Seção A - Do Navio, Em Geral Flashcards
Extremidade de vante do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar.
Proa.
Corpo do navio sem mastreação, aparelhos acessórios ou qualquer outro arranjo. Não possui forma geométrica definida, principal característica é ter (na maioria dos casos) um plano de simetria -plano diametral- que se imagina passar pela quilha.
Casco (hull).
Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. Região cujo tamanho é indefinido.
Meia nau (midship)
O mesmo que bochecha. Também é uma direção qualquer entre a proa e o través.
Amura (bow or tack)
Direção normal (90°) ao plano longitudinal do navio.
Través
Parte da proa por anteavante da quilha.
Balanço de proa.
Parte da popa por ante a ré da quilha.
Balanço de popa
Parte extrema da proa de um navio.
Bico de proa
Parte do casco abaixo do PLANO DE FLUTUAÇÃO em plena carga. A parte que fica total ou quase totalmente imersa.
Obras vivas.
Parte do casco que fica acima do PLANO DE FLUTUAÇÃO em plena carga. Está sempre emersa.
Obras mortas.
Linha que separa a parte imersa do casco de um navio (obras vivas) da sua parte emersa (obras mortas). É representada por uma FAIXA pintada com tinta especial no casco dos navios, de proa a popa. Sua aresta inferior é a linha de flutuação leve.
Linha d’água (waterline)
Invólucro do casco nas obras vivas. Algumas vezes empregado no lugar de “obras vivas”.
Carena.
Parte lateral do casco entre o bojo e o convés mais elevado.
Costado.
Partes curvas do costado, de um e outro bordo junto à popa.
Alheias (quarter)
Partes curvas do costado, de um e outro bordo junto à roda de proa.
Bochechas
Metade do navio por anteavante da seção a meia-nau.
Corpo de proa (forebody)
Metade do navio por ante a ré da seção a meia-nau.
Corpo de popa (after body)
É a extremidade de ré do navio. Quase sempre tem a forma exterior adequada para facilitar o fluxo de água produzido pelo navio em movimento, a fim de tornar mais eficiente a ação do leme e do hélice.
Popa (stern)
Parte do casco compreendendo a transição entre o fundo e o costado, podendo ser curvo ou reto.
Bojo (bilge)
Parte inferior do casco, desde a quilha até o bojo. Quando é chato diz-se que o navio tem * de prato.
Fundo do navio (ship bottom)
Antigamente, era a denominação do revestimento exterior do casco de um navio, no costado e na carena, constituído por chapas ou tábuas; atualmente é denominado simplesmente “chapeamento” (outer plating).
Forro exterior
Antigamente, era a denominação do revestimento interior do fundo do navio, constituindo o que atualmente é denominado “teto do fundo duplo” (inner bottom).
Forro interior do fundo.
É o limite superior do costado, que pode terminar na altura do convés (se recebe balaustrada) ou elevar-se um pouco mais, constituindo a borda-falsa.
Borda
Parapeito do navio em convés exposto ao tempo. É de chapa mais leve que o costado. Nela há sempre saídas de água.
Borda-falsa (bulwark)
Parte interna dos costados. Mais comumente usada para indicar a parte interna da borda-falsa. Termo em DESUSO.
Amurada (side)
Parte do costado na popa, entre as alhetas. Em DESUSO.
Painel de popa ou Painel
Parte superior do painel de popa. Em DESUSO.
Grinalda (taffrail)
Parte curva do costado na popa, logo abaixo do painel, e que forma com ele um ângulo obtuso ou uma curvatura.
Almeida (lower stern timber)
Partes da CARENA mais afiladas avante e a ré, de um e de outro bordo.
Delgados
Fiada de chapas do costado no encontro com o convés resistente. É sempre contínua de proa a popa, tem a mesma largura em todo o comprimento do navio, e suas chapas, em geral, têm maior espessura que as chapas contíguas. Fica quase sempre na altura do convés principal, por normalmente ser este o convés resistente.
Cintado (sheer strake)
A primeira fiada de chapas do forro exterior do fundo (chapeamento), de um e de outro lado da quilha.
Resbordo
Parte saliente formada no fundo de alguns navios pelo pé do cadaste e a parte extrema posterior da quilha. É comum nos navios de leme compensado. Melhora a estabilidade e provê apoio para picadeiros de docagem.
Calcanhar (skeg)
Saliência formada na carena de alguns navios em torno do eixo do hélice.
Bosso do eixo
Construção feita sobre o convés principal, com suas laterais distando do costado não mais do que 4% da boca do navio. Caso as laterais estejam a uma distância superior, passa a se chamar casaria (deckhouse).
Superestrutura
Superestrura na parte EXTREMA da proa, podendo ser acompanhada de elevação de borda.
Castelo de proa ou Castelo (forecastle deck)
Superestrura na parte EXTERNA da popa, podendo ser acompanhada de elevação de borda.
Tombadilho (poop deck)
Superestrutura localizada a meia-nau do navio.
Superestrutura central
Espaço entre o castelo ou o tombadilho e a superestrutura central; é limitado interiormente por um convés e, lateralmente, pelas borda-falsas e pelas anteparas das extremidades do castelo ou do tombadilho, e as da superestrutura central.
Poço (well)
Superestrutura disposta junto a um dos costados, como é o caso dos navios-aeródromos.
Superestrutura lateral
Parte rebaixada do costado do navio a fim de se colocar uma peça de artilharia ou alojar uma embarcação num navio de guerra ou, por conveniência da carga ou serviço, num navio mercante. Em DESUSO.
Contrafeito
Concavidade feita numa antepara, no fundo, no costado ou convés, a fim de alojar um equipamento ou para se obter melhor arranjo a bordo.
Recesso
Partes relativamente pequenas do casco de um navio, que se projetam além da superfície exterior do chapeamento da carena. Ex: parte saliente da quilha maciça, o leme, as bolinas, os pés-de-galinha, o cadaste exterior, a soleira da clara do hélice, o eixo do propulsor…
Apêndices
Aresta externa da proa ou a peça que constitui essa aresta, colocada externamente à roda de proa. Serve para dar apoio aos gurupés e dar elegância à proa do navio.
Talhamar (stem)