Rochas e Estruturas Sedimentares Flashcards
Tipos de Meteorização
Física e Química
O que é a meteorização das rochas?
Etapa da sedimentogénese que implica a alteração e fragmentação de uma rocha pelos agentes de meteorização. Pode ser química ou física.
Sedimentos menores/+ meteorizados -> + meteorizados continuarão a ser
Meteorização química
Resulta das int. das rochas com os agentes de geodinâmica externa que resultam na sua alt química e/ou form. de novos min. - min. de neoformação.
Processos de meteorização física, mecânica
Termoclastia, crioclastia, haloclastia, bioclastia e exfoliação.
O que é a meteorização física?
A progressiva desagregação das rochas através de fissuras sem modificação das características mineralógicas nem texturais (sem alt. química).
O que é a crioclastia?
Um processo de meteorização física em que a água infiltrada congela e expande, gerando tensões que contribuem para o alargamento e criação de novas fraturas.
Frequente em r. de grande altitude e elevada latitude.
O que é a Termoclastia?
Um processo de meteorização física em que as variações térmicas fraturam as rochas, que são más condutoras térmicas (a parte aquecida expande mais que o interior, fraturando). Também as tensões diferenciais dos seus diferentes minerais e zonas promovem a faturação (os minerais escuros aquecem e expandem mais).
Frequente em regiões desérticas e locais afetados por incêndios.
O que é a Haloclastia
Um processo de meteorização física em que os sais dissolvidos na água circulante precipitam e crescem, gerando uma força expansiva e facilitando a fratura das rochas.
Frequente em A costeiras e territórios quentes e áridos, com intensa evaporação.
O que é a Bioclastia?
Um processo de meteorização física em que a ação dos animais contribui para a faturação rochosa.
São ex’os a escavação, deslocação e crescimento das raizes.
O que é a Exfoliação?
Um processo de meteorização física por alívio de pressão.
A remoção das rochas suprajacentes expõe gradualmente os maciços rochosos que se encontram em profundidade. A fratura das zonas externas que prossegue a expansão gera diaclases. Notável em maciços graníticos.
Processos de meteorização química.
Hidrólise, dissolução, oxidação e hidratação
Caracterize e explique a meteorização química por dissolução
Dissolução das rochas. A maioria dos minerais é insolúvel na água, portanto, geralmente, para ocorrer, é necessária a presença de ácidos que aumentam o seu poder solvente.
Ocorre na halite que é alterada - dissolvida - pela água.
A carbonatação é a dissolução da calcite por água acidificada.
Carbonatação
Dissolução do CaCO₃ por água acidificada (quem sofre a dissolução não é a calcite, mas sim o carbonato de cálcio).
No calcário e áreas calcáricas leva ao modelado cársico, onde há facilidade em gerar grutas e algares, num relevo sulcado de lapiás.
Quando ocorre em calcários com uma fração de argila, calcários margosos, como a argila é insolúvel e rica em ferro, fica vermelha, a terra rossa,
Caracterize e explique a meteorização química por oxidação.
Perda de eletrões.
Ocorre, por ex’o, em min. ricos em ferro que, em contacto com o ar, cedem eletrões e originam o óxido de ferro (2Fe₂O₃). Esta reação é intensificada na presença da água.
Reação de formação de ácido carbónico - chuvas ácidas
H₂O + CO₂ ⇌ H₂CO₃
Caracterize e explique a meteorização química por hidratação.
É a incorporação de moléculas de água na estrutura cristalina de um novo mineral.
Pode acontecer de várias formas e ocorre, por ex’o, no gesso - CaSO₄ * 2 H₂O - por hidratação da anidrite.
Caracterize e explique a meteorização química por hidrólise.
São r. com H+ ou OH- que formam novos minerais.
Particularmente relevante no feldspato.
Este reage com o ácido carbónico, que intensifica a hidrólise e vem das chuvas ácidas, e forma argila.
Reação de Caulinização
Feldspato potássico + águas ácidas —> Calinite/Caulino (mineral de neoformação, Argila) + solução com silica
[Ver gráfico da meteorização química, hidrólise, do granito do caderno e/ou resumo]
Como se formam as rochas sedimentares?
Através de sedimentos de outras rochas preexistentes, à superfície ou próximas dela, quando estas passam por sedimentogénese e (podem ou não passar também por) diagénese/compactação
Exemplos de rochas sedimentares
Areia, argila, cascalho, silte, arenito, argilito, conglomerado, brecha, siltite, carvão, calcário recifal, calcário, sal-gema, travertino, …
Etapas da sedimetogénese
Meteorização (física/mecânica e química)
Erosão/remoção
Transporte
Sedimentação.
Erosão/remoção
Remoção dos materiais resultantes da meteorização, que passam a constituir os sedimentos.
Transporte
Transporte dos sedimentos por agentes de transporte, como o vento, a água, a gravidade e os glaciares.
Nos rios, é feito por saltação, rolamento, suspensão e/ou solução.
O vento transporta-os de forma semelhante, mas é geralmente (-) energético.
Leva ao progressivo arredondamento devido à abrasão entre partículas.
Com a variação da E dos agentes de transporte ocorre graniotriagem, dep. de sedimentos em f ao seu peso e tamanho.
Quanto + prolongado, maior a calibragem dos clastos e + homogéneas as suas dim.
Graniotriagem/granosselecão
Seleção dos detritos em função do seu peso e tamanho, devido à variação da energia do agente de transp.
Sedimentação
Deposição dos materiais detríticos em estratos, normalmente horizontais. Isto ocorre quando os agentes de transporte perdem energia e deixam de movimentar os detritos, quando as condições físico-químicas alteram-se e provocam precipitação (deposição).
Os estratos delimitam-se pelas sup. de estratificação - o teto e muro.
As var. nas suas características devem-se ao ambiente de sedimentação - clima, E, agentes de transp. e atividade biológica. Este é o caso da estratificação entrecruzada/oblíqua associada às dunas eólicas.
Diagénese/litificação
Podem ou não passar por ela.
Faz as rochas passar de sedimentares detriticas não consolidadas a consolidadas.
É a 1.compactação que ocorre aos detrítos mais antigos quando se afundam (devido ao aumento de pressão), acompanhada pela desidratação e a 2.cimentação, quando os minerais dissolvidos (silica, CaCO₃ e óxido de ferro) precipitam da água, formando a matriz/cimento e agregando os grãos e dando origem a uma rocha sedimentar detrítica consolidada.
Pode ocorrer depois 4.metassomatose - subst. de min. e 5.recristalização - mod. do seu arranjo.
Como se classificam as rochas sedimentares?
Em biogénicas, quimigénicas e detríticas/clásticas consolidadas e não consolidadas.
Rochas detríticas, areia e minerais
Resultantes da acumulação de rochas preexistentes.
Podem ser consolidadas ou não.
Organizam-se de ac. com uma escala granulométrica.
Rochas organizadas pela escala granulométrica
Argila < Silte < Areia < Balastros (Areão < Cascalho < Seixos < Blocos).
As suas rochas sedimentares consolidadas são, respetivamente: Argilito, Siltito, Arenito e Brecha (angulosa) ou Conglomerado (fragmentos arredondados).
Rocha sedimentar quimiogénica
Resulta da precipitação de compostos dissolvidos perante alteração das condições físico-químicas e de reações em rochas pre-existentes.
Tipos de rochas quimiogénicas
Carbonatadas e evaporitos
Rochas quimiogénicas carbonatadas
Constituidas por min. com o ião carbonato - CO₃²⁻.
Formadas em meio aquoso.
Salientam-se os calcários, formados essencialmente em ambientes cársicos e nascentes termais. A sua dissolução dá o modelado cársico.
A água aqui infiltrada, rica em CaCO₃, circula nas grutas e faz precipitá-lo, dando origem também ao travertino e estalactites e estalagmites.
Os calcários são constituidos por calcite (mineral), cuja comp. química é CaCO₃
Estalactites: V
Estalagmites L
Rochas quimiogénicas, evaporitos
Resultam da precipitação de sais minerais em amb. aquáticos de água salgada ou salobra em A quentes ou áridas, de intensa evap.
É o caso do gesso e da sal-gema.
Os 1ºs min. a precipitar dos sais são os menos solúveis.
As rochas ricas em halite, ao sofrer diagénese, dão sal-gema. O aumento de P em depósitos de sal-gema, mat. plástico, fá-los ascender em A de fraquezas da crusta, dando diapiros/domos salinos.
Rocha sedimentar biogénica
Formada a partir de sedimentos provenientes de seres vivos ou da sua ação. Inclui calcários biogénicos e carvões.
Tipos de calcários biogénicos
Calcário recifal e conquífero
Calcário recifal
Rocha sedimentar biogénica.
Os recifes de coral usam CaCO₃ nos seus esqueletos. Após a sua morte, há a sua acumulação que, por diagénese, dá calcário recifal.
Calcário conquífero
Vários org. usam o ião bicarbonato e o ião cálcio na prod. de conchas que, ao morrerem, sedimentam e dão, por diagénese, calcários conquíferos.
Carvões
Rochas sedimentares biogénicas.
Essencialmente restos de planta. Em amb. lagunares e lacustres, os seus restos podem ser dep. em amb. pouco oxigenados, sendo parcialmente decompostos por seres decompositores anaeróbios, formando turfa, ainda não considerada carvão devido a muita água e mat. org na sua comp.
Quando afunda, estes vão sendo expelidos e vai aumentando o seu poder calorífico.
Diferentes carvões ordenados de acordo com a quantidade de água e mat. org. na sua comp.
Turfa -> Lignite < Carvão Betuminoso/Hulha < Antracite
Rocha sedimentar clástica/detrítica consolidada
Rocha sedimentar clástica/detrítica que sofreu diagénese
Rocha sedimentar clástica/detrítica não consolidada
Rocha sedimentar clástica/detrítica que não sofreu diagénese
O que é uma estrutura sedimentar? Dê exemplos.
É um elemento de grande escala observado nas rochas sedimentares: a estratificação, marcas de ondulação, dunas, fendas de dessecação, …
O que é uma lacuna estratigráfica?
Uma interrupção no processo de sedimentação de estratos ou erosão de estratos anteriormente formados, marcando-os com uma sup. de descontinuidade.
O que são bioturbações?
Marcas de at. animal nas rochas.
Qual é a série sedimentar associada às transgressões?
A série transgressiva, com uma diminuição da granulometria.
Qual é a série sedimentar associada às regressões?
A série regressiva, com um aumento da granulometria.