Regrinhas Flashcards
O que é ortoépia?
É o estudo da pronúncia correta das palavras.
O que é prosódia?
É o estudo da sílaba e da acentuação correta das palavras.
O que é sílaba tônica?
A sílaba tônica é a sílaba que é pronunciada com mais força numa palavra, com mais estresse.
A sílaba recebe um acento tônico marcado na fala.
Qual a diferença entre acento tônico e acento gráfico?
O acento tônico ocorre na fala e nem sempre recai sobre uma sílaba
originalmente tônica.
Já o acento Gráfico: ocorre na escrita. Nem sempre se acentua a sílaba tônica.
Cite exemplos de monossílabos tônicos e monossílabos átonos.
Os monossílabos tônicos têm autonomia fonética, são pronunciados com mais intensidade, sem se apoiar em outra palavra: meu, pé, seu, pó, dor.
Os monossílabos átonos não têm autonomia fonética, pois se apoiam em outra palavra e são pronunciados com menor intensidade, como se fossem uma sílaba átona de uma palavra. Geralmente aparecem na forma de palavras vazias de sentido próprio, como artigos, preposições, conjunções, pronomes oblíquos: de, sem, em, a, com, de, em, por.
O que é fonema?
Fonema é uma unidade sonora que serve para formar palavras e distinguir uma palavra da outra.
Como assim? Observe:
P-A-T-O»_space;> 4 (sons) fonemas unidos formam a palavra “PATO”.
O que é Letra?
Letra é a representação gráfica de um som, é o símbolo “visual” do fonema.
O que são dígrafos?
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são usadas para representar um único fonema, ou seja, uma única emissão de som. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.
Quais são os dígrafos consonantais?
ch – machismo, choro, chuva.
lh – agulha, milho, palhaço.
nh – sobrinho, sonho, pertinho.
rr – correto, carro, arriscado.
ss – pássaro, assumir, assassino.
sc – descendência, descer, crescer.
sç – cresço, nasço, desça.
xc – exceto, excelência, excerto.
xs – exsuar, exsudar.
gu – gueixa, sagui, linguiça.
qu – aquilo, quarto, queijo.
Quais são os dígrafos consonantais que se separam na divisão silábica?
São separados na divisão silábica:
rr – car-ro-ça
ss – pas-sa-gem
sc – as-cen-der
sç – cres-ça
xc – ex-ce-to
xs – ex-su-dar
Quais dígrafos não se separam na divisão silábica?
Não são separados na divisão silábica:
ch – cho-veu
lh – i-lha-do
nh – ti-nha
gu – gui-sa-do
qu – quei-jo
Quais são os dígrafos vocálicos?
Os dígrafos vocálicos são formados quando as vogais são sucedidas das consoantes ‘n’ ou ‘m’, representando fonemas vocálicos nasalizados, isto é, quando as correntes de ar que saem dos pulmões passam pelo nariz e pela boca.
O que são encontros consonantais?
Os encontros consonantais, por outro lado, representam a sequência de dois fonemas (sons)
consonantais numa palavra. Nesse caso, cada letra representará um som. Ex.: brado, claro,
transtorno.
O encontro consonantal pode ocorrer:
A) Na mesma sílaba. Ex.: CLI-MA / FLO-RES / PSI-CO-SE / LE-TRA / PSEU-DÔ-NI-MO
B) Em sílabas diferentes. Ex.: AD-VEN-TO / OB-TU-SO / FÚC-SIA / ÉT-NI-CO
O que são ditongos?
É o encontro de dois sons vocálicos na mesma sílaba, (uma vogal,
pronunciada com mais intensidade e uma semivogal, pronunciada com menos intensidade). Ex.:
Glória, Sai, Meu, Céu, Imóveis, Gíria…
São divididos em ditongos crescentes e decrescentes
O que é tritongo?
É o encontro de uma vogal entre duas semivogais, numa mesma sílaba.
U-RU-GUAI
I-GUAIS
SA-GUÃO
Á-GUAM
O que é hiato?
hiato é o encontro de duas vogais em silabas diferentes.
IN-CLU-Í-RAM / SA-Ú-DE / PA-Í-SES / PRE-JU-Í-ZO / VE-Í-CU-LO / CA-Ó-TI-CO / SA-BÍ-A-MOS
PE-RÍ-O-DO
Qual a diferença entre Dígrafo Nasal e Ditongo Nasal?
O dígrafo é a união de duas letras que formam um único som (UM SOM). Ocorre com M ou N após uma vogal antes de outra sílaba, em que o M ou N apenas nasaliza a vogal, funcionando exatamente como um til:
ẽ - ENtre - O EN representa um único som, o som da vogal nasal ẽ
ĩ - IMpor - O IM representa um único som, o som da vogal nasal ĩ
ã - AMplo - O AM representa um único som, o som da vogal nasal ã
O ditongo tem dois sons vocálicos, de uma vogal (+forte) e uma semivogal (+fraco)
Então, o ditongo nasal tem DOIS SONS de vogal. Ocorre no final da palavra:
ChegAM: chegÃU
Portanto:
Dígrafo, um som nasal (UM SOM): ã - AMplo X Ditongo, DOIS SONS: ChegAM: chegÃU
Qual é a regra para acentuação de monossílabos?
São acentuados os monossílabos tônicos terminados em A, E, O,
E também em ditongos abertos: éu, éi, ói (seguidos ou não de S, pois o plural não afeta a regra).
Terminação em
A, E, O
Pá, dá, cá, más
Pé, ré, mês, dê
Dó, pó, só, nós
Terminação em ditongo
aberto
ÉU, ÉI, ÓI
Céu, véu
Réis
Dói, sóis
Qual a regra para acentuação de oxítonas:
Acentuam-se as oxítonas terminadas A, E, O, em, ens e também em ditongos abertos: éu, éi, ói.
Sofá, gambá, Pará Chapéu, troféu Parabéns, armazéns
As regras agrupam as palavras por tonicidade e terminação. Ou seja, uma oxítona não poderá ser acentuada pela mesma regra de um monossílabo tônico ou de uma paroxítona. Com esse raciocínio você acerta muitas questões, porque, se olhar duas palavras de tonicidade diferente e a banca disser que são acentuadas pela mesma regra, você já elimina a assertiva.
Por exemplo: As palavras “parabéns” e “lúmen” são acentuadas pela mesma regra?
Qual a regra de acentuação de paroxítonas?
Todas as paroxítonas são acentuadas, exceto aquelas
terminadas em A, E, O, EM, ENS
Fácil, hífen, álbum, cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão, ímã, próton.
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo oral!
Indivíduos, precárias, série, história, homogênea, médio, bromélia, imóveis, água, distância,
EXISTEM ALGUMAS EXCEÇÕES
Qual regra de acentuação de paroxítonas caiu com o novo acordo ortográfico?
As paroxítonas que tragam ditongo
aberto não são acentuadas: heroico, assembleia, ideia, androide, debiloide, colmeia, boia, estoico, ideia, asteroide, paranoico…
Os prefixos paroxítonos terminados em r ou i também não são acentuados, como hiper, super,
mini, anti, semi.
Qual a regra para acentuação de proparoxítonas?
Todas são acentuadas. Essa regra prevalece sobre qualquer outra, pois não leva em conta a terminação da palavra ou a separação silábica.
Qual a regra de acentuação do hiato?
Devemos acentuar o i e o u tônicos, em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílaba sozinhos ou com s: caí, faísca, Paraíba, egoísta, ruído, saúde, saúva, balaústre.
Em sentido contrário, os I OU U tônicos nos hiatos não são acentuados quando formam sílaba com letra que não seja s:
CA-IR / SA-IR-MOS / SA-IN-DO / JU-IZ / A-IN-DA / DI-UR-NO / RA-UL / RU-IM / CAU-IM
A-MEN-DO-IM / SA-IU / CON-TRI-BU-IU
Qual a exceção para a regra geral de acentuação de hiatos?
A exceção que sempre cai em prova é o Hiato seguido de NH na próxima sílaba, que não deve ser
acentuado: Rainha, Bainha, Moinho.
Não há como ser lido como um ditongo aqui, assim como nos casos de hiato de letras repetidas,
como Saara, Mooca, semeemos, xiita, vadiice… por isso não há necessidade de acentuar esses
hiatos.
O “U” OU “I” tônico que venha após um ditongo decrescente numa PAROXÍTONA não é
acentuado: FEi-u-ra, BAi-u-ca, Bo-cAi-u-va, SAu-i-pe. Grave que essas palavras não são acentuadas,
pela nova ortografia.
Já GuAíra e GuAíba levam acento, pois o “i” e “u” tônicos ocorrem após ditongo crescente.
Se a palavra for uma oxítona, ou seja, quando o “i” e “u” tônico após o ditongo estiver na última
sílaba (Ex.: Piauí), HAVERÁ ACENTO!
A regra do hiato se sobrepõe a qual regra?
A regra do hiato se sobrepõe a regra das oxítonas
Quais dos itens abaixo levam acento?
a) Fei-u-ra, Bai-u-ca, Bo-cai-u-va, SAu-i-pe
b) Guaira e Guaiba
c) Piaui, tuiuiu, teiu, tuiuius
d) Creem, deem, leem, enjoo, voo, doo, zoo
e) Juiz, Ruim, Raul, Ainda
Fei-u-ra, Bai-u-ca, Bo-cai-u-va, SAu-i-pe não são acentuadas, pela nova ortografia.
Guaíra e Guaíba levam acento.
Piauí, tuiuiú, teiú, tuiuiús levam acento.
Não se acentuam os hiatos eem e oo(s): Creem, deem, leem, enjoo, voo, doo, zoo.
Por não estarem sozinhos nem com S, não se acentuam os hiatos em Juiz, Ruim, Raul,
Ainda…
São oxítonas:
aloés, cateter, harém, Gibraltar, mister (=necessário), Nobel, novel,
recém, refém, ruim, sutil, ureter.
São paroxítonas:
acórdão, âmbar, ambrosia, avaro, aziago, barbaria, cânon,
caracteres, cartomancia, ciclope, edito (lei, decreto), epifania, exegese, filantropo,
fluido (ui ditongo), fortuito (ui ditongo), gratuito (ui ditongo), ibero, inaudito, látex,
maquinaria, misantropo, necropsia, Normandia, oximoro (tb. oximóron), pudico,
quiromancia, simulacro.
São proparoxítonas:
aeródromo, aerólito, álcali, álcool, alcoólatra, álibi (lat.),
alvíssaras, âmago, amálgama, ambrósia, anátema, andrógino, antídoto, arquétipo,
autóctone, brâmane, cáfila, condômino, crisântemo, década, díptero, écloga, édito
(ordem judicial), Éfeso, êmbolo, epíteto, épsilon, escâncaras (às), êxodo, fac-símile,
fíbula, idólatra, ímprobo, ínclito, ínterim, máxime ou maxime (lat.), ômega, plêiade
(-a), protótipo, Tâmisa, trânsfuga, vândalo.
Palavras que admitem dupla prosódia (duas pronúncias e grafias corretas)
acróbata ou acrobata; alópata ou alopata; ambrósia ou ambrosia; crisântemo ou
crisantemo; hieróglifo ou hieroglifo; nefelíbata ou nefelibata; Oceânia ou Oceania;
ortoépia ou ortoepia; projétil ou projetil; réptil ou reptil; reseda (ê) ou resedá; sóror
ou soror; homília ou homilia; geodésia ou geodesia; zângão ou zangão.
Sufixos cobrado em prova:
Aero, agro, além, ante, anti, aquém, auto, circum, co, contra, eletro, entre, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, macro, micro, mini, multi, neo, pan, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, sobre, sub, super, supra, tele, ultra.
Qual a regra geral para uso do hífen?
Os diferentes se atraem. Letras diferentes podem se unir.
Não se usa hífen após:
- Não e quase
- Entre palavras compostos com elementos de ligação.
Mão de obra; dia a dia; café com leite; cão de guarda; pai dos burros; ponto e vírgula;
camisa de força; bicho de 7 cabeças; pé de moleque; cara de pau - palavras são formadas por aglutinação, sem separação dos radicais com
hífen: Planalto (plano+alto); Lobisomem (lobo+homem); Petróleo (pedra+óleo) - em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas
quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
Exceção à regra do elemento de ligação:
arco-da-velha; mais-que-perfeito; cor-de-rosa; água-de-colônia; pé-de-meia; gotad’água, ao deus-dará, à queima-roupa. Também recebem hífen espécies botânicas e zoológicas:
bem-te-vi, erva-doce, pimenta-do-reino, cravo-da-índia; bico-de-papagaio…
Usa-se o hífen:
- Nos encadeamentos:
Ponte Rio-Niterói; Eixo Rio-São Paulo; Percurso casa-trabalho… - palavra formada por composição tem mais de um radical: homembomba, salário-família, abaixo-assinado.
- Antes de palavra com H:
anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sobrehumano, sub-hepático, super-homem,
Qual a regra de hifenização usando prefixos ‘bem’ e ‘mal’?
[polêmico]
com o prefixo Bem, HÁ HÍFEN, exceto em palavras derivadas de querer ou fazer.
Já com o prefixo Mal, HÁ HÍFEN, exceto se palavra seguinte se iniciar por *consoante, caso em que
o “mal” se aglutina, sem hífen.
Bem-vindo; Benquerer… Mal-educado; Mal-humorado; Malfeito; bem-aventurado,
bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar; bem-criado (malcriado), bem-ditoso
(malditoso), bem-nascido (malnascido), bem-visto (malvisto), benfazejo, benfeito, benfeitor,
benquerença.
Entre as consoantes, naturalmente, não se inclui o “H”, pois há uma regra básica de uso do hífen
quando a próxima palavra começa por “H”.
Como se dá o uso do hífen com ‘ Recém, além, aquém, sem, ex, vice,’
HÁ HÍFEN!
Ex.: Recém-nascido, recém-casado, além-túmulo, vice-presidente, ex-presidente, sem-terra…
Como se dá o uso do hífen com ‘ os prefixos tônicos “pré”, “pró” e “pós”’
HÁ HÍFEN!
Ex.: Pré-escolar, pró-americano, pós-graduação
Exceto se for átono, já aglutinado na palavra seguinte, que não é vista como “independente”.
Ex.: Preestabelecer, preexistente, promover, pospor…
Como se dá o uso do hífen com ‘os prefixos: “Sub” e “sob” + R/B:’
: HÁ HÍFEN!
Ex.: Sub-região, Sub-raça, Sub-reitor, sub-reptício
Seguem a mesma regra os prefixos “AD/AB/OB”.
Como se dá o uso do hífen com ‘Circum” e “pan” + Vogal/”m”/”n”’
HÁ HÍFEN!
Ex.: Pan-americano; Pan-europeu; Circum-adjacente; circum-navegação
Cite palavras que perderam a noção de composição
“Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.”
Escrevem-se com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os
substantivos derivados de ações.
Erudito = erudição
Exceto = exceção
Setor = seção
Intuitivo = intuição
Redator = redação
Ereto = ereção
Educar - r + ção = educação
Exportar - r + ção = exportação
Repartir - r + ção = repartição
Escrevem-se -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter e com - çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.
Manter = manutenção
Reter = retenção
Deter = detenção
Conter = contenção
Alcance = alcançar
Lance = lançar
Escrevem-se com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e –ndir.
Escrevem-se com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Verbos terminados em –pelir formarão substantivos terminados em –puls
Verbos terminados em -correr formarão substantivos terminados em -curs-
Usa-se -s- para grafar as palavras terminadas em -oso e -osa. Também se grafam com S palavras
terminadas em -ase, -ese, -ise, –ose, -isa:
Exceções: gozo, gaze, deslize, baliza, coriza.
A conjugação dos verbos pôr, querer e usar se grafa com –S-
Pretender = pretensão
Defender = defesa, defensivo
Despender = despesa
Compreender = compreensão
Fundir = fusão
Expandir = expansão
Perverter = perversão
Converter = conversão
Reverter = reversão
Divertir = diversão
Aspergir = aspersão
Imergir = imersão
Expelir = expulsão Impelir = impulso Compelir = compulsório
Concorrer = concurso Discorrer = discurso Percorrer = percurso
Gostosa
Glamorosa
Saboroso
Horroroso
Fase
Crase
Tese
Osmose
Poetisa
Profetisa
Heloísa
Marisa
Eu pus
Ele quis
Nós usamos
Eles quiseram
Quando nós quisermos/pusermos/compusermos
Se eles usassem
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando
houver som de z.
Eleição
Neusa
Coisa
Palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios devem
ser grafadas com –S.
Português
Norueguesa
Marquês
Duquesa
Inês
Teresa
Por outro lado, palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos,
ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade devem ser grafadas com –Z.
Embriaguez
Limpeza
Lucidez
Nobreza
Acidez
Pobreza
Os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-, também serão grafados
com –S. Na verdade, receberam a terminação “-AR”.
Análise = analisar Pesquisa = pesquisar Paralisia = paralisar
Se a palavra primitiva não possuir –S, grafa-se com -Z, pois a palavra recebeu terminação “IZAR”.
Economia = economizar Terror = aterrorizar
Frágil = fragilizar
Catequese = catequizar
Síntese = sintetizar
Hipnose = hipnotizar
Batismo = batizar
Se palavra primitiva possuir –s, devem-se grafar com -s- os diminutivos terminados em -sinho e –
sito.
Casinha
Asinha
Portuguesinho
Camponesinha
Teresinha
Inesita
Caso não haja –s na palavra primitiva, grafam-se com –Z os diminutivos.
Mulherzinha
Arvorezinha
Alemãozinho
Aviãozinho
Pincelzinho
Corzinha
Palavras derivadas de verbos terminados em –ceder geram substantivos com terminação - cess
Anteceder = antecessor Exceder = excesso Conceder = concessão
Fique muito atento à palavra: EXCEÇÃO!!!
Vocábulos derivados de verbos terminados em –primir são grafados com -press
Imprimir = impressão Comprimir = compressa Deprimir = depressivo
Escrevem-se com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em –gredir.
Escrevem-se com -miss- ou-mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter
Agredir = agressão
Progredir = progresso
Transgredir = transgressor
Comprometer = compromisso
Intrometer = intromissão Prometer = promessa Remeter = remessa
São grafadas com SC:
acrescentar, acréscimo, adolescência, adolescente, ascender (subir),
ascensão, ascensor, ascensorista, ascese, ascetismo, ascético, consciência, crescer, descender,
discernimento, discente, disciplina, discípulo, fascículo, fascínio, fascinante, piscina, piscicultura,
imprescindível, intumescer, irascível, miscigenação, miscível, nascer, obsceno, oscilar, plebiscito,
recrudescer, reminiscência, rescisão, ressuscitar, seiscentos, suscitar, transcender.
Na conjugação desses verbos o SÇ permanece: nasço, nasça; cresço, cresça.
POR QUE (separado sem acento)
A forma por que pode ser uma locução adverbial interrogativa de causa quando equivale a “por qual razão/motivo’ ou ‘a razão pela qual”. Pode aparecer em frases interrogativas diretas (com o sinal “?”) e indiretas (sem o sinal “?”).
– Por que você fez isso?
– Juro que eu não sei por que eu fiz isso.
A forma por que pode ser apenas a combinação da preposição “por” + o pronome indefinido “que”, equivalendo a “por qual”.
– Começo a entender por que motivo você fez isso.
A forma por que pode ser apenas a combinação da preposição ‘por’, exigida por um termo + a conjunção integrante “que”.
– Eu sempre ansiei por que você me explicasse o motivo.
A forma por que também pode ser a combinação da preposição “por” +
o pronome relativo “que”, equivalendo a “pelo qual” (e variações).
– O motivo por que você fez isso não é mais surpresa para ninguém.
PORQUE (junto sem acento)
A forma porque pode ser uma conjunção explicativa ou causal (equivalendo a pois, visto
que, já que, etc.); para alguns gramáticos, como Luiz A. Sacconi, Pasquale C. Neto, Ulisses
Infante etc., pode ser também uma conjunção final (equivalendo a “para que”).
– Você fez isso porque (pois) queria dinheiro, não é?
– Só fiz isso porque (para que) conseguisse dar-me bem, até porque (pois; ignore o “até”)
sou merecedor
POR QUÊ (separado com acento)
A forma por quê pode ser usada antes de pausa representada por sinal de pontuação, em fim
de frase ou isolada.
– Agora você soube por quê, certo?
– Sem seu esclarecimento, nunca entenderia por quê.
– Por quê?
PORQUÊ (junto com acento)
A forma porquê é um substantivo e vem comumente acompanhada de um determinante (artigo, pronome, numeral ou adjetivo/locução adjetiva). Esta “regrinha” anula a anterior, ou seja, por mais que a expressão esteja em fim de frase ou antes de pontuação, se vier acompanhada de determinante, será escrita “junto com acento”. Pode ir ao plural, uma vez que se trata de um substantivo.
– Preciso que você me explique pelo menos mais dois porquês, ok?
– Só vou dar este porquê a você; já o porquê de verdade não lhe cabe saber
Há / A
A forma verbal há, para não ser confundida com a preposição a, precisa ser entendida como indicadora de tempo passado ou decorrido (pode-se substituir por “faz” para facilitar).
A preposição a, por sua vez, indica tempo futuro ou distância.
– Há meses venho fazendo provas de concurso.
– É por isso que você está a anos luz de mim.
Em vez de / Ao invés de
A forma ao invés de é usada com termos antônimos na frase em que aparece; já em vez de
equivale a no lugar de.
– Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou para a do AFT.
– Ao invés de ser elogiado pelo que disse, foi vaiado efusivamente
À medida que / Na medida em que
A locução conjuntiva à medida que indica proporção e equivale a “à proporção que, ao
passo que”. Por outro lado, na medida em que indica causa e equivale a “visto que, já que,
tendo em vista que”.
– À medida que o líder russo crescia no palco político, o mundo ia se habituando à sua
personalidade descomunal.
– Do ponto de vista político, este ato é desastrado, na medida em que exprime um conflito
entre o Estado e a Igreja.
A domicílio / Em domicílio
Segundo José Maria da Costa, o melhor, em realidade, parece ser distinguir, de modo efetivo, entre verbos ou vocábulos de significação estática ou dinâmica. Com os primeiros, que não exigem a preposição A, usa-se em domicílio; com os segundos, que exigem a
preposição A, a domicílio.
– Levam-se encomendas a domicílio.
– Leciona-se piano em domicílio.
Fazer com que / Fazer que
Tanto faz. Vasco Botelho de Amaral, Domingos Paschoal Cegalla, Francisco Fernandes, Evanildo Bechara, Cláudio Moreno e muitos outros defendem ambas as formas como cultas, no sentido de “provocar, acarretar, influir, conseguir”. A preposição é expletiva ao iniciar objeto direto.
– A minha boa sorte fez (com) que não perdesse o avião…
– A presidenta do país fez (com) que os demais políticos mudassem de opinião