, desde o ápice até as bases pulmonares.
Percuta um dos lados e depois o outro na mesma altura ou deslocando-se de um lado para o outro.
Omita as regiões escapulares pois a espessura das estruturas ósseas impede uma percussão fidedigna.
O que compreende a ausculta do tórax?
Compreende:
I - ouvir os sons gerados pela respiração
II - ouvir ruídos adventícios
III - ouvir os sons da voz falada e sussurrada
Cite os SONS NORMAIS GERADOS PELA RESPIRAÇÃO e a localização.
SOM TRAQUEAL - área de projeção da traqueia no pescoço
RESPIRAÇÃO BRÔNQUICA - sobre o manúbrio
MURMÚRIO VESICULAR - maior parte do pulmão
RESPIRAÇÃO BRONCOVESICULAR - infraclavicular e interescápulo-vertebral
O que causa diminuição do murmúrio vesicular? Dê exemplos.
Ocorre quando há ↓ da ventilação pulmonar ou barreira
EXEMPLOS DE MV ↓
• presença de ar, líquido ou tecido sólido na cavidade pleural
• enfisema
• obstrução das vias aéreas superiores
• obstrução parcial ou total de brônquios e bronquíolos
Sopro tubário
som semelhante ao som traqueal que ocorre quando há brônquios permeáveis até o foco da condensação. É o sopro clássico dascondensações pulmonares. O timbre é tubário, comparável ao que se obtém soprando um tubo.
Cite os sons anormais ou ruídos adventícios.
SONS DESCONTÍNUOS - intermitentes, não-musicais e breves.
• ESTERTORES FINOS
• ESTERTORES GROSSOS
SONS CONTÍNUOS – são musicais
• RONCOS
• SIBILOS
• ESTRIDOR
SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL
• ATRITO PLEURAL
Cite os sons anormais ou ruídos adventícios.
SONS DESCONTÍNUOS - intermitentes, não-musicais e breves.
• ESTERTORES FINOS (crepitantes)
• ESTERTORES GROSSOS (bolhosos ou subcrepitantes)
SONS CONTÍNUOS – são musicais
• RONCOS
• SIBILOS
• ESTRIDOR
SOM ANORMAL DE ORIGEM PLEURAL
• ATRITO PLEURAL
Descreva os estertores finos ou crepitantes.
Ruídos Adventício Descontínuo
- Auscultado no final da fase inspiratória
- Não se alteram com a tosse
- Indicam comprometimento alveolar (doença alveolar inflamatória ou congestiva), com líquido no interior dos alvéolos.
• Ex: pneumonia, edema agudo de pulmão
Descreva os estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes).
Ruídos Adventício Descontínuo
- Auscultado no início da inspiração e toda expiração
- Alteram-se pela tosse.
- Mobilização de conteúdo líquido presente em brônquios de médio e pequeno calibre (secreção viscosa e espessa)
• Ex: bronquites, bronquiectasias.
Descreva os roncos e a qual categoria de ruído pertencem.
Ruído adventício contínuo
Vibrações das paredes brônquicas.
Sons graves, auscultados nas vias aéreas maiores.
Movimentação de muco e líquido dentro da luz das vias aéreas.
São mutáveis. Semelhante ao roncar ou ressonar das pessoas.