Reprodução Humana Flashcards
Reprodução sexuada resulta de quê? E origina o quê?
Resulta da fusão de duas células haploides (gâmetas), originando uma célula diploide (zigoto).
Gâmetas
Células reprodutoras especializadas.
Masculino: espermatozoides
Feminino: oócito ou ovócito
Fecundação e cariogamia
União de 2 gâmetas diferentes (fecundação). A fusão dos núcleos dos 2 gâmetas (cariogamia) é que origina o zigoto
Gónadas
Onde se produzem os gâmetas.
Masculino: testículos
Feminino: ovários
Funções do sistema reprodutor masculino
- Produzir hormonas
- Produzir espermatozoides
- Depositar os gâmetas no sistema reprodutor feminino
Órgãos externos (2) e internos (7) do sistema reprodutor masculino
Externos: pénis, escroto
Internos: testículos, próstata, vesículas seminais, glândulas de Cowpler, epidídimios, canais deferentes, uretra
Glândulas anexas do sistema reprodutor masculino
- Próstata
- Vesículas seminais
- Glândulas de Cowpler
Vias genitais do sistema reprodutor masculino
- Epidídimos
- Canais deferentes
- Uretra
Pénis
Órgão copulador (onde ocorre a cópula, a relação sexual) que permite depositar o esperma no sistema reprodutor feminino e ainda expulsa a urina através da uretra
Constituição do pénis
- Corpo cavernoso (localizado dorsalmente e tem cavidades designadas de espaços cavernosos que se enchem de sangue na ereção)
- Corpo esponjoso (atravessada pela uretra e cuja extremidade forma a glande)
- Tecido epitelial mais fino e sensível nas extremidades. Extremidade do pénis, rica em terminações nervosas (glande)
- Pele que reveste a glande (prepúcio)
- Vasos sanguíneos
- Rede de nervos
Ereção do pénis
Estimulação sexual desencadeia uma resposta do sistema nervoso. As artérias que transportam o sangue para o interior do pénis dilatam-se, aumentando o fluxo sanguíneo. Os tecidos esponjosos enchem-se de sangue - pénis fica erecto.
(Corpo cavernoso enche-se de sangue e o tecido esponjoso e eréctil absorve o sangue e o pénis aumenta de tamanho e volume)
Escroto
Saco/bolsa testicular de pele que contém os testículos e os epidídimos, fora da cavidade abdominal.
Proteção dos testículos.
O facto de estar fora da cavidade abdominal, garante que os testículos fiquem a uma temperatura inferior à do resto do corpo, essencial para a formação dos espermatozoides.
Testículos
Par de gónadas onde há produção de espermatozoides e testosterona (hormona sexual)
Canais / vasos deferentes
Par de ductos que transportam os espermatozoides dos epidídimos para a uretra
Epidídimos
Par de canais/ductos muito enovelados onde os espermatozoides sofrem maturação/amadurecem e são armazenados.
Uretra
O pénis é atravessado longitudinalmente pela uretra, que é comum ao sistema urinário (transporta urina) e transporta o esperma até ao exterior
Vesículas seminais
Par de glândulas que produzem o líquido seminal, rico em nutrientes que nutre e dá energia aos espermatozoides para a sua deslocação no sistema reprodutor feminino
Próstata
Glândula que produz o líquido prostático, secreção viscosa e alcalina que neutraliza/reduz a acidez da vagina
Glândulas de Cowpler / glândulas bubloretrais
Glândula que produz muito pouco de uma secreção mucosa e alcalina que é lançada na uretra com a finalidade de lubrificar e limpar a extremidade do pénis. Neutraliza o ph da uretra devido à urina
Estrutura dos testículos
Cada homem possui 2 testículos, que estão divididos interiormente em lóbulos testiculares. Cada lóbulo tem 1-4 túbulos seminíferos, onde há produção de espermatozoides. Estes são muito irritados e convergem para os epidídimos.
Interior dos túbulos seminíferos e espaços intersticiais entre entes
Há células da linha germinativa, em diferentes fases da espermatogénese e células de Sertoli.
No espaço intersticial entre os túbulos seminíferos há células de Leydig, linfa, vasos sanguíneos, fibras nervosas e tecido conjuntivo
Células de Sertoli
Ocupam o espaço entre a periferia e o lúmen dos túbulos seminíferos e sustentam as células da linha germinativa, intervindo na sua nutrição e proteção.
Protegem uma vez que segregam uma barreira protetora a substâncias tóxicas no sangue.
Segregam a maioria do líquido nos túbulos seminíferos, rico em nutrientes que nutrem, estimulam o desenvolvimento dos espermatozoides e auxilia a sua condução desde os túbulos até aos epidídimos.
Fagocitam gâmetas danificados e restos celulares.
Células de Leydig / intersticiais
Responsáveis pela produção de testosterona. Surgem, essencialmente, a partir da puberdade.
Células da linha germinativa nos túbulos seminíferos dos testículos
Células que vão originar espermatozoides
O que rodeia os túbulos seminíferos dos testículos?
Os túbulos seminíferos estão reodeados por uma camada de tecido fibroso que filtra o fluido que o atravessa, essencial para a formação dos espermatozoides.
Quando é que inicia a espermatogénese e quando é que termina? E dura quanto tempo?
- Inicia-se na puberdade e ocorre de forma contínua até ao final da vida.
- Dura cerca de 64/72 dias
Em que sentido ocorre a espermatogénese?
Sentido centrípeto: da membrana dos túbulos seminíferos para o lúmen
O que faz a espermatogénese?
Produz gâmetas masculinos (espermatozoides) a partir de células germinativas
Quais são as 4 fases da espermatogénese?
- Multiplicação
- Crescimento
- Maturação
- Diferenciação
Multiplicação (fase 1 da espermatogénese)
Espermatogónias, que estão na periferia dos túbulos seminíferos, são diploides (2n com 46 cromossomas) sofrem mitoses.
De cada 2 resultantes da mitose, 1 volta a dividir-se por mitose e a outro continua o processo de espermatogénese
Porque é que na fase de multiplicação da espermatogénese, uma das duas células resultantes da mitose volta a dividir-se por mitose em vez de continuar para a fase seguinte da espermatogénese?
Para assegurar que este processo ocorre até ao fim da vida do homem
Origem das espermatogónias (fase da multiplicação da espermatogénese)
Durante o desenvolvimento embrionário do indivíduo, formam-se células germinativas que, nos tecidos maduros (puberdade), dão origem às espermatogónias após sofrer 2 mitoses
Crescimento (fase 2 da espermatogénese)
Aumento do volume celular, originando os espermatócitos primários (I), que são diploides (2n com 46 cromossomas), devido à síntese e acumulação de substâncias de reserva
Maturação (fase 3 da espermatogénese)
1º divisão da meiose (reduz número de cromossomas para metade):
Cada espermatócito primário sofre divisao I da meiose, originando duas células haploides, n (com 23 cromossomas em que cada cromossoma ainda tem 2 cromatídeos) - espermatócito secundário (II)
2º divisao da meiose :
Cada espermatócito II sofre a divisão II da meiose, originado 2 células haploides, n (com 23 cromossomas mas cada cromossoma com apenas 1 cromátídeo) - espermatídio. Formam-se, no total, 4 espermatídios.
Os 4 espermatídios formados no final da fase de maturação da espermatogénese são geneticamente diferentes. Porquê?
Ocorre fenómenos de recombinação do material genético na meiose (crossing over e disposição aleatória dos cromossomas homólogos na metáfase I)
Diferenciação / espermiogénese (fase 4 da espermatogénese)
Espermatídios sofrem um processo de diferenciação - espermiogénese. Aqui mudam de forma, alterações citológicas que facilitam a deslocação dos gâmetas masculinos no interior do sistema reprodutor feminino. O conteúdo genético e o número de células mantém-se igual. No final desta diferenciação, os espermatozoides são libertados no lúmen dos túbulos seminíferos.
Transformação dos espermatídios em espermatozoides (na diferenciação da espermatogénese)
- Parte do citoplasma do espermatídio é fagocitado pelas células de Sertoli.
- O núcleo que se encontra na cabeça do espermatozoide fica mais compacto e coberta por um acrossoma (uma vesícula que armazenam enzimas digestivas, importantes para a fecundação). O acrossoma resulta da fusão de vesículas do Complexo de Golgi.
- As mitocôndrias encontram-se na peca intermediária, responsáveis pela produção de energia para a locomoção.
- Flagelo formado por microtúbulos e proteínas com origem nos centríolos, migram para o lado oposto ao do acrossoma da célula.
Para onde vão os espermatozoides após a espermatogénese e o que provoca essa deslocação?
Os espermatozoides são libertados dos túbulos seminíferos para os epidídimos devido à pressão e contínua produção de fluidos nos túbulos seminíferos. Os epidídimos fazem então a ligação entre cada um dos testículos e o respetivo canal deferente
O que acontece aos espermatozoides nos epidídimos?
Quando os espermatozoides chegam aos epidídimos, estão imaturos, incapazes de fecundar um oócito. Portanto, nos epidídimos, ocorre reabsorção do excesso de fluidos e síntese de nutrientes, hormonas e enzimas que permitem a maturação dos espermatozoides. Assim, tornam-se resistentes às variações de temperatura e pH (importantes pois as secreções vaginais são ácidas). Para além disso, os espermatozoides ganham mobilidade aqui.
Quanto mais perto estiverem os espermatozoides da parte final dos epidídimos, maior o grau da sua maturação
Nos canais deferentes, os espermatozoides misturam-se com…
As secreções das vesículas seminais e da próstata, formando o esperma.
Quando há estimulação do pénis, como se deslocam os espermatozoides?
Originam-se contrações rítmicas dos músculos à volta dos epidídimos, o que causa o transporte dos espermatozoides até aos canais deferentes. Os músculos da base do pénis também contraem e o esfíncter da próstata contrai, não permitindo que saia urina com o esperma na ejaculação. Para alem disso, a próstata contém válvulas que abre na ejaculação.
Líquido seminal
- Segregado pelas vesículas seminais.
- Contém proteínas, frutose (energia para os espermatozoides), hormonas (estimula contrações rítmicas no sistema reprodutor feminino, auxiliando a deslocação dos espermatozoides), cálcio (ativa mobilidade dos espermatozoides)
- Consistência espessa.
Líquido prostático
- Segregado na próstata
- Contém ácido nítrico, cálcio, enzimas e prostaglandinas (hormonas)
- Ph mais básico que as secreções vaginais, neutralizando a sua acidez
- Produz uma enzima de coagulação do esperma