Revisão Geral Flashcards
Quais aspectos da ortografia o Novo Acordo alterou?
O Novo Acordo Ortográfico alterou o alfabeto, o trema (aboliu), o uso do hífen, a acentuação e o uso das letras maiúsculas e minúsculas.
Quando o prefixo de uma palavra termina com vogal, qual é o uso do hífen?
Prefixo em vogal terminado:
- Sem Hífen diante de vogal diferente (autoestima, autoescola, antiaério)
- Sem Hífen diante de Consoante diferente de r e s (autodefesa, anteprojeto, semicírculo)
- Sem Hífen diante de r e s (dobram-se essas leras)
(autorretrato, antirracismo, antissocial) - Com Hífen diante de mesma vogal
(arqui-inimigo, contra-ataque, micro-ondas)
. Quando o prefixo de uma palavra termina com consoante, qual é o uso do hífen?
Segundo o Novo Acordo Ortográfico:
Prefixo terminado em consoante
- Sem Hífen
diante de vogal (interestadual, superinteressante) - Sem hífen diante de consoante diferente (intertextual, intermunicipal, supersônico)
- Com Hífen diante de mesma consoante (Sub-base, inter-regional, sob-bibliotecária)
Quando ocorre a duplicação das consoantes “r” e “s”?
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se as letras. Exemplos: sociorreligioso, antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas,
antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrasson, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrasson.
Explique o uso dos “porquês”.
- A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a “por
qual razão”, “por qual motivo”. Há situações nas quais por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a “pelo qual” (ou alguma de suas flexões pela qual, pelos quais, pelas quais). - A forma por quê é empregada ao final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências. A sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo “que” passa a ser tônico.
- A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, porquanto, como. Costuma ser
utilizado em respostas, para explicação ou causa. - A forma porquê representa um substantivo. Significa “causa”, “razão”, “motivo” e, normalmente, surge
acompanhado de palavra determinante (artigo, por exemplo).
O Novo Acordo Ortográfico aboliu o acento diferencial?
- Não se diferenciam mais os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. No
- entretanto, permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª
pessoa do singular. - Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Permanecem os acentos que
diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.). - É facultado o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras dêmos (do verbo no subjuntivo que nós
dêmos) de demos (do passado nós demos); fôrma (substantivo) de forma (verbo). - Desaparece o acento dos ditongos abertos éi e ói dos vocábulos paroxítonos. Permanece o acento agudo
nos monossílabos tônicos e oxítonos terminados em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: dói, céu, papéis, herói,
heróis, troféu, chapéu, chapéus.
Como fica a acentuação dos ditongos abertos éi e ói dos vocábulos paroxítonos?
Desaparece o acento dos ditongos abertos éi e ói dos vocábulos paroxítonos. Permanece o acento agudo nos monossílabos tônicos e oxítonos terminados em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: dói, céu, papéis, herói, heróis, troféu, chapéu, chapéus.
Quando as paroxítonas são acentuadas?
Levam acento agudo ou circunflexo os paroxítonos terminados em:
L,I,N,US,PS,Ã R,UM,UN,S,ON,X,ÃO
+ Ditongo crescente
Quais são os casos de crase facultativa/opcional?
A crase é facultativa/opcional quando:
- antes de pronomes possessivos;
- antes de substantivos femininos próprios;
- depois da palavra “até”.
Quando é proibido o uso da crase?
Não usamos crase:
- antes de palavra masculina, diante de substantivos;
- femininos indeterminados;
- diante de verbos;
- em locuções formadas com a repetição da mesma palavra.
Quais e quantas são as classes gramaticais?
São dez as classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, preposição, advérbio, conjunção, interjeição, verbo e pronome.
Quais são as pequenas partes usadas para compor as palavras?
Essas pequenas partes são chamadas de morfemas (morfema = menor parte significativa da palavra). São eles:
- radical (elemento significativo das palavras, também chamado de morfema lexical); tema (radical
acrescido de uma vogal - vogal temática); - afixos (morfemas derivacionais, são elementos secundários que
se agregam ao radical para formar palavras derivadas. Quando antepostos ao radical ou tema, chamam-se
prefixos, e sufixos, quando pospostos); - desinências (morfemas flexionais, pois servem para indicar a flexão
das palavras); - vogal temática (elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos
verbos, distinguem-se três vogais temáticas); vogal e consoante de ligação (em certas palavras derivadas
ou compostas, inserem-se para evitar dissonâncias, isto é, para facilitar a pronúncia desses vocábulos).
Quais são os processos de derivação e quais são os processos de composição de palavras?
A derivação consiste em formar uma palavra nova (derivada), a partir de outra já existente (primitiva). Pode ocorrer de quatro maneiras:
- Derivação por sufixação (ou sufixal)
- Derivação por prefixação (ou prefixal)
- Derivação parassintética (ou parassíntese)
- Derivação regressiva
- Derivação imprópria
Composição é o processo de formação de palavras a partir da junção de duas ou mais palavras ou de dois ou
mais radicais já existentes. Pode efetuar-se por:
- Justaposição
- Aglutinação
Uma mesma palavra pode pertencer a mais de uma classe gramatical? Explique.
Sim! A depender do contexto, uma palavra pode alternar a classe gramatical a qual pertence. Exemplo:
Vocês verão a minha glória! (verbo ver)
O verão está chegando! (substantivo)
Como funciona a classificação dos substantivos?
Os substantivos são classificados em comum ou próprio, derivado ou primitivo, simples ou composto, concreto ou abstrato. Pode ser também coletivo. À exceção dos coletivos, cada substantivo terá, então, quatro classificações.
Exemplo: carro - comum, simples, concreto e primitivo.
Resuma a formação do plural dos substantivos.
O plural dos substantivos compostos pode ser formado de diversas maneiras. Seguem as principais formas de fazê-lo:
- Quando os substantivos estiverem unidos por hífen, pluralizam-se os dois elementos se ambos
forem substantivos, se ambos forem adjetivos, se for um numeral e um substantivo. - Pluraliza-se apenas o segundo elemento se forem unidos sem hífen, se for um verbo com um
substantivo, se for um elemento invariável mais uma palavra variável e se forem palavras repetidas. - Pluraliza-se apenas o primeiro elemento se a palavra for composta por substantivo + preposição + substantivo e se o segundo elemento limita o primeiro (tipo, finalidade).
- Os dois elementos ficam invariáveis se for a junção de verbo + advérbio, de verbo + substantivo plural, verbos antônimos e frases substantivas;
- Palavras substantivadas flexionam-se no plural como os substantivos.
Cite as possibilidades de classificação dos adjetivos.
- Adjetivo primitivo: que não deriva de outra palavra.
- Adjetivo derivado: que deriva de outra palavra.
- Adjetivo simples: formado apenas por um radical.
- Adjetivo composto: formado por mais de um radical.
- Adjetivo explicativo: exprime qualidade própria dos ser.
- Adjetivo restritivo: exprime qualidade que não é própria dos ser.
- Adjetivo pátrio: referem-se à nacionalidade ou ao lugar de origem.
O que são preposições acidentais?
Preposições acidentais são aquelas palavras que pertencem a outras classes gramaticais e que, ocasionalmente, funcionam como preposições. As principais: exceto consoante, durante, mediante, afora, fora, segundo, tirante, visto, senão, como, conforme, mediante, salvo, segundo.
Quais são as conjunções coordenativas?
ECA3
a. Aditivas
b. Adversativas;
c. Alternativas;
d. Conclusivas;
e. Explicativas.
Quais são as conjunções subordinativas?
C6FTPI
a. Causais;
b. Comparativas;
c. Concessivas;
d. Condicionais;
e. Conformativas;
f. Consecutivas;
g. Finais;
h. Proporcionais;
i. Temporais;
j. Integrantes.
Diferencie frase, oração e período
- Frase é todo enunciado capaz de estabelecer comunicação, contendo verbo ou não.
- Oração é uma estrutura sintática que é formada em torno de um verbo ou locução verbal. Em suma, é toda
frase que possui verbo. - Período é uma estrutura com uma ou mais de uma oração, podendo ser simples (uma oração) ou composto
(mais de uma oração).
Com base na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), como são classificados os termos da
oração?
São classificados em essenciais, integrantes e acessórios.
Saber a classificação dos termos da oração ajuda a visualizar melhor os componentes que a formam.
Especifique quais elementos da oração são essenciais, quais são integrantes e quais são acessórios.
- Os termos essenciais são sujeito e predicado;
- os integrantes são complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), complemento nominal e agente da passiva;
- já os temos acessórios são adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.
O sujeito pode ser classificado como determinado e indeterminado. Quais são as subclassificações
de um sujeito determinado?
Simples, composto, expresso (explícito), oculto (ou elíptico), agente, paciente e agente e paciente ao mesmo tempo.
De quais maneiras pode-se indeterminar o sujeito em uma oração?
- Flexionando-se o verbo na 3ª pessoal do plural, sem referência ao agente;
- flexionando-se o verbo na 3ª
pessoal do singular, seguido da partícula “se”, chamada de índice de indeterminação do sujeito; - deixando-se o verbo no infinitivo impessoal.
Qual é a diferença entre complemento nominal e complemento verbal?
O complemento nominal complementa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e o complemento verbal complementa o sentido de um verbo (objeto direto ou indireto).
Qual é a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal?
O adjunto adnominal é um termo que acompanha um nome, mas acontece de maneira facultativa por isso recebe classificação de termo acessório. Ele é o agente da ação expressa pelo nome. Já o complemento nominal acompanha um nome de maneira obrigatória para completar o seu sentido e por esse motivo é classificado como termo integrante. Ele é o alvo da ação expressa pelo nome.
Quais podem ser as classificações atribuídas à partícula “se”?
Pronome reflexivo; pronome apassivador ou partícula apassivadora; índice de indeterminação do sujeito; parte integrante do verbo; partícula expletiva ou de realce; conjunção integrante ou condicional.
Quais podem ser as classificações para o vocábulo “que”?
Substantivo; pronome indefinido; pronome interrogativo; pronome relativo; advérbio; preposição; conjunção coordenada; conjunção subordinada; partícula expletiva ou de realce e interjeição.
Quais podem ser as classificações para o vocábulo “como”?
Pronome relativo; advérbio; conjunção causal; conjunção comparativa; conjunção conformativa; interjeição e verbo.
Diferencie significante e significado.
Significante é a imagem mental que o cérebro humano cria ao ler ou ao ouvir a pronúncia de
determinado vocábulo. Já o significado vai depender do contexto, é o conceito que um vocábulo pode assumir nos diferentes contextos em que ocorrer.
Conceitue sentido denotativo e sentido conotativo.
- Sentido conotativo é o sentido relacionado ao significado secundário, subjetivo, particular, figurado e simbólico de uma palavra no contexto em que se encontra.
- Sentido denotativo é aquele significado encontrado no dicionário de determinada palavra. Trata-se do sentido base, literal de uma palavra
Diferencie os tipos de homonímia.
- Os vocábulos classificados como homônimos homógrafos (homo=igual; grafo=grafia) apresentam a mesma grafia, mas pronúncia e sentidos diferentes.
- Aqueles classificados como homônimos homófonos (homo=igual; fono=som) apresentam mesma
pronúncia com grafia e sentidos diferentes. - E há os homônimos perfeitos, que são os que possuem tanto grafia quanto pronúncia iguais, mas sentidos diferentes.
O que é regência verbal?
É a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus complementos.
Defina transitividade verbal.
- É a relação estabelecida entre o verbo e outros termos da oração, definindo se determinado verbo necessita de complemento para ter sentido completo ou não.
Cite a classificação dos diferentes tipos de verbo no que respeita a sua transitividade.
- Os verbos podem ser classificados como transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo.
Defina cada uma das classificações do verbo quanto a sua transitividade.
- Os verbos transitivos diretos e os transitivos indiretos não possuem sentido completo e necessitam de complemento verbal.
- Os verbos intransitivos possuem sentido completo.
De acordo com a transitividade, cite os diferentes complementos ou acompanhamentos que
podem ser associados aos verbos.
- Os verbos transitivos diretos são acompanhados, obrigatoriamente, por objetos diretos.
- Já os verbos transitivos indiretos são ligados a objetos indiretos, complementos que se unem a esse tipo de verbo com o auxílio de uma preposição.
- Já os verbos intransitivos, por possuírem sentido completo, algumas vezes são acompanhados apenas por adjuntos adverbiais.
Na língua portuguesa, os vocábulos podem assumir diferentes funções, classificações e sentidos a
depender do contexto em que estiverem inseridos. O verbo haver, por exemplo, com sentido de
existir, comporta-se de maneira diferente do verbo existir e diferente também se comparado aos
demais verbos transitivos diretos. Cite duas características essenciais do verbo haver.
- O verbo haver com sentido de existir é impessoal, portanto a oração em que se encontrar será sem sujeito.
- Se estiver em uma locução verbal, fará com que também o verbo principal seja impessoal, de modo que não haverá relação de concordância na oração.
Defina regência nominal.
É a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Conceitue concordância.
Concordância é o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se combinam, nas suas flexões,
com as palavras de que dependem. Ocorre quanto ao gênero e número (nos nomes), e pessoa e número
(nos verbos)
Como se dá a concordância nominal?
Com algumas exceções, artigo, adjetivo, pronome adjetivo e numeral concordam com o substantivo em gênero e número.
Cite 3 casos especiais que são exceções de concordância nominal.
- Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, há duas concordâncias possíveis: o
substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo; o substantivo vai para o
plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. - Quando o sujeito for composto e o adjetivo estiver posposto aos substantivos, o adjetivo vai para o plural
(em caso de gêneros diferentes, permanece o masculino plural); mas se o adjetivo estiver anteposto aos
substantivos, a concordância pode ser feita com o adjetivo no plural ou com o adjetivo concordando com o
substantivo mais próximo. - Na concordância com a palavra “só”, se ela equivaler a “sozinho”, concordará com o nome a que se refere;
se ela equivaler a “somente” ou “apenas”, terá função adverbial e será, portanto, invariável.
Como se dá a concordância verbal?
Em regra, o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
Como funciona a concordância verbal em caso de o sujeito ser composto por pessoas diferentes?
Há uma ordem de prevalência: a 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª e a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª.
Em caso de sujeito composto posposto ao verbo, como funcionaria a concordância?
O verbo poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo a ele.
Dentro dos casos especiais de concordância verbal, como funciona a concordância do verbo com o
sujeito formado por substantivo coletivo, por núcleo fracionário ou percentual ou por núcleo partitivo?
Nesses casos o verbo poderá concordar tanto com o termo coletivo, fracionário ou percentual (com o
numeral) ou partitivo quanto com o adjunto adnominal que o acompanhar, permanecendo no singular ou
indo para o plural.
Com o verbo “ser”, como se dá a concordância?
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito quando o sujeito for os pronomes isto, isso, aquilo, tudo. E é possível, também, a concordância do verbo com o sujeito-pronome no singular.
As vozes verbais são: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. Qual a diferença entre a voz passiva e a voz ativa?
Na voz ativa o sujeito é o agente da ação expressa pelo verbo, já na voz passiva o sujeito é paciente, ou seja,
ele sofre a ação expressa pelo verbo.
Qual é a diferença entre voz passiva e voz reflexiva?
Em ambas se emprega a partícula “se”, porém, na voz passiva, o sujeito é paciente da ação expressa pelo verbo enquanto que, na voz reflexiva, ele pratica e sofre a ação expressa pelo verbo, ou seja, ele é agente e paciente ao mesmo tempo da referida ação.
Diga o que são pronomes e como funciona a classificação dessa classe gramatical.
Pronomes são palavras que substituem os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso, ou seja, a pessoa que participa da situação comunicativa. Os pronomes podem ser substantivos ou adjetivos. Além disso, são classificados em: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Qual é o critério para a divisão dos pronomes retos em oblíquos ou retos?
Essa divisão dos pronomes (caso reto e oblíquo) é feita de acordo com a função que exercem na frase. Os pronomes pessoais do caso reto desempenham a função de sujeito da oração e os oblíquos, a de complemento (verbal ou nominal).
Qual é a função dos pronomes demonstrativos?
Classe de palavras que, substituindo ou acompanhando os nomes, indica a posição dos seres e das coisas no espaço e no tempo em relação às pessoas gramaticais.
Como funcionam os pronomes possessivos quanto à referenciação?
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso e indicam a posse de alguma coisa. Por exemplo: Meu livro está atualizado. A palavra meu indica que o livro pertence à 1ª pessoa (eu). Trata-se, pois, de um pronome possessivo.
Quais são os pronomes demonstrativos e como funcionam?
Os pronomes demonstrativos são: este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s) e
aquilo. Tais pronomes podem, substituindo ou acompanhando os nomes, indicar a posição dos
seres e das coisas no espaço e no tempo em relação às pessoas gramaticais. Exemplos:
- Comprei este livro (aqui) - O pronome este indica que o livro está perto da pessoa que fala.
- Estude por esse livro (aí) - O pronome esse indica que o livro está perto da pessoa com quem se fala ou afastado da pessoa que fala.
- Aquele livro me traz boas recordações - O pronome aquele indica que o livro está afastado da pessoa com quem se fala e afastado da pessoa que fala.
- Aos pronomes este, esse, aquele (variáveis) correspondem a isto, isso, aquilo (invariáveis) e são
utilizados como substitutos de substantivos.
Quais são as características específicas do pronome relativo “cujo(a)”?
- Concorda com o termo consequente
- Retoma o termo antecedente (anafórico)
-Traduz a ideia de posse - Pode vir precedido de preposição
- Não aceita artigo anteposto ou posposto
Quais são as possibilidades de colocação pronominal?
A colocação dos pronomes em relação ao verbo faz parte da tríade denominada próclise (o pronome vem antes do verbo - se refere), mesóclise (vem no meio - referer-se-á) e ênclise (vem depois do verbo - refere-se)
Quais são os fatores de próclise?
- Palavra negativa
- Advérbios
- Pronome Relativo
- Pronome Demonstrativo
- Pronomes Indefinidos
- Conjunções
Quando a mesóclise deve acontecer?
Sempre que o verbo estiver no em um dos tempos do futuro. Porém, se ocorrer qualquer dos casos de próclise, ainda que o verbo esteja no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a colocação deverá ser proclítica (antes do verbo)
Quando ocorre ênclise?
A ênclise é a regra geral de colocação pronominal. Sendo assim, o pronome deverá ficar posposto ao verbo quando não ocorrer qualquer dos casos de próclise ou mesóclise.
O que é tipologia textual?
É o nome dado ao molde/estrutura/padráo usado para a construção de um texto dentro de uma intencionalidade comunicativa. A tipologia textual, portanto, relaciona-se com a estrutura, com o conteúdo e com a forma de apresentaçáo de um texto.
Qual é a diferença entre tipo e gênero textual?
Importante fazer a distinção entre tipologia e gênero textuais. O tipo textual é o conjunto de características de um texto. Por seu turno, o gênero textual seria uma espécie do tipo textual.
Para melhor esclarecer, podemos afirmar que um texto narrativo (tipo) pode ser um romance, um uma crônica ou um depoimento (gêneros).
Qual é a diferença entre discurso direto e indireto?
- No discurso direto, o narrador faz uma pausa na sua narração, a fim de transcrever fielmente a fala do personagem, com o escopo de conferir autenticidade ao texto, distanciando o leitor do encargo daquilo que é dito.
- No discurso indireto há a interferência do narrador na fala da personagem. Aqui, não há as próprias palavras da personagem.
Quais são os principais tipos textuais que caem em concursos?
Narração, descrição, injunção e dissertação.
O que é linguagem verbal, não verbal e mista?
A linguagem pode ser verbal e não verbal. Enquanto a linguagem verbal integra a fala e a escrita, a linguagem não verbal aborda diversos recursos de comunicação da fala e da escrita (imagens, músicas, desenhos, símbolos, etc.). A linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e não verbal, encontrada, por exemplo, nas histórias em quadrinhos.
O que é metáfora e o que é metonímia?
Metáfora é uma figura de linguagem na qual o uso de uma palavra ou expressão possui o sentido de outra, sendo possível estabelecer, entre ambas, uma relação de analogia, ou seja, é necessário existir mesmo significado (ou elementos semânticos) entre tais palavras ou expressões.
Metonímia ocorre quando há troca de uma palavra por outra por existir entre elas uma relação perfeita entre o todo e a parte.
O que é pleonasmo vicioso?
O pleonasmo vicioso é aquele que ocorre quando há repetiçáo inútil e desnecessária de algum termo ou ideia. Isso porque, nesses casos, náo se trata de figura de linguagem, mas de vício de linguagem. Poe exemplo: ambos os dois, subir para cima, hemorragia de sangue, fato real.
Diferencie fonética e fonologia.
A fonética é o estudo da formação, evolução e classificação dos sons efetivos (reais) da fala, considerando suas variedades. A fonética preocupa-se com os sons da fala em sua realização concreta, ou seja, com os fonemas.
O que são dígrafos?
Os dígrafos são formados por agrupamentos de consoantes representando um único som.
Neste caso são, portanto, duas consoantes que representam um único som.
Exemplo: CH, LH, NH, SC, RR
o que são dígrafos vocálicos?
São aqueles formados por “am, an, em, en, im, in, om, on, um, un”
Exmplos: Men-ti-ra, tam-bém, lim-pi-do, lon-go, bum-ba.
Diferencie oração e período.
Orações são enunciados que possuem verbo, os quais podem ter sentido completo ou não. Um período é
um conjunto formado por uma oração (período simples) ou por mais de uma (período composto).
- Qual é a característica de um período composto por coordenação?
Um período composto por coordenação possui orações sintaticamente independentes, mas equivalentes
entre si.
Diferencie orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas.
Orações coordenadas assindéticas não possuem elemento de ligação entre si, ou seja, não há conjunção
interligando-as umas às outras. Já as orações sindéticas são interligadas por conjunções.
Especifique as diferentes relações que podem existir entre orações coordenadas sindéticas.
As orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
explicativas.
Cite as principais conjunções que anunciam orações coordenadas.
(ECA3)
* Aditivas - e, nem, mas também, como também bem como
- Adversativas - mas, porem, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante
- Alternativas - ou, ou … ou, quer … quer, seja … seja
- Conclusivas - (LAP5) Logo, assim, pois (depois do verbo), portanto, por isso, por conseguinte, por consequencia, senao
- Explicativa - (QIP3) Que, isto é, pois (antes do verbo), porque, porquanto.
Diferencie oração principal de oração subordinada.
A oração principal não tem sentido sem um complemento, já a oração subordinada é o complemento da oração principal, tem o sentido subordinado ao da oração principal.
Quais são os tipos de oração subordinada existentes?
As subdivisões das orações subordinadas são substantivas, adjetivas e adverbiais.
Cite os principais tipos de pontuação existentes.
Vírgula, ponto final, dois pontos, ponto e vírgula, ponto de interrogação, ponto de exclamação, travessão,
reticências, parênteses e aspas.
Dentre os elementos de pontuação, um dos mais empregados em textos de língua portuguesa é a
vírgula. Cite pelo menos 5 funções da vírgula em orações.
A vírgula dentro das orações, entre outras funções, pode ser empregada para isolar vocativo; para isolar aposto explicativo; para separar elementos coordenados; para marcar a elipse de um verbo; para isolar adjuntos adverbiais deslocados na oração principal.
Quais são os casos em que a vírgula é empregada entre orações?
A vírgula também deve ser empregada para separar orações coordenadas; para isolar a oração subordinada substantiva apositiva; para isolar a oração adjetiva explicativa; para isolar as orações adverbiais quando
intercaladas na oração principal ou antecipadas a ela.
Sabe-se que um texto é formado por informações implícitas e explícitas. Diante disso, explique as
expressões “ler nas entrelinhas” e “fazer inferências”.
Saber ler nas entrelinhas e fazer inferências, ambas as expressões têm o mesmo significado, é a mesma
coisa que saber identificar as informações implícitas em um texto. Para que isso seja possível, o leitor precisa estabelecer relações dos mais diversos tipos no texto e entender o contexto.
O que são as condições de textualidade? E como isso ocorre?
São aquelas que permitem que redator avalie a qualidade do que lê e do que escreve. As condições de textualidade são medidas com base na coerência e na coesão textuais.
Conceitue coerência e especifique suas propriedades fundamentais.
Também chamada de conectividade textual, a coerência é a interdependência semântica entre os elementos constituintes de um texto, ou seja, é a relação que deve existir entre as partes desse texto e que resulta em uma unidade de sentido. Para que a coerência se realize, suas propriedades fundamentais são continuidade ou repetição, não contradição e progressão
Conceitue coesão e cite alguns elementos de coesão.
Pode ser entendida como o modo pelo qual frases ou partes delas se combinam para criar uma relação semântica entre os elementos do texto. Alguns elementos de coesão são: conjunções, pronomes relativos, preposições e advérbios.
Diferencie tipo textual e gênero textual.
Tipo textual é medido pelo conjunto de características de um texto. Já gênero textual é uma espécie, uma vertente do tipo textual. Então, tipo textual é mais abrangente que gênero textual, o que significa dizer que um mesmo texto pode ser classificado quanto a sua tipologia e quanto a seu gênero, exemplo: dissertação (tipo) dissertação-argumentativa (gênero).
Quais os tipos textuais mais cobrados em provas na atualidade?
Narração, dissertação, descrição.
Muitas vezes o texto narrativo é montado com conversas entre os personagens. Essas conversas, a depender da forma como são estruturadas no texto, são chamadas de discursos. Quais tipos de
discurso podemos encontrar em textos?
Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre.
O que é parafrasear?
Parafrasear é reescrever um texto com outras palavras preservando seu conteúdo.
Os modos verbais variam de acordo com a posição do falante em relação à ação expressa pelo verbo.
Cite os tipos de modos verbais.
São três: modo indicativo, modo subjuntivo e modo imperativo.
De acordo com o contexto em que estiverem inseridas, as palavras na língua portuguesa podem expressar diferentes significados e/ou circunstâncias, o mesmo acontece com os verbos. Ciente disso, discorra sobre o que expressam, no geral, os verbos no modo indicativo e o que expressam os verbos
no modo subjuntivo.
O verbo aplicado no modo indicativo expressa ações certas, realizadas, fatos. Já no modo subjuntivo expressam hipótese, dúvida, ações desejadas.
O modo indicativo possui 6 tempos verbais diferentes. Cite esses tempos verbais.
O modo indicativo possui os seguintes tempos verbais: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
Cite os tempos verbais do modo subjuntivo.
Existem as formas simples do modo subjuntivo e as formas compostas. São as simples: presente do subjuntivo; pretérito imperfeito do subjuntivo; futuro do subjuntivo. E as compostas: pretérito perfeito composto do subjuntivo; pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo; futuro composto do
subjuntivo.
Em que circunstâncias os falantes do português empregam os verbos no modo imperativo na sua
comunicação?
Quando emprega verbos no modo imperativo, o falante tem a intenção de levar o seu interlocutor a realizar uma ação, expressando o que quer que ele faça através de uma ordem ou de um conselho.
Conceitue verbos nocionais.
Os verbos nocionais são os verbos que expressam ação no contexto em que estiverem inseridos.
Além de verbos não-nocionais, quais as outras nomenclaturas pelas quais os verbos de ligação também são identificados e o que eles indicam
Os verbos de ligação são também chamados de verbos de estado, de verbos copulativos ou de verbos relacionais e indicam um estado, fazendo a ligação entre o sujeito e suas características
Os verbos no modo imperativo negativo têm como base o presente do subjuntivo e, para a sua formação, necessita de um advérbio que indique negação. Como ficaria, então, a conjugação do verbo
fazer no modo imperativo negativo?
Não faças tu / não faça você / não façamos nós / não façais vós / não façam vocês
. No modo imperativo afirmativo, os verbos são conjugados com base no presente do subjuntivo, com
exceção da segunda pessoa do plural e da segunda pessoa do singular, que são formadas com base na conjugação dos verbos no presente do indicativo, porém sem o s final (tu estudas/ vós estudais -> estuda tu/ estudai vós). Ciente disso, faça a conjugação do verbo trazer no modo imperativo afirmativo.
Traz tu* / traga você / tragamos nós / trazei vós / tragam vocês
- Atenção! Aqui, por uma questão de sonoridade, foi retirado não somente o s final, mas o es, ou seja, no
lugar de traze tu, ficou traz tu.
Vimos que não há conjugação dos verbos no modo imperativo na primeira pessoa do singular. Por que isso ocorre?
Isso ocorre porque, como vimos, os verbos no imperativo expressam ordem, conselho e não usual que alguém de ordens a si mesmo.
Quais são os preceitos fundamentais das comunicações oficiais?
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos da clareza e precisão, objetividade, concisão, coesão e coerência, impessoalidade, formalidade e padronização (são os atributos da redação oficial).
Como deve ser a linguagem utilizada?
Os textos oficiais devem sempre permitir uma única interpretação e devem ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Devem ser necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público), e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) ou o conjunto de cidadãos ou instituições tratadas de forma homogênea (o público).
Como fica a concordância com os pronomes de tratamento?
- Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
- Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa … vosso…”).
- Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso
interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar
satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
Sobre os pronomes de tratamento, quais mudanças o Decreto nº 9.758 prevê?
Segundo o decreto n° 9.758, não há mais o vocativo Excelentíssimo, nem o tratamento Vossa Excelência nas correspondências oficiais. Sendo assim, o tratamento entre agentes públicos é “Senhor”.
O pronome Vossa Excelência deve ser usado para as seguintes autoridades?
- Poder Executivo: Presidente da República; Vice-presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de
natureza especial; Secretários de Estado dos governos estaduais; Prefeitos municipais. - Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
- Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
Quais são os fechos existentes no MRPR?
O Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
- Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
- Atenciosamente,
De acordo com o MRPR (2018), deixa de existir a distinção ofício, aviso e memorando. Explique.
Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Essa divisão não existe mais.
Com o fito de uniformizá-los, o Manual adotou nomenclatura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício.
Como era:
a) aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia;
b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e
c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.
Na nova edição do Manual, ficou abolida essa distinção e passou-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses.
Quais elementos deverão constar no cabeçalho?
No cabeçalho deverão constar os seguintes elementos:
a) brasão de Armas da República2: no topo da página. Não há necessidade de ser aplicado em cores. O uso de marca da instituição deve ser evitado na correspondência oficial para não se sobrepor ao
Brasão de Armas da República.
b) nome do órgão principal;
c) nomes dos órgãos secundários, quando necessários, da maior para a menor hierarquia, separados por barra (/); e
d) espaçamento: entrelinhas simples (1,0).
Como deve ser feita a identificação do expediente?
Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:
a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;
b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como No;
c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e
d) alinhamento: à margem esquerda da página.
Como deve ser o item “assunto”?
O assunto deve dar uma ideia geral do que trata o documento, de forma sucinta. Deve-se colocar a palavra “Assunto”, escrever o conteúdo do documento seguido de dois pontos. Vale ressaltar que a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos e sugere-se utilizar de quatro a cinco palavras. Além disso, deve ser destacado em negrito e alinhado junto à margem esquerda da página.
Exemplos:
- Assunto: Encaminhamento do Relatório de Gestão julho/2018.
- Assunto: Aquisição de computadores.